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A CULTURA

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TRIMESTRAL €3,50<br />

ANO VI 2009 N.˚37<br />

A <strong>CULTURA</strong><br />

CELEBREMOS TODA A CRIAÇÃO ARTÍSTICA<br />

tão antiga como a própria Humanidade<br />

COMUNICAR EMOÇÕES, PARTILHAR AFECTOS


NESTA PRIMEIRA EDIÇÃO DE 2009, a Cultura é o tema central e a força que anima<br />

as páginas que se seguem.<br />

A Caixa Geral de Depósitos sempre esteve ao lado daqueles cujo talento acrescenta mais<br />

ao mundo e o emociona, promovendo-os e incentivando-os a ir mais longe. Além de apoios<br />

pontuais aos artistas nacionais, a Arte eleva-se na Fundação CGD - Culturgest, estando<br />

acessível a todos, sem excepção. A Azul dá o merecido espaço a esta casa, contando os seus<br />

dias e conversando com o director de Programação e administrador, Miguel Lobo Antunes.<br />

Um outro foco cultural de especial relevo e atenção para a CGD é o seu Património Histórico, com<br />

um acervo secular que representa o conjunto documental e o núcleo museológico da mais antiga<br />

instituição financeira do País, unidos aos do extinto Banco Nacional Ultramarino. Um tesouro<br />

que a Caixa salvaguarda para a posteridade.<br />

De olhos postos no futuro, e no âmbito do Programa Caixa Carbono Zero, a Azul dá-lhe, também,<br />

a conhecer os primeiros passos da CGD para se unir ao Design em Portugal. Do lançamento da<br />

segunda edição do Concurso de Design Mobiliário com Materiais Reciclados, à recente parceria<br />

com o Centro Português de Design, conheça o horizonte de mais uma iniciativa da Caixa.<br />

A Azul, que, em 2008, teve o privilégio de receber uma motivadora distinção na área da Comuni-<br />

cação Empresarial, regressa a si, com justificadas diferenças. Alterou a sua periodicidade, agora<br />

trimestral, e findou a secção Livros de Bordo. Em sua vez, percorre o País, para homenagear<br />

lugares de elevado interesse histórico e relembrar trajectos inesquecíveis deste nosso território.<br />

É novidade, também, o acesso à revista por via electrónica, cujas últimas edições se encontram<br />

disponíveis no site Caixazul, em www.cgd.pt.<br />

EDITORIAL 02/03<br />

EDIÇÃO 37 / JANEIRO - MARÇO 2009 / www.cgd.pt<br />

A <strong>CULTURA</strong> É O PENSAMENTO<br />

DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO<br />

Suzana Ferreira<br />

De olhos postos<br />

no futuro, e no âmbito<br />

do Programa Caixa<br />

Carbono Zero,<br />

a Azul dá-lhe também<br />

a conhecer os primeiros<br />

passos da CGD para<br />

se unir ao design<br />

em Portugal


04/05 SUMÁRIO<br />

EDIÇÃO 37 / JANEIRO - MARÇO 2009 / www.cgd.pt<br />

03 EDITORIAL<br />

06/07 AGENDA<br />

Arte para ver, ouvir e sentir, na Fundação Caixa<br />

Geral de Depósitos - Culturgest.<br />

Um início de ano auspicioso em espectáculos<br />

onde as artes performativas, a música e o teatro<br />

excederão, mais uma vez, as melhores expectativas.<br />

Numa edição dedicada à cultura, não haveria melhor<br />

forma de lhe dar início.<br />

08/15 TEMAS CGD<br />

16/19 SUSTENTABILIDADE<br />

A Caixa e a ProPolar (Programa Polar Português)<br />

apresentaram, nos últimos dias de 2008, aquela que vai<br />

ser a maior campanha científica portuguesa de sempre<br />

na Antárctida. Através do Programa de Bolsas<br />

“Nova Geração de Cientistas Polares”, a Caixa financia,<br />

no âmbito do Programa Caixa Carbono Zero 2010,<br />

uma equipa de especialistas que estudarão fenómenos<br />

relacionados com o problema das alterações climáticas,<br />

abrangendo áreas consideradas estratégicas pelo Comité<br />

Português para o Ano Polar Internacional.<br />

22<br />

1620 36<br />

20/21 A CGD E A <strong>CULTURA</strong><br />

Mais do que ser um Banco, a Caixa dá provas de que a<br />

cultura é uma das suas preocupações. Passado, Presente<br />

e Futuro das relações entre a Caixa e a cultura que é,<br />

afinal, uma das necessidades mais antigas da<br />

Humanidade. Seja através de um Património Histórico<br />

acessível a todos, seja por intermédio da Fundação<br />

CGD - Culturgest ou de parcerias como a que, a partir<br />

de agora, dará outra projecção ao design nacional.<br />

22/27 O PASSADO<br />

A Caixa dispõe de um Património Histórico de uma<br />

riqueza inegável. E está disponível a todos os que<br />

o desejem conhecer. Está também prevista a criação<br />

de um Núcleo Museológico da CGD, onde um vasto<br />

acervo de peças (balanças, relógios, inutilizadores de<br />

notas, etc.) passará a estar em exposição permanente.<br />

28/31 O PRESENTE<br />

A Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest é um<br />

marco na vida cultural da cidade de Lisboa e do País.<br />

Com 15 anos de existência, mudou sensibilidades em<br />

relação à arte contemporânea e continua a fazê-lo,<br />

de forma intensa, em espectáculos e exposições.<br />

32/35 O PRESENTE - ENTREVISTA<br />

Miguel Lobo Antunes, administrador e principal<br />

programador da Fundação CGD - Culturgest,<br />

é um homem de fortes convicções no que respeita<br />

à necessidade de cultura e criação artística<br />

na educação e na formação da personalidade.<br />

Em conjunto com a Caixa, é o responsável por uma<br />

linha de actuação com grandes preocupações sociais.<br />

36/39 O FUTURO<br />

A parceria assumida entre a Caixa e o Centro Português<br />

de Design promete mexer com esta disciplina, cada vez<br />

mais importante na economia e na sociedade.<br />

40/43 PEQUENOS TRAJECTOS -<br />

- GRANDES VIAGENS<br />

44/47 PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS<br />

48/49 CLIENTES CGD<br />

50 CAIXAZUL<br />

www.<br />

cgd.pt


06/07 AGENDA<br />

A ARTE E A <strong>CULTURA</strong> QUE NOS RODEIA<br />

DANÇA<br />

Vice-Royale.<br />

Vain-Royale.<br />

Vile-Royale.<br />

ENCENAÇÃO DE PEDRO MARQUES<br />

DE SÓNIA BAPTISTA<br />

13 E 14 DE FEVEREIRO<br />

Vice-Royale. Vain-Royale. Vile-Royale é uma performance<br />

que convoca linguagens conceptuais da<br />

dança, do cinema, da música e da poesia. Um<br />

espectáculo que apresenta três personagens<br />

femininas deslocadas e desditosas numa sugestão de<br />

terras e de tempos distantes.<br />

“Digamos que te encontraste numa altura em que o<br />

teu país dizia ter um poucochinho da China, um pouco<br />

mais da Índia, muito de África e professava o Brasil<br />

como um paraíso fraternal. Imagina que nessas terras<br />

distantes vivias em profunda angústia, tentando em<br />

vão domesticar o exótico. Digamos que o exótico não<br />

podia ser domesticado. Então, imagina que em solo estranho<br />

e hostil tentaste realmente manter a tua dignidade,<br />

mas a cada tentativa falhaste redondamente.<br />

MÚSICA, DANÇA, TEATRO, CINEMA E EXPOSIÇÕES<br />

BRAVO!<br />

NA CULTURGEST, AS ARTES ATRAEM GRANDES E PEQUENOS. A CASA É SUA. VENHA DAÍ, QUE O PRIMEIRO TRIMESTRE<br />

DO ANO PROMETE. DUAS PÁGINAS NÃO CHEGAM PARA TANTO, MAS FICAM ALGUMAS SUGESTÕES IRRECUSÁVEIS.<br />

E ainda...<br />

Como é que vives então? Como é que manténs a sorte<br />

do teu lado? Como é que ocupas esse tempo malogrado?<br />

Digamos que és uma mulher a viver algum<br />

tempo antes de a Jane Austen nascer. E, ironia, horror,<br />

digamos que sabes que a Jane Austen está quase aí<br />

e que com ela as mulheres terão uma voz de poderosa<br />

substância, vingando anos de envergonhado<br />

e amor-daçado silêncio, mas tudo isso não no teu<br />

tempo. Sim, sabes que ela aí vem, e sabes bem o que<br />

isso implica, mas para ti, em vão, a tua vida fica. Como<br />

é que vives então? Como é que manténs a sorte do teu<br />

lado? Como é que ocupas esse tempo malogrado?<br />

Imagina que és notoriamente conhecida como uma<br />

fumegante e tentadora criatura. Imagina que desde<br />

sempre isso te foi imposto e que não tiveste outra<br />

JAZZ<br />

IMAGINÁRIO<br />

ANDRÉ FERNANDES<br />

17 de Fevereiro<br />

Com o disco Cubo, de 2007, o guitarrista André<br />

Fernandes entrou para a galeria dos grandes músicos<br />

de jazz em Portugal. O convite da Culturgest para este<br />

concerto serviu de pretexto à gravação de um conjunto<br />

de temas originais que integram um novo CD,<br />

Imaginário, que é dado a conhecer ao vivo, pela<br />

primeira vez.<br />

Grande Auditório da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa<br />

21h30, €15, Jovens até aos 30 anos: €5<br />

escolha senão a de cumprir, desditosamente, o teu papel.<br />

Mas imagina que no fundo do teu tímido coração<br />

o que tu és honestamente é uma refrigerante e decorosa<br />

criatura com indizíveis paixões a povoar um escuro<br />

berrante. E imagina que para ti o desejo é tão somente<br />

e só uma bête noire desconcertante. Como é<br />

que vives então? Como é que manténs a sorte do teu<br />

lado? Como é que ocupas esse tempo malogrado?”<br />

Sónia Baptista<br />

Grande Auditório da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego<br />

1000-300 Lisboa<br />

21h30, €15, Jovens até aos 30 anos: €5<br />

CINEMA<br />

A CRUELDADE DEPOIS DO TEATRO<br />

OS FILMES DE ANGELA SCHANELEC<br />

De 12 a 15 de Março<br />

Angela Schanelec é a voz mais singular do cinema alemão<br />

contemporâneo. Nascida em 1962, na Alemanha ocidental,<br />

estudou em Hamburgo e foi actriz em vários grupos de<br />

teatro importantes, até 1991. Abandonou os palcos para<br />

voltar a estudar numa academia de cinema em Berlim –<br />

a dffb. Desde 1995, escreveu e realizou as cinco longas-<br />

-metragens de ficção que compõem esta retrospectiva<br />

integral. A realizadora estará presente para orientar um<br />

workshop e partilhar impressões com os espectadores.<br />

Pequeno Auditório da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa<br />

18h30 e 21h30, Preço único: €3,50


EXPOSIÇÕES<br />

JCJ VANDERHEYDEN<br />

A ANALOGIA DO OLHO<br />

DE 7 DE FEVEREIRO A 10 DE MAIO<br />

Quem viu a exposição de Roma Publications na Culturgest, em 2006,<br />

lembrar-se-á, porventura, de um conjunto de três serigrafias na<br />

última sala: três formas geométricas simples, monocromáticas (azul,<br />

vermelho e preto), sobre fundo branco. É uma obra recente do artista<br />

holandês JCJ Vanderheyden (DenBosch, 1928), que recupera o vocabulário<br />

das suas pinturas abstractas de meados da década de 1960.<br />

Em 1967, e durante quase dez anos, o artista deixou de pintar para<br />

se dedicar à investigação dos fenómenos da luz, do tempo e do<br />

espaço, a experiências com o som e o vídeo, ou à construção de<br />

cabinas para experienciar o tempo. Desde que retomou aquela prática,<br />

em 1976, as suas pinturas reincidem nos mesmos motivos (por<br />

exemplo, o horizonte do céu ou o xadrez) e reiteram as mesmas<br />

questões e preocupações: a intersecção entre a pintura e a fotografia,<br />

a analogia entre a câmara fotográfica e o olho humano, as relações<br />

recíprocas entre o microscópico e o macroscópico, ou entre<br />

o fragmento e a totalidade, para referir algumas. Nos últimos vinte e<br />

cinco anos, Vanderheyden realizou diversas exposições retrospectivas<br />

no seu país (Van Abbemuseum, em Eindhoven, 1983; Boijmans<br />

Museum, em Roterdão, 1990; e Stedelijk Museum, em Amesterdão,<br />

2001), mas permanece ainda pouco conhecido fora da Holanda<br />

(apesar da sua participação na Documenta de Kassel, em 1982).<br />

Esta é a primeira retrospectiva do seu trabalho fora da Holanda.<br />

Galeria 1 da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego<br />

1000-300 Lisboa<br />

Preço único: €2 (para as duas exposições)<br />

CRIANÇAS<br />

BARULHADA<br />

DE TÂNIA CARVALHO<br />

De 10 a 13 de Fevereiro<br />

Barulhada é uma peça criada para uma bailarina e dois<br />

músicos – uma baterista e um baixista. A peça consiste<br />

numa bailarina que faz barulho com o corpo, ou seja,<br />

conforme se mexe, cada movimento dá origem a um<br />

som específico.<br />

Criou-se como que uma ilusão, mas uma ilusão<br />

destapada, pois os músicos tocam ao vivo e pode ver-se<br />

que não é o corpo da bailarina que faz barulho, mas sim<br />

os instrumentos dos músicos. Desta forma, observa-se<br />

como os músicos e a bailarina trabalham a coordenação<br />

e a exactidão, para que tudo funcione.<br />

Se o mais certo é darmos connosco quase a acreditar<br />

que é o corpo da bailarina que faz o som, agora<br />

imagine os mais pequenos.<br />

Não deixe de ir partilhar com as suas crianças,<br />

vinte minutos mágicos e inesquecíveis.<br />

Pequeno Auditório da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego<br />

1000-300 Lisboa<br />

Dos 5 aos 10 anos.<br />

Dias 10, 11, 12 e 13, às 10h30<br />

Dia 12, às 14h30<br />

Preço único: €2<br />

TEATRO<br />

A MÃE<br />

DE BERTOLT BRECHT<br />

ENCENAÇÃO DE GONÇALO AMORIM<br />

DE 19 A 22 DE MARÇO<br />

“Vamos imaginar uma guerra perpétua entre ricos e<br />

pobres. E no meio dessa guerra, vamos seguir uma<br />

heroína: Pelagea Vlassova: A Mãe que já foi de Gorki e<br />

de Brecht, e agora será nossa – A Mãe agora colocada<br />

num futuro próximo. Essa que escolhe de forma violenta<br />

lutar por um ideal que embala como se fosse um<br />

filho, um ideal mais importante que o próprio filho.<br />

Sendo principalmente uma peça de interiores, A Mãe<br />

tem um forte eco do que vem do exterior, das ruas.<br />

Nesta encenação este eco é dado pela música e pelo<br />

vídeo. O espaço cénico trabalha a dicotomia peso/leveza,<br />

materializada na possibilidade de o ar ser um elemento<br />

cenográfico. Num mundo de incertezas, esta é<br />

uma tentativa de apresentar provocações/soluções,<br />

outras que nos façam questionar este caminho político<br />

único e difuso que, evidentemente, não nos serve.<br />

Enquanto artistas vemos A Mãe como uma possibilidade<br />

de reflectirmos sobre as ideologias, a família (à luz<br />

do “drama familiar no teatro épico” de que nos fala<br />

Benjamin), a loucura, a guerra... Uma possibilidade de<br />

começarmos desde já a pensar o futuro.”<br />

Gonçalo Amorim<br />

Grande Auditório da Fundação CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego<br />

1000-300 Lisboa<br />

Dias 19, 20 e 21, às 21h30<br />

Dia 22, às 17h<br />

€12, Jovens até aos 30 anos: €5<br />

FÉRIAS DE PÁSCOA<br />

NA CULTURGEST<br />

Para marcar, de preferência, já! Consulte o site<br />

da Culturgest, no link do Serviço Educativo, as oficinas<br />

previstas para as duas semanas de férias, destinadas a<br />

crianças e jovens com idades entre os 4 e os 14 anos.<br />

Almoço disponível para as crianças inscritas no dia<br />

inteiro, pago à parte. Desconto de 30% na inscrição<br />

do segundo filho.<br />

De 30 de Março a 3 de Abril<br />

Integra 5 sessões, por €35<br />

De 6 a 8 de Abril<br />

Integra 3 sessões, por €25<br />

Inscrições<br />

culturgest.servicoeducativo@cgd.pt<br />

Informações<br />

Tel.: 217 905 454<br />

JAZZ<br />

JOHN TAYLOR<br />

26 DE MARÇO<br />

John Taylor nasceu em Manchester em<br />

1942, revelando-se ao público em 1969,<br />

quando tocou com os saxofonistas Alam<br />

Skidmore e John Surman. Na sua longa<br />

carreira, um crítico do sítio All About Jazz<br />

considera-o um dos mais importantes<br />

pianistas dos últimos quarenta anos.<br />

Regularmente, faz parte dos quartetos de<br />

Kenny Wheller e John Surman e do trio de<br />

Peetr Eskine. Para além de actuar e gravar<br />

a solo, foi líder de diversos grupos. O mais<br />

recente é o trio com que se apresenta na<br />

Culturgest. Não perca!<br />

Grande Auditório da Fundação<br />

CGD - Culturgest<br />

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego<br />

1000-300 Lisboa<br />

21h30, €18, Jovens até aos 30 anos: €5<br />

FUNDAÇÃO CGD<br />

CULTURGEST<br />

EDIFICIO-SEDE<br />

CGD, RUA<br />

ARCO DO CEGO<br />

1000-300 LISBOA<br />

Tel.:<br />

217 905 454<br />

Fax:<br />

218 483 903<br />

www.<br />

culturgest.pt


HOMENAGEM A<br />

AMÁLIA<br />

Fadistas de Portugal homenagearam a imortal Amália Rodrigues, recriando a última vez que pisou<br />

o palco do Olympia, em Paris. Cada um deu voz a temas que Amália eternizou.<br />

A CGD apoiou em exclusivo os dois espectáculos.<br />

NOS DIAS 11 E 12 DE DEZEMBRO, o Campo Pequeno, em Lisboa, encheu-se para uma sentida e especial homenagem<br />

a Amália Rodrigues. Vinte anos volvidos sobre a sua última actuação na prestigiada sala de Paris<br />

– Olympia – e uma das mais celebradas da sua carreira, vozes do Fado recriaram esse momento inesquecível de<br />

Amália, que ficará para sempre na nossa memória. Mariza, Ana Moura, Carminho, Celeste Rodrigues, Ricardo<br />

Ribeiro e Camané interpretaram, cada um, três temas que Amália levou nessa noite a Paris.<br />

Muita emoção e alegria acaloraram essas noites frias de Dezembro, em que os artistas cuidadosamente escolhidos<br />

foram acompanhados por reputados guitarristas, entre eles, Joel Pina e Lello, um dos músicos que esteve<br />

com Amália em 1987, na capital francesa. As guitarras voltaram a trinar Povo Que Lavas no Rio, Estranha Forma<br />

de Vida, Barco Negro, Casa Portuguesa e tantos outros fados com que Amália nos brindou como só ela era capaz.<br />

Duas noites verdadeiramente maravilhosas a que CGD deu apoio exclusivo e que ficarão para a história.


A CAIXA<br />

ÀS SUAS ORDENS<br />

São muitos e bons motivos para começar a utilizar o seu Cartão<br />

Caixazul, concebido especialmente para Clientes Caixazul. Um cartão<br />

de débito que reúne as vertentes bancária e de identificação,<br />

possibilitando um acesso único a todo um conjunto de vantagens.<br />

O CARTÃO CLIENTE CAIXAZUL permite adquirir bens e serviços em toda a rede VISA e<br />

movimentar a sua conta à ordem, em Portugal e no estrangeiro. Poderá, também, utilizá-lo<br />

para sua identificação como Cliente Caixazul e, assim, usufruir de atendimento personalizado<br />

e de apoio financeiro qualificado num espaço privilegiado nas Agências da Caixa.<br />

Além disso, pode, também, movimentar a sua conta à ordem através do serviço<br />

Caixautomática ou da rede Multibanco, para realizar operações como levantamentos de<br />

dinheiro a débito, pagamento de serviços, transferências ou consultas e outras operações<br />

bancárias.<br />

O seu Cartão Caixazul também lhe oferece um completo pacote de seguros totalmente gratuito<br />

e com as melhores coberturas.<br />

AS VANTAGENS DO CARTÃO CAIXAZUL<br />

ALÉM DE FUNCIONAR COMO CARTÃO DE DÉBITO NORMAL,<br />

O CARTÃO CLIENTE CAIXAZUL PERMITE:<br />

. A identificação como Cliente Caixazul perante a Caixa e parceiros;<br />

. Usufruir de um atendimento privilegiado e personalizado;<br />

. A oferta da primeira anuidade. As anuidades seguintes são de € 8,50;<br />

. A possibilidade de aumentar a liquidez e flexibilizar a gestão do seu orçamento.<br />

Pode diferir automaticamente o pagamento das suas compras até ao valor de um plafond acordado (facultativo),<br />

sem custos adicionais e sem juros.<br />

CARTÕES<br />

DE DÉBITO E DE CRÉDITO AINDA MAIS SEGUROS<br />

Os cartões de crédito e débito da Caixa passaram a integrar a tecnologia chip EMV (Europay, MasterCard e Visa). Esta<br />

substitui o uso da banda magnética por um chip, que torna os cartões mais seguros e as transacções mais rápidas. As<br />

transacções que eram, até agora, validadas por NIP (Número de Identificação Pessoal) ou assinatura passam a ser, com<br />

excepção de alguns comerciantes (restaurantes), validadas apenas através da introdução do NIP . Para além de uma<br />

maior segurança, porque o chip dificulta a cópia ou leitura dos dados do cartão, esta validação torna-se mais<br />

cómoda, porque dispensa a assinatura do recibo.<br />

Há, igualmente, uma componente de maior fiabilidade e durabilidade, já que o chip não se desgasta como a banda<br />

magnética.<br />

Os cartões continuarão, no entanto, a ser emitidos com banda magnética e painel de assinatura de forma a permitir a<br />

aceitação do cartão nos casos em que os terminais de pagamento dos comerciantes, estrangeiros ou nacionais, ainda<br />

não tenham aderido ao acordo chip EMV ou nos casos em que a funcionalidade do chip não esteja disponível.<br />

TEMAS CGD 08/09<br />

HOMENAGEM A AMÁLIA / CARTÃO CAIXAZUL<br />

ARTE E CRIATIVIDADE<br />

PELO PLANETA<br />

O CONCURSO DE DESIGN DE MOBILIÁRIO COM<br />

MATERIAIS RECICLADOS, PROMOVIDO PELA CAIXA,<br />

EM 2008, FOI UM ÊXITO QUE SUPEROU AS EXPEC-<br />

TATIVAS. ESTE ANO, ESTÁ JÁ A DECORRER A SEGUN-<br />

DA EDIÇÃO. O PLANETA AGRADECE!<br />

O DESAFIO ESTÁ RELANÇADO junto de todos os<br />

estudantes do ensino superior das áreas de<br />

Arquitectura e de Design. A Caixa convida-os a participar<br />

com o seu talento na nova edição do<br />

Concurso de Design de Mobiliário com Materiais<br />

Reciclados, uma das iniciativas que integram o<br />

Programa Caixa Carbono Zero 2010, a estratégia da<br />

CGD para o combate às Alterações Climáticas.<br />

O conceito do Concurso – Transformar o Velho em<br />

Novo – assenta na necessidade de preservar os<br />

recursos naturais, através da utilização de matéria<br />

reciclada e reciclável e da viabilização de alternativas<br />

de concepção e produção de Eco Design. Mais<br />

uma forma de contribuir para informar e sensibilizar<br />

os mais novos, mobilizando vontades e reunindo<br />

mais soluções em defesa do planeta. A primeira<br />

edição foi um sucesso e este ano a expectativa é,<br />

ainda, maior.


EU QUERO!<br />

LIVE IN CABO VERDE<br />

Cabo Verde, o paraíso onde todos os portugueses se sentem em casa,<br />

é um destino turístico muito próximo de todos nós. A Caixa firmou<br />

uma parceria com os bancos Interatlântico e Comercial do Atlântico,<br />

no âmbito do crédito imobiliário. Uma oferta atractiva no sector<br />

do turismo residencial.<br />

LIVE IN CABO VERDE é a denominação da nova parceria da CGD com<br />

vista à criação de crédito imobiliário destinado a projectos turísticos em<br />

Cabo Verde. Dois anos após o lançamento da oferta Live in Portugal, o<br />

Grupo Caixa lançou, no último Salão Imobiliário de Lisboa, uma oferta<br />

integrada, destinada a cidadãos estrangeiros que pretendam investir em<br />

imobiliário em Cabo Verde, nomeadamente, para segunda habitação.<br />

A iniciativa compreende o financiamento para compra, construção ou<br />

obras de um imóvel em Cabo Verde, em euros ou em escudos cabo-verdianos,<br />

bem como financiamentos intercalares para pagamento de sinal.<br />

Para a oferta Live in Cabo Verde, foi assinada uma parceria com os dois<br />

bancos do Grupo Caixa em Cabo Verde: o Banco Comercial do Atlântico,<br />

líder no mercado financeiro cabo-verdiano, em que a CGD detém uma<br />

participação de 52,5%, e o Banco Interatlântico, o terceiro maior banco<br />

do país, onde a participação da CGD é de 70%. Desta forma, e atendendo<br />

à evolução dos mercados originadores de procura, a Caixa Geral de<br />

Depósitos presta apoio aos agentes imobiliários, nomeadamente no<br />

nicho de mercado que é o sector do Turismo Residencial em Cabo Verde.<br />

Procura, por isso, inovar e prestar, constantemente, um serviço de excelência<br />

através da sua vasta rede nacional e internacional.<br />

CARTÃO CUP<br />

GANHA UM OSCARD<br />

COM CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS<br />

INOVADORAS E ESPECIALMENTE CONCEBIDO<br />

PARA UTILIZADORES COM LIGAÇÃO<br />

AO MEIO ACADÉMICO, O CARTÃO<br />

UNIVERSIDADE POLITÉCNICO NÃO PASSOU<br />

DESPERCEBIDO AO JÚRI DO CONCEITUADO<br />

CONCURSO INTERNACIONAL OSCARDS 2008.<br />

A CGD viu um dos seus cartões ser galardoado na<br />

categoria de inovação tecnológica, pelo concurso<br />

Oscards 2008, um evento anual promovido pela<br />

Publi News, que elege os mais inovadores e criativos<br />

cartões bancários. A terceira edição teve lugar<br />

em Paris, em Dezembro, e reuniu banqueiros, instituições<br />

de crédito, empresas privadas, profissionais<br />

e prestadores de serviços de marketing.<br />

Trata-se do Cartão Universidade Politécnico (CUP)<br />

que, pelas características tecnológicas inovadoras<br />

que reúne, saiu vencedor na respectiva categoria.<br />

Um cartão concebido e desenhado para um público<br />

muito específico – o universo das Instituições<br />

de Ensino Superior (IES) que mantêm protocolos<br />

com a CGD.<br />

O CUP incorpora duas funções: a vertente bancária<br />

e de identificação, destinando-se a estudantes,<br />

docentes e funcionários das IES. Dotado de quatro<br />

tipos de tecnologia – código de barras, tarja magnética,<br />

chip de leitura de contacto (EMV) e chip de<br />

leitura sem contacto (Mifare), os utilizadores do<br />

cartão gozam de maior comodidade na vida prática,<br />

dada a sua multifuncionalidade. Ao identificar<br />

cada titular, o CUP facilita o acesso aos equipamentos<br />

e espaços escolares e conta inúmeras<br />

vantagens fora do âmbito académico, como, por<br />

exemplo, descontos de 40% nos espectáculos e<br />

exposições da Culturgest.<br />

Este prémio vem confirmar o esforço da CGD na<br />

inovação, mas também a sua contribuição para<br />

que o sistema bancário português esteja entre os<br />

mais avançados da Europa. Saiba mais sobre os<br />

Oscards 2008 em www.publi-news.fr


A SUA SAÚDE E A DA SUA FAMÍLIA merecem o<br />

melhor. Com o Seguro de Saúde MultiCare 40 e<br />

MultiCare 40+, tem acesso a um leque alargado de<br />

garantias e à rede MultiCare, a maior rede de<br />

Cuidados de Saúde Privados.<br />

Qualquer pessoa pode aderir ao MultiCare até aos 60<br />

anos, inclusive. As garantias estendem-se até aos 70<br />

anos.<br />

O Seguro de Saúde MultiCare Individual é composto por<br />

dois planos de cobertura - MultiCare 40 e MultiCare 40+<br />

- para que possa escolher a melhor opção:<br />

MULTICARE 40<br />

Para quem se preocupa essencialmente com situações<br />

de internamento, este é um plano de internamento<br />

hospitalar que permite beneficiar de soluções<br />

rápidas em caso de hospitalização, com um nível de<br />

capital elevado.<br />

MULTICARE 40+<br />

Um Plano Integrado de Coberturas que oferece uma<br />

solução mais completa, contemplando, também,<br />

pequenas cirurgias, parto, serviços de ambulatório<br />

(consultas, exames e tratamentos) e estomatologia.<br />

CARTÃO BASICCARE DÁ SAÚDE E DESCONTOS<br />

O BasicCare AE é um cartão de saúde que lhe dá descontos.<br />

Trata-se de uma alternativa simples, acessível e<br />

de utilização imediata que lhe permite ter acesso a consultas,<br />

tratamentos, exames, serviços de estomatologia<br />

e serviços de assistência, para além de garantir<br />

o pagamento de um capital diário por internamento hospitalar.<br />

Tudo a preços substancialmente mais baixos,<br />

através da rede MultiCare - uma das maiores redes de<br />

Cuidados de Saúde Privados.<br />

Ambas as soluções oferecem a Extensão de Coberturas<br />

ao Estrangeiro e a Segunda Opinião Best Doctors.<br />

Ao subscrever um destes dois planos, usufrui de um<br />

desconto para si e para o seu agregado familiar (cônjuge<br />

e descendentes) até 20%. O pagamento do Seguro de<br />

Saúde MultiCare pode ser efectuado com periodicidade<br />

anual, trimestral ou mensal e permite utilizar os serviços<br />

médicos em dois regimes distintos:<br />

. Prestação directa: dentro da rede MultiCare;<br />

. Prestação por Reembolso: fora da rede MultiCare.<br />

As garantias extinguem-se no final do ano civil em<br />

que as pessoas seguras atinjam os 70 anos de idade,<br />

deixarem de fazer parte do Agregado Familiar ou, no<br />

caso de descendentes ou adoptados, quando deixarem<br />

de estar abrangidos pelo esquema oficial de Abono de<br />

Família.<br />

O Serviço de Apoio ao Cliente está disponível 24 horas<br />

por dia, pelo telefone 217 805 780, para apoio em<br />

situações de urgência. Pode, também, consultar a rede<br />

MultiCare, em www.multicare.pt, ou através do serviço<br />

MultiCare Mobile, em www.mobile.multicare<br />

De fácil subscrição e utilização imediata, basta o preenchimento<br />

de uma proposta de adesão, sem questionário<br />

de saúde, e a utilização da rede é imediata, com excepção<br />

do Capital Diário por Internamento Hospitalar, que<br />

tem um período de carência de 90 dias. Pode subscrever<br />

o cartão BasicCare AE sem qualquer limite de idade e<br />

aceder a uma rede privada de Prestadores de Cuidados<br />

de Saúde com mais de 6000 prestadores ao seu serviço,<br />

incluindo médicos, centros de diagnóstico, clínicas, hos-<br />

TEMAS CGD 10/11<br />

VIVER EM CABO VERDE / MULTICARE<br />

PELA SUA SAÚDE<br />

SEGURO DE SAÚDE MULTICARE E CARTÃO BASICCARE<br />

O Seguro de Saúde Multicare, nas modalidades Multicare 40 e Multicare 40+ dão acesso à rede<br />

MultiCare, a maior rede de Cuidados de Saúde Privados, com cinco por cento de desconto sobre o valor<br />

total do prémio para Clientes Caixazul. A anuidade do Cartão BasicCare também sofre uma redução<br />

de dez por cento (81 euros por pessoa), no caso de ser subscrito por Clientes Caixazul.<br />

pitais e laboratórios de análises clínicas (conheça a rede<br />

em www.basiccare.pt). A anuidade do cartão BasicCare<br />

é de 90 euros.<br />

Poderá beneficiar de descontos até 30 por cento caso<br />

inclua o seu agregado familiar (cônjuge ou descendentes).<br />

O Serviço de Apoio ao Cliente está disponível 24<br />

horas por dia para apoio em situações de urgência.<br />

Basta ligar para o número de telefone 217 805 757.


SERVIÇO CAIXAZUL<br />

NA INTERNET<br />

A nova área na Internet, dedicada ao Serviço Caixazul, já pode ser consultada.<br />

Faça-o através do www.cgd.pt > particulares ou digitando directamente www.cgd.pt/Site/Caixazul.<br />

Encontrará toda a oferta concebida especialmente para si e inúmeras novidades.<br />

AO ACEDER À NOVA PÁGINA DE INTERNET dedicada aos Clientes Caixazul, poderá<br />

informar-se, com toda a comodidade, de serviços exclusivos.<br />

Poderá fazer uma melhor gestão do quotidiano, numa secção onde são apresentadas as<br />

soluções que facilitam o seu dia-a-dia, encontrar as melhores soluções em crédito à<br />

habitação bem como sugestões de investimento imobiliário interessantes, uma área<br />

dedicada ao Crédito Pessoal, com destaque para a linha de crédito pessoal Vida Azul,<br />

para qualquer finalidade e com spreads muito competitivos. A Poupança e o Futuro<br />

também estão contemplados, com sugestões para aplicações competitivas e para a preparação<br />

da reforma. A Saúde, o bem mais precioso, é uma área onde poderá encontrar<br />

as melhores opções de assistência Médica, com benefícios exclusivos para os Clientes<br />

Caixazul. No que toca à Cultura e ao Lazer, para aproveitar as sugestões culturais da<br />

Culturgest ou descontrair nas Pousadas de Portugal, entre outros programas aliciantes,<br />

é uma das novidades com que os Clientes Caixazul poderão contar.<br />

Pode, ainda, consultar as localizações das Agências com espaços Caixazul, bem como<br />

as últimas edições da Revista Azul.<br />

Serviço Caixazul. Cada vez mais perto de si.


TEMAS CGD 12/13<br />

CAIXAZUL NA NET<br />

CAIXAZUL NETPR@ZO<br />

UM DEPÓSITO A PRAZO EXCLUSIVO<br />

PARA CLIENTES CAIXAZUL<br />

Para o ajudar a melhorar os seus níveis de rendimentos futuros, a Caixa disponibiliza-lhe diversas<br />

soluções financeiras. Entre elas, o Caixazul Netpr@zo, com condições inigualáveis no mercado.<br />

PARA SI, QUE É CLIENTE CAIXAZUL com o serviço Caixadirecta on-line, criámos<br />

um depósito a prazo on-line, a 6 meses, com capital garantido e possibilidade de<br />

mobilização antecipada.<br />

O montante de subscrição, para cada emissão quinzenal, tem o mínimo de 500 euros e<br />

o máximo de 10.000 euros. A taxa de juro anual nominal bruta fixa é equivalente à<br />

média da Euribor a 6 meses, base 360 dias, verificada no mês anterior ao da subscrição<br />

e arredondada à décima, por defeito, sendo de 3,365%, à data de 27 de Janeiro de 2009.<br />

Os rendimentos são sujeitos a IRC ou IRC, com retenção na fonte às taxas em vigor.<br />

Peça mais informações ao seu Gestor Dedicado sobre este produto ou outros adequados<br />

ao seu perfil de investidor.


14/15 TEMAS CGD<br />

CAIXAGOLD / THE KEYS<br />

ALGUNS PARCEIROS<br />

DO CLUBE CAIXA GOLD<br />

DECORAÇÃO E JARDINS<br />

Jardigest, Inexistência, iKAZA; Flores.pt, Porcel.<br />

SEGUROS E SERVIÇOS CAIXA<br />

MultiCare, Fidelidade Mundial.<br />

VIAGENS E ALOJAMENTO<br />

Pousadas de Portugal, Hotéis Pestana; ARTEH®<br />

– Hotels and Resorts, Rent-a-Car Avis, Visabeira Turismo,<br />

ANA – Aeroportos, Agência de Viagens TAGUS.<br />

<strong>CULTURA</strong> E LAZER<br />

Fundação CGD - Culturgest, IDI (Inst. Desenvolvimento<br />

e Inovação), Revista Gold, GOURMET Clube<br />

Appetites de Portugal, Clube Os Nossos Sabores.<br />

ESTÉTICA, SAÚDE E DESPORTO<br />

Clínicas de Nutrição e Estética Persona,<br />

Solinca-Health & Fitness Clubs, Golf Market – Indoor Golf<br />

Center, Institutoptico.<br />

VESTUÁRIO, RELOJOARIA E JOALHARIA<br />

Cenoura, Boutique dos Relógios, Torres Joalheiros.<br />

EXPERIÊNCIAS<br />

A Vida é Bela, Lisboa Vista do Tejo.<br />

EXISTE UM MUNDO MAIS DOURADO<br />

O MUNDO CLUBE<br />

CAIXA GOLD<br />

Ao subscrever o cartão Caixa Gold, torna-se<br />

membro do Clube Caixa Gold, que lhe abre<br />

as portas para um mundo pleno de vantagens<br />

e privilégios. A partir daí, nada será como antes.<br />

AO TORNAR-SE MEMBRO DO CLUBE CAIXA GOLD, são-lhe<br />

oferecidas condições vantajosas em várias áreas de interesse –<br />

viagens, cultura, estética e saúde, vestuário e joalharia,<br />

comunicações, assistência ao lar e seguros – apenas pelo facto de<br />

usar o cartão Caixa Gold. Usufrua de todos os benefícios que lhe<br />

são oferecidos e da distinção de que vai ser alvo.<br />

Para que possa usufruir sempre destas vantagens, receberá um<br />

guia de parceiros Clube Caixa Gold, que deverá transportar<br />

sempre consigo e através do qual poderá consultar, sempre que<br />

queira, todas as entidades onde pode ter descontos e benefícios<br />

exclusivos.<br />

Aproveite o que a vida tem de melhor, faça parte de um mundo<br />

mais dourado.


THE KEYS, QUINTA DO LAGO<br />

DEIXE-SE ENCANTAR<br />

Rodeado por frescos relvados, nasceu um empreendimento de charme, onde arquitectura<br />

e natureza se unem na perfeição. É o The Keys, a grande emoção da Quinta do Lago.<br />

CASAS DE SONHO NUM LUGAR PRIVILEGIA-<br />

DO DE PORTUGAL é a proposta irrecusável<br />

para quem procura usufruir de um pedaço de<br />

Paraíso na Terra, ou melhor, no Algarve. O bom<br />

gosto, a harmonia total com o espaço envolvente,<br />

os materiais eleitos e os tipos de casa para<br />

diferentes aspirações e necessidades, com tipologias<br />

inteligentemente traçadas, juntam-se ao<br />

mais sofisticado design contemporâneo com inspirações<br />

repletas de glamour. São apenas as primeiras<br />

evidências a prender os olhares de quem<br />

visita o The Keys.<br />

No total e à escolha, o projecto financiado pela CGD<br />

e promovido pela empresa E3 Property divide-se<br />

em três conjuntos distintos de habitações – The Key<br />

Lago, The Key Verde e The Key Pointe. Localizados<br />

em diferentes zonas da Quinta do Lago, gozam de<br />

paisagens díspares, mas comungam da mesma<br />

atmosfera, do ameno clima algarvio, das infra-estruturas<br />

e das regalias que a Quinta do Lago há tanto<br />

preserva e garante a quem vem descansar, fazer<br />

praia, jogar golfe, divertir-se, conviver e aproveitar<br />

um dos mais famosos spots turísticos do mun-do,<br />

onde o sol e o mar fazem as delícias de todos. Deixese<br />

encantar, começando por uma visita virtual no<br />

site do The Keys e, se pretender informações mais<br />

detalhadas ou combinar uma deslocação ao local,<br />

contacte a E3 Property.<br />

A CGD CONSIGO NO PARAÍSO<br />

A Caixa estabeleceu um protocolo financeiro com os<br />

promotores do The Keys. Por isso, os seus Clientes<br />

têm primazia e condições únicas de pricing na aquisição<br />

destas fracções. No âmbito das soluções de<br />

Crédito Habitação para residentes e do produto Live<br />

In Portugal, disponível para clientes estrangeiros<br />

não residentes, a oferta inclui a possibilidade de<br />

financiamento intercalar para sinal, de acordo com<br />

o previsto no Contrato de Promessa de Compra e<br />

Venda, a redução de 20% no preço do serviço de<br />

procuradoria associado ao crédito para compra de<br />

casa, isenção de despesas de avaliação – sendo a<br />

comissão reduzida em 30% em operações enquadradas<br />

na oferta Caixazul – e, ainda, a dispensa de<br />

registos provisórios para a realização de escritura.<br />

THE KEYS<br />

WWW.<br />

THEKEYSATQUINTA<br />

.COM<br />

E3 Property<br />

International<br />

Quinta do Lago<br />

Almancil<br />

Tel.: 289 391 751


CONHECER, A FUNDO, A ANTÁRCTIDA, PARA COMPREENDER OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS A NÍVEL GLOBAL


A CAIXA FINANCIA<br />

SUSTENTABILIDADE 16/17<br />

O PLANETA AGRADECE<br />

Nova Geração<br />

de Cientistas<br />

Polares<br />

A Caixa está a apoiar a maior campanha científica portuguesa<br />

levada a cabo na Antárctida, através da atribuição das bolsas Nova Geração<br />

de Cientistas Polares a seis jovens investigadores.<br />

EM PARCERIA COM O COMITÉ PORTUGUÊS PARA O ANO POLAR INTERNACIO-<br />

NAL, a Caixa atribuiu seis bolsas de investigação a jovens cientistas polares, integradas<br />

no Programa Nova Geração de Cientistas Polares - Bolsas de Investigação<br />

apresentado oficialmente no passado dia 17 de Dezembro de 2008, na Fundação<br />

CGD – Culturgest.<br />

Foi também apresentado o Programa Polar Português (ProPolar), no âmbito do qual<br />

está a ser levada a cabo a maior campanha científica portuguesa na Antárctida, com<br />

o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). No site da CGD, os<br />

cientistas dão conta do seu dia-a-dia na Antárctida em Diário de Campanha<br />

(www.cgd.pt).


18/19 SUSTENTABILIDADE<br />

O PLANETA AGRADECE<br />

PROGRAMA DE BOLSAS<br />

“NOVA GERAÇÃO<br />

DE CIENTISTAS POLARES”,<br />

INTEGRADO NO<br />

PROGRAMA CAIXA<br />

CARBONO ZERO 2010<br />

TEMA / Caracterização petrofísica de amostras de rocha<br />

e solo como contributo para o estudo do permafrost e das<br />

alterações climáticas na Antárctida.<br />

ORIENTADOR / António Correia<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Universidade de Évora<br />

DURAÇÃO / 24 meses<br />

TEMA / Alteração na expressão génica em resposta ao stress<br />

num peixe da Antárctica.<br />

ORIENTADOR / Adelino Canário<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Universidade<br />

do Algarve<br />

DURAÇÃO / 24 meses<br />

TEMA / O ozono e os constituintes minoritários<br />

da atmosfera Antárctica.<br />

ORIENTADOR / Daniele Bortoli<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Universidade de Évora<br />

DURAÇÃO / 24 meses<br />

TEMA / Alterações climáticas e o regime térmico do<br />

permafrost nas ilhas Shetland do Sul, Antárctida. Estudo<br />

de índices de congelação do ar e do solo.<br />

ORIENTADOR / Gonçalo Vieira<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Universidade de Lisboa<br />

DURAÇÃO / 24 meses<br />

TEMA / Distribuição e abundância de fauna pelágica<br />

no Mar de Scotia (Antárctica).<br />

ORIENTADOR / José Xavier<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Universidade<br />

do Algarve<br />

DURAÇÃO / 12 meses<br />

TEMA / Variações da temperatura superficial dos oceanos<br />

e efeitos no comportamento e reprodução de dois predadores<br />

alados: implicações para a previsão dos efeitos de prováveis<br />

mudanças climáticas.<br />

ORIENTADOR / Paulo Catry<br />

INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO / Instituto Superior<br />

de Psicologia Aplicada<br />

DURAÇÃO / 18 meses<br />

DIÁRIO DE CAMPANHA<br />

ACOMPANHE A MAIOR<br />

CAMPANHA CIENTÍFICA<br />

PORTUGUESA<br />

DE SEMPRE NA ANTÁRCTIDA,<br />

EM WWW.CGD.PT<br />

As bolsas Nova Geração de Cientistas Polares, atribuídas pela Caixa, abrangem três áreas<br />

consideradas estratégicas pelo Comité Português para o Ano Polar Internacional. Todas<br />

têm relação directa com o problema das alterações climáticas (Criosfera e alterações climáticas,<br />

ciências biológicas e física da atmosfera) e tratam de temas relacionados com a<br />

Antárctida, região onde os investigadores portugueses mais têm trabalhado nos últimos<br />

anos, com resultados relevantes para a comunidade científica global. Os bolseiros, integrados<br />

em grupos de investigação das universidades do Algarve (Centro de Ciências do<br />

Mar), Évora (Centro de Geofísica) e Lisboa (Centro de Estudos Geográficos) e ISPA -<br />

Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Unidade de Investigação em Eco-Etologia),<br />

serão coordenados, respectivamente, por Adelino Canário, professor catedrático da<br />

Universidade do Algarve e director do Centro de Ciências do Mar do Algarve, António<br />

Correia e Daniele Bortoli, ambos investigadores no Centro de Geofísica da Universidade<br />

de Évora, Gonçalo Vieira, professor auxiliar da Universidade de Lisboa e investigador do<br />

Centro de Estudos Geográficos, coordenando o Grupo de Investigação em Permafrost e<br />

Clima da Antárctida, José Xavier, investigador de pós-doutoramento do Centro de<br />

Ciências do Mar da Universidade do Algarve e, por fim, Paulo Catry, investigador na<br />

Unidade de investigação em Eco-Etologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.<br />

O ANO POLAR INTERNACIONAL (API)<br />

É um programa internacional e interdisciplinar de investigação e educação que visa criar bases<br />

para uma nova era na investigação polar. O seu papel é essencial na compreensão das regiões<br />

polares e das alterações climáticas a nível global, através de uma profunda análise dos seus clima,<br />

ecossistemas e sociedades.<br />

É, portanto, o resultado de um esforço global com milhares de cientistas envolvidos em quase 60<br />

países e seis continentes. Os seus parceiros definiram seis temas-chave para a agenda científica:<br />

. O estado do ambiente das regiões polares;<br />

. O estado das mudanças climáticas passadas e a previsão das futuras;<br />

. As relações entre os processos polares e os processos globais;<br />

. As fronteiras da ciência e as regiões polares;<br />

. A observação da Terra e do Espaço a partir dos pólos;<br />

. A sustentabilidade das sociedades circumpolares.


Porquê a<br />

PASSADO, PRESENTE E FUTURO 20/21<br />

A CGD E A <strong>CULTURA</strong><br />

Cultura?<br />

UM PATRIMÓNIO HISTÓRICO, A CONTEMPORANEIDADE E O FUTURO<br />

Com mais de 130 anos, a Caixa dispõe de um vasto património que conta, também, um<br />

pouco da história de um país. É, para além disso, o único Banco mecenas de uma fundação<br />

sem fins lucrativos com uma das melhores ofertas culturais da capital. E é, a partir<br />

de agora, de olhos postos no futuro, o Banco do Design. Celebremos, pois, a Cultura.<br />

HÁ RELÍQUIAS NO PATRIMÓNIO HISTÓRICO DA CAIXA, disponível para<br />

consulta de todos os interessados no que são, também, fragmentos da nossa<br />

História. Esse passado, de valor inestimável, é uma riquíssima vertente de cultura.<br />

No presente, a Fundação CGD - Culturgest é um pólo de arte contemporânea<br />

como nenhum outro na cidade de Lisboa. A Casa do Mundo tem uma<br />

agenda cultural com um nível qualitativo superior e ímpar, tanto no que toca<br />

às artes performativas, como no que respeita a exposições.<br />

Agora, uma nova página se abre na História da CGD, com vista a um futuro onde<br />

o design nacional possa, cada vez mais, afirmar-se, com todo o seu potencial, no<br />

mundo. Através de uma parceria com o Centro Português de Design, serão atribuídos<br />

prémios a projectos nacionais de vários âmbitos, à semelhança do que já<br />

acontecia com o Concurso de Design de Mobiliário com Materiais Reciclados.


UM TESOURO<br />

A DESCOBRIR<br />

RELÍQUIAS BEM GUARDADAS<br />

COM MAIS DE UM SÉCULO DE ACTIVIDADE BANCÁRIA e uma sucessão de<br />

acontecimentos desde a sua fundação, em finais de oitocentos, a Caixa Geral<br />

de Depósitos desenvolveu-se e estruturou-se ao sabor da prossecução dos seus<br />

objectivos, do cumprimento da sua missão, alargando e renovando o raio de<br />

acção, satisfazendo as necessidades do País e da sociedade, como instituição<br />

financeira pública que é, e acompanhando, a cada década, a evolução política<br />

e a realidade económica. Recebeu autonomia administrativa em 1896, foi<br />

contemplada pela chamada Reforma de 1929 – que reorganizou os seus serviços<br />

administrativos, ditou novas regras para a área do Crédito e a renomeou<br />

Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, designação que se manteve<br />

até 1969. Quatro décadas depois daquela Reforma, a CGD viu aprovada a sua<br />

Lei Orgânica, que a transformou em Empresa Pública e, em meados de 1993<br />

(Dec. 287/93, de 20 de Agosto), foi equiparada ao sector bancário, sendo-lhe<br />

atribuída a natureza de Sociedade Anónima.<br />

O PASSADO 22/23<br />

PATRIMÓNIO HISTÓRICO DA CAIXA<br />

Reinava D. Luís e corria o mês de Abril de 1876<br />

quando se criou a Caixa Geral de Depósitos. Os mais de 130 anos decorridos originaram<br />

um património riquíssimo, que conta a história da instituição e constitui prova viva<br />

da evolução sócio-económica do País, num período deveras importante – o século XX.<br />

Um vasto acervo que importa preservar e conhecer.


24/25 O PASSADO<br />

PATRIMÓNIO HISTÓRICO DA CAIXA<br />

O QUE OS OLHOS<br />

NÃO VÊEM<br />

O processo de organização é moroso e detalhado.<br />

Muito trabalho invisível foi concluído. Conheça as tarefas<br />

de bastidores.<br />

- Quadros de Classificação elaborados para os vários<br />

fundos;<br />

- Planos de Classificação desenvolvidos para as colecções;<br />

- Fotografia, inventário e descrição da totalidade das peças<br />

do acervo museológico;<br />

- Carregamento da base de dados com a informação<br />

da documentação tratada;<br />

- Informatização da Biblioteca Ultramarina (fundo associado<br />

ao Arquivo Histórico do BNU), em colaboração com<br />

a Fundação Portugal África;<br />

- Digitalização da totalidade dos estudos económicos<br />

do então Gabinete de Estudos Económicos do ex-BNU<br />

e de alguns livros de gravuras, também com a colaboração<br />

da Fundação Portugal África e da Universidade de Aveiro.<br />

TOME NOTA<br />

FIQUE ALERTA<br />

Está em projecto a criação de um espaço de exposição<br />

permanente, para divulgação do Núcleo Museológico<br />

da CGD. Um interessante acervo que incorpora as peças<br />

que pertencem ao património histórico e artístico da CGD<br />

e do BNU, de que se destacam conjuntos de máquinas de<br />

escrever, de calcular e de contabilidade, certificadores de<br />

cheques, cofres, balanças, relógios, selos brancos,<br />

prensas, tômbolas de sortear acções, inutilizadores de<br />

notas, diversas peças de mobiliário antigo, chapas<br />

metálicas para impressão a talhedoce, utilizadas pela<br />

casa impressora Bradbury no fabrico das notas emitidas<br />

pelo BNU. E, ainda, pedras litográficas, moedas, medalhas,<br />

notas e outros exemplares de papéis de valor.<br />

Tudo isto é matéria de inestimável valor<br />

a que os portugueses têm direito e, certamente, gosto em conhecer<br />

Dica<br />

AZUL<br />

Aos grandes momentos da vida da Caixa juntaram-se sempre estratégias de<br />

inovação, de aperfeiçoamento, de crescimento e de rendibilidade. Mais recentemente,<br />

através de projectos pioneiros, a CGD lançou canais alternativos que<br />

viabilizaram a banca à distância, explorou outros sectores da economia,<br />

absorveu empresas, como foi o caso do BNU – quem não se lembra do velho<br />

Banco Nacional Ultramarino –, revitalizou outras e ousou conquistar terreno<br />

fora de portas. A expansão internacional é hoje uma realidade consolidada,<br />

o Grupo CGD está presente nos mais importantes centros financeiros do<br />

mundo, sendo considerada uma instituição de prestígio, uma marca de<br />

confiança, uma empresa sensível às grandes causas planetárias, ao mecenato<br />

cultural e artístico, ao apoio vital no desporto e na solidariedade, promovendo<br />

Portugal e aceitando o desafio da renovação permanente. A par do seu<br />

longo caminho como instituição financeira, a Caixa acumulou um património<br />

a que ninguém fica indiferente. E ainda que esta não seja uma área de<br />

negócio dentro do banco, é, contudo, uma matéria de inestimável valor, pela<br />

memória do seu passado, da história da banca e do desenvolvimento do País,<br />

a que os portugueses têm direito e, certamente, gosto em conhecer.<br />

Nos últimos anos, a Caixa reuniu esforços e iniciativas para poder abrir à<br />

consulta o seu património histórico. Em 2001, foi integrado no então Gabinete<br />

de Imagem e Comunicação um conjunto de actividades relacionadas com<br />

a gestão do património histórico e artístico, disperso por várias Direcções<br />

e pelos dois bancos – CGD e BNU, então reunidos. Tomou-se consciência,<br />

desde logo, da necessidade de reorganizar, seleccionar, classificar e informatizar<br />

a informação existente, para que ela tivesse efectiva utilidade<br />

e pudesse ser, facilmente, consultada. Mesmo estando nas mãos de técnicos<br />

especializados, as tarefas a empreender eram demasiadas em relação aos meios<br />

existentes, para que os seus resultados se fizessem sentir a curto prazo.<br />

Em 2003, firma-se a decisão sobre a localização do arquivo histórico,<br />

mantendo-se no Edifício Sede todo o arquivo relativo à CGD e concentrando<br />

num espaço pertencente ao ex-BNU o acervo repeitante àquele banco, bem<br />

como os conjuntos documentais a ele associados. A separação física era<br />

possível pela simples razão de que o arquivo do BNU constituía um fundo,<br />

quase fechado, e com uma história autónoma.


PATRIMÓNIO HISTÓRICO<br />

CHEQUES, PEDRAS LITOGRÁFICAS,<br />

MÁQUINAS INUTILIZADORAS DE NOTAS,<br />

NOTAS DO BANCO NACIONAL<br />

ULTRAMARINO, CÉDULAS HIPOTECÁRIAS<br />

E MUITOS OUTROS DOCUMENTOS<br />

FAZEM PARTE DO ARQUIVO HISTÓRICO E<br />

ACERVO MUSEOLÓGICO DA CGD.<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES VÁ A<br />

http://www.cgd.pt/Institucional/<br />

Patrimonio-Historico/Pages/<br />

Arquivo.aspx


ACERVO MUSEOLÓGICO<br />

TODAS ESTAS E MUITAS OUTRAS<br />

MOEDAS FAZEM PARTE DO ACERVO<br />

MUSEOLÓGICO DA CGD E PODERÃO, EM<br />

BREVE, SER OBSERVADAS EM ESPAÇO<br />

PRÓPRIO DO MUSEU.<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES VÁ A<br />

http://www.cgd.pt/Institucional/<br />

Patrimonio-Historico/Pages/<br />

Arquivo.aspx


Mas o património em apreço vai muito além da documentação. A ele se junta<br />

a Colecção de Obras de Arte da CGD – também alvo de atenção em 2001 e,<br />

desde 2006, da responsabilidade da Culturgest SA, hoje Fundação CGD -<br />

- Culturgest, uma casa ao serviço da Cultura. Acresce, ainda, ao Património<br />

Histórico um variado conjunto de peças interessantíssimas, que perfazem o<br />

acervo museológico e de coleccionismo. Neste âmbito, achou-se por bem proceder<br />

à junção dos espólios das duas entidades, completando não só as colecções<br />

de filatelia, medalhística e numismática, como os objectos relacionados<br />

com a actividade bancária, comum às duas entidades, sediando-os também no<br />

espaço do antigo Banco Nacional Ultramarino.<br />

Casa arrumada, e 2004 marca um novo e importante passo no sentido de permitir<br />

avançar na concretização deste gigantesco desafio. A CGD toma a iniciativa<br />

de reforçar a equipa com historiadores, pós-graduados em Ciências<br />

Documentais. O tratamento dos Arquivos Históricos assiste, então, a um considerável<br />

avanço, quer a nível qualitativo, quer do ponto de vista quantitativo.<br />

É então que o departamento responsável pelo património histórico consegue<br />

definir um plano e uma listagem de objectivos muito específicos e orientados<br />

para a divulgação: organizar o legado histórico que tem à sua guarda;<br />

tratar tecnicamente a documentação dos arquivos históricos da CGD e do<br />

ex-BNU; colocar o património histórico do Banco ao serviço e à disposição dos<br />

cidadãos; e criar condições de acessibilidade para consulta deste legado.<br />

A constituição, em 2008, do Gabinete de Património Histórico (CPH), como<br />

estrutura autónoma da CGD, foi vital, definindo-lhe como objectivos principais<br />

a conservação, a organização e a divulgação do património histórico, dividindo-o<br />

em três áreas específicas: Arquivos Históricos, Museu e<br />

Coleccionismo e Bibliotecas. A divulgação é a meta mais ambiciosa e significativa<br />

do desempenho desta estrutura no futuro – Divulgar a informação de<br />

forma didáctica, sempre com um objectivo determinado e com um conteúdo de<br />

valor acrescentado, relativamente ao estádio básico do conhecimento que o público<br />

em geral tem da história e evolução do dinheiro, da banca e do Grupo CGD. O<br />

património da Caixa fará muito mais sentido se estiver ao alcance das pessoas,<br />

dos investigadores, dos estudantes, da Cultura. Nesse dia, o sonho estará realizado<br />

e a memória da evolução do dinheiro e da banca será condignamente<br />

preservada. Até lá, cada movimento far-se-á à luz dos objectivos propostos,<br />

cumprindo, em simultâneo, o compromisso que a Caixa assumiu no âmbito da<br />

sua Responsabilidade Social como empresa.<br />

O PASSADO 26/27<br />

PATRIMÓNIO HISTÓRICO DA CAIXA<br />

CONSULTE,<br />

PERCA-SE, SABOREIE<br />

O ARQUIVO HISTÓRICO DOCUMENTAL ESTÁ DISPONÍVEL<br />

PARA TODOS OS CIDADÃOS INTERESSADOS EM CONSULTÁ-<br />

-LO. SAIBA MAIS EM WWW.CGD.PT/INSTITUCIONAL OU<br />

CONTACTE AS RESPECTIVAS ÁREAS DO GABINETE DO<br />

PATRIMÓNIO HISTÓRICO<br />

Fundo Documental da CGD<br />

Avenida João XXI, 63<br />

1000-300 Lisboa<br />

Tel.: 217 905 510<br />

arquivohistorico@cgd.pt<br />

Fundo Documental do BNU<br />

Rua António Maria Baptista, 14<br />

1170-027 Lisboa<br />

Tel.: 218 160 640<br />

arquivohistorico@cgd.pt<br />

BIBLIOTECA ULTRAMARINA<br />

Faz parte do Fundo documental do BNU e trata-se de um<br />

importante espólio sobre a história das ex-colónias portuguesas<br />

de África e do Oriente, datando as suas obras entre<br />

1865 e 1990. Um raro e significativo acervo bibliográfico em<br />

diversas áreas do conhecimento, tais como: literatura, política,<br />

história bancária, história económica, ciências agrárias,<br />

ciências da terra, direito, biologia, história, sociologia, economia,<br />

antropologia, etnologia e religião. Estão registados<br />

cerca de 12 500 títulos, incluindo monografias, analíticos de<br />

monografias, periódicos e analíticos de periódicos referentes<br />

a Moçambique, Angola, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Índia,<br />

Macau e Timor. Estes títulos podem já ser consultados no site<br />

“Memória de África” www.memoria-africa.ua.pt – resultado<br />

de um trabalho conjunto que a CGD está a desenvolver com<br />

a Fundação Portugal África.


O PRESENTE 28/29<br />

FUNDAÇÃO CGD - CULTURGEST<br />

Fundação CGD<br />

Culturgest<br />

É única no mundo. Em nenhum outro país, um banco é o principal mecenas<br />

de um espaço de cultura desta dimensão e com este tipo de oferta. 15 anos depois do seu<br />

surgimento, esta Casa do Mundo faz já parte da vida cultural de Lisboa e do País.<br />

A HISTÓRIA É SIMPLES. HÁ 15 ANOS, QUANDO PORTUGAL dava os primeiros<br />

passos numa União Europeia que era, ainda, para a maioria dos portugueses,<br />

a maior das aventuras, faltavam inúmeras infra-estruturas que atestassem<br />

o nosso desenvolvimento, então, muito aquém das grandes capitais europeias.<br />

Na cultura também. Prova disso era a lacuna que existia no que toca a arte<br />

contemporânea.<br />

Em 1991, o comissário-geral do festival Europália Portugal, que decorria nas<br />

principais cidades belgas, Rui Vilar, o primeiro português a ocupar o cargo de<br />

director-geral na Comissão Europeia, ocupava, simultaneamente, o cargo de<br />

presidente do Grupo Caixa Geral de Depósitos e convidou Fátima Ramos para<br />

assumir o cargo de vice-comissária do mesmo festival. Gerada uma enorme<br />

cumplicidade profissional e ainda com o Edifício-Sede da Caixa Geral de<br />

Depósitos em construção, decidiu-se que este reunia as condições para ali se<br />

fazer cultura. Nasce, assim, em Outubro de 1993, aquele que veio a ser um<br />

dos pólos culturais mais importantes da capital e, sem dúvida, um dos mais<br />

relevantes no que toca a arte contemporânea.


Inicialmente,<br />

a preocupação<br />

da Culturgest<br />

era apresentar<br />

os grandes clássicos<br />

do Século XX, mas<br />

também o que se estava<br />

a fazer na prolífera<br />

década de 90<br />

UM PROJECTO OUSADO, tendo em conta a oferta cultural a que o público português<br />

estava, até então, habituado. Desde que a Gulbenkian deixou de organizar os encontros<br />

Acarte, os projectos artísticos mais ousados, tanto no que toca às artes performativas,<br />

como no que se refere a exposições, assumiram alguns riscos. E nenhuma grande<br />

obra se consegue sem um pouco de arrojo.<br />

Inicialmente, a preocupação da Culturgest era apresentar os grandes clássicos do Século<br />

XX, mas também o que se estava a fazer na prolífera década de 90. O diálogo entre o<br />

antigo e o novo, o reportório e o experimentalismo, a abertura às expressões artísticas<br />

vindas de todo o mundo, ao erudito e ao popular, bem como a participação nos circuitos<br />

nacionais e internacionais de produção e exibição foram algumas das orientações<br />

programáticas definidas desde o início e que, no essencial, se vêm mantendo, com uma<br />

adesão do público que foi crescendo e hoje atinge níveis muito elevados. A Culturgest<br />

contribuiu, assim, pode dizer-se, para uma mudança de atitude do público face à arte<br />

contemporânea.<br />

A própria imagem da Caixa Geral de Depósitos que, então, era a de um banco sólido e<br />

de confiança, mas também tradicional, veio a ser reajustada junto da opinião pública<br />

que, agora, vê na instituição uma preocupação com o nível de oferta cultural junto do<br />

público português, e não apenas dos seus Clientes. A aposta foi, muito antes de 15 anos<br />

volvidos, ganha.


As preocupações sociais que marcam muitos projectos apoiados pela Caixa Geral de<br />

Depósitos, são também extensíveis à Fundação CGD – Culturgest. Porque a cultura e<br />

a educação pela arte são direitos essenciais numa sociedade moderna, os espectáculos<br />

e as exposições patentes nas suas salas têm sempre preços convidativos e condições<br />

especiais.<br />

As assinaturas possibilitam um desconto de 40 por cento se, mediante consulta do<br />

programa trimestral, forem adquiridos bilhetes para quatro ou mais espectáculos.<br />

Para além disso, possibilitam a entrada gratuita nas Galerias.<br />

Os descontos nas exposições são aplicáveis a jovens até aos 25 anos, maiores de 65,<br />

empregados e reformados do Grupo Caixa Geral de Depósitos (30%) e a portadores<br />

dos cartões Caixautomática Universidade/Politécnico, International Student Identity<br />

Card (ISIC) e International Teacher Identity Card (ITIC) ou pagamentos efectuados<br />

com o Cartão Caixa Fã (40%). A entrada é gratuita para jovens até aos 16 anos e titulares<br />

do cartão ICOM.<br />

Os descontos nos espectáculos aplicam-se a maiores de 65 anos, profissionais do<br />

espectáculo, empregados e reformados do Grupo Caixa Geral de Depósitos e titulares<br />

do cartão Caixa Gold, que o utilizem como meio de pagamento (30%), portadores do<br />

cartão Caixautomática Universidade/Politécnico, International Student Identity Card<br />

(ISIC) e International Teacher Identity Card (ITIC) ou pagamentos efectuados com o<br />

Cartão Caixa Fã (40%), empregados e reformados da Caixa (50%). Os jovens com<br />

menos de 30 anos pagam, como preço único e sem descontos, cinco euros.<br />

O PRESENTE 30/31<br />

FUNDAÇÃO CGD - CULTURGEST<br />

O diálogo entre o antigo e o novo,<br />

o reportório e o experimentalismo, a abertura às expressões artísticas<br />

vindas de todo o mundo, ao erudito e ao popular, bem como a participação<br />

nos circuitos nacionais e internacionais de produção e exibição foram<br />

algumas das orientações programáticas definidas desde o início<br />

FUNDAÇÃO<br />

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS<br />

CULTURGEST<br />

Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest<br />

Edifício-Sede da Caixa Geral de Depósitos<br />

Rua Arco do Cego, Piso 1<br />

1000-300 Lisboa<br />

E-mail: culturgest@cgd.pt<br />

Tel.: 21 790 51 55<br />

Fax: 21 848 39 03<br />

Metro: Campo Pequeno<br />

Autocarros: Campo Pequeno: 54 e 56;<br />

Av. República: 21, 36, 44, 45, 49, 83, 90, 91, 727, 732, 738;<br />

Praça de Londres: 7, 22, 40, 767;<br />

Avenida de Roma: 7, 35, 727 e 767.<br />

GALERIAS: De segunda a sexta-feira, das 11h00<br />

às 19h00 (última admissão às 18h30); Sábados,<br />

Domingos e Feriados, das 14h00 às 20h00 (última<br />

admissão às 19h30). ENCERRADAS À TERÇA-FEIRA<br />

Guias áudio disponíveis gratuitamente. Visitas escolares<br />

e de grupos - Consulte o Serviço Educativo em<br />

http://www.culturgest.pt/actual/seredu.html


Um Homem<br />

Quando foi convidado para a Administração, em Março<br />

de 2004, já a Culturgest era, com 11 anos de história, um marco<br />

incontornável na cultura de Lisboa, graças a uma estratégia muito<br />

bem definida por António Pinto Ribeiro, o então director artístico<br />

que, entretanto, pouco depois da entrada<br />

do nosso entrevistado, deixou o cargo. Miguel Lobo Antunes<br />

assume que o seu objectivo é, agora como sempre,<br />

prosseguir os desígnios propostos desde o início da Casa do<br />

Mundo. Mas quase cinco anos depois, a Culturgest é, mais do<br />

que nunca, ponto de encontro entre uma oferta cultural cuidada<br />

e uma procura exigente das artes. E essa Responsabilidade Social<br />

que é fazer chegar à população a melhor música, teatro,<br />

dança e exposições não pode estar ferida de elitismo.<br />

O administrador e director de Programação explica porque é que,<br />

na Culturgest, a Cultura é para todos.<br />

O PRESENTE 32/33<br />

FUNDAÇÃO CGD - CULTURGEST<br />

NA CASA<br />

DO MUNDO<br />

ENTREVISTA - MIGUEL LOBO ANTUNES


34/35 O PRESENTE<br />

FUNDAÇÃO CGD - CULTURGEST<br />

AZUL - Cultura e fins lucrativos são, na sua<br />

opinião, dois conceitos incompatíveis?<br />

Miguel Lobo Antunes - Há, primeiro, que distinguir<br />

algumas coisas. Existe uma série de actividades culturais<br />

que são lucrativas. O teatro musical, por exemplo, que<br />

tanto sucesso tem tido nos últimos anos em Portugal é,<br />

certamente, lucrativo. Desde que a sala tenha dimensões<br />

que o permitam, haja público suficiente e os preços dos<br />

bilhetes sejam elevados, há certos espectáculos que dão<br />

lucro. A indústria do disco está agora em crise, mas era,<br />

até há bem pouco tempo, bastante lucrativa. Alguns<br />

livros também dão lucro.<br />

Mas há uma outra parte que não. Devido aos custos<br />

inerentes, por exemplo. Não é possível fazer uma peça<br />

de teatro para 15 mil pessoas. Ou se é, não há público<br />

para isso. Dança contemporânea, exposições ou certo<br />

tipo de música não dá lucro nem é possível que<br />

sobrevivam sem um certo tipo de apoio. Historicamente,<br />

estas manifestações culturais sobreviveram ao longo dos<br />

séculos porque havia o apoio da burguesia rica ou do rei.<br />

Com o avançar dos séculos, essa função mecenática<br />

começou a ser centralizada no Estado. Nos Estados<br />

Unidos, que é, muitas vezes, dado como exemplo, há o<br />

apoio de particulares, mas é associado a benefícios<br />

fiscais. O Estado abdica dessa receita e, ao fazê-lo, está,<br />

encorajando, a contribuir para a perpetuação de<br />

actividades culturais que são essenciais para a sociedade.<br />

A - O que poderá, de alguma maneira, explicar a<br />

mudança da denominação de Culturgest para<br />

Fundação CGD – Culturgest...<br />

MLA - Fundamentalmente, há duas razões para isso. Em<br />

primeiro lugar, foi alterada a Lei do Mecenato, ao abrigo<br />

da qual só as contribuições dadas a entidades sem fins<br />

lucrativos poderiam gozar dos benefícios da Lei. Sendo a<br />

Culturgest uma sociedade comercial, por definição<br />

jurídica, visava o lucro. Por isso, os donativos da Caixa<br />

Geral de Depósitos e de empresas do Grupo deixavam<br />

de ter os benefícios concedidos pela Lei do Mecenato.<br />

A segunda razão tem a ver com a natureza das funções<br />

da Culturgest. Era um pouco desadequado que uma<br />

instituição como esta, que não visa o lucro, que tem<br />

apenas uma função cultural, tivesse uma estrutura<br />

jurídica que fosse a de uma sociedade comercial.<br />

Havia um desajustamento, portanto.<br />

A - Tem algum espectáculo que sonhe trazer, um<br />

dia, ao Grande Auditório?<br />

MLA - Desde que aqui cheguei, procurei continuar<br />

o trabalho desenvolvido pelo meu amigo António Pinto<br />

Ribeiro, ou seja, continuar a política de programação<br />

definida desde o início e apoiada pelas administrações da<br />

Culturgest e da Caixa. Mas, evidentemente, pessoas<br />

diferentes fazem escolhas diferentes. Ele é uma pessoa<br />

excepcional e fazia toda a programação da Culturgest,<br />

teatro, cinema, música, dança e exposições. Eu, que não<br />

tenho as suas capacidades, convidei um programador para<br />

o teatro, um para a dança, outro para as artes visuais e eu<br />

faço o resto, que são as músicas, cinema e conferências.<br />

Todos os anos temos de escolher e isso faz com que<br />

fiquem muitos projectos de fora.<br />

A educação<br />

com ou pelas<br />

artes [...]<br />

é fundamental.<br />

[...] Ter a dimensão<br />

da criação artística, que<br />

é das coisas mais básicas<br />

e antigas do ser humano é<br />

fundamental na formação<br />

da personalidade.<br />

Aliás, são muitos mais aqueles que são excluídos do que<br />

aqueles que conseguimos incluir na programação. Para<br />

que se tenha um pouco a noção do que é o nosso<br />

trabalho, neste momento, já estão escolhidos muitos<br />

espectáculos para 2011.<br />

Depois, temos que ter em conta duas condicionantes.<br />

Por um lado, o espaço. Há espectáculos que não ficam<br />

bem num auditório de 600 lugares. Por outro lado, temos<br />

um orçamento que inviabiliza muitos espectáculos.<br />

Mesmo que, teoricamente, fossem muito interessantes.<br />

Aí, o gosto pessoal tem necessariamente de ficar de fora.<br />

A - Qual é, pessoalmente, a disciplina artística com<br />

que mais vibra?<br />

MLA - Pode parecer mentira, mas a verdade é que<br />

gosto de todas as disciplinas artísticas. Sou um<br />

“sortudo”, portanto. Gosto de ler, ir ao cinema, ver uma<br />

peça de teatro, dança, música jazz, pop. Mas dentro<br />

deste universo, que já é vasto e, no meu caso, se torna<br />

quase infinito, há coisas de que gosto e outras de que não,<br />

como é óbvio.<br />

A - A pergunta tinha a ver com a sua primeira<br />

função relacionada com a cultura, no Instituto<br />

Português do Cinema (IPC), sendo que a sua<br />

formação é Direito.<br />

MLA - Naquele tempo, pouca gente era formada.<br />

Tirava-se uma licenciatura e tinha-se trabalho. E um dos<br />

cursos que abria um maior leque de possibilidades era,<br />

precisamente, Direito. Mesmo assim, na altura, nada me<br />

fazia crer que exerceria funções ligadas com a cultura.<br />

Sempre que o fiz foi porque me convidaram. No que<br />

toca ao IPC, foi o que aconteceu. Eu adorava cinema,<br />

era um espectador assíduo, amigo de alguns cineastas,<br />

porque estudaram comigo, mas não fazia a mínima<br />

ideia de como se fazia um filme. Entretanto, um amigo,<br />

o Luís Filipe Salgado de Matos, foi convidado para<br />

presidente do IPC e pediu-me para ir com ele. Na altura,<br />

o que estava a fazer não era profissionalmente aliciante<br />

e pensei: “Porque não”? E a partir daí as coisas foram-se<br />

sucedendo.<br />

A - O que nos leva a pensar que a opção pelo<br />

curso de Direito foi um erro que, enfim, acabou<br />

por dar origem a alguma justiça no destino...<br />

MLA - Até porque a minha vida no Direito foi uma coisa<br />

muito esquisita. Na altura em que fui chamado para o<br />

IPC, trabalhava no Tribunal Constitucional. Mas como<br />

bibliotecário. Ora, essa função poderia ser desempenhada<br />

por alguém formado em Ciências Documentais, por<br />

exemplo. É claro que a minha formação jurídica sempre<br />

me ajudou ao longo da vida. No IPC, foi preciso regulamentar<br />

os financiamentos ao Cinema,<br />

na Europália, ocupei, temporariamente, o cargo de vice-<br />

-comissário e tinha facilidade nos contratos, por aí fora.<br />

Ou seja, ter uma formação jurídica é sempre uma<br />

vantagem, mesmo que se tenha uma profissão que não<br />

está, à primeira vista, relacionada.<br />

A - Acha que uma educação, tanto por parte dos<br />

pais como por parte dos órgãos competentes,<br />

deve despertar para a cultura?<br />

MLA - Para mim, a educação com as artes ou pelas<br />

artes, quando se é menino, seja dada pelos pais, escola<br />

ou instituições, é fundamental. Deve complementar<br />

aquilo que se tem como educação básica, como seja ler,<br />

escrever, fazer contas, ciências naturais, etc. Ter a<br />

dimensão do que é a criação artística, que é das coisas<br />

mais básicas e antigas do ser humano é fundamental na<br />

formação da personalidade. Não quero dizer com isto<br />

que esses miúdos, quando se tornarem adultos, vão ser<br />

grandes leitores ou apreciadores de música e cinema.<br />

Isso não está provado. Assim como não está provado o<br />

contrário. Ou seja, crianças que, na infância, não<br />

tiveram uma educação direccionada para as artes<br />

podem, muitos anos mais tarde, por eles próprios,<br />

procurar a arte porque precisam disso para a sua vida.<br />

Tenho inúmeros amigos que são disso exemplo. O que<br />

está provado é que há uma relação directa entre o nível<br />

de educação ou rendimentos e as pessoas que<br />

frequentam museus e espectáculos. Não deveria ser<br />

assim, mas é óbvio que as classes mais desfavorecidas,<br />

aquelas pessoas cuja primeira preocupação é conseguir<br />

pagar a casa e ter dinheiro para comer, têm como único<br />

veículo cultural a televisão. E acham que a cultura não é<br />

para eles. Pensam que é uma coisa dirigida a outro<br />

estrato social. Quando eu estava no CCB, organizámos<br />

a Festa da Primavera e tentámos convencer as floristas<br />

da Ribeira a vender flores, naquele Domingo, junto dos<br />

visitantes. Estas passavam por ali dezenas de vezes,<br />

sabiam onde eram os Pastéis de Belém, mas não<br />

sabiam onde era o Centro Cultural de Belém.<br />

A - Tendo em conta as práticas educativas de hoje,<br />

tanto em casa como nas próprias escolas, onde<br />

quase não há espaço para a cultura, poderemos<br />

dizer que o Serviço Educativo da Culturgest está,<br />

muitas vezes, a remar contra a maré?


MLA - No que toca a exposições, por exemplo, cerca de<br />

30 por cento do nosso público vem através do Serviço<br />

Educativo e das escolas. Quer dizer que os professores<br />

têm consciência da utilidade, para a formação dos seus<br />

alunos, do contacto com as artes. As escolas podem não<br />

ter instalações que reúnam condições para proporcionar<br />

aos alunos actividades que os despertem para a criação,<br />

mas nós temos. Depois, de uma forma lúdica, os temas e<br />

ideias são trabalhados.<br />

A - O Serviço Educativo é, pois, um pilar importante<br />

no vasto leque de oferta da Culturgest?<br />

MLA - Criámo-lo precisamente porque julgamos ser<br />

essencial para a formação e desenvolvimento das<br />

crianças, num campo onde as escolas não têm<br />

capacidade de resposta. A actividade do nosso Serviço<br />

Educativo é muito boa, intensa e com grande procura.<br />

A - E há, também aí, uma preocupação social?<br />

MLA - Claro. Ou mesmo principalmente. Em relação ao<br />

Serviço Educativo, os preços são baixíssimos, um ou dois<br />

euros. Sempre que são escolas de alunos carenciados,<br />

não pagam. Basta comunicarem-no. Depois, há também<br />

o preço único de cinco euros que praticamos para os<br />

jovens com menos de 30 anos, seja qual a natureza do<br />

espectáculo ou o seu preço de tabela. Porquê? Aprendi<br />

uma coisa com os meus filhos e os seus amigos. Hoje<br />

em dia, os jovens iniciam a sua vida profissional mais<br />

tarde. Se assistem a um espectáculo com um custo<br />

muito elevado, isso arruína-lhes as finanças para o resto<br />

do mês. Não quer dizer que não o façam, igualmente,<br />

sobretudo com concertos de bandas pop e rock. Mas<br />

com o mesmo dinheiro vêm à Culturgest três e quatro<br />

vezes. Achámos, na altura desta decisão, que os jovens<br />

eram um dos nossos grandes públicos-alvo. Por isso,<br />

optámos por um preço concorrencial com o cinema.<br />

E que tal poder assistir-se a um concerto de um grande<br />

nome do jazz pelo mesmo preço de uma sessão de<br />

cinema? Curiosamente, a receita não diminuiu. Aumentou.<br />

A procura é, assim, maior.<br />

A - Para que isso se verifique, é essencial que a<br />

Culturgest seja uma Fundação, sem fins lucrativos?<br />

MLA - É essencial que a Caixa Geral de Depósitos, nossa<br />

fundadora e principal financiadora, esteja de acordo<br />

com esta filosofia. É ela que nos dá um orçamento que<br />

devemos gerir e tem estado sempre de acordo com<br />

a forma como o fazemos. A Caixa é um exemplo. Não<br />

conheço outro banco que tenha criado e financiado um<br />

centro cultural. Ainda para mais como este. Não o tome<br />

como falta de humildade, porque era a minha opinião<br />

muito antes de sequer imaginar que aqui viria parar mas,<br />

de facto, a Culturgest tem um papel importantíssimo na<br />

cultura de Lisboa e do País, pelo que oferece ao público,<br />

pelo apoio aos criadores portugueses e pela rede de<br />

relações que estabelece com outros teatros.<br />

A - Como, por exemplo, o Panos – Palcos Novos,<br />

Palavras Novas?<br />

MLA - O Panos tem a ver com isso, mas também com o<br />

que falávamos há pouco, da necessidade de despertar<br />

certas sensibilidades nos mais novos. É um projecto<br />

inspirado num muito semelhante que existe no National<br />

Theatre de Londres. Todos os anos, alguns escritores<br />

portugueses, não necessariamente dramaturgos,<br />

escrevem duas ou três peças destinadas a ser<br />

representadas por adolescentes entre os 14 e os 18<br />

anos. Abrem-se as inscrições, cerca de 30 escolas<br />

e grupos de teatro escolhem a peça que querem<br />

representar e faz-se aqui um primeiro trabalho que<br />

passa, para além de outras coisas, pelo contacto entre<br />

os autores e os responsáveis pela encenação. Durante<br />

o decorrer do ano, temos pessoas que visitam essas<br />

escolas espalhadas por todo o País, para ver como estão<br />

a correr os trabalhos, escolhem alguns e faz-se aqui,<br />

na Culturgest, durante um fim-de-semana, um pequeno<br />

festival. Para além de já ter assistido a encenações que<br />

davam espectáculos de teatro profissional extraordinários,<br />

dá muito gosto ver o convívio que se gera entre os jovens<br />

e o trabalho teatral que desenvolvem.<br />

A - Como se sente ao deparar-se com<br />

espectáculos, como o da Madonna, com bilhetes<br />

a 50 euros que esgotaram numa questão de<br />

horas e cobrar apenas cinco euros por nomes<br />

como Cristóbal Repetto? Não acha que falta um<br />

pouco de erudição aos portugueses?<br />

MLA - Não faço a mínima ideia de quantas pessoas<br />

foram ver a Madonna. Imagino que muitos milhares.<br />

Mas acredito que muitos dos que lá foram também<br />

vêm à Culturgest. Há, realmente, muita gente disposta a<br />

dar esse dinheiro para ir ver esse tipo de espectáculos.<br />

Eu também já o fiz. Se cobrássemos essa quantia pelo<br />

concerto do Cristóbal Repetto, que muito pouca gente<br />

conhece, tínhamos uma sala vazia. Uma coisa é<br />

garantida: agora, já há mais gente a conhecê-lo. Porque<br />

os que viram o nosso espectáculo, que foi uma coisa<br />

muito especial, passaram a palavra. Esse é um dos<br />

grandes papéis da Culturgest.<br />

A - Peguemos no exemplo do DocLisboa. Acha<br />

que a Culturgest é, assim, a grande responsável<br />

pelo crescendo de popularidade do cinema<br />

documental nestes últimos anos?<br />

MLA - O grande responsável por esse facto é mesmo o<br />

DocLisboa. Isto porque nós só temos uma co-produção<br />

com eles. Fazemos a organização interna, cedemos o<br />

espaço. A restante organização e a programação é<br />

deles, que têm feito um magnífico trabalho. Podemos<br />

ser indirectamente responsáveis e orgulharmo-nos de<br />

ter connosco esse que é, agora, um grande festival<br />

internacional, sem dúvida nenhuma.<br />

A - 15 anos depois, acha concebível uma Lisboa<br />

sem a Culturgest?<br />

MLA - Acho que seria uma enorme perda para a vida<br />

cultural da cidade, apesar de hoje haver muito maior<br />

oferta do que quando a Culturgest foi criada.<br />

É, obviamente, a minha opinião, mas estou certo de<br />

que será, também, a de muita gente desta cidade.<br />

Pela qualidade e relevância do que aqui apresentamos,<br />

pelo apoio que damos aos artistas portugueses, pelo<br />

trabalho que fazemos com públicos de várias idades,<br />

acho que se não houvesse a Culturgest, a vida cultural<br />

de Lisboa ficaria mais pobre.


Caixa com<br />

Design<br />

O FUTURO 36/37<br />

CGD É O BANCO DO DESIGN<br />

O Design é, cada vez mais, uma componente determinante da competitividade<br />

de um produto ou marca. Como factor diferenciador, o seu valor económico é inegável.<br />

O Design nacional tem, agora, um outro futuro, com a nova parceria entre a Caixa e o<br />

Centro Português de Design, no âmbito da qual a Caixa se constitui como Banco do Design.<br />

O DESIGN INTERVÉM, COM PAPEL TRANSVERSAL, em áreas onde os pro-<br />

cessos de identificação de problemas, a geração destes e a resposta aos mesmos<br />

é possível. Funcionando como ponto de interligação entre tecnologia e arte,<br />

ideias e objectos, cultura e consumo, intervém, assim, ao nível social, económico<br />

e cultural, criando sustentabilidade, competitividade e qualidade global.<br />

Como disciplina associada a outras, é cada vez mais urgente a sua inclusão na<br />

gestão estratégica dos processos de definição, criação e implementação de produtos<br />

e serviços. O design garante um melhor desempenho e, logo, uma maior<br />

probabilidade de sucesso. O design é indissociável de uma nova cultura industrial<br />

profundamente ligada ao desenvolvimento tecnológico e económico da<br />

sociedade e das regiões, contribuindo, a nível global, para a construção de uma<br />

nova conduta social que considera a inovação prioritária.<br />

Muitas vezes associado a algo cultural, bonito e apetecível, o design é, afinal,<br />

e acima de tudo, uma disciplina criadora de retorno, geradora e potencializadora<br />

de progresso, por melhorar funcionalidades e acessibilidades, seja de<br />

produtos ou serviços.


Henrique Cayatte,<br />

designer e presidente do Centro Português de Design.De si<br />

AZUL - Esta parceria com a CGD dá-se por forma a<br />

incentivar a criação de design nacional ou porque<br />

já temos grandes potenciais na área e é preciso<br />

divulgá-los?<br />

Henrique Cayatte - Esta parceria, que muito nos<br />

honra, deve-se à visão da Caixa em perceber que<br />

o design nacional está em grande crescimento e que<br />

o Centro Português de Design (CPD) é a entidade de<br />

referência, com uma missão pública incontornável<br />

na promoção e divulgação desta disciplina estratégica.<br />

O design em Portugal tem-se afirmado de forma<br />

progressiva, havendo uma qualidade crescente que é<br />

reconhecida cá e lá fora. O CPD tem vinte anos e está<br />

a concluir agora um processo de redesenho que se<br />

impunha. Está mais forte, é mais reconhecido pelos<br />

designers, pelo público e pelas entidades que integram<br />

o design no seu quotidiano. Esta parceria vem dar uma<br />

ajuda decisiva neste salto e tem a importância simbólica<br />

de coincidir com o ano europeu da criatividade e<br />

inovação em que o design tem um papel central.<br />

A - O Observatório de Ensino do Design, de âmbito<br />

europeu, terá os seus serviços centralizados em<br />

Portugal. Pode falar-nos um pouco mais sobre o<br />

seu funcionamento?<br />

HC - O Observatório Europeu do Ensino do Design é o<br />

resultado do nosso trabalho ao nível europeu no<br />

quadro do BEDA (Bureau of European Design<br />

Associations), que é o organismo de referência do<br />

design europeu e que este ano comemora quarenta<br />

anos. A ideia foi aprovada por unanimidade, por nossa<br />

proposta, e está agora em fase de projecto.<br />

É a primeira organização descentralizada desta<br />

instituição. Coexistirá com o Observatório português,<br />

que está numa fase mais adiantada de preparação,<br />

e que estudará não só o ensino, mas também o estado<br />

actual do design em Portugal, ensino e impactos na<br />

sociedade. O Observatório europeu estudará a enorme<br />

diversidade de cursos que hoje existem no espaço<br />

comunitário, o impacto dos acordos de Bolonha e os<br />

programas, as saídas profissionais, quantos alunos e<br />

unidades de ensino, quais as verbas investidas, entre<br />

outras variáveis, e procurará, ainda, cruzar informação<br />

e disponibilizá-la a todos os interessados.<br />

A - No seguimento do Concurso de Design de<br />

Mobiliário com Materiais Reciclados, esta área tem<br />

um futuro auspicioso? E é parte importante dos<br />

projectos do CPD?<br />

HC - Central! Este concurso, que estabeleceu a<br />

primeira “ponte” entre a Caixa e o CPD no ano passado,<br />

é uma realização de importância capital. O Centro, ao<br />

ser convidado, procura, assim, contribuir no esforço que<br />

tem vindo a ser desenvolvido e de que o sucesso do<br />

concurso do ano passado é disso testemunho.<br />

gn


O FUTURO 38/39<br />

CGD É O BANCO DO DESIGN<br />

Muitas vezes associado a algo cultural, bonito e apetecível,<br />

o design é, afinal, e acima de tudo, uma disciplina criadora de retorno, geradora<br />

e potencializadora de progresso.<br />

O CENTRO PORTUGUÊS DE DESIGN (CPD) tem, ao longo dos<br />

anos, desempenhado uma função essencial na promoção do design,<br />

no entendimento deste como tendo um significativo papel como<br />

factor decisivo na estratégia empresarial e como disciplina agregadora<br />

dos interesses de produtores e consumidores. A existência do<br />

CPD não só justifica como requer a sua intervenção como entidade<br />

promotora e de ponte entre as práticas, os praticantes e os seus<br />

destinatários.<br />

Reconhecendo a importância do design para a economia nacional,<br />

acrescentando valor aos produtos e serviços nacionais (é, inclusivamente,<br />

um estímulo às exportações já que as PME contam, cada vez<br />

mais, com o trabalho de designers na criação de riqueza), a Caixa<br />

estabeleceu uma parceria com o Centro Português de Design para os<br />

próximos três anos. Desta partem algumas iniciativas pioneiras e de<br />

significativa importância:<br />

Prémios Nacionais de Design:<br />

. Prémio Sena da Silva – destinado a empresas e designers;<br />

. Prémio Daciano da Costa – premiando jovens designers de produto<br />

e/ou equipamento;<br />

. Prémio Sebastião Rodrigues – galardoará jovens designers gráficos<br />

e de comunicação.<br />

Será implementado o Observatório de Design, de âmbito nacional,<br />

mas também europeu. Será igualmente criada uma bolsa para o<br />

Royal College de Londres, atribuída ao melhor aluno dos cursos de<br />

design nas unidades de ensino com protocolo com a Caixa e, para os<br />

profissionais, o Cartão Design.<br />

Pelas informações disponíveis, estamos em crer que a iniciativa<br />

deste ano superará a do ano passado. O Centro tem<br />

acompanhado o que de melhor tem sido feito em Portugal -<br />

estabeleceu recentemente um protocolo com a Remade In<br />

Portugal para o desenvolvimento de projectos em conjunto - e<br />

procura, no quadro da sua actividade, incutir a necessidade de<br />

se divulgar e praticar um design sustentável. Essa é, a nosso<br />

ver, uma das suas missões de cidadania.<br />

A - Pensa que o design tardou a ser considerado,<br />

unanimemente, uma disciplina essencial ao<br />

desenvolvimento da economia e dos serviços em Portugal?<br />

HC - Sem dúvida. Quando as actuais instalações do Centro<br />

foram inauguradas, há muitos anos, o então presidente e<br />

fundador, António Sena da Silva, afixou uma tiras de papel no<br />

edifício com a frase “Portugal precisa de Design”. Esta<br />

declaração radicava na ideia certeira de que a percepção do<br />

design pela sociedade, as empresas, os decisores e outros<br />

agentes era diminuta. Muitos anos passados, e apesar de o<br />

design estar na moda, a falta de sensibilidade mantém-se mas<br />

em menor escala. Fez-se bastante, mas falta fazer ainda muito.<br />

Hoje, a profissão já é legal e fiscalmente reconhecida, existem<br />

cerca de vinte e cinco cursos de design e a formação de cerca<br />

de mil e trezentos novos designers por ano, as empresas<br />

começam, lentamente, a perceber que o design é uma das<br />

soluções para enfrentar os desafios da globalização, subindo na<br />

cadeia de valor, e o reconhecimento dos designers e do seu<br />

trabalho é crescente apesar de ainda haver muitos equívocos.<br />

A - E isso não será um paradoxo, tendo em conta nomes<br />

nacionais do design como o anteriormente referido?<br />

HC - Os nomes de António Sena da Silva, Daciano da Costa<br />

e Sebastião Rodrigues não são apenas nomes de designers<br />

de grande mérito. São referências de uma geração que teve a<br />

coragem de afirmar um discurso fruto de um pensamento e de<br />

uma prática em que nada era fácil. O País vivia em ditadura, a<br />

divulgação das ideias e dos trabalhos não tinha os circuitos de que<br />

hoje dispomos e as comunicações eram muito mais lentas e ainda<br />

não eram servidas pela explosão de tecnologia que hoje temos ao<br />

nosso alcance. Mas tinham outras coisas. Um enorme humanismo<br />

e qualidade como seres humanos de que o seu<br />

trabalho foi uma extensão natural. Tinham tempo. Tinham<br />

propostas e a enorme capacidade de influenciar as gerações<br />

seguintes que lhes estão devedoras de muito do que hoje são. O<br />

CPD, ao reeditar os prémios Sena da Silva, nas suas diversas<br />

categorias, e ao criar o novo prémio Daciano da Costa – para<br />

jovens designers de equipamento e de produto – e o novo<br />

prémio Sebastião Rodrigues – para design gráfico e de<br />

comunicação –, não faz mais do que prestar uma merecida<br />

homenagem aos profissionais, mas também aos pedagogos e aos<br />

cidadãos.


De SETÚBAL<br />

PEQUENOS TRAJECTOS, GRANDES VIAGENS 40/41<br />

DE SETÚBAL AO CABO ESPICHEL<br />

ao CABO, uma ARRÁBIDA<br />

Por vezes, é bem perto de casa que se encontram os mais belos tesouros paisagísticos.<br />

A 30 minutos de Lisboa, existe o Parque Natural da Serra da Arrábida,<br />

onde campo, mar, floresta, castelos, palácios, conventos e igrejas se sucedem<br />

em vistas como poucas em Portugal. E no Mundo.


Santuário de Nossa Senhora do Cabo Ermidas do Convento da Arrábida Praia de Galapinhos<br />

Portinho da Arrábida Praia dos Coelhos Vista da Praia da Figueirinha<br />

Serra da Arrábida Vista sobre Sesimbra


O Cabo Espichel marca<br />

o princípio de uma das mais belas faixas<br />

costeiras da Europa, em direcção a Sul<br />

SÃO APENAS 40 QUILÓMETROS, mas que se prestam a demoras. Longas paragens<br />

onde o desfrute é lei.<br />

Partindo de uma das mais singulares capitais de distrito do País, Setúbal tem monumentos<br />

históricos que bastem para um dia inteiro de exploração, de entre os quais<br />

destacamos o Forte de São Filipe, feito Pousada de Portugal, a Sé Catedral e o<br />

Convento de Jesus. Ainda deverá restar algum tempo para um passeio descontraído<br />

pelo Parque da Beira-Mar e, finalmente, um almoço no restaurante O Poço das<br />

Fontainhas, com o melhor peixe da cidade, tendo em conta que a pesca é aqui a principal<br />

riqueza.<br />

A caminho de Sesimbra, pela estrada da Rasca, que serpenteia pelo Parque Natural<br />

da Serra da Arrábida, sempre junto ao mar, passará por algumas das mais belas<br />

praias de Portugal: Figueirinha, Galapos, Galapinhos, Coelhos, Creiro e, claro, o<br />

quase paradisíaco Portinho da Arrábida, onde a segunda opção para uma refeição<br />

passa, necessariamente, pelo restaurante Beira-Mar. Já em Sesimbra, uma inigualável<br />

vila piscatória, situada numa enorme baía no sopé de uma montanha, no topo da<br />

qual está um castelo cinco anos mais “novo” que Portugal (1147), passeie-se um<br />

pouco pelas suas ruas e, mais tarde, siga pela N379 em direcção ao Cabo Espichel.<br />

Passará por Zambujal, Azóia e, pouco depois, avistará o farol. O Cabo Espichel marca<br />

o princípio de uma das mais belas faixas costeiras da Europa, em direcção a Sul, e<br />

conta com o Santuário de Nossa Senhora do Cabo, um monumento de importância<br />

fundamental durante séculos, com uma igreja e uma enorme hospedaria destinada a<br />

receber os peregrinos, fiéis devotos, que aqui rumavam. Tudo por causa da pequena<br />

Ermida da Memória.<br />

PEQUENOS TRAJECTOS, GRANDES VIAGENS 42/43<br />

DE SETÚBAL AO CABO ESPICHEL<br />

INFORMAÇÃO ÚTIL<br />

Posto Municipal<br />

de Turismo de Setúbal<br />

Avenida Luísa Todi, 486<br />

2900-575 Setúbal<br />

Tel.: 265 534 222<br />

http://www.mun-setubal.pt/pt/<br />

conteudos/roteiro+turistico/contactos/<br />

Posto Municipal<br />

de Turismo de Sesimbra<br />

Largo da Marinha, 26/27<br />

2970-657 Sesimbra<br />

Tel.: 21 228 85 40<br />

http://www.cm-sesimbra.pt/pt/<br />

conteudos/areas/turismo/<br />

Restaurante O Poço das Fontainhas<br />

Rua das Fontainhas, 98<br />

2910-082 Setúbal<br />

Tel.: 26 553 48 07<br />

www.pocodasfontainhas.com<br />

Restaurante Beira-Mar<br />

Portinho da Arrábida<br />

São Lourenço<br />

2925-378 AZEITÃO<br />

Tel.: 21 218 05 44<br />

saiba<br />

MAIS


A MAIS BELA DO<br />

LIMA<br />

PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS 44/45<br />

PONTE DE LIMA<br />

Quantos meninos mergulharam dos pilares, pescaram à mão e lavaram o corpo<br />

na água morna do rio? E nos amparos da ponte, quantas fivelas douradas perderam<br />

o brilho na ânsia de espreitar a Feira, a Vaca das Cordas ou as Feiras Novas?<br />

Nenhum turista esquece a sua silhueta, ninguém resiste ao seu esplendor secular.<br />

É Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal.


Lugares a não perder...<br />

LARGO DE CAMÕES E PONTE VELHA<br />

Da fisionomia original pouco resta, porque o Largo de Camões<br />

é obra do século XIX. Debaixo da calçada onde hoje se<br />

caminha, há vestígios do que antes ocupava este lugar, a um<br />

nível bastante inferior. Restos de muralha, alicerces de casas,<br />

incluindo a do Patim, construção do século XV, onde dizem<br />

ter pernoitado D. Manuel, quando viajou, em 1502, a Santiago<br />

de Compostela, e, ainda, dois arcos da ponte, soterrados já nos<br />

anos 20 do século passado. Da ponte romana resta uma parte,<br />

na Além da Ponte, já que a mesma foi alongada por D. Pedro I,<br />

no século XIV. O chafariz renascentista foi transferido para<br />

o Largo em 1930 e é obra de João Lopes, concluída em 1603.<br />

IGREJA DE SANTO ANTÓNIO<br />

E CAPELA DO ANJO DA GUARDA<br />

Conhecida por Torre Velha, a igreja barroca de Santo António<br />

substituiu a ermida de Nossa Senhora da Esperança, em 1803.<br />

Elegante, de uma só nave, tem, no tecto, em abóbada abatida,<br />

pinturas sobre o estuque e, nas paredes, lambril de azulejos azuis e<br />

brancos. A poucos metros, no campo do Arnado, a Capela do Anjo<br />

da Guarda e a incerteza sobre a data da sua fundação. Talvez do<br />

século XIII, estilo românico-gótico, aberta por três arcos e de costas<br />

para o rio, ostenta, embutida na parede, uma imagem de granito e<br />

outra policromada de São Miguel. Numa mão, a balança – símbolo<br />

do julgamento das almas –, noutra, a espada, na atitude de estripar<br />

o espírito maligno. Até 1834, houve culto e missa no Anjinho da<br />

Guarda.<br />

IGREJAS MATRIZ E DA MISERICÓRDIA<br />

Frente a frente, no coração da vila, os dois mais importantes<br />

templos limianos. A Matriz, de 1359, construída ao tempo<br />

da fortificação da vila, sofreu inúmeras alterações através<br />

dos séculos. Ampliada em 1425, munida de torre em 1449,<br />

restaurada e engrandecida nos reinados de D. Duarte e de<br />

D. Afonso V, colocado o relógio sonante em 1478 e alteadas<br />

as paredes em 1567. Já no final do século XIX, para que se<br />

vissem melhor as horas, foi a torre elevada substancialmente.<br />

Belíssima é a Igreja da Misericórdia, do início do século XVI,<br />

com um valioso retábulo no altar-mor e uma bonita varanda de<br />

colunas, posteriores à Igreja, onde funcionaram enfermarias do<br />

Hospital da Irmandade que substituiu o Hospital da Praça.<br />

MONTE DA MADALENA<br />

E MONTE DE SANTO OVÍDIO<br />

Para ver a curva do Lima, os areais, as aldeias, as cores lilases,<br />

amarelas, azuis e verdes dos campos, as fachadas barrocas de<br />

casas senhoriais que tomam as encostas para norte e a malha<br />

urbana com as pontes sobre o fio de água, às vezes parecendo<br />

prata, outras lembrando o ouro. São montes, dois montes,<br />

onde a vista se perde. O da Madalena do lado da vila, o de<br />

Santo Ovídio frente a ela, na freguesia de Arcozelo, a maior do<br />

concelho, que se inicia logo na Além da Ponte e se alarga rente<br />

ao rio, no Poente e no Nascente. Frente a frente, ambos<br />

os lugares têm bonitas capelas, e Santo Ovídio tem a “pedra<br />

do cavalinho”, uma gravura rupestre que a Ourivesaria Matos<br />

reproduziu numa bonita peça de ouro.<br />

E AINDA...<br />

PAÇO DO MARQUÊS<br />

Tel.: 258 942 335; www.rtam.pt<br />

MUSEU RURAL E JARDIM TEMÁTICO<br />

Parque do Arnado<br />

FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS<br />

Tel.: 258 900 400; www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt<br />

ÁREA PROTEGIDA DAS LAGOAS DE BERTIANDOS<br />

Tel.: 258 733 553; www.lagoas.cm-pontedelima.pt<br />

A VILA-PRINCESA DO ALTO MINHO<br />

impõe-se desde o longínquo ano de<br />

1125, quando D. Teresa, mãe de D.<br />

Afonso Henriques, lhe outorgou carta<br />

de foral referindo-a como Terra de<br />

Ponte, com o objectivo de incrementar<br />

o desenvolvimento de um povoado de<br />

grande interesse geoestratégico, económico<br />

e militar. Mas o vale fresco, viçoso<br />

e fértil há muito que tinha sido eleito<br />

pelo homem para se fixar. Os vestígios<br />

da sua presença chegam dos períodos<br />

paleolítico e neolítico e, da Idade do<br />

Ferro, subsistem dispersos pelo concelho<br />

numerosos castros, parte deles classificados<br />

pelo IPPAR. Da romanização,<br />

guardam-se muitas memórias, entre elas<br />

a que lhe conferiu para sempre a inconfundível<br />

silhueta, original da época<br />

romana, de que resta apenas o troço da<br />

margem direita, pois foi reconstruída<br />

nas empreitadas do reinado de D. Pedro<br />

I. E foi esta travessia, esta ponte, única<br />

em toda a extensão do rio Lima, que<br />

impôs ao burgo fulcral importância e<br />

que, ainda hoje, regala e maravilha os<br />

olhares de todos os que o visitam.<br />

O foral de D. Teresa é subscrito por D.<br />

Afonso II, em 1227, reiterando as capacidades<br />

de vida cívica e municipal, bem<br />

como o seu interesse para o desenvolvimento<br />

da região, documento que menciona<br />

já a existência da pitoresca Feira<br />

que ainda hoje acontece. Em 1326, é D.<br />

Afonso IV quem reafirma o estatuto à<br />

vila, sublinhando os seus bons usos e<br />

costumes, e os anos seguintes elevamna<br />

o núcleo urbano mais consistente da<br />

Ribeira Lima, assistindo-se a um surto<br />

económico e a um forte crescimento<br />

demográfico.<br />

O burgo medieval expande-se e, de<br />

1359 a 1370, quando D. Pedro I ordena<br />

a sua fortificação, cresce a cerca de<br />

muralha ligada à ponte, nove torres<br />

defensivas, das quais restam ainda<br />

duas, e seis portas de acesso ao exterior.<br />

Cerca, castelo, torres e ponte, também<br />

ela fortificada, fazem de Ponte de Lima,<br />

um notável conjunto defensivo, de tal<br />

forma seguro que, nas Guerras Fernandinas,<br />

o conde de Ceia a escolhe<br />

como refúgio, após a derrota, em Barcelos,<br />

contra o Adiantado da Galiza.<br />

O perfil de fortaleza esvanece-se com<br />

resoluções camarárias de 1787 e de<br />

1857, mas a vila engalanou-se de obras<br />

arquitectónicas de grande relevo, prolongando<br />

a beleza dos seus contornos,<br />

enriquecendo ruas e praças e perpetuando<br />

a alma artística portuguesa,<br />

numa terra debruada, pavimentada e<br />

alicerçada no granito e apadrinhada<br />

pela mais airosa praia fluvial que o leito<br />

do Lima conhece. Além vila, pelas cinquenta<br />

e duas freguesias do concelho,<br />

exibe-se a maior concentração de casas<br />

senhoriais do País, fachadas lindíssimas,<br />

portões imponentes, um verdadeiro<br />

tesouro, marco da vida rural minhota,testemunho<br />

vivo de tradições antigas<br />

que trespassaram gerações, registo<br />

da organização social e económica que,<br />

ainda há poucas décadas, se mantinha.<br />

Lugares que, hoje, convertidos ao<br />

turismo, nos recebem e veiculam um<br />

genuíno gozo de estar e um maior<br />

entendimento sobre esta terra tão singular<br />

de Portugal.<br />

Use o seu Cartão Caixa Gold e aproveite as condições especiais


EM PONTE DE LIMA<br />

COMER<br />

No Minho, a tradição não morre e, a partir<br />

das carnes de porco, nascem várias<br />

especialidades: paio, presunto e<br />

chouriças de carne, temperadas em vinha<br />

d’alho e louro, ou, com o aproveitamento<br />

do sangue, as belouras e as chouriças de<br />

sangue. Famosos são os rojões que<br />

acompanham o arroz de sarrabulho.<br />

O galo caseiro em arroz de cabidela,<br />

vulgar-mente chamado de “galo pica no<br />

chão” e o arroz de pato, que se faz com<br />

grelos, de febra tenríssima, é outra<br />

delícia. Nos pratos de peixe, a lampreia<br />

(no tempo dela) leva muita gente a<br />

deslocar-se a Ponte de Lima e é<br />

confeccionada em arroz ou à bordalesa.<br />

As trutas do rio são das mais saborosas e<br />

as sardinhas ou enguias de escabeche ao<br />

lanche também caem sempre bem.<br />

BEBER<br />

“Ai verdinho, meu verdinho, esquecer-te<br />

não há maneira. Escorrega devagarinho,<br />

apaga-me esta fogueira.”<br />

As quadras populares ao vinho são<br />

imensas e beber é um gesto tão comum<br />

em terras do Lima como comer. No<br />

campo, de manhã, bagaço ou sopas de<br />

pão, vinho e açúcar, às refeições,<br />

à merenda, no frio, no calor, qualquer<br />

pretexto serve para “molhar a palavra”.<br />

Se o tinto, encorpado, de cor vermelha<br />

e espuma rosada, é o predilecto dos<br />

autóctones, o branco, de cor citrina,<br />

às vezes palha, foi dos primeiros vinhos<br />

nacionais a chegar aos mercados<br />

europeus. Medianamente alcoólicos<br />

e de óptimas propriedades digestivas,<br />

os verdes só são obtidos num ponto<br />

do planeta – aqui. Solo e clima são os<br />

responsáveis por essa particularidade<br />

da verde região, que foi apurando castas<br />

e segredos no trato da vinha, de modo a<br />

que cada garrafa esteja à altura do<br />

melhor banquete.<br />

Se, em 1908, a demarcação da Região<br />

de Vinhos Verdes foi importante, o<br />

reconhecimento do registo internacional<br />

de Denominação de Origem, efectivado<br />

em 1973, assegurou, no plano do direito<br />

internacional, a exclusividade do uso<br />

da designação Vinho Verde, nas seis<br />

sub-regiões: Monção, Lima, Basto, Braga,<br />

Amarante e Penafiel.<br />

COMPRAR<br />

O maior encanto vai para a ourivesaria<br />

e os trajes. A arte de trabalhar o ouro é<br />

milenar e o uso diário de peças foi sempre<br />

As famosas Feiras Novas são sempre<br />

ao terceiro fim-de-semana de Setembro.<br />

um motivo de orgulho para as mulheres.<br />

Passe pela Ourivesaria Matos, no Largo de<br />

Camões, e veja com os próprios olhos a<br />

beleza de cada peça regional: borboletas,<br />

brincos à rainha, gramalheiras, reliquários,<br />

memórias e todo o conjunto de cordões,<br />

grilhões e colares de contas que seguram<br />

estas relíquias. Dos trajes bordados e de<br />

cores vivas, que compõem os vários fatos<br />

regionais, traga o que mais adorar:<br />

camisas de linho com bordado regional,<br />

algibeiras folclóricas, meias de renda, socos<br />

e chanquinhas, lenços de flores, saias<br />

pejadas de missangas e lantejoulas,<br />

aventais e coletes bordados a lãs coloridas.<br />

DIVERTIR-SE<br />

No grande evento que é a Vaca das<br />

Cordas. Todos os anos, na véspera<br />

do feriado do Corpo de Deus. É da Casa<br />

de Aurora, na vila, que sai o toiro. Os<br />

foguetes estoiram pelas 19 horas e a<br />

adrenalina das gentes invade as ruas até<br />

ser noite.<br />

A maior festa marca Setembro. São as<br />

Feiras Novas. Muito folclore e<br />

concertinas, tascas, feira franca, tourada,<br />

cortejo histórico, etnográfico, procissão<br />

e a feira dos garranos, a raça equina<br />

minhota, tão única nas suas<br />

PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS 46/47<br />

PONTE DE LIMA<br />

características, outra atracção.<br />

Às segundas-feiras, de quinze em quinze<br />

dias, Ponte de Lima cobre-se de tendas<br />

no areal, onde se vende de tudo. Vem de<br />

longe esta tradição mercantil, que o foral<br />

da vila já previa e protegia. Segunda<br />

de feira é segunda “casada”, as outras<br />

são solteiras, assim se convencionou.<br />

DORMIR<br />

Casa do Arquinho<br />

Das mais agradáveis azenhas sobre<br />

afluentes do Lima e rente à vila, foi<br />

reconstruída para casa de habitação<br />

e turismo rural. Sobre uma curva larga<br />

do ribeiro e rodeada de arvoredo, a Casa<br />

do Arquinho é um exemplo feliz de<br />

conversão turística na Ribeira Lima.<br />

Tel.: 258 742 306<br />

Azenha da Rebimba<br />

A dois quilómetros da vila, uma quinta<br />

rodeada pela ribeira da Labruja, um<br />

afluente do Lima, integra também<br />

uma antiga azenha, transformada em<br />

apartamento. Dormir e acordar com<br />

o som da água e dos passarinhos.<br />

Tel.: 258 941 963


UM ABRIGO NA<br />

COSTA VICENTINA<br />

NA COSTA VICENTINA, as propostas são inúmeras. Mas, aqui, reinam os pequenos<br />

segredos, que assim se têm mantido ao longo dos anos, impedindo que as grandes cadeias<br />

hoteleiras invadam, de uma forma eventualmente menos sustentável, este pedaço de costa<br />

muito portuguesa, de um Portugal à antiga, feito de humildade e desfrute dos mais pequenos<br />

prazeres que, afinal, são os maiores. O Monte da Vilarinha encontra-se num vale isolado,<br />

bem perto da Carrapateira, pequeno lugar de pescadores e colectores de percebes,<br />

de gente que vive do seu pedaço de terra, quando o mar está proibitivo e está assim muitas<br />

vezes, razão pela qual a Costa Vicentina é conhecida, por toda a Europa, como um<br />

paraíso para a prática do surf. Entre as magníficas praias do Amado e da Bordeira, pode,<br />

ainda, perder-se por trilhos e veredas entre mantos de esteva e medronheiros, pela serra<br />

de Espinhaço de Cão, à descoberta de outras praias, por vezes desertas. Ao cair da noite,<br />

fique-se pela serenidade de um jantar, à lareira, com cozinha de autor, a partir de agricultura<br />

orgânica, numa amena conversa com o proprietário, João Pedro Cunha, em ambiente<br />

muito familiar. Na manhã seguinte, passeie-se pelas cercanias ou desfrute de uma massagem<br />

no jardim de inspiração oriental.<br />

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MONTE DA VILARINHA<br />

Lá, num Algarve ainda desconhecido da maioria dos portugueses, há a faixa costeira mais selvagem<br />

da Europa. E nesta, há um refúgio. De onde podemos partir, à aventura, descobrindo um Portugal<br />

que, há muito, se julgava perdido. E, ao cair do dia, retornar ao conforto, humano também,<br />

do Monte da Vilarinha.<br />

INFORMAÇÃO ÚTIL<br />

COMO CHEGAR?<br />

. Siga pela A2 em direcção ao Algarve,<br />

tome a saída para Sines/Grândola e siga<br />

pelo IP8.<br />

. Antes de chegar a Sines, tome o IC4<br />

para Odemira/Aljezur e, passando Vila<br />

Nova de Milfontes, considere apenas as<br />

indicações para Aljezur.<br />

. Aqui, siga em direcção a Sagres (N268)<br />

e, cerca de 2 km depois de passar a<br />

Carrapateira, atente na indicação<br />

Vilarinha, à esquerda.<br />

MONTE DA<br />

VILARINHA,<br />

BORDEIRA<br />

Tel.: 282 973 218<br />

info@monte<br />

davilarinha.com,<br />

www.monte<br />

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DIRECTORA: MARIA SUZANA REIS FERREIRA EDITOR DE ARTE: ALBERTO QUINTAS GRAFISMO: BLUE MEDIA<br />

REDACÇÃO: MARIA ALMEIDA, PATRÍCIA HENRIQUES, NUNO DIAS REVISÃO: ELSA GONÇALVES FOTOGRAFIA: CASA DA IMAGEM<br />

PROJECTO: r BLUE MEDIA PROJECTO GRÁFICO: ALBERTO QUINTAS E ILUSTRAÇÕES<br />

PROPRIEDADE: CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO N.º DEPÓSITO LEGAL: 2102 80/04<br />

REGISTO NO ICS: N.º 124562 TIRAGEM: 60.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO: GRATUITA (A REVISTA AZUL PASSA A TER PREÇO<br />

DE CAPA, MANTENDO-SE, NO ENTANTO, O SEU CARÁCTER DE OFERTA) PERIODICIDADE: TRIMESTRAL<br />

{INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS POR QUAISQUER MEIOS}<br />

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.<br />

AV. JOÃO XXI, 63 - 1000-300 LISBOA<br />

TEL.: 217 953 000 FAX: 217 905 051 | CONTRIBUINTE N.º 500 960 046<br />

AVEIRO<br />

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PALÁC. JUSTIÇA - PORTO<br />

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PARQUE - MATOSINHOS<br />

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PENAFIEL<br />

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PÓVOA - PRAIA<br />

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PRAÇA DA LIBERDADE<br />

QUATRO CAMINHOS<br />

RIO TINTO<br />

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SANTO OVÍDIO<br />

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SÃO ROQUE LAMEIRA<br />

SOARES DOS REIS<br />

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VILA MEÃ<br />

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SALVATERRA MAGOS<br />

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