A CULTURA
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Inicialmente,<br />
a preocupação<br />
da Culturgest<br />
era apresentar<br />
os grandes clássicos<br />
do Século XX, mas<br />
também o que se estava<br />
a fazer na prolífera<br />
década de 90<br />
UM PROJECTO OUSADO, tendo em conta a oferta cultural a que o público português<br />
estava, até então, habituado. Desde que a Gulbenkian deixou de organizar os encontros<br />
Acarte, os projectos artísticos mais ousados, tanto no que toca às artes performativas,<br />
como no que se refere a exposições, assumiram alguns riscos. E nenhuma grande<br />
obra se consegue sem um pouco de arrojo.<br />
Inicialmente, a preocupação da Culturgest era apresentar os grandes clássicos do Século<br />
XX, mas também o que se estava a fazer na prolífera década de 90. O diálogo entre o<br />
antigo e o novo, o reportório e o experimentalismo, a abertura às expressões artísticas<br />
vindas de todo o mundo, ao erudito e ao popular, bem como a participação nos circuitos<br />
nacionais e internacionais de produção e exibição foram algumas das orientações<br />
programáticas definidas desde o início e que, no essencial, se vêm mantendo, com uma<br />
adesão do público que foi crescendo e hoje atinge níveis muito elevados. A Culturgest<br />
contribuiu, assim, pode dizer-se, para uma mudança de atitude do público face à arte<br />
contemporânea.<br />
A própria imagem da Caixa Geral de Depósitos que, então, era a de um banco sólido e<br />
de confiança, mas também tradicional, veio a ser reajustada junto da opinião pública<br />
que, agora, vê na instituição uma preocupação com o nível de oferta cultural junto do<br />
público português, e não apenas dos seus Clientes. A aposta foi, muito antes de 15 anos<br />
volvidos, ganha.