Download - Postulação de Francisco e Jacinta Marto

terras e igrejas etc., maltratava os Padres, não deixavam tocar
os sinos, nem fazer as procissões, apoderaram-se de tudo o que
era da Igreja e dizem que tudo é deles. E o pior, por em cima de
tudo isto, é que se meteram em guerra, obrigam os nossos filhos
a irem para lá, e lá morrem à frente de canhões, atravessados
pelas balas! Não se sabe que classe de gente é esta! Não será
que vem agora aí Nossa Senhora, para nos salvar? E rezavam
e cantavam com fervor: “Salvé nobre Padroeira do povo Teu
protegido, entre todos escolhido para povo do Senhor.” E vindo
das cidades, vilas e aldeias, com fé, esperança e amor, correm
a querer saber o que é: “que aconteceu?” pobres e ricos, sábios
e ignorantes, mas com fé, outros sem ela, curiosos trocistas
estudando qual o melhor meio para acabar com tudo isto!
Foi o princípio do que Nossa Senhora havia profetizado
aos pastorinhos: “Ides, pois, ter muito que sofrer.” Não só eles,
mas também as suas famílias.
Foi assim que Cristo realizou a Sua obra Redentora,
apenas nascido, perseguido, ameaçado de morte, refugiado
no estrangeiro, e assim pela vida além, até morrer pregado no
madeiro da cruz. A luta diabólica nunca se dá por vencida ainda
que, certa de que há-de perder, porque: “Quem como Deus?”
Foi assim que se aproximou o dia 13 de Junho de 1917.
Sentia-me já como que cansada de tantos importunos
interrogatórios, atropelos e contradições. Não sabia, ainda,
que era este o caminho por onde Deus me queria conduzir os
passos, para por meio da Sua Mensagem levar-me ao Céu e
a tantos outros que queiram segui-la, indo após Ele, com fé
esperança e amor.
Foi neste estado de ânimo que me atrevi a pedir à Celeste
Mensageira que nos levasse para o Céu: “Queria pedir-Lhe para
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