Download - Postulação de Francisco e Jacinta Marto

Oh! Não fosse Ela o refúgio dos pecadores, a Mãe de
misericórdia, o auxílio dos cristãos, que A tenha feito descer até
nós, para introduzir-nos, Senhor, no Oceano do Teu amor, do Teu
poder, do Teu imenso Ser, onde essa chama ardente nos fará
viver para sempre, esse mistério do amor dos Três por mim! É
com esse amor, que hei-de adorar-Te, agradecer-Te, amar--Te,
transformada no cântico do Teu eterno louvor.
Assim, eu hei-de ir, seguindo após de Ti, Senhor, pisando,
com jeitinho, esse árduo caminho, que Tu trilhaste para mim.
Pondo meus pés nas pegadas que deixaste marcadas no
pó da terra que pisaste, prosseguir, indo após de Ti, com o meu
olhar posto em Ti, que mais não quero para mim que não seja
abrasar-me de amor por Ti, a vida de Deus em mim! Cintilante
chama, que em mim ardia, e no meu dia a dia, mais se acendia,
por Ti ateada, que a não deixava! Crescia e vencia a terra fria
que pisava!
Nesta aparição de 13 de Junho de 1917, de que estou
falando, digo nas Memórias: “À frente da palma da mão direita
de Nossa Senhora estava um coração cercado de espinhos,
que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era
o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da
humanidade, que pedia reparação.”
Aqui, não devemos pensar que se trata do coração de
carne, que Nossa Senhora houvesse arrancado do peito para
nos mostrar.
Todos sabemos que o coração é o símbolo do amor e da
dor, receptáculo da misericórdia e do perdão.
É este amor transbordante que faz os pais correr atrás dos
filhos errantes, saídos da casa paterna, vagabundos, perdidos
por caminhos ignóbeis. Assim Cristo se pinta nas parábolas do
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