AUTOGIRO GIROPLANO - Hummingbird
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<strong>AUTOGIRO</strong>S<br />
dos outros e espaço havia para<br />
colocar outros tantos. Na rua<br />
estavam mais 3.<br />
Com o passar da manhã, a<br />
meteorologia e a visibilidade<br />
melhoraram o suficiente para<br />
encararmos o primeiro voo.<br />
Como estava a chover e cerca<br />
de 4 graus, a opção recaiu no<br />
Calidus por ter cabine fechada<br />
e ser mais confortável. O Alvaro<br />
foi primeiro. Quando voltou<br />
trazia um sorriso de orelha a<br />
orelha. Nos primeiros minutos<br />
não conseguiu dizer nada a não<br />
ser: “Espectacular!”<br />
Depois foi a minha vez e todas<br />
as minhas expectativas foram<br />
2<br />
APAUvOAR<br />
confirmadas ou ultrapassadas.<br />
Durante a semana voamos com<br />
todo o tipo de meteorologia<br />
mas a que nos deu mais<br />
gozo foi sem duvida o dia<br />
em que apanhamos 25 nós<br />
de vento com rajada de 38!<br />
Experimentamos coisas que<br />
nos pareceram na altura<br />
absolutamente extraordinárias<br />
como sejam parar o autogiro no<br />
ar, fazer 360 graus sobre o seu<br />
eixo vertical, descer suavemente<br />
na vertical e aterrar sem rolar 1<br />
metro que fosse. Para treinar o<br />
controle flutuamos a um metro<br />
da pista, a direito, em slalom<br />
nos riscos da pista ou varrendo<br />
de lado a lado.<br />
Posso afirmar que turbulência<br />
nunca senti a não ser aquela<br />
induzida pelo inexperiente<br />
piloto. É extraordinário o que<br />
se goza numa maquina que não<br />
entra em perda nem em spin.<br />
Comparado com o voo em<br />
aeronave de asa fixa, as grandes<br />
diferenças que senti foi que<br />
a descolagem no autogiro é<br />
mais técnica e a aterragem<br />
sensivelmente mais simples e<br />
intuitiva. Em todas as alturas e<br />
desde que se siga um conjunto<br />
de procedimentos repetidos à<br />
exaustão pelo Thomas e pela<br />
Stefanie, a nossa instrutora, a<br />
sensação de que estamos numa<br />
aeronave incrivelmente segura<br />
é total.<br />
Uma nota aqui para que quem<br />
ainda não experimentou<br />
voar em autogiro fique com<br />
uma noção da estabilidade da<br />
maquina, pensem no seguinte:<br />
cada pá do rotor pesa cerca<br />
de 16 quilos e a rotação de<br />
trabalho são entre as 320 e as<br />
400 rpm. Isto significa que<br />
a força centrifuga em cada<br />
pá é de cerca de 6 toneladas!<br />
Simplificando, estamos<br />
portanto em presença de um<br />
disco de giroscopio com 8,4m<br />
de diâmetro e 12 toneladas.<br />
Imagine-se o vento que não<br />
é necessário para lhe alterar<br />
o movimento!! Posto desta<br />
maneira pouco científica<br />
percebe-se o porquê da enorme<br />
estabilidade destas máquinas,<br />
razão pela qual podem sempre<br />
voar com qualquer tempo<br />
desde que haja visibilidade. Na<br />
pratica em Portugal estamos a<br />
falar de 365 dias por ano. Em<br />
Hildesheim não é muito menos<br />
mas seguramente muitas vezes<br />
com temperaturas e humidade<br />
bastante menos agradáveis.<br />
Ficamos convencidos que os<br />
autogiros da AutoGyro GMBH<br />
são uma boa aposta no projecto<br />
de aviação em que estamos<br />
empenhados no Campo de Voo<br />
de Benavente e na Aerolazer.<br />
Cumpre os apertados critérios<br />
de segurança e qualidade de<br />
equipamentos em que nos<br />
empenhamos.<br />
O contrato de representação da<br />
AutoGyro GMBH em Portugal<br />
foi assinado em Outubro e<br />
o primeiro MTOSport para<br />
uso da Aerolazer chega em<br />
Dezembro. É vermelho e<br />
vai fazer as delicias de tantos<br />
quantos tiverem a oportunidade<br />
de o verem e experimentarem.