Projeto História das Missões na Paraíba - Uepb

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Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Nº 71 trabalhos de valorização dos sítios arqueológicos através de divulgação científica, e com um trabalho mais apurado de forma experimental poderemos analisar a destruição ou conservação de ossos, descontextualização a partir de movimentação de artefatos para superfície e se algumas dessas espécies vivem estritamente em sítios arqueológicos. Tudo isso tem que ser feito com dados, rigor e estatística adequada pela revista, de preferência internacional, onde poderemos dialogar têt-a-têt com Schifferianos e arqueólogos descrentes em perturbações pos-deposicionais causadas por invertebrados e vertebrados, incluindo até mesmo os únicos perturbadores a quem quase sempre damos crédito, os nativos e caçadores de equívocos. É algo que tem sido tentado, e pode culminar com uma revisão geral dos invertebrados de solo, que por meio de uma análise de fator (analysis factor) uma das inúmeras ferramentas estatísticas poderemos a partir do levantamento dos caracteres tanto de alimentação, ambiente, diversidade, dentre outros fatores, agrupar os táxons-alvo para arqueologia. Dai em diante, só crescem as hipóteses e os grupos que podem influenciar os anos do processo de pós-deposição. Tudo que começou com a coleta durante o doutoramento do Prof. Dr. Juvandi atualmente é de impacto internacional, de início com verbas da Universidade Estadual da Paraíba e do próprio bolso do mesmo. Depois da coleta, o material foi montado no laboratório do Prof. Dr. Douglas com verbas da UEPB e do CNPq. Com a competência dos Profs. Drs. Douglas e Bruno temos o prazer de internacionalizar as potencialidades de nosso Estado e de nossos sítios arqueológicos, fazendo com que chineses, japoneses, franceses, dentre outros povos se apropriem desse conhecimento fazendo com que a ciência avance. Agradeço aos três como grandes orientadores tanto em campo quanto em laboratório. Competência na Paraíba é o que não falta, que venham os próximos trabalhos. Sonho sobre a Pedra do Ingá vira cordel A SÉRIE ARQUEOLÓGICA de Literatura de Cordel da SPA apoiou mais um trabalho neste gênero. Trata-se da obra “Um Sonho de Andorinha”, da jovem cordelista Shirley Farias. Com apenas 12 anos de idade, a menina compôs um trabalho muito inteligente, no estilo São Saruê, onde conta um sonho que a reportou para um mundo onde o homem vivia em plena harmonia com a Natureza e, estando neste universo inusitado, a jovem teria tentado traçar a cinzel numa pedra os detalhes deste mundo perfeito, mas foi acordada antes de completar seu enredo. Depois, no mundo em que vivemos, por acaso ela descobre que a mensagem que começou a traçar na pedra para eternizar o mundo da harmonia era aquela mesma que existe na famosa Pedra do Ingá. Seu lançamento se deu no dia 20 de março na escola em que estuda (Sonho e Realidade) em Campina Grande. O cordel da prematura poetisa, que tem prefácio do cordelista Manoel Monteiro e posfácio do presidente da SPA, Thomas Bruno Oliveira, pretende chamar o leitor para um sonho coletivo em prol da natureza e dos testemunhos do passado. Março de 2012 6
Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Nº 71 ARTIGO ____________________________________________________________________ Esse vai longe! Thomas Bruno Oliveira Mestrando em História PPGH-UFCG e Presidente da SPA O jovem consócio da SPA Erik de Brito (Neto), desde criança nos acompanha em expedições arqueológicas no interior do Estado e sempre contribuiu com nossos estudos, mesmo que ainda muito jovem para a pesquisa científica. Filho do amigo e historiador Vanderley de Brito, o jovem desde os Erick e Vanderley em campo (SPA) seus oito anos já se habituou a subir serras, transpassar cercas, tomar águas meteóricas represas em tanques e andar quilômetros por entre a mata para visitar sítios arqueológicos junto ao seu pai e a mim. Sempre muito útil no serviço de fotografar, medir, aferir coordenadas geográficas, mapear e desenhar nestas visitas exploratórias, Neto vez por outra nos impressionava por suas astutas reflexões, tanto que seu Pai me incumbiu de orientá-lo. Desde cedo, o jovem Erick começou a participar de encontros científicos e culturais, até chegando a publicar artigos em jornais, revistas científicas e capítulos de coletânea, ora sozinho, ora em coautoria (alguns em parceria comigo) com pesquisadores experimentados ou mesmo sob orientação. Em fins do ano passado, o nosso companheiro de pesquisas que deixou de ser sócio-aprendiz da SPA tornando-se sócio efetivo, concluiu o ensino médio e prestou concurso para o ENEM e vestibular da UEPB com o intuito de cursar a faculdade de História, disciplina que sempre esteve muito presente em seu dia-a-dia. Para a nossa alegria, recebemos em janeiro o resultado dos exames, onde o nosso jovem Erik nos orgulhou ao ser aprovado em ambos os exames. Com apenas 17 anos, o menino Neto ingressa no ensino científico superior e agora é um historiando. Diante das opções, decidiu cursar História na UEPB, que foi berço de estudos de muitos membros da SPA, como Vanderley de Brito, Juvandi de Sousa Santos, Dennis Mota Oliveira e eu. Em termos de currículo, Netinho já entra na Universidade com o cabedal de publicações e cursos igual ou superior a muitos concluintes e é exatamente por sua perspicácia, caráter e zelo pela pesquisa, que encaramos esta graduação com grande expectativa. Todos nós da SPA parabenizamos o jovem estudioso pela vitória e desejamos muito êxito na vida acadêmica. Esse vai longe! Março de 2012 7
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