Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Uepb
Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Uepb
Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Uepb
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Paraibana</strong> <strong>de</strong> <strong>Arqueologia</strong> - Nº 59<br />
resenha _____________________________________________<br />
GOMES, Luiz Carlos. O primeiro registro <strong>da</strong>s pinturas rupestres <strong>de</strong> Serra Branca. In:<br />
<strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> <strong>da</strong> SPA. Ano V. n o 51. C. Gran<strong>de</strong>: SPA, 2010.<br />
Por: Van<strong>de</strong>rley <strong>de</strong> Brito*<br />
Sendo um dos membros do Conselho Editorial do <strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> SPA, não pu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
ler <strong>de</strong> antemão o artigo “O primeiro registro <strong>da</strong>s pinturas rupestres <strong>de</strong> Serra Branca” <strong>de</strong> nosso<br />
amigo e consócio Luis Carlos Gomes. Escrito <strong>de</strong> forma simpática e envolvente, ele narra a sua<br />
visita, no ano <strong>de</strong> 1976, às pinturas rupestres <strong>de</strong> Vieirópolis, registra<strong>da</strong>s pelo saudoso<br />
arqueólogo Francisco Paccelli como sítio Serra Branca I.<br />
O texto é muito interessante porque, além <strong>de</strong> refletir fatos muito comuns do cotidiano <strong>de</strong><br />
quem vive à cata <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos arqueológicos, nos traz informações históricas <strong>da</strong> arqueologia<br />
paraibana. Por exemplo, o odontólogo paraibano radicado em São Paulo que lhe aconselhou<br />
registrar o achado no IPHAEP, sem dúvi<strong>da</strong>s foi o nosso amigo e consócio Francisco Faria, que<br />
posteriormente publicaria o livro “Os astrônomos pré-históricos <strong>de</strong> Ingá” (1986). Já o seu<br />
conterrâneo que à época trabalhava num ministério em Brasília, e em visita ao sertão fez as<br />
fotografias sli<strong>de</strong>s e lhe teria doado, sem dúvi<strong>da</strong>s foi o nosso também amigo e também consócio<br />
Gilvan <strong>de</strong> Brito, que também, posteriormente, ganhou notorie<strong>da</strong><strong>de</strong> no meio arqueológico com o<br />
livro “Viagem ao <strong>de</strong>sconhecido: os segredos <strong>da</strong> Pedra do Ingá” (1988).<br />
Já a Mali Trevas, que lhe teria levado emprestado os sli<strong>de</strong>s e não mais <strong>de</strong>volvido (fato<br />
corriqueiro para todos que negligenciam a regra <strong>de</strong> não emprestar livros ou materiais originais),<br />
também confirmam o fato histórico <strong>de</strong> que esta pesquisadora, em fins <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90,<br />
acompanhou o jornalista Pablo Villarrúbia até o Vale dos Dinossauros, a serviço <strong>da</strong> PBTur,<br />
para suas investigações ufológicas na Paraíba.<br />
No mesmo dia em que li o texto <strong>de</strong> Luiz Carlos, fui imediatamente à casa <strong>de</strong> Mali para<br />
lhe questionar sobre estes sli<strong>de</strong>s, se, por ventura, ain<strong>da</strong> estariam em seu po<strong>de</strong>r. Mas a mesma<br />
me informou que sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em Souza foi à última que fez antes <strong>de</strong> abandonar a<br />
arqueologia por quase uma déca<strong>da</strong>. E que todo o material que dispunha foi esquecido, em<br />
<strong>de</strong>suso numa caixa, e, nas constantes mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço ao longo dos anos,<br />
<strong>de</strong>sapareceram sem que ela se <strong>de</strong>sse por conta. Fato lamentável, pois certamente muita coisa<br />
<strong>de</strong> valor documental <strong>de</strong> nossa arqueologia <strong>de</strong>ve ter perecido sem receber o <strong>de</strong>vido<br />
processamento.<br />
Contudo, o que eu quero frisar nesta minha meia resenha é a importância <strong>da</strong> publicação<br />
no nosso <strong>Boletim</strong> <strong>de</strong>stes textos memorativos dos agentes <strong>da</strong> arqueologia paraibana, on<strong>de</strong><br />
informações valorosas que jaziam no ineditismo, embora singelas como estas trazi<strong>da</strong>s pelo<br />
amigo e consócio Luis Carlos, venham a público para tornarem-se fonte histórica e aju<strong>da</strong>r a<br />
eluci<strong>da</strong>r a marcha <strong>da</strong> arqueologia em terras paraibanas.<br />
* Historiador, sócio <strong>da</strong> SPA.<br />
Doações para a Biblioteca <strong>da</strong> SPA<br />
Em João Pessoa, a SPA recebeu como doação para sua Biblioteca as Revistas do<br />
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano - IHGP nº: 30, 31, 32, 33, 34, 35,36,37,38,39 e<br />
40, doa<strong>da</strong>s pelo escritor A<strong>da</strong>uto Ramos em nome do IHGP. O escritor também doou uma <strong>de</strong><br />
suas últimas publicações: RAMOS, A<strong>da</strong>uto. Os "França Ramos" <strong>de</strong> Cruz do Espírito Santo.<br />
João Pessoa: Sal <strong>da</strong> Terra, 2010.<br />
Março <strong>de</strong> 2011<br />
5