VANDERLEY DE BRITO: Dois mandatos à frente da SPA - Uepb

Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - Nº 56
ARTIGO ____________________________________________
O primeiro registro das pinturas rupestres de Serra Branca
Luis Carlos Gomes*
Era o ano de 1976 quando eu fiscalizava operações rurais do BNB e ao mesmo
tempo procurava junto aos rurícolas por pedras diferentes existentes nas fazendas, pois na
verdade eu estava em busca de minérios para apresentá-los a um geólogo, aposentado da
Petrobrás que se encontrava na região para localizar um minério de nome lítio (vim saber
depois que se tratava de um mineral radioativo e por coincidência soube de uma informação
que poderia ser desse minério, mas não dei prosseguimento à pesquisa).
Desenho das pinturas rupestres de Serra Branca (1976).
Ao chegar a Vieiropolis após uma fiscalização procurei por “essas pedras diferentes”
quando me disseram que tinha sim, mas era em cima da serra. E era a "pedra dos
letreiros". Fiquei curioso para conhecer essa “pedra dos letreiros”, pois até ali nunca havia
escutado falar sobre a dita pedra. Não fazia portando a mínima idéia do que se tratava. Mas
como naquele dia havia mais trabalho a realizar, marquei a visita para o sábado seguinte.
No dia combinado subimos a serra: eu e mais três trabalhadores que iam abrindo a picada
na mata. Todos eles conheciam bem aquela pedra onde costumavam caças mocós.
Ao chegarmos a “pedra dos letreiros” fiquei admirado com o que vi. Eram pinturas
desenhadas na pedra em diversos formatos nunca vistos antes por mim em parte alguma.
Na época não possuía máquina fotográfica, mas fiz os registros das pinturas rupestres,
primeiro num caderno e depois, em casa, desenhados em cartolina com pincel atômico.
Dezembro de 2010
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