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81-96 - Universidade de Coimbra

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Ano XIV<br />

O jornal mais antigo <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e <strong>de</strong> maior tiragem no seu distrito<br />

: : PUBLIC A-SE ÀS TERÇAS-FEIRAS, QUINTAS-FEIRAS E SABADOS : :<br />

Redacçlo e administrado, FATIO DA IHQPISIÇAO, 0, 1.» Terça=feira> 2 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1925 Tipografia, PÁTIO DA WQatStÇAO, ST.-feleloai, 3*1 ' V 1752<br />

Editor, Diamantino Ribeiro Arrobeis DIRECTOR, Joio Ribeiro Arrobas Admlnlst, Augusto Ribeiro Arrobes<br />

Hia fa A<br />

Infelizmente o preço dos generos<br />

<strong>de</strong> subsistências não teem<br />

<strong>de</strong>soido por modo a atenuar o<br />

custo da vida. A guerra terminou<br />

ha muito tempo; a libra <strong>de</strong>sceu<br />

bastante; o gado bovino, lanígero<br />

e suíno continua tendo<br />

gran<strong>de</strong> baixa nas feiras; os vaporas<br />

<strong>de</strong> pesca enchem os mercados<br />

do que levam do mar; a<br />

produção do vinho e azeite tem<br />

sido regalar, etc. etc., e o que é<br />

que se vê?<br />

Tem porventura diminuido as<br />

<strong>de</strong>epêsas r' NSo.<br />

Hoje gasta-se tanto como no<br />

tempo em que existia a guerra,<br />

quando a libra custava mais uma<br />

terça parte Uo que custa hoje e o<br />

gado se Vendia nos mercados por<br />

preços muito mais elevados.<br />

Que provi<strong>de</strong>ncias tom sido<br />

dadas para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o publico da<br />

ganancia dos ven<strong>de</strong>dores ?<br />

Nenhumas!<br />

Isto assim não po<strong>de</strong> nem <strong>de</strong>ve<br />

eontinuar.<br />

Já que os que ven<strong>de</strong>m, na<br />

sua gran<strong>de</strong> maioria, sô querem<br />

saber <strong>de</strong> si ganhando muito, ó<br />

necessário qua haja quem <strong>de</strong>fenda<br />

o comprador para qua ele r âo<br />

Soja a eterna victima dos gananciosos.<br />

p<br />

Em diversas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

França e da Bélgica puzeram ha<br />

anos em pratioa algumas provi<strong>de</strong>ncias<br />

que <strong>de</strong>ram ótimo resultado.<br />

Assim que chsgavara aos mercados<br />

os produtos <strong>de</strong> venda, comparecia<br />

ali gran<strong>de</strong> numero da<br />

belgas, antigos combatentes, para<br />

regulamentar a venda dos generos.<br />

Um <strong>de</strong>legado dos ven<strong>de</strong>dores<br />

dirigia-se á Camara 0 ali conferenciava<br />

com o presi<strong>de</strong>nte ou<br />

pessoa que o representasse para<br />

fixarem os preços dos generos<br />

nesse dia. Feito isto, os tais fiscais.<br />

antigos combatentes dá gran<strong>de</strong><br />

guerra, exerciam Uma fiscalisaçlo<br />

rigorosíssima para que não<br />

fossem vendidos generos por preços<br />

superiores aos que tinham<br />

eido estabelecidos.<br />

E assim, duas oti tres horas<br />

<strong>de</strong>pois, o mercado aohava-se va-<br />

BÍOI Tudo se tinha vendido sem<br />

o mais leve reparo nem do Ven<strong>de</strong>dor<br />

asm do comprador.<br />

Comparando isto com o que<br />

se faz cá no burgo a não só cá<br />

toas por esse país fôra, nós vemos<br />

quo cada ttm ven<strong>de</strong> o que quer e<br />

como quer, a questão é qtte apareça<br />

quem compre.<br />

No mercado praticamos os<br />

maiores abusos em prejuízo do<br />

publico, porque a Sscalisação ali<br />

ê quasi nula. "Cm fiscal, dois ou<br />

trea, fariam insuficientes para dar<br />

ao publico as garantias do comprar<br />

generos pelo seu verda<strong>de</strong>iro<br />

preço e não por mais.<br />

Quando havia falia <strong>de</strong> acordo<br />

entre o ven<strong>de</strong>dor o o presi<strong>de</strong>nte,<br />

ou <strong>de</strong>legado da camara, em França<br />

e na Bélgica, a questão era<br />

resolvida por entida<strong>de</strong>s compe<br />

tentas a qttem aram dadas essas<br />

íitribuiçoes,<br />

Acha-se ainda am vigor uma<br />

lei <strong>de</strong> 1<strong>81</strong>3 que dá áa camaras o<br />

<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fiscalisar a venda nos<br />

mercados.<br />

Em Ooimbra permite-se com<br />

g-raVe prejuiao do publico que se<br />

Vá para as estradas comprar os<br />

generos que Veem para o mercado<br />

para <strong>de</strong>pois os Ven<strong>de</strong>rem por<br />

preços muito superiores, s até se<br />

faz muito pior do qne isto, qus<br />

é comprar oa gsnercs <strong>de</strong>ntro do<br />

proprio mercado para reven<strong>de</strong>r<br />

pelos ven<strong>de</strong>dores dali!<br />

Ora quando se chega a permitir<br />

isto, que ê o pão nosso da<br />

Bads dia, o que po<strong>de</strong> esperar o<br />

publico da parte <strong>de</strong> quem tem o<br />

<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>fendê-la dos gsnan<br />

Ciosos? Isto assim nSo corre bem,<br />

correrá até muito mal, eia quanto<br />

iiSo houver quem exerça m suga<br />

atribuições neste assunto com o<br />

àelo s competência que sSo para<br />

<strong>de</strong>seja?!<br />

A Camara tem âa certo uffi<br />

importante papel a <strong>de</strong>sempenhar<br />

tia venda e íkoslisai âo dos gefie-<br />

>r

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