81-96 - Universidade de Coimbra
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Ano XIV<br />
O jornal mais antigo <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e <strong>de</strong> maior tiragem no seu distrito<br />
: : : : : PUBLICA-SE ÀS TERÇAS-FEIRAS, QUINTAS-FEIRAS E SABADOS : s<br />
RedicçSo e »dm>nlatr»cto, PAT10 DA INQUISIÇÃO, 0, 1.' Q LlÍlltã~feÍrã t 4 <strong>de</strong> JuílIlO <strong>de</strong> 1925 Tlpog? *SU, PÁTIO Dâ JMQSffSÍÇAO, ST.-Te!e!oM, ISi. N/ 1753<br />
Editor, Diamantino R!b«lro Arroba» DIRECTOR, Jo5o Ribeiro Arroba® II li l i Adnrs!n!jfflt., Augusto Ribeiro Arrobas<br />
Santa Glara-a-Velha<br />
Algumas consi<strong>de</strong>rações<br />
E' preciso que ae volte a filar<br />
na cedência ao Estado do velho<br />
Mosteiro <strong>de</strong> Santa Clara-a-Velha<br />
e quo sa não largue mão do assunto,<br />
ató que se consiga liberta-lo<br />
daquele estado vergonhoso,<br />
que por tal consentirmos, nos<br />
julgam uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gente não<br />
civilisada. Repito, ó praciso qua<br />
acabe ds vas aquela montureira<br />
e quo » cida<strong>de</strong>, pelas entida<strong>de</strong>s a<br />
qttem se po<strong>de</strong>m padir responsabilida<strong>de</strong>s,<br />
olhem para esss momentoso<br />
assunto, acordando <strong>de</strong>ssa<br />
indiferença criminosa e reparem,<br />
quanto mais cedo possível, essa<br />
falta. O Conselho <strong>de</strong> Arte e Arqueologia,<br />
da 2. a circunscrito,<br />
tem feito tudo quanto lhe era<br />
possível faz«r para conseguir a<br />
mtrega ao Estado dsquela monumento,<br />
mas aa suas dèmarches<br />
teem sido infrutíferas, porque<br />
ainda se não ssguiu o caminho,<br />
que no principio alguém indicou,<br />
como sendo o único viável.<br />
Daa<strong>de</strong> que o seu proprietário,<br />
e por ultimo o seu advogado, levaram<br />
a questão da entrega do<br />
Monumento para o jnodus facicndi<br />
da escritura, mas só com<br />
o proposito <strong>de</strong> o cão ce<strong>de</strong>rem, o<br />
caminho a ssguir ê um tó: adquiri-lo<br />
por utilida<strong>de</strong> publica.<br />
Nem o proprietário, nem o<br />
seu advogado, teem motivo para<br />
queixumes, porque o Conselho<br />
<strong>de</strong> Arte e Arqueologia, nSo que-<br />
5>ndo enveredar por esai cami-<br />
ÈIIO, empregou todos os esforços<br />
para o evitar.<br />
Des<strong>de</strong> que suas excelencia3<br />
tsimam cm afrontar Uma cida<strong>de</strong><br />
inteira, consentindo que um Monumento<br />
daqueles esteja servindo<br />
<strong>de</strong> eatrumeira e que os animaia<br />
que sli se acoitam estejam danificando<br />
o que ainda se podia sal<br />
Var, não teem o direito <strong>de</strong> pro<br />
testar e tudo quanto se faça nada<br />
mais representa do que uni <strong>de</strong>s<br />
forço doma cida<strong>de</strong> que ss julga<br />
ultrajada, Eu entendo que cio<br />
<strong>de</strong>ve haV»r mais contemplações e<br />
que se <strong>de</strong>ve entrar abertamente<br />
noutro caminho.<br />
Essas pessoas, que prõttlram<br />
faíer com que o Monumento não<br />
venha a ser pertença do Estado,<br />
que eu julgo católicos, não sentem<br />
ofendidas as suas Cíençaa,<br />
consentindo qtte permaneça naquele<br />
estado um Monumento,<br />
que podia ser respeitado e admirado<br />
por todos os que sentem um<br />
pouco d'amor pela Arte? Ond<br />
estão as crenças <strong>de</strong>sses eenhores ?<br />
Ha visitantes que não <strong>de</strong>iXsm<br />
esta cida<strong>de</strong> sem v^rení aquele mo<br />
ímmento, mas quando lá chegam,<br />
ficam pasmados do que se Ih s <strong>de</strong><br />
para aos olhos e progttnfam porque<br />
se consente num Vandalismo<br />
daqUaWi. As pessoas quo as tu ompanham<br />
não sabem o que respon<strong>de</strong>r<br />
lhes, mas <strong>de</strong>viam e.o&tar-lhes<br />
toda a verda<strong>de</strong>, para que ales fi<br />
Cessem, sabendo até que ponto<br />
chegam a8 crenças <strong>de</strong>sses senhores,<br />
que se dizem catolicos. Esta<br />
malfadada terra, não tem senão<br />
empatas.<br />
Nâo temos nós uma Socieda<strong>de</strong><br />
dé Defesa, uma Camara Municipal,<br />
uma Associação Comercial e<br />
outras entida<strong>de</strong>s, que tinham por<br />
obrigação secundar os esforços<br />
do Conselho <strong>de</strong> Arte e Arquoleogia?<br />
Na verda<strong>de</strong> parece impossível<br />
que todas essas entida<strong>de</strong>s tenham<br />
cumplicida<strong>de</strong> com o proprietário<br />
c advogado, e alo actuem todas<br />
BO sentido <strong>de</strong> ísaer acabar com<br />
aquela vergonha, que em parte<br />
alguma do mundo ea consentiria,<br />
mas que ae tolera na terceira cida<strong>de</strong><br />
do país e on<strong>de</strong> existe o pri*<br />
insiro estabelocimsnto acientificos<br />
Naturalmente receiam melindrar<br />
o proprietário ou o seu advogado,<br />
mas dão ensejo a que as pessoas<br />
que nos visitam digam que<br />
isto não se consentiria nttm país<br />
dg selvagens<br />
Quantas veses nós temos ouvido<br />
protestos, porqu* uns díscolos<br />
quobraram um banco dos<br />
qorm?Ção dum novo estado, smbora<br />
o seu chefe nio asasse<br />
n5o o titulo <strong>de</strong> príncipe, ou <strong>de</strong><br />
conda.<br />
<strong>Coimbra</strong>, qtia tem Ha sua linda<br />
igreja da Santa Cruz o tumulo<br />
do gran<strong>de</strong> Afonso, não d*,Ve<br />
esqttectí este dia--o dia <strong>de</strong><br />
Junho.<br />
Um cortejo simples, maa grandioso<br />
no seu significado, Um cortejo<br />
era qua es sncorporam todos<br />
quantos são poriugussss, todos<br />
absolutamente, dsvo organissr^ss<br />
para ir até ao tumulo do primeiro<br />
rei do Portugal nesse dia. —<br />
As crianças-—os futures homens<br />
que virão a governar o país, levarão<br />
breçádos <strong>de</strong> H ores para empalhar<br />
no tumulo rendilhado do<br />
gran<strong>de</strong> Afonso,<br />
As portas da igreja <strong>de</strong>vem,<br />
nesse dia, estar abertas <strong>de</strong> psr<br />
em par, para gli irem todos - -<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> crad- s políticos,<br />
ou religiosos — prestsr a<br />
eua homenegem ao herói.<br />
O bronze dos sinos <strong>de</strong>ve ressoar<br />
festivamente nesse d*a; davs<br />
ecoar pelo país alóm, dado sinal<br />
pelo bronze da torre da igrpjs<br />
linda <strong>de</strong> Sacta Cruz, que D. Afon*<br />
so iíenriques fundou nesta tsrra<br />
a qus eis tanto queris, ondd a eaa<br />
j espada se conservou, aquela ee-<br />
| pada gloriosa qus os emios guar-<br />
' daram ciosamente - e em mais nenhum<br />
outro sitio ela poda, na verda<strong>de</strong>,<br />
estar- aquela mesma espada<br />
qua p. Sebastião tsva <strong>de</strong>sejo<br />
ds consigo levar á conquista do<br />
no norte <strong>de</strong> Africa; porque eis.<br />
^Ofí QR ê O f R COIMBRA<br />
gssim o acreditou o Desejado,<br />
não podia ser infiel nas mãos dum<br />
monarca português.<br />
Esperamos que <strong>Coimbra</strong> nso<br />
fique jadifírente perante esta data<br />
gloriosa : ainda ha <strong>de</strong>ntro do K<br />
hcus muros peitos <strong>de</strong> lealda<strong>de</strong><br />
flmiiH cheias <strong>de</strong> patriotismo, eo<br />
reçoes <strong>de</strong> grrn<strong>de</strong>s portuguesas.<br />
Pjsees certa mento quo aprovam<br />
a nossa i<strong>de</strong>ia, esses certamente<br />
hSo-do Voltar o seu ]iensamento<br />
p?.rfc a vida <strong>de</strong> heroiemo<br />
<strong>de</strong> Afonso Ibnriqucs e cotejandi<br />
aquela antiga an<strong>de</strong> ei a, t qusla temerida<strong>de</strong><br />
heróica, <strong>de</strong> outra? arsfi<br />
Mo-<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar qtto os olhos st<br />
easvosm da lagrimeu ao compa<br />
parar esses tampos c m oa presentes;<br />
Mss essas lagrimas, serão tiua<br />
homsnagsm a uro grsiids Português,<br />
sorão uma homenagem a<br />
P. rtttgíl, ns ocaaiSo em qtta oij<br />
tocantes aaoa sSo <strong>de</strong>corridos so-<br />
| bre uma altiva afirmação <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo.<br />
AOS<br />
Mortos da Guerra<br />
A comissão <strong>de</strong>ofi iaiada (íuarnição<br />
Miliíar da <strong>Coimbra</strong>, sob «<br />
presidoncia do teu ilustra oomandante,<br />
general sr. Simas Machado,<br />
que ae propoz conseguir a<br />
obtenção dos fundos necessários<br />
psre, nesta cida<strong>de</strong>, numa d&s euaa<br />
praças publicas, s«r erguido nxu<br />
Mouamonto <strong>de</strong>dicado á lusmori»<br />
dos mditares conimbricenses mortos<br />
pela Petria nos campou <strong>de</strong><br />
batalha ds Grxn<strong>de</strong> Guerra, ó <strong>de</strong><br />
justiça dizer, não so tom pourado<br />
a [esforços no sentido <strong>de</strong> qua a<br />
-.na honrosa mif-são seja cumprida,<br />
tendo perseverantemente precursdo<br />
«tingir o seu patriótico<br />
fim, realisando festas que pre duzam<br />
as receitas indispe^s-veia<br />
para se conseguir a construção<br />
do mencionado Monumento no<br />
imds curto prrso <strong>de</strong> t^mpo.<br />
Não ha muito tempo qua ela<br />
IPVOU r. efeito sais festa militar<br />
<strong>de</strong>sportiva o o senwioni.l <strong>de</strong>aífio<br />
<strong>de</strong> footbell ontre o primeiro onze<br />
da Associação Aoadsmioa e o<br />
onze repreBentbtivo cia SoL-cçao<br />
Conimbricarss e já setivamente<br />
ae empsnba n» reslisação <strong>de</strong> outras<br />
festas, cujo produto liquido<br />
reverta p»ra refoiço dos fundos<br />
que exietem <strong>de</strong>positados para a<br />
construção do citado Mi immento.<br />
E aaeim. informam-nos da<br />
fonte segura que no dia 10 (lo<br />
<strong>de</strong> Junho íeaciona a comkt-So<br />
levar a efeito no Teatro Avenida,<br />
<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> um grsndioso B»r&ti<br />
que promsts ser revestido <strong>de</strong>tim<br />
sxcepcioBsl brilh-rtismo, atentas<br />
as valiosas cooperaçôea que foram<br />
paíuioti -amento di pensadas á coíuissão<br />
promotora.<br />
Por todois obtes informss é <strong>de</strong><br />
^rer que o ssrau <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Junho,<br />
-io Testro Avenida, sej^ uma autentica<br />
Festa ds Arte. 0 publico<br />
<strong>Coimbra</strong>, estancos crentes nis'<br />
jo, pf-ç? <strong>de</strong>ix&râ <strong>de</strong> a ela concorrer<br />
prsstíkndo-lhe o seu apoio moral<br />
e mateml; não só para qus ela<br />
resulte brilhante como, também,<br />
pare que uma Vez mais o esu<br />
patriotismo e a Bua gratidão para<br />
com os nossos gloriosos soldados<br />
mortos pela Patria s.a Granda<br />
Guerra sejam sobejamente evi*<br />
<strong>de</strong>liciados, contribuindo-se por<br />
Goneessionario para Portuga! e Colónias<br />
PÀEAIZO, PEEEIEA k G. a<br />
Telef. S12 AV. SÁ DA BANDEIRA <strong>Coimbra</strong><br />
!I i IIi II li | a a| Hl wy ^ l i l l u m<br />
" m mosaico a ma<strong>de</strong>ira<br />
Em conrrcncia <strong>de</strong> preços e qualida<strong>de</strong>s<br />
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Telef, 606 ESTAÇÃO VELHA <strong>Coimbra</strong><br />
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