Transforme seus PDFs em revista digital e aumente sua receita!
Otimize suas revistas digitais para SEO, use backlinks fortes e conteúdo multimídia para aumentar sua visibilidade e receita.
Editorial<br />
Ano 3 - nº 12<br />
Esta revista é uma<br />
publicação independente<br />
da Correcta Editora Ltda<br />
e de público dirigido<br />
Diretora de Redação<br />
Kelly Lubiato - MTB 25933<br />
klubiato@newgolf.com.br<br />
Diretor Executivo<br />
Francisco Pantoja<br />
fpantoja@newgolf.com.br<br />
Diretor Financeiro<br />
Luciano Silva<br />
lsilva@newgolf.com.br<br />
Editor<br />
Zeca Rodriguez<br />
zeca@newgolf.com.br<br />
Diretor Comercial<br />
Ricardo Cury<br />
rcury@newgolf.com.br<br />
Diretora de Projetos<br />
Elaine Barreto<br />
elaine@newgolf.com.br<br />
Diagramação e Arte<br />
Paloma Bessa<br />
pbessa@newgolf.com.br<br />
Viviane Kohl<br />
vkohl@newgolf.com.br<br />
Foto de Capa<br />
Pedro Dias<br />
Tiragem:<br />
15.000 exemplares<br />
Circulação:<br />
Nacional<br />
Periodicidade:<br />
Bimestral<br />
CORRECTA EDITORA LTDA<br />
Administração, Redação e Publicidade:<br />
CNPJ: 00689066/0001-30<br />
Rua Loefgreen, 1291 - cj. 133 - V. Clementino<br />
Cep 04040-031 - São Paulo/SP<br />
Telefones (11) 5082-1472 / 5082-2158<br />
Os artigos assinados são de responsabilidade<br />
exclusiva de seus autores, não representando,<br />
necessariamente, a opinião desta revista.<br />
Acesse nosso site<br />
www.newgolf.com.br<br />
Reconhecimento é o combustível<br />
No momento em que percebemos nitidamente que começamos<br />
a consolidar nosso espaço no mercado editorial do golfe brasileiro,<br />
nossa satisfação é tão grande quanto a inspiração que ganhamos<br />
para continuar crescendo. Ver jogadores, empresários, jornalistas<br />
e tantos profissionais envolvidos com o esporte elogiando a <strong>New</strong><br />
<strong>Golf</strong> funciona como nosso combustível diário. Também em função<br />
do respeito e da visibilidade que adquirimos a cada edição, o número<br />
de colaboradores cresceu e a revista também.<br />
Nesta primeira publicação do ano, além dos já tradicionais<br />
colunistas de preparação física, fisioterapia, dicas técnicas, <strong>Golf</strong>e<br />
Nota 10, Tacada Cidadã, entre outros, ganhamos reforços de peso.<br />
Destaque para a participação ilustre do argentino Francisco Paco<br />
Aleman, comentarista da ESPN Internacional desde 1994. Ele passa<br />
a assinar a coluna <strong>New</strong> <strong>Golf</strong> Argentina, que mostrará as novidades<br />
de nossos “hermanos” e dos jogadores latino-americanos<br />
mundo afora. Outra novidade é a colaboração de Rick Anson na<br />
coluna Buraco 19. Jornalista, mestre em bebidas e professor universitário,<br />
ele conta as histórias de Ernest Hemingway pelos bares<br />
caribenhos e como sua presença pode ser notada até os dias de<br />
hoje por lá.<br />
A matéria de capa trata sobre o investimento maciço que a<br />
Embrase vem fazendo no golfe brasileiro, com mais de 30 eventos<br />
patrocinados desde 2009. Na reportagem, presidente, vice-presidente<br />
e diretores da empresa explicam a estratégia de apoiar o<br />
esporte e os bons resultados observados até o momento.<br />
Apesar do início de temporada, os torneios também já aparecem<br />
em peso nesta 12ª edição da <strong>New</strong> <strong>Golf</strong>, com destaque para<br />
três torneios realizados no Rio Grande do Sul. O anfitrião Felipe<br />
Lessa brilhou e conquistou dois deles. A entrevista desta edição<br />
é com Evandro Schultz, também do Sul, único golfista amputado<br />
do Brasil de que se tem notícia. Ele conta sua história de luta, superação<br />
e amor ao golfe. Coluna do amador, acupuntura no golfe,<br />
a opinião e o humor de Marco Antonio Rodrigues, entre outras<br />
seções também estão presentes na <strong>New</strong> <strong>Golf</strong> 12.<br />
Boas tacadas e ótima leitura!<br />
Zeca Rodriguez<br />
3
8 | Coluna do amador<br />
10 | Superação em campo<br />
14 | Investimento em golfe<br />
26 | Camp. Brasileiro Juvenil<br />
38 | Literatura<br />
54 | <strong>Golf</strong>e Nota 10<br />
55 | Tacada Cidadã<br />
62 | Opinião<br />
64 | Qualidade de Vida<br />
66 | Preparação Física<br />
70 | Fisioterapia<br />
72 | Dicas Técnicas<br />
76 | Equipamentos<br />
82 | Buraco 19<br />
86 | Charge<br />
umário<br />
Torneios pelo Brasil<br />
Alexandre Rocha passa<br />
dois cortes em seus<br />
primeiros torneios no<br />
PGA Tour e deixa boas<br />
perspectivas para a<br />
sequência da temporada<br />
pág 30<br />
O prazer do pós-jogo<br />
Apoio<br />
Temporada começa quente,<br />
com destaque para os eventos<br />
no sul do País. Em casa, o<br />
gaúcho Felipe Lessa brilhou<br />
com dois títulos<br />
pág 24<br />
Estreia na América<br />
O cuidado e a atenção com<br />
os vestiários podem ser<br />
diferenciais de requinte e<br />
satisfação na experiência<br />
do golfe fora dos limites do<br />
campo<br />
pág 58
coluna do amador<br />
Lembro-me perfeitamente de ter terminado<br />
2009 fazendo uma retrospectiva do ano maravilhoso<br />
que o golfe brasileiro havia tido. Tenho<br />
que começar esta matéria agradecendo a todas<br />
as entidades que congregam o esporte no Brasil.<br />
A CBG, federações, clubes e em especial à<br />
ABGS - Associação Brasileira de <strong>Golf</strong> Senior, pela<br />
excelente gestão em 2010. Foram centenas de<br />
eventos nacionais e internacionais, promovidos<br />
por entidades assistenciais, federações, clubes<br />
e associações. Só a ABGS organizou mais de 30<br />
torneios. Os eventos foram realizados em quase<br />
todos os clubes do Brasil. Já nos internacionais,<br />
tivemos a IV Volta ao Mundo, desta vez na<br />
República Dominicana, o Campeonato Mundial<br />
em San Diego, a V Volta ao Mundo, em Barcelona,<br />
além do XXII Campeonato Sul-Americano Sênior,<br />
na Colômbia.<br />
Escrever na “Coluna do Amador” desta revista<br />
e poder expressar pensamentos e transmitir experiências<br />
a vocês, leitores e amantes do golfe, tem<br />
me proporcionado momentos de muita alegria e<br />
satisfação. Durante o último ano, abordei diversos<br />
assuntos.<br />
Por que jogar golfe? Em uma de minhas matérias,<br />
a “Iniciando no <strong>Golf</strong>e”, comentei sobre a paixão<br />
e o prazer que este jogo proporciona. Durante<br />
uma partida, interagimos com o local, a natureza<br />
e os companheiros de jogo. Tenho a convicção que<br />
a pessoa que se inicia neste esporte não quer nunca<br />
mais deixar de praticá-lo. O golfe é uma terapia.<br />
8<br />
Retrospectiva<br />
da coluna<br />
por Humberto Monte Neto *<br />
Desenvolvemos e aperfeiçoamos aptidões e sentimentos<br />
como auto-estima, sentimento de superação,<br />
autoconfiança, atenção, concentração e ainda<br />
liberamos parte do estresse diário. Nunca é tarde<br />
para iniciarmos no esporte. O golfe não tem idade.<br />
Jogar com seus filhos, pais e esposa é um sonho<br />
que acaba se realizando. Fiz e continuo fazendo<br />
muitos amigos, pois o tempo que passamos juntos,<br />
orientando e jogando uma partida, proporciona<br />
esta oportunidade.<br />
Também abordei a “A intuição feminina no golfe”<br />
e destaquei o quanto representava a participação<br />
das mulheres jogando e comandando algumas<br />
ações de suma importância para desenvolvimento<br />
do esporte no Brasil. Também comentei sobre os<br />
encontros empresariais que estão cada vez mais<br />
fortes, com mais adesões, tendo como objetivo a<br />
criação de mecanismos de relacionamento e proporcionando<br />
contatos duradouros na busca da efetiva<br />
realização de negócios.<br />
Meus caros leitores; começamos 2011 com a<br />
convicção de que o número de golfistas aumentou<br />
substancialmente. Isto nos mostra que estamos<br />
no caminho certo. Para quem está iniciando,<br />
posso garantir que as oportunidades e facilidades<br />
aumentarão neste ano com a criação de novos<br />
locais para aulas e treinamentos em todo o<br />
Brasil. Comecem a praticar golfe e sintam a emoção<br />
e os benefícios deste esporte. Espero vocês<br />
em nossos campos pelo País. Um grande abraço<br />
e muito sucesso!<br />
* Humberto Monte Neto<br />
Executivo de Marketing<br />
<strong>Golf</strong>ista - Hcap Index 13.2<br />
e-mail: hmonte@newgolf.com.br
especial<br />
Curtindo o golfe,<br />
Entrevista com Evandro Schultz<br />
sem limites<br />
10<br />
Quem é o gaúcho Evandro<br />
Carlos Schultz? O único<br />
golfista amputado do País<br />
de que se tem notícia e um<br />
dos grandes incentivadores<br />
do esporte como ferramenta<br />
de inclusão para deficientes<br />
físicos em condições iguais<br />
às suas<br />
Por João Carlos Godoy *<br />
Fotos: Zeca Resendes/Divulgação
Quando está em campo,<br />
Evandro Schultz, de 38<br />
anos, handicap 19, não<br />
abre mão de um ritual<br />
sagrado. Ao chegar entre<br />
o buraco 5 e 6 ele pára, larga o<br />
taco, se senta e retira a parte inferior<br />
de sua perna direita. Exatamente.<br />
Remove a prótese que<br />
o mantém de pé há mais de 30<br />
anos para higienizá-la e seguir<br />
com sua vida de golfista. “As pessoas<br />
ficam surpresas ao ver minha<br />
prótese porque muitas vezes<br />
meus drives são mais longos”,<br />
brinca o gaúcho. Recém chegado<br />
à Florianópolis (SC), Schultz concedeu<br />
uma entrevista à Revista<br />
<strong>New</strong> <strong>Golf</strong> e falou de sua paixão<br />
pelo esporte, metas de projetos<br />
sociais para amputados no golfe,<br />
superação, dificuldades, golfe<br />
paraolímpico, entre outros assuntos.<br />
Confira:<br />
Porque você começou a praticar<br />
golfe?<br />
Há quatro anos meu irmão<br />
começou a jogar golfe em Pelotas<br />
(RS). Fui vê-lo jogar e acabei<br />
fazendo vários amigos. Depois<br />
fiquei treinando e fazendo aula<br />
em Florianópolis. Um dia, conversando<br />
com um professor, ele<br />
disse: “vai jogar, você pode, tem<br />
swing”.<br />
Você já praticava outros esportes?<br />
Sim. Sempre pratiquei rapel,<br />
rafting e futebol, mas devido a<br />
um desgaste no meu joelho esquerdo<br />
eu parei de jogar bola e<br />
vim para o golfe. É um esporte<br />
que me dá total prazer e que não<br />
tem contato físico.<br />
O que mais te motiva a jogar?<br />
Para um amputado é bom poder<br />
jogar contra qualquer pessoa.<br />
Quando você vê um futebol<br />
paraolímpico, por exemplo, é<br />
um esporte adaptado. No golfe,<br />
não. Jogo um campeonato como<br />
outro qualquer, de igual para<br />
igual. <strong>Não</strong> é porque você perdeu<br />
a perna que você perdeu a vida.<br />
Se você colocar uma boa prótese,<br />
vai poder dançar, curtir, vai<br />
ser uma pessoa normal. No golfe<br />
tem tanta gente sem cabeça, que<br />
acho que tendo sem perna não<br />
vai dar tanto problema (risos).<br />
Você tem alguma limitação<br />
dentro de campo?<br />
Minha maior limitação é em<br />
campos que tem muito sobe e<br />
desce. A dificuldade na verdade<br />
é encontrar boas próteses, pois<br />
não é qualquer uma que aguenta<br />
uma longa caminhada. No meu<br />
caso, a minha é importada. Fora<br />
isso, não tenho dificuldade nenhuma.<br />
Quais são os principais<br />
campeonatos que você já disputou?<br />
Em 2009, joguei e ganhei a<br />
Fenadoce, em Pelotas, fiquei<br />
em segundo no Aberto de Bagé<br />
e terceiro no Aberto de Pelotas.<br />
Depois fiquei parado por oito<br />
meses e disputei, em 2010, o<br />
Aberto Sul-Brasileiro, o Aberto<br />
de Gramado, Caxias, Santa<br />
Cruz, Estado do Rio Grande do<br />
Sul, Copa Farroupilha e o Aberto<br />
de Xangri-lá, em 2011.<br />
Por que você parou durante<br />
oito meses?<br />
Passei por uma cirurgia para<br />
a retirada de um tumor no joelho<br />
11
esquerdo. Mexeu com o psicológico,<br />
mas tentei levar no bom<br />
humor. Imagine; você já tem<br />
uma perna amputada e na outra<br />
perna você descobre um tumor.<br />
Minha esposa me ajudou muito<br />
e eu sempre brinquei com ela:<br />
“você quer me ver bem? Me leve<br />
para um campo de golfe” (risos).<br />
O que as pessoas costumam<br />
dizer para você?<br />
Alguns dizem: “estou com<br />
uma dorzinha na perna e não<br />
queria jogar. Você não tem uma<br />
perna e está jogando melhor do<br />
que eu”. O mais gostoso é andar<br />
em um campo de golfe e ver<br />
crianças me vendo jogar. Elas dizem:<br />
“nossa, você joga golfe. Que<br />
legal”. Sirvo de inspiração para<br />
elas. É um incentivo também,<br />
por exemplo, para pessoas que<br />
pensam que só porque são obesas<br />
não servem para nada.<br />
Já sofreu algum tipo de discriminação<br />
em um clube de<br />
golfe?<br />
A primeira vez que disputei o<br />
Sul-Brasileiro, em 2008, me senti<br />
sozinho, não conhecia ninguém.<br />
<strong>Não</strong> que eu fosse uma aberração,<br />
mas soava um pouco como<br />
preconceito algumas pessoas<br />
me olhando diferente. Para você<br />
praticar um esporte, você precisa<br />
se sentir aceito. Hoje, em um<br />
torneio de 120 golfistas, sou o<br />
único amputado. Mas sou mais<br />
conhecido. Já joguei no Paraná,<br />
em Santa Catarina e em diversos<br />
campos. A partir do drive no tee<br />
do buraco 1, o golfista não me vê<br />
mais como um deficiente e sim<br />
como um golfista como ele.<br />
Você já pensou em trazer<br />
mais amputados para a prática<br />
do golfe?<br />
Em novembro de 2008 realizamos<br />
uma clínica de golfe para<br />
12<br />
amputados de braços e pernas<br />
no Plaza Itapema <strong>Golf</strong> & Resorts,<br />
em Santa Catarina, com uns 80<br />
participantes. Em outubro de<br />
2009 fizemos outra clínica para<br />
jornalistas e amputados no Belém<br />
Novo <strong>Golf</strong> Club, em Porto<br />
Alegre (RS). Nesta foram umas<br />
50 pessoas. Tivemos um bom<br />
apoio da Federação Gaúcha. Em<br />
2010 fiquei parado por causa da<br />
minha cirurgia. Em 2011, de mudança<br />
para Florianópolis, vou<br />
buscar o apoio do Costão do Santinho<br />
para retomar esse projeto<br />
com boas parcerias no golfe catarinense.<br />
Você torceu para o golfe se<br />
tornar um esporte paraolímpico<br />
em 2016?<br />
Mobilizei muita gente através<br />
de redes sociais na internet.<br />
Quando descobri que o golfe não<br />
tinha entrado senti nossa classe<br />
retroceder uns 100 anos. Os<br />
clubes poderiam abrir mais as<br />
portas para deficientes. Se tivéssemos<br />
apoio do governo, teríamos<br />
mais pessoas amputadas<br />
jogando, que só dependem de<br />
boas próteses e aulas, porque o<br />
swing vem do quadril. Você não<br />
atrapalha o jogo do outro. É bom<br />
você ver parceiros, bons sorrisos<br />
e não ser olhado com pena. Sigo<br />
as regras do jogo. Tocou na bola,<br />
toma uma tacada de penalidade.<br />
Tudo normal.<br />
Você atua em outros projetos<br />
sociais no golfe?<br />
Como estava morando em<br />
Porto Alegre, estava jogando no<br />
Belém Novo <strong>Golf</strong> Club e no Clube<br />
Campestre do Livramento.<br />
Sou um grande incentivador do<br />
Projeto Novos Talentos, da Federação<br />
Riograndense de <strong>Golf</strong>e.<br />
Lá fiz campanhas para arrecadação<br />
de bolinhas, equipamentos<br />
etc.<br />
Já encontrou outros golfistas<br />
nas mesmas condições<br />
que você aqui no Brasil?<br />
<strong>Não</strong>. Em 2010 disputei o Aberto<br />
do Estado de São Paulo no<br />
Damha <strong>Golf</strong> Club, em São Carlos,<br />
para tentar encontrar alguém<br />
amputado de outro Estado, mas<br />
não vi ninguém como eu.<br />
* O jornalista João Carlos<br />
Godoy é repórter especializado<br />
em golfe e atuou na Albatroz<br />
Comunicação, empresa<br />
comandada por Henrique Fruet<br />
e que tem diversos clientes no<br />
segmento
capa<br />
O apoio que<br />
Investimento no esporte<br />
o golfe merece<br />
Tendo patrocinado cerca de 30 eventos desde 2009,<br />
a Embrase se firma como uma das empresas que<br />
mais investem no golfe no Brasil. O reconhecimento<br />
por parte do seleto universo do esporte e os bons<br />
frutos que a iniciativa já vem rendendo garantem a<br />
manutenção dessa estratégia para os próximos anos<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Fotos: Divulgação<br />
14
“<strong>Não</strong> estamos patrocinando<br />
para conseguir<br />
criar um relacionamento<br />
no meio. Somos uma<br />
empresa de golfistas e<br />
apoiamos o esporte por consequência<br />
do ‘networking’ que já<br />
existe há muitos anos e que se<br />
criou naturalmente”. A frase é<br />
de Wagner Martins, presidente<br />
da Embrase, e resume bem o<br />
propósito que levou a empresa a<br />
se tornar uma das mais presentes<br />
quando o assunto é o apoio<br />
ao golfe brasileiro. Claro que o<br />
início da aplicação das ações de<br />
vincular o nome a eventos e torneios<br />
pelo País fez parte de uma<br />
estratégia de marketing pensada<br />
e que surgiu quase que por<br />
uma necessidade. O público a<br />
ser atingido era o empresariado<br />
e muitos já jogavam. A ideia<br />
era aproximar cada vez mais<br />
❙Douglas esse relacionamento. E como o<br />
assunto era golfe, essa missão<br />
acabou sendo cumprida naturalmente<br />
e de forma prazerosa. “O<br />
golfe tem muito da Embrase e a<br />
Embrase tem muito do golfe. O<br />
esporte vem nessa linha de ética,<br />
cavalheirismo, integridade,<br />
companheirismo, honestidade,<br />
preocupação sócio-ambiental,<br />
entre outras características. São<br />
princípios que têm a ver com a<br />
nossa empresa”, comenta o diretor<br />
Douglas Delamar, que marca<br />
presença constantemente em<br />
grande parte dos torneios no<br />
Estado. “Nossa presença no golfe<br />
nos ajuda muito. Estreitamos<br />
relacionamentos e ampliamos<br />
muito nosso vínculo de amizades<br />
no meio”, destaca Delamar.<br />
O apoio maciço ao golfe surgiu<br />
no final de 2009, com o patrocínio<br />
do <strong>Golf</strong>er’s Meeting Tour,<br />
circuito de três etapas realizado<br />
no FPG <strong>Golf</strong> Center, em São Paulo,<br />
e que teve como objetivo o<br />
desenvolvimento do marketing<br />
de relacionamento entre os jogadores.<br />
O evento serviu também<br />
para despertar a paixão pelo<br />
esporte em Luis Carlos Martins,<br />
vice-presidente da empresa, que<br />
conheceu o golfe mais de perto<br />
durante a competição, decidiu<br />
começar a praticar e não parou<br />
mais. “É muito gostoso estar<br />
com os amigos em ambientes<br />
tão agradáveis, se divertindo, relaxando<br />
e ainda ampliando sua<br />
rede de contatos”, diz Luis Carlos,<br />
que destaca o aumento do<br />
número de empresas querendo<br />
vincular suas marcas ao golfe<br />
nos últimos anos. “Acredito que<br />
já estamos dando exemplo. Até<br />
mesmo os proprietários de outras<br />
companhias também come-<br />
Delamar, Wagner Martins, Sergio, Luiz e Paulo Cabernite e Luis Carlos Martins no torneio Help Bem Embrase<br />
15
çaram a jogar para entrar mais<br />
nesse meio porque viram o potencial<br />
do negócio”, comenta o<br />
vice-presidente.<br />
Depois do <strong>Golf</strong>er’s Meeting<br />
Tour, a Embrase seguiu apoiando<br />
torneios pelo Brasil, tornandose<br />
uma das empresas que mais<br />
investiram no esporte em 2010.<br />
Foram cerca de 30 eventos patrocinados,<br />
entre eles o Help Bem<br />
Embrase, o Aberto do Terras de<br />
São José, o Aberto do Guarapiranga<br />
- Copa Embrase de Profissionais,<br />
as quatro etapas do Circuito<br />
Empresarial, entre outros.<br />
A empresa também vincula seu<br />
nome ao esporte apoiando eventos<br />
sociais, encontros de golfistas<br />
e patrocinando revistas,<br />
newsletters e transmissões de<br />
televisão. “Hoje todo o mercado<br />
❙<br />
Luis Carlos Martins<br />
16<br />
do golfe conhece a Embrase. A<br />
exposição foi forte e marcante<br />
e os resultados apareceram. Já<br />
fechamos negócios através do<br />
nosso ‘networking’ no meio”, revela<br />
Antonio Carlos Cruz Lima, o<br />
Kako, gestor de relacionamento<br />
e golfista há muitos anos.<br />
Uma empresa<br />
de golfistas<br />
Em quase todos os finais de<br />
semana há um ou mais membros<br />
da diretoria da Embrase disputando<br />
torneios espalhados pelos<br />
campos de São Paulo e do Brasil.<br />
O diretor Douglas Delamar é golfista<br />
há 11 anos, tem um handicap<br />
índex de 12,30 e já acumula<br />
uma história no esporte. Ele foi<br />
presidente da Federação Pernambucana<br />
de <strong>Golf</strong>e por duas<br />
gestões e realizou obras importantes<br />
por lá, como a ampliação<br />
do Caxangá <strong>Golf</strong> & Country Club.<br />
A paixão pelo esporte fez até<br />
com que Delamar se casasse em<br />
um campo de golfe; foi em 2003,<br />
no green do buraco 18 do Guarapiranga<br />
<strong>Golf</strong> & Country Club. “A<br />
festa foi linda. Houve cruzamento<br />
de tacos, os padrinhos chegaram<br />
de carrinhos de golfe; tudo<br />
temático”, lembra Delamar, que<br />
hoje é sócio do VistaVerde <strong>Golf</strong><br />
Club e do Terras de São José.<br />
O jogador mais veterano é<br />
Antonio Carlos Cruz Lima, o<br />
Kako, que é golfista desde os<br />
seus 11 anos de idade. Apesar<br />
de ter ficado afastado dos campos<br />
durante bastante tempo,<br />
retornou e hoje está totalmente<br />
envolvido com o esporte, participando<br />
de muitos torneios pelo<br />
Brasil. Gestor de relacionamento<br />
da Embrase, ele é também vicepresidente<br />
da Confederação Brasileira<br />
de <strong>Golf</strong>e. “O prazer está<br />
na convivência com amigos e<br />
❙ Antonio Carlos Cruz Lima (Kako)<br />
❙Douglas Delamar
nas paisagens, é claro. Hoje jogo<br />
cerca de duas vezes por semana.<br />
Tento participar de pelo menos<br />
um torneio por mês”, conta<br />
Kako, que está com um handicap<br />
índex de 9,4. Já o vice-presidente<br />
Luis Carlos Martins é o jogador<br />
mais recente do grupo. <strong>Golf</strong>ista<br />
há cerca de um ano e meio, chegou<br />
ao esporte por influência de<br />
Douglas e de Kako; hoje é sócio<br />
do Terras de São José e joga cerca<br />
de uma vez por mês.<br />
Algumas das ações que a Embrase<br />
promove tirando proveito<br />
do fato de seus diretores serem<br />
golfistas são os muitos meetings<br />
realizados com os clientes. “Eles<br />
são chamados para reuniões, de-<br />
pois tomam um café com os diretores,<br />
falam sobre negócios e,<br />
na sequência, a aeronave pousa<br />
dentro da sede da empresa e os<br />
leva para jogar golfe. A reunião<br />
acaba no campo e o ‘networking’<br />
se estreita ainda mais”, conta o<br />
presidente Wagner Martins. “Vamos<br />
continuar investindo pesado<br />
e o volume será grande neste<br />
ano”, garante.<br />
O objetivo é ser<br />
referência<br />
A Embrase é uma das maiores<br />
empresas de segurança e<br />
serviços do Brasil. Só atua em<br />
São Paulo para poder atender<br />
melhor. Já são 25 anos de história,<br />
sempre buscando a excelência<br />
na qualidade dos serviços<br />
prestados nas áreas de segurança<br />
patrimonial, serviços gerais<br />
e multisserviços. Hoje são mais<br />
de 500 clientes atendidos. Todo<br />
o know-how da empresa, aliado<br />
ao comprometimento dos<br />
colaboradores e o investimento<br />
contínuo em alta tecnologia, fez<br />
com que a Embrase registrasse<br />
seu nome na história, orgulhando-se<br />
por ter sido a primeira<br />
empresa do setor a receber o<br />
certificado ISO 9001:2008 pela<br />
ABNT, que propõe a busca da<br />
melhoria contínua.<br />
17
Depoimentos<br />
Rachid Orra<br />
(Presidente da CBG)<br />
“Desde 2009 a Embrase tem investido<br />
no golfe, patrocinando<br />
inclusive a Taça dos Presidentes,<br />
um evento da CBG que reúne os<br />
presidentes de federações e de<br />
clubes. Nessa ocasião são discutidos<br />
importantes assuntos relacionados<br />
ao futuro do nosso esporte.<br />
Gostaria de ressaltar que<br />
a Embrase sempre esteve com a<br />
CBG e é, na minha opinião, um<br />
exemplo para que outras empresas<br />
invistam no golfe como forma<br />
de divulgar e fazer crescer<br />
sua marca e ainda ajudar o fortalecimento<br />
do esporte”.<br />
18<br />
Foto: Zeca Resendes<br />
Klaus Behrens (Hospital Alemão<br />
Oswaldo Cruz)<br />
“Investir no golfe tem sido excelente estratégia e tem proporcionado<br />
um ótimo retorno. Quem pratica o esporte costuma<br />
ser formador de opinião e tomador de decisões e este é um segmento<br />
que queremos atingir, já que definimos o esporte como<br />
excelente ferramenta de networking. Com a volta do golfe às<br />
Olimpíadas, em 2016, unimos essas vantagens ao apoio a um<br />
esporte olímpico”.<br />
Jair Junqueira<br />
(fundador do Ipê<br />
<strong>Golf</strong> e organizador<br />
da Taça Ribeirão<br />
Sobe)<br />
“A Embrase é uma excelente<br />
parceira do golfe, patrocinando<br />
e apoiando os principais eventos<br />
e torneios brasileiros. Com<br />
isso promove esse maravilhoso<br />
esporte, levando a sua marca e<br />
divulgando a empresa através<br />
deste ótimo veículo, atingindo<br />
assim direto o seu públicoalvo”.<br />
Foto: Zeca Resendes<br />
Foto: Rucke Souza
Álvaro Almeida<br />
(Ex-Presidente da<br />
FPG e CBG)<br />
Foto: Divulgação<br />
“O golfe, sem medo de errar,<br />
é o esporte que mais aproxima<br />
as pessoas e empresas, além de<br />
permitir a realização de negócios<br />
entre os participantes, principalmente<br />
empresas prestadoras<br />
de serviço, como é o caso<br />
da Embrase. Saber aproveitar as<br />
oportunidades que surgem no<br />
dia-a-dia deste esporte é, sem<br />
dúvida, fazer um “up grade” da<br />
empresa junto aos seus futuros<br />
e atuais clientes. É exatamente<br />
aí que a diretoria da Embrase<br />
investiu e acertou em cheio<br />
o seu público-alvo, propiciando<br />
um crescimento rápido que, no<br />
trabalho convencional, demandaria<br />
um tempo muito maior. Os<br />
empresários e os executivos que<br />
praticam este esporte prestigiam<br />
os investidores que incentivam e<br />
apóiam o golfe no Brasil”.<br />
Júlio Cruz Lima Neto (Presidente do<br />
São Fernando <strong>Golf</strong> Club)<br />
“Em 2010 a exposição da marca Embrase foi muito forte.<br />
Hoje todo jogador de golfe que pensa em terceirizar serviços<br />
gerais e de segurança, pensa Embrase. Uma empresa de golfistas<br />
e para golfistas. Que essa parceria dure por longos anos”.<br />
André Egoroff<br />
(Presidente do<br />
Terras de São José<br />
<strong>Golf</strong>e Clube)<br />
“De nada adiantaria nossos<br />
excelentes campos, nossos grandes<br />
jogadores e nossa vontade<br />
de fazer o golfe crescer se não<br />
houvesse os patrocinadores. As<br />
empresas que acreditam no golfe<br />
brasileiro são os motores do<br />
nosso desenvolvimento e a Embrase<br />
ocupa, entre elas, um lugar<br />
de honra e destaque, pois vem<br />
investindo com constância, amplitude<br />
e inteligência estratégica<br />
nos melhores torneios e eventos<br />
que acontecem pelo País. Como<br />
presidente de um campo de golfe<br />
e golfista apaixonado, só tenho a<br />
agradecer à Embrase por ter essa<br />
visão tão séria e atitudes real-<br />
mente efetivas com relação a<br />
um dos esportes mais sedutores<br />
e interessantes já inventados<br />
pelo homem”.<br />
19<br />
Foto: Zeca Resendes<br />
Foto: Zeca Resendes
torneios nacionais<br />
Em casa,<br />
56º Aberto do Rio Grande do Sul<br />
Torito supera Navarro<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Fotos: Divulgação / FRGG<br />
No duelo dos “Felipes”, Lessa faz valer o fator casa<br />
e bate o carioca Navarro no playoff decisivo para<br />
sagrar-se campeão do tradicional Aberto gaúcho.<br />
Entre as mulheres, Luciana Fuchs leva a melhor<br />
20
Para forçar a disputa de<br />
um playoff decisivo na<br />
56ª edição do Aberto<br />
do Estado do Rio Grande<br />
do Sul o golfista do<br />
cido também o Aberto do Green<br />
Village, em janeiro. Em terceiro<br />
lugar, apenas uma tacada atrás<br />
dos líderes, ficou o paranaense<br />
Henrique Pombo, que fechou os<br />
Porto Alegre Country Club, Feli- três dias com 217 tacadas, resulpe<br />
Lessa, precisou jogar muito tado que lhe deu o título da cate-<br />
no domingo para se recuperar de goria para jogadores com handi-<br />
um sábado irregular, quando hacap até 8,5. Os golfistas tiveram<br />
via fechado em 77 tacadas. Mas de enfrentar um calor intenso<br />
a melhor volta do último dia (69) durante a competição, com uma<br />
foi o suficiente para o anfitrião, sensação térmica que chegou a<br />
conhecido como Torito, terminar ultrapassar os 40 graus.<br />
empatado com seu xará Felipe Entre as mulheres, o domínio<br />
Navarro ao final das três roda- foi de Luciana Fuchs, do Paraná,<br />
das, ambos com 216 tacadas. No que liderou desde o primeiro dia,<br />
buraco de desempate, o momen- confirmando o título com a soma<br />
to era do golfista da casa e ele não de 251 tacadas. Sua maior adver-<br />
deixou escapar o primeiro lugar, sária na disputa foi Hiromi Su-<br />
conquistando o título scratch do zuki, que vendeu caro no último<br />
tradicional torneio, o primeiro dia, quando tirou três tacadas de<br />
do ano válido pelo Ranking Na- diferença para a líder, terminancional.<br />
“Agora posso dizer que do apenas uma atrás, com 252 no<br />
sou gaúcho com muito orgu- total. Um pouco mais afastada,<br />
lho e campeão do Aberto do Rio com 258, ficou a terceira colo-<br />
Grande do Sul”, comemorou Tocada, Larissa Pombo (PR). Orgarito,<br />
campeão brasileiro em 2008, nizada pela Federação Riogran-<br />
que confirmou a boa fase neste dense de <strong>Golf</strong>e, a competição<br />
início de ano, já que havia ven- realizada de 4 a 6 de fevereiro e<br />
❙Os campeões Luciana Fuchs e Felipe Lessa<br />
❙ Felipe Navarro<br />
que teve o Belém Novo <strong>Golf</strong> Club<br />
como palco, contou com o apoio<br />
da Coca-Cola. Durante o evento<br />
foram sorteadas aulas gratuitas<br />
do Studio de Pilates de Clea<br />
Yamaguchi.<br />
21
Os campeões do 56° Aberto do RS<br />
22<br />
Campeões do 56º<br />
Aberto do Estado do RS<br />
Masculino<br />
Scratch<br />
Felipe Lessa (RS)<br />
Handicap até 8,5<br />
Henrique Pombo (PR)<br />
Handicap de 8,6 a 14<br />
Akira Kawamoto (RS)<br />
Handicap de 14,1 a 22,0<br />
Marcio Seidl (RS)<br />
Handicap de 22,1 a 32,9<br />
João Martinez (RS)<br />
Juvenil Scratch<br />
Ivan Tsukazan (SP)<br />
Juvenil - Handicap até 14,0<br />
Guilherme Canozzi (RS)<br />
Juvenil - Handicap de 14,1 a 32,9<br />
Stephan Kunz (RS)<br />
Sênior Scratch<br />
Aldo Carboni (RS)<br />
Sênior - Handicap até 14,0<br />
Valter Tonini (RS)<br />
Sênior - Handicap de 14,1 a 32,9<br />
Shigeharu Miyai (RS)<br />
Pré-Sênior Scratch<br />
Roberto Gomez (SP)<br />
Pré-Sênior - Handicap até 14,0<br />
César Chaves (RS)<br />
Pré-Sênior - Handicap de 14,1 a 32,9<br />
Wilson Portinho (RS)<br />
Feminino<br />
Scratch<br />
Luciana Fuchs (PR)<br />
Handicap até 16,5<br />
Cecília Lacerda (RS)<br />
Handicap até 16,6 a 31,7<br />
Lucia Miyai (RS)
torneios nacionais<br />
Torito mostra que é páreo duro<br />
competindo em seu Estado e fatura<br />
taça em Xangri-lá. Marinez Pontes,<br />
também do Sul, vence no feminino.<br />
Torneio atraiu 120 jogadores ao<br />
Green Village <strong>Golf</strong> Club<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Fotos: Divulgação/ FRGG<br />
Lessa imbatível<br />
5º Aberto de <strong>Golf</strong>e Florense<br />
no Sul<br />
❙ Felipe Lessa, campeão do torneio<br />
24<br />
Começando a temporada com<br />
força total, Felipe Lessa, o<br />
Torito, mostrou logo de cara<br />
que não estava de brincadeira<br />
em 2011. Nos dias 15<br />
e 16 de janeiro, o gaúcho confirmou<br />
sua força competindo dentro de casa e<br />
garantiu o título do 5º Aberto de <strong>Golf</strong>e<br />
Florense, que teve como palco o Green<br />
Village <strong>Golf</strong> Club, em Xangri-lá, no Rio<br />
Grande do Sul. Foram cerca de 120 jogadores<br />
inscritos e o golfista do Porto<br />
Alegre Country Club, atual número 4 do
❙ Marinez Pontes, golfista de Santa Cruz, campeã do torneio<br />
ranking nacional amador, conquistou<br />
a vitória após ter liderado<br />
a competição de ponta a ponta,<br />
fechando com quatro tacadas<br />
a menos que o segundo colocado,<br />
Glauco Righi, de Rosário.<br />
Entre as mulheres, a jogadora<br />
de Santa Cruz, Marinez Pontes,<br />
levou o primeiro lugar, seguida<br />
por Cecília Lacerda, do Cantegril<br />
Clube de Bagé. Durante o dia de<br />
treino, o jogador de futebol do<br />
Internacional, Tinga, arriscou<br />
algumas tacadas no green do<br />
buraco 9. O atleta ouviu as dicas<br />
dos golfistas e prometeu participar<br />
dos próximos eventos.<br />
Premiação<br />
e atrações<br />
Durante o evento, a Federação<br />
Riograndense de <strong>Golf</strong>e realizou a<br />
tradicional premiação dos campeões<br />
do ano e entregou o Troféu<br />
Hole In One para os atletas que<br />
alcançaram a façanha de embocar<br />
em uma só tacada. No encerramento<br />
do torneio uma grande<br />
surpresa veio do céu: em alta<br />
velocidade, dois paraquedistas<br />
desafiaram o forte vento, característico<br />
do litoral gaúcho, e aterrissaram<br />
no campo de golfe durante<br />
a cerimônia de premiação.<br />
O jornalista esportivo da<br />
ESPN, colunista na Revista <strong>New</strong><br />
<strong>Golf</strong> e cartunista, Marco Antônio<br />
Rodrigues, também esteve presente<br />
para a cobertura do evento<br />
e mostrou todo o seu talento ao<br />
❙<br />
Melhores<br />
❙ Tinga, jogador do Internacional<br />
criar, em poucas horas, caricaturas<br />
de golfistas gaúchos.<br />
A receptividade do clube foi<br />
destaque, com excelente programação<br />
social e inúmeros sorteios<br />
de brindes, como viagens<br />
e materiais esportivos. O torneio<br />
contou com os apoios das<br />
empresas Florense, Esquadrias<br />
Prata, Redemac, Savarauto, Corretora<br />
Rocha, Pro Shop Charão e<br />
Sheraton Hotel.<br />
jogadores de 2010 recebem homenagem e o troféu campeões do ano<br />
25
torneios nacionais<br />
Um gaúcho entre<br />
Campeonato Brasileiro Juvenil<br />
os paraguaios<br />
Paraguaios dão trabalho, brilham na categoria feminina<br />
scratch, com Paloma Vaccaro, e na Copa Juventude, mas<br />
Gustavo Chuang lava a alma do Brasil e dos gaúchos,<br />
conquistando o título nacional no Sul<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
26<br />
❙ Gustavo Chuang
Um dos principais<br />
talentos da nova<br />
geração do golfe<br />
brasileiro nos últimos<br />
anos, o gaúcho<br />
Gustavo Chuang teve a responsabilidade<br />
de impedir a hegemonia<br />
dos paraguaios, de 19 a 21 de<br />
janeiro, no 22º Campeonato Brasileiro<br />
Pré-Juvenil e Juvenil de<br />
<strong>Golf</strong>e, competição realizada no<br />
Belém Novo <strong>Golf</strong> Club, em Porto<br />
Alegre (RS) e que é a que mais<br />
conta pontos para o ranking nacional<br />
da categoria. Chuang garantiu<br />
o título masculino scratch<br />
somando 214 tacadas no total<br />
e colocando sete à frente do vice-campeão<br />
Randall Murdoch<br />
(PAR), que terminou com 221. O<br />
terceiro posto coube a Pedro Junqueira,<br />
representante do Rio de<br />
Janeiro, que somou 224. Na categoria<br />
juvenil, as duas primeiras<br />
colocações se repetiram, mas<br />
com Gustavo Vaccaro, também<br />
do Paraguai, ficando em terceiro<br />
com 225 tacadas.<br />
<strong>Não</strong> fosse o triunfo do jovem<br />
golfista da casa, os paraguaios<br />
teriam dominado totalmente as<br />
principais disputas do torneio,<br />
já que Paloma Vaccaro sobrou<br />
entre as meninas, garantindo<br />
a vitória na categoria scratch<br />
com 234 tacadas, nada menos<br />
do que 23 de vantagem sobre a<br />
catarinense Julia Debowski, que<br />
ficou com o vice-campeonato<br />
ao somar 257 tacadas após as<br />
três rodadas. Paloma Vaccaro<br />
também garantiu o título da<br />
categoria juvenil, desta vez seguida<br />
por Kely Simone Cristina,<br />
com 275 tacadas. Vale lembrar<br />
que, em 2010, o Brasileiro<br />
Juvenil Feminino também teve<br />
uma estrangeira como campeã.<br />
Na oportunidade, a argentina<br />
Liliana Cammisa ficou com a<br />
vitória no Alphaville Graciosa<br />
Clube, no Paraná. Entre os<br />
❙ Paloma Vaccaro, campeã na categoria scratch<br />
homens, o domínio ficou com o<br />
paulista Thomas Mantovanini.<br />
Simultaneamente com o Campeonato<br />
Brasileiro, foi disputada<br />
a Copa Juventude de <strong>Golf</strong>e e mais<br />
uma vez os adversários sul-americanos<br />
incomodaram. Composto<br />
pelos jogadores Gustavo Vaccaro,<br />
Randall Murdoch e Paloma<br />
Vaccaro, a equipe vencedora foi o<br />
a da Associação Paraguaia de <strong>Golf</strong>e,<br />
com 445 tacadas. O torneio foi<br />
jogado por equipes mistas indicadas<br />
por cada federação. “Foi uma<br />
maneira de promovermos um<br />
intercâmbio entre os jogadores<br />
do continente”, diz Marcio Marques<br />
Juruna, diretor juvenil da<br />
CBG.<br />
O Campeonato Brasileiro<br />
Pré-Juvenil e Juvenil de <strong>Golf</strong>e<br />
contou com apoio da Vonpar<br />
Refrescos S.A. e com recursos<br />
da Lei de Incentivo ao Esporte<br />
do Ministério do Esporte, além<br />
do apoio da Federação Rio-<br />
Grandense de <strong>Golf</strong>e e do Belém<br />
Novo <strong>Golf</strong> Club.<br />
27
❙ Pedro Junqueira<br />
Outros campeões<br />
Na categoria pré-juvenil masculina, a vitória<br />
ficou com o carioca Pedro Junqueira, seguido por<br />
Matheus Balestrin (RS) e pelo catarinense Antonio<br />
Douat, campeão da disputa em 2010, que fechou<br />
em terceiro neste ano. Rodrigo Morillo, do Rio de<br />
Janeiro, venceu a categoria de 12 a 13 anos, que<br />
teve o paranaense Ulisses Junior como segundo<br />
❙<br />
Julia Debowski<br />
28<br />
colocado. Lucas Park, de São Paulo, sagrou-se campeão<br />
da categoria até 11 anos.<br />
Entre as damas, Julia Debowski levou o troféu<br />
de campeã pré-juvenil, repetindo o feito do ano<br />
passado, quando assegurou a vitória no Paraná.<br />
Giulia Chaves Mallmann ficou com o vice-campeonato<br />
brasileiro. Já Luiza Altmann venceu a<br />
categoria feminina até 13 anos, seguida por Rina<br />
Gotsu.
estreia<br />
Os primeiros passos<br />
Rocha no PGA Tour<br />
na América<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
Alexandre Rocha joga seus<br />
primeiros quatro torneios no maior<br />
circuito do golfe mundial, passa<br />
dois cortes e tira o peso da estreia,<br />
demonstrando regularidade e<br />
deixando boas perspectivas<br />
30<br />
Após sua histórica<br />
classificação para o<br />
PGA Tour, conquistada<br />
em dezembro<br />
do ano passado, o<br />
paulista Alexandre Rocha já disputou<br />
seus primeiros torneios no<br />
mais importante e movimentado<br />
circuito do golfe mundial. Sua<br />
estreia foi no Sony Open, no Havaí<br />
(EUA), de 13 a 16 de janeiro. O<br />
brasileiro mostrou sua categoria<br />
logo de cara e passou seu primei-
o corte, mas apesar do feito, não<br />
disputou as rodadas finais do torneio,<br />
já que as fortes chuvas que<br />
caíram em Honolulu acabaram<br />
limitando mais do que o programado<br />
o número de jogadores em<br />
campo nas finais. O campeão foi<br />
o norte-americano Mark Wilson,<br />
que levou o cheque de US$ 990<br />
mil. Rocha terminou a segunda<br />
rodada em 57º e ganhou o prêmio<br />
em dinheiro de US$ 11.880, além<br />
de alguns pontinhos preciosos no<br />
ranking do PGA Tour.<br />
Duas semanas depois, o jogador<br />
disputou o Farmers Insurance<br />
Open, no Torrey Pines <strong>Golf</strong><br />
Course, na Califórnia. Mais uma<br />
vez ele esteve perto de disputar<br />
as finais, mas acabou esbarrando<br />
no corte, ficando três tacadas<br />
atrás do grupo dos classificados<br />
para os 36 buracos decisivos. O<br />
campeão foi Bubba Watson, dos<br />
Estados Unidos, seguido pelos<br />
seus compatriotas Phil Mickelson,<br />
vice-campeão, e Dustin<br />
Johnson, terceiro colocado empatado<br />
com o venezuelano Jhonattan<br />
Vegas, uma das sensações<br />
do golfe latino neste início<br />
de temporada<br />
A história do “quase” se repetiu<br />
de 10 a 13 de fevereiro, quando<br />
o brasileiro disputou o AT&T<br />
Pebble Beach National Pro-Am,<br />
também na Califórnia. Por duas<br />
tacadas, ele não passou o corte<br />
do torneio. Até o 16º buraco estava<br />
classificado, mas um bogey<br />
e um double bogey nos dois últimos<br />
o tiraram da decisão. No dia<br />
anterior, Rocha chegou a estar<br />
entre os 26 primeiros, a apenas<br />
uma tacada da 15ª colocação. O<br />
título coube ao americano D.A.<br />
Points, que formou dupla com o<br />
ator Bill Murray. Criado, em 1937,<br />
pelo já falecido ator e cantor<br />
americano Bing Crosby, o campeonato<br />
é disputado em formato<br />
de Pro-Am, ou seja, amadores,<br />
❙ Alexandre Rocha<br />
boa parte deles celebridades, jogam<br />
ao lado dos profissionais.<br />
Em toda sua história, o evento já<br />
arrecadou US$ 85 milhões para<br />
entidades beneficentes.<br />
Mas o melhor desempenho de<br />
Alexandre Rocha neste início de<br />
temporada aconteceu fora dos Estados<br />
Unidos. De 24 a 27 de fevereiro,<br />
ele passou seu segundo corte<br />
e terminou na 50ª colocação no<br />
Mayakoba <strong>Golf</strong> Classic at Riviera<br />
Maya, torneio disputado em Cancún,<br />
no México. Após a primeira<br />
rodada, quando jogou 67 e chegou<br />
a estar empatado na quinta colocação,<br />
o paulista somou 281 na<br />
soma dos quatro dias. O campeão<br />
foi o americano Johnson Wagner,<br />
que fechou com 267 tacadas e<br />
derrotou seu compatriota Spencer<br />
Levin no playoff.<br />
Alex Rocha conquistou o<br />
direito de disputar o PGA Tour<br />
em dezembro do ano passado,<br />
quando garantiu sua vaga na Q-<br />
School, a concorrida classificatória<br />
para a elite do golfe mundial.<br />
Ele é o primeiro brasileiro<br />
em 29 anos a disputar regularmente<br />
o circuito, que em 2010<br />
distribuiu um total de US$ 276<br />
milhões em prêmios. O último<br />
representante do País a jogar o<br />
PGA Tour foi Jaime Gonzalez,<br />
em 1982. Atualmente com 33<br />
anos de idade, Rocha já disputou<br />
torneios pelo mundo todo,<br />
em circuitos como o Canadian<br />
Tour, European Tour, Asian<br />
Tour e Tour de Las Americas. O<br />
jogador conta com o patrocínio<br />
de Adidas, Hugo Boss e Taylor-<br />
Made.<br />
31
torneios nacionais<br />
Tacadas ilustres<br />
II Open de <strong>Golf</strong>e do Frade<br />
e diversão em Angra<br />
❙ Rodrigo Lombardi com a esposa Betty e o filho Rafael<br />
Com direito à participação de<br />
famosos apaixonados pelo esporte,<br />
um dos mais belos campos do País<br />
promove seu segundo Aberto em<br />
grande estilo. Renato Araújo e Maya<br />
Brasil brilham e são campeões<br />
34<br />
Um dos mais charmosos<br />
e badalados torneios<br />
do Brasil atraiu<br />
a atenção de jogadores<br />
de todo o País<br />
de 20 a 23 de janeiro, em Angra<br />
dos Reis (RJ). Entre as dezenas de<br />
participantes do II Open de <strong>Golf</strong>e<br />
do Frade - Taça C. Martins & Advogados<br />
Associados, estavam os<br />
ilustres “golfemaníacos” Rodrigo<br />
Fotos: Adriana Boischio/Divulgação
❙ Marcos Pasquim<br />
Lombardi e Marcos Pasquim, que<br />
aproveitaram para jogar, relaxar<br />
e apreciar o paradisíaco cenário<br />
do Hotel do Frade. “O golfe é instigante,<br />
cobra concentração e postura,<br />
essenciais no meu trabalho<br />
como ator”, comentou Pasquim.<br />
Acompanhado da mulher<br />
Betty Baumgarten e do filho Rafael,<br />
Lombardi também se divertiu<br />
e curtiu as mordomias do Hotel.<br />
“O golfe forma caráter. <strong>Não</strong><br />
existe rivalidade. Você se supera<br />
a cada jogo”, afirma o artista,<br />
mostrando que, mesmo após alguns<br />
meses afastado do esporte<br />
por conta das gravações, continua<br />
baixando o handicap e com<br />
o swing em dia. Para isso tem<br />
treinado muito com seu amigo e<br />
expert no assunto Ismar Brasil,<br />
comentarista do canal Sportv,<br />
que também participou do torneio<br />
comandando uma clínica a<br />
convite de Arthur Borges, diretor<br />
do Hotel do Frade e promotor do<br />
torneio. “Além de uma grande<br />
confraternização, o II Open do<br />
Frade foi um torneio de alto nível<br />
e que passou a fazer parte do<br />
calendário de eventos esportivos<br />
do resort”, disse Borges. O evento<br />
foi organizado pela agência de<br />
turismo <strong>Golf</strong> Travel.<br />
Em campo<br />
O campeão scratch foi Renato<br />
Araújo. Representante de São<br />
Paulo e sócio do Terras do São<br />
José <strong>Golf</strong>e Clube, de Itu, o golfista<br />
assegurou a vitória com 149 tacadas.<br />
Entre as mulheres, a campeã<br />
foi Maya Brasil, seguida por<br />
Clea Ethier. As disputas ocorreram<br />
em dois dias ensolarados<br />
em Angra dos Reis (21 e 22), com<br />
clima agradável para a prática do<br />
esporte. Foram disputadas três<br />
categorias no masculino e uma<br />
no feminino. Entre os homens<br />
com handicap de 0 a 15, Alexandre<br />
Vasarhely foi o vencedor, enquanto<br />
Jorge Chan venceu pela<br />
Associação Brasileira de <strong>Golf</strong><br />
Senior (ABGS). A categoria para<br />
golfistas com handicap entre 15<br />
e 23 teve a vitória de Leandro<br />
Apolinário. Já entre os seniores,<br />
o campeão foi Mario Moreira.<br />
Na disputa que reuniu jogadores<br />
com handicap de mais de 23,<br />
Pedro Cesar Ribeiro levou a melhor.<br />
Nesta categoria, o vencedor<br />
do torneio da ABGS foi Francisco<br />
Carrer.<br />
O evento também teve seu<br />
lado solidário. Parte da renda foi<br />
destinada ao “Dispensário Santa<br />
Terezinha do Menino Jesus”,<br />
instituição existente desde 1926<br />
num galpão atrás da Igreja Nossa<br />
Senhora da Conceição, no Rio<br />
de Janeiro, e que atende a 320<br />
crianças com idades entre 1 e 10<br />
anos. Elas recebem diariamente<br />
quatro refeições, além de oficinas<br />
de artesanato, laboratório<br />
de informática, coral, aulas de<br />
flauta doce e atividades recreativas<br />
com professores especializados.<br />
❙ Campeão Renato Araújo recebe seu troféu<br />
35
eventos<br />
Uma experiência<br />
no golfe<br />
36<br />
Os sócios do Clube Paulistano<br />
tiveram a oportunidade de<br />
experimentar o ProTee <strong>Golf</strong><br />
Simulator e participar de um<br />
evento pouco comum para<br />
eles; foi o Desafio <strong>Golf</strong> Experience, realizado<br />
de 10 a 12 de dezembro. As melhores tacadas<br />
eram premiadas. Houve também sorteios<br />
de vários brindes. O vencedor ganhou<br />
uma caneta guilloché com banho de ródio<br />
e um final de semana no Hotel Sant’Anna,<br />
com direito a jogar em seu campo de golfe<br />
e colocar em prática as dicas aprendidas<br />
com os instrutores. A Clínica Deckers<br />
apresentou o seu portal com o que há de<br />
mais recente em ortopedia e ofereceu três<br />
consultas com especialistas da clínica para<br />
sorteio.<br />
Marcelo de Paula venceu o Torneio Graf<br />
Von Faber-Castel <strong>Golf</strong> Experience Paulistano<br />
com uma distância de 154,09 jardas.<br />
Cada inscrito teve direito a três tacadas<br />
com o ferro 7. Com boas pontuações ficaram<br />
também Dário Sion (144,00), Edson<br />
Carrete (142,63), Andréia Vamson (140,40)<br />
e Sergio Beleza (134,54). O evento contou a<br />
organização de Anna Junqueira, da equipe<br />
Haná Marketing e com a Revista <strong>New</strong><br />
<strong>Golf</strong>. O patrocínio foi da Graf von Faber-<br />
Castell, a marca de canetas Premium da<br />
Faber-Castell, e Clínica Deckers, com apoio<br />
da Mapfre.<br />
❙<br />
Sócios do Clube Paulistano conheceram o golfe<br />
Fotos: Divulgação
Literatura<br />
Cultura golfística<br />
Lançamento<br />
em livro<br />
38<br />
Com patrocínio<br />
da loja São Bento<br />
<strong>Golf</strong>e e apoio da<br />
Confederação<br />
Brasileira de <strong>Golf</strong>e<br />
e da Associação<br />
Brasileira de <strong>Golf</strong><br />
Senior, o jornalista<br />
e escritor Marco<br />
Frenette lança<br />
obra referencial<br />
que evidencia a<br />
grande abrangência<br />
temática e reflexiva<br />
do golfe<br />
Com o recém publicado<br />
livro Fundamentos da<br />
Cultura <strong>Golf</strong>ística -<br />
Artes, Psicologia e<br />
Educação no <strong>Golf</strong>e,<br />
o jornalista e escritor Marco<br />
Frenette inaugura a literatura<br />
crítica de golfe em língua portuguesa.<br />
Com 280 páginas e 59<br />
capítulos, o livro explicita o conceito,<br />
a importância e as áreas<br />
e modos de atuação da cultura<br />
golfística. Há textos que tratam
desde a física aplicada ao golfe<br />
até teorias zen budistas ensinadas<br />
aos jogadores de alto rendimento,<br />
passando por resenhas<br />
de filmes e aspectos técnicos do<br />
swing. “A diversidade temática<br />
que enriquece o golfe ainda não<br />
havia sido teorizada e nomeada<br />
como algo, digamos, ‘coeso’,<br />
e que se configurasse como um<br />
patrimônio espiritual e cultural<br />
desse esporte que, para muitos, é<br />
um verdadeiro estilo de vida. Batizei<br />
essa diversidade de ‘cultura<br />
golfística’ e produzi um livro no<br />
qual o jogador terá uma prazerosa<br />
visão caleidoscópica do golfe,<br />
influenciando positivamente seu<br />
jogo e suas relações com esse<br />
belo esporte”, resume o autor.<br />
Em 59 capítulos curtos, o leitor<br />
passeará por temas inusitados e<br />
instigantes. Um deles, por exemplo,<br />
é sobre as aulas de golfe no<br />
Jornal argentino La Nación, cujos<br />
ensinamentos vinham em tiras<br />
de quadrinhos, protagonizados<br />
por Gary Player. Em outro capítulo,<br />
conta-se a história de como o<br />
Bhagavad Gita, livro sagrado dos<br />
indianos, serviu de base para a<br />
criação de obras literárias e cinematográficas<br />
sobre golfe.<br />
Frenette é diretor editorial da<br />
revista <strong>Golf</strong> Life e colunista do<br />
site da Confederação Brasileira<br />
de <strong>Golf</strong>e. Foi jornalista cultural<br />
da imprensa paulistana, onde<br />
escreveu sobre literatura, cinema,<br />
filosofia e sociologia. Dirigiu<br />
a revista acadêmica Saber e foi<br />
editor de música da revista Bravo.<br />
É autor dos livros Os Caiçaras<br />
Contam; e Preto e Branco - A<br />
Importância da Cor da Pele, ambos<br />
pela editora Publisher Brasil.<br />
Fundamentos da Cultura <strong>Golf</strong>ística<br />
é seu segundo livro sobre o<br />
jogo. O primeiro foi Etiqueta do<br />
<strong>Golf</strong>e - Elegância e Educação em<br />
Campo, patrocinado pela Gillette.<br />
A publicação do Fundamentos<br />
❙ O autor Marco Frenette<br />
da Cultura <strong>Golf</strong>ística se deveu<br />
a uma iniciativa do empresário<br />
Hilton Campos, proprietário da<br />
loja São Bento <strong>Golf</strong>e, especializada<br />
em equipamentos e acessórios<br />
para o esporte. “Sempre<br />
admirei o estilo ensaístico praticado<br />
por Marco Frenette e entendi<br />
que seria de grande valia para<br />
o golfista brasileiro ter acesso<br />
mais fácil aos seus textos, daí<br />
essa sistematização em livro.<br />
Estamos orgulhosos e felizes de<br />
poder oferecer ao golfista brasileiro<br />
uma obra relevante e útil<br />
como essa”, diz Campos.<br />
Fundamentos da Cultura Gol-<br />
fística é o primeiro volume do<br />
Quarteto Letras no Green, projeto<br />
de Marco Frenette a ser finalizado<br />
até meados de 2012. O livro,<br />
que custa 35 reais, está sendo<br />
vendido exclusivamente nas três<br />
lojas da São Bento <strong>Golf</strong>e:<br />
Loja 1 - Rua Mateus Grou, 152<br />
- São Paulo - Tel.: 11 3086 3117<br />
Loja 2 - Lago Azul <strong>Golf</strong>e Clube<br />
- Araçoiaba da Serra, SP - Tel.: 15<br />
3281-1148<br />
Loja 3 - Rua Deputado João<br />
Bravo Caldeira, 273 (FPG <strong>Golf</strong><br />
Center) - São Paulo - Tel.: 11<br />
5071-5699<br />
39<br />
Foto: Divulgação
eventos<br />
O esporte<br />
Incentivo ao <strong>Golf</strong>e<br />
de portas abertas<br />
Idealizado pelo instrutor Ivanildo de<br />
Lima, o Macaxeira, Torneio Incentivo ao<br />
<strong>Golf</strong>e chega ao seu 9º ano e segue firme<br />
na proposta de apresentar o esporte a<br />
um número cada vez maior de pessoas<br />
40<br />
Um dos principais motivos que<br />
desencorajam novos possíveis<br />
adeptos a começar a prática do<br />
golfe é o receio de tentar jogar<br />
sem nunca ter tomado uma<br />
aula, de fazer feio, não ter handicap, não ser<br />
federado ou qualquer outro fator que possa<br />
deixar o futuro praticante constrangido por<br />
se sentir um peixe fora d’água. Para atingir<br />
justamente esse público foi criado o Torneio<br />
Incentivo ao <strong>Golf</strong>e, que visa levar alunos iniciantes<br />
pela primeira vez a competir em um<br />
campo. Premiado por vários anos consecutivos<br />
como a “Melhor Iniciativa de <strong>Golf</strong>e para<br />
Iniciantes no Esporte” pela PGA do Brasil, o<br />
Torneio conta também com clínicas de golfe<br />
patrocinadas por empresas interessadas em<br />
ampliar seus relacionamentos com clientes<br />
e prospects.<br />
O trabalho do profissional Ivanildo de<br />
Lima, conhecido como Macaxeira, começou<br />
em abril de 2002, com a primeira etapa<br />
realizada no Champs Privés <strong>Golf</strong> Club, em<br />
Campo Limpo Paulista (SP). Na oportunidade,<br />
menos de 40 jogadores participaram do<br />
evento. Hoje o Incentivo ao <strong>Golf</strong>e chega ao<br />
seu nono ano de atividades com um calendário<br />
movimentado e vendo o número de<br />
participantes aumentar a cada temporada.<br />
Em 2011 serão 12 etapas, com sedes alter-<br />
Fotos: Zeca Rodriguez
❙ Ivanildo de Lima, o Macaxeira, organizador do Torneio Incentivo ao <strong>Golf</strong>e<br />
nando entre o Centro Paulista<br />
de <strong>Golf</strong>e, na capital, e o Paradise<br />
<strong>Golf</strong> & Lake Resort, em Mogi das<br />
Cruzes (SP). “Muitos jogadores<br />
que começaram com a gente já<br />
estão participando de torneios<br />
da federação. Esse é outro objetivo<br />
nosso; colocar o aluno<br />
no esporte e fazer com que ele<br />
passe a querer jogar sempre”,<br />
explica Ivanildo de Lima, que é<br />
membro da Associação dos <strong>Golf</strong>istas<br />
Profissionais do Brasil há<br />
mais de 20 anos.<br />
Através de etapas regulares e<br />
mensais com categorias masculinas,<br />
femininas, juvenis e seniores<br />
(acima de 50 anos), a competição<br />
incentiva os novos golfistas através<br />
de resultados e rankings anuais,<br />
sorteios especiais e também<br />
através do networking e relacionamento<br />
entre empresários, diretores<br />
e formadores de opinião.<br />
“Ficamos felizes quando percebemos<br />
que as pessoas estão participando,<br />
gostando e se divertindo.<br />
Sentimos que estamos fazendo<br />
um bom trabalho e ajudando na<br />
nossa missão de formar cada vez<br />
mais golfistas”, conta Macaxeira,<br />
que ainda destaca as novidades<br />
promovidas em algumas etapas,<br />
como a disputa para profissionais<br />
que aconteceu em 2010. “Queremos<br />
trazer os profissionais para<br />
jogar junto e utilizar esse atrativo<br />
para estimular ainda mais os<br />
iniciantes, além de ajudar na captação<br />
de patrocinadores”, revela o<br />
organizador.<br />
Durante estes quase dez anos<br />
de trajetória, o Incentivo ao <strong>Golf</strong>e<br />
contou com o apoio de várias<br />
empresas nacionais e multinacionais<br />
como Duke Energy, Scania,<br />
Honda Daitan, Libra Terminais,<br />
York, Cotac, entre tantas<br />
outras. Neste ano estão patrocinando<br />
o Torneio a Air Liquide,<br />
Benner Solution, Prado Chaves e<br />
Federação Paulista de <strong>Golf</strong>e. “Se<br />
não tiver patrocínio é quase impossível<br />
que esse trabalho continue,<br />
portanto quero agradecer<br />
muito a todos que apóiam ou já<br />
apoiaram o evento. Todos estão<br />
fazendo um golfe mais forte em<br />
São Paulo e no Brasil”, finaliza<br />
Macaxeira.<br />
Para mais informações sobre<br />
o evento, acesse:<br />
www.incentivoaogolfe.com.br<br />
41
<strong>New</strong> <strong>Golf</strong> Argentina<br />
Os latinos presentes<br />
no Tour<br />
42<br />
Por Francisco “Paco” Aleman*<br />
Foto: Divulgação
<strong>Não</strong> muitos anos<br />
atrás, parecia um<br />
sonho que algum<br />
jogador latino chegasse<br />
ao maior circuito<br />
profissional do mundo. Todos<br />
os olhares se voltavam para<br />
a Europa e Estados Unidos e esse<br />
objetivo parecia longínquo. O argentino<br />
Eduardo Romero tentou<br />
entrar por duas oportunidades,<br />
mas nunca se acostumou com<br />
o circuito. Na primeira vez, em<br />
1986, tinha pouca experiência.<br />
Depois, em 1995, não alcançou<br />
os resultados desejados e retornou<br />
à Europa.<br />
Recentemente, no final dos<br />
anos 90, as coisas começaram<br />
a mudar com as chegadas de<br />
Carlos Franco (PAR) e Esteban<br />
Toledo (MEX). Foi justamente<br />
o jogador paraguaio que obteve<br />
dois triunfos em 1999, o que<br />
abriu caminho para outras conquistas.<br />
Angel Cabrera se empolgou<br />
em tentar a sorte nos<br />
Estados Unidos, mas os resultados<br />
não chegavam e ele acabou<br />
alternando alguns campeonatos<br />
na Europa e outros poucos deste<br />
lado do Atlântico. Um que seguiu<br />
os passos de Carlos Franco<br />
com relação às vitórias foi Jose<br />
Coceres. O jogador da província<br />
de Chaco, na Argentina, teve seu<br />
ano dos sonhos em 2001, quando<br />
conseguiu dois títulos; Hilton<br />
Head e Disney, o que acabou<br />
surpreendendo a todos que pensavam<br />
que seu jogo não poderia<br />
se adaptar aos campos norteamericanos.<br />
Coceres demonstrou,<br />
com seu temperamento e<br />
inteligência para jogar, que não<br />
era impossível se destacar ali.<br />
Jogou várias temporadas, perdendo<br />
apenas em playoffs duas<br />
vezes, até que abandonou o Tour<br />
há alguns anos.<br />
Para Cabrera, o ano de afirmação<br />
chegou em 2007, com seu<br />
Foto: funfsports.com<br />
❙ Carlos Franco<br />
triunfo no U.S. Open, no momento<br />
em que o “Pato” - como é conhecido<br />
o golfista - seguia dividindo<br />
seu tempo entre Estados<br />
Unidos e Europa. Desde aquela<br />
semana mágica em Oakmont<br />
permaneceu definitivamente na<br />
América, viajando ao Velho Continente<br />
apenas para disputar o<br />
The Open Championship. O título<br />
no Masters de Augusta, em<br />
2009, não fez mais do que confirmar<br />
que o U.S. Open, dois anos<br />
antes, não havia sido uma mera<br />
casualidade.<br />
Quase que simultaneamente<br />
com a ascensão de Cabrera no<br />
Tour, surgia um jovem oriundo<br />
de Medellín, na Colômbia, que<br />
começava a se transformar em<br />
uma estrela do PGA Tour. Após<br />
quatro anos na Universidade da<br />
Flórida, Camilo Villegas iniciou<br />
sua carreira profissional de maneira<br />
pouco inspiradora. Falhou<br />
em sua primeira tentativa na<br />
temida “Escola Classificatória”<br />
para o PGA Tour, mas não se deu<br />
por vencido e decidiu jogar o<br />
Nationwide Tour, conseguindo<br />
boas classificações. Assim foi fazendo<br />
durante a temporada. E se<br />
as vitórias não chegaram, a grande<br />
quantidade de atuações de<br />
destaque deram a ele uma oportunidade<br />
entre os que ganharam<br />
o cartão para jogar no circuito<br />
maior. Suas posições características<br />
na hora de fazer a leitura da<br />
linha no green o transformaram<br />
rapidamente em um dos jogadores<br />
que mais atraia público e o<br />
43
❙ Camilo Villegas<br />
apelido de “spider man” se transformou<br />
em sua marca registrada.<br />
Seus triunfos não demoraram a<br />
chegar e hoje já conta com três<br />
títulos na carreira.<br />
Em 2008, um ano depois<br />
de quase ganhar o Aberto de<br />
Carnoustie, foi a vez de Andrés<br />
Romero aparecer. Com seu triunfo<br />
em <strong>New</strong> Orleans, decidiu se<br />
dedicar totalmente ao PGA Tour,<br />
onde já completou três temporadas.<br />
É verdade que nestes últimos<br />
meses, o jogo de Romero<br />
decaiu, mas conseguiu manter o<br />
cartão, mesmo não jogando tão<br />
bem, o que evidencia o grande<br />
temperamento do golfista nascido<br />
ao norte da Argentina.<br />
Os três novos integrantes<br />
chegados da América Latina para<br />
2011 são Fabian Gomes (ARG),<br />
Alexandre Rocha (BRA) e Jhonnatan<br />
Vegas (VEN). O jogador argentino<br />
lutou durante duas tem-<br />
44<br />
poradas no Circuito Nationwide<br />
e ganhou o cartão para o Tour<br />
ao fechar 2010 na 12ª colocação<br />
do ranking. Seu começo foi apenas<br />
razoável, passando vários<br />
cortes, mas sempre terminando<br />
atrás nas classificações gerais. O<br />
brasileiro Rocha só passou o corte<br />
no Sony Open, no Havaí, mas<br />
não jogou a fase final do torneio<br />
devido às fortes chuvas, que acabaram<br />
limitando o número de<br />
jogadores para os 36 buracos finais.<br />
Porém, a grande surpresa<br />
neste início de temporada está<br />
sendo o venezuelano Vegas. Em<br />
seu segundo torneio do ano, venceu<br />
o Bob Hope Classic e, na semana<br />
seguinte, brigou em San<br />
Diego até o último buraco, terminando<br />
em terceiro lugar.<br />
Angel Cabrera, Andrés<br />
Romero e Fabian Gomez, da Argentina,<br />
Camilo Villegas, da Colômbia,<br />
Jhonnatan Vegas, da Ve-<br />
Foto: Divulgação<br />
nezuela, e Alex Rocha, do Brasil.<br />
Até pouco tempo atrás era um<br />
sonho pensar que nossos jogadores<br />
podiam competir ali. Hoje<br />
temos seis deles e sabemos que,<br />
não só podem jogar, como também<br />
estão aptos a ganhar.<br />
* Francisco “Paco” Aleman é<br />
comentarista de golfe da ESPN<br />
Internacional desde 1994
Pelo Brasil<br />
Agora o jogo<br />
é profissional<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
Número 1 do golfe amador<br />
brasileiro em 2010, Guilherme<br />
Oda cumpre sua meta e se<br />
torna um profissional. A<br />
confirmação veio com o título<br />
no Torneio de Classificação<br />
Anual da PGA do Brasil<br />
46<br />
Nas duas últimas temporadas ele<br />
sempre figurou entre os primeiros<br />
colocados do ranking amador<br />
brasileiro, permanecendo<br />
na liderança durante boa parte<br />
do tempo. A ideia de se tornar um profissional<br />
e tentar viver do golfe já vinha amadurecendo<br />
há alguns anos para Guilherme Oda, mas<br />
ganhou muita força no final de 2009, quando<br />
o paulista comemorou o melhor ano de sua<br />
carreira, conquistando três títulos nacionais.<br />
Em 2010 ainda atuou como amador. Com mais<br />
uma temporada de bons resultados, sempre<br />
demonstrando muita regularidade nos tor-
neios, o jogador de Bauru decidiu<br />
levar à frente seu sonho antigo e<br />
confirmou sua profissionalização<br />
com a vitória no torneio Classificação<br />
Anual da PGA do Brasil,<br />
realizado no início de fevereiro,<br />
no Terras de São José <strong>Golf</strong>e Clube,<br />
em Itu (SP). Sua primeira competição<br />
como profissional foi na<br />
semana seguinte. Jogando em<br />
casa, o golfista estreou com um<br />
bom quarto lugar no 11º Aberto<br />
do Bauru <strong>Golf</strong> Club, só ficando<br />
atrás dos experientes Ronaldo<br />
Francisco, Fabiano dos Santos e<br />
Odair Lima. Oda atendeu à reportagem<br />
da <strong>New</strong> <strong>Golf</strong> e falou sobre<br />
esse novo momento na carreira.<br />
Acompanhe o bate-papo com o<br />
mais novo profissional brasileiro:<br />
Como foi amadurecendo<br />
esse objetivo de se profissionalizar?<br />
Acredito que já tinha essa<br />
ideia desde quando comecei a<br />
disputar torneios nacionais e estaduais.<br />
Sempre fui apaixonado<br />
por este esporte e, apesar das<br />
dificuldades que um profissional<br />
de golfe enfrenta no Brasil,<br />
resolvi tentar, pois é meu sonho<br />
ganhar a vida jogando golfe. Meu<br />
objetivo esse ano é ganhar experiência<br />
e conseguir passar os<br />
cortes nos torneios.<br />
Fale sobre sua vitória no<br />
torneio de classificação da<br />
PGA do Brasil.<br />
Essa foi uma grande surpresa<br />
para mim. <strong>Não</strong> esperava conseguir<br />
o primeiro lugar. Meu objetivo<br />
lá era ter uma boa colocação<br />
para ter o direito de disputar os<br />
torneios profissionais. Estava batendo<br />
muito bem na bola e tentei<br />
focar somente no meu jogo. <strong>Não</strong><br />
estava preocupado com os outros<br />
jogadores. Acredito que esse<br />
foi o fator principal que me levou<br />
ao título.<br />
❙ Guilherme Oda<br />
Quais seus principais objetivos<br />
para os próximos meses?<br />
Esse ano eu pretendia jogar<br />
a classificação do Tour de Las<br />
Americas, mas por falta de patrocínio<br />
e apoio financeiro não<br />
consegui jogar. Meu objetivo futuro<br />
é poder jogar vários torneios<br />
desse circuito.<br />
Quais são os aspectos que<br />
mais irão mudar agora como<br />
profissional?<br />
Acredito que o foco é outro.<br />
Terei que treinar bem mais que<br />
antes, apesar de eu sempre ter<br />
feito o máximo para jogar bem e<br />
conquistar títulos como amador,<br />
o nível profissional é muito mais<br />
alto. Mas acho que a maior mudança<br />
vai ser mental, pois esta<br />
vai ser minha profissão.<br />
Conte um pouco sobre como<br />
foi o ano de 2010 para você.<br />
Foi um grande ano. Consegui<br />
jogar bem vários torneios<br />
e mantive minha liderança no<br />
ranking amador brasileiro, mas<br />
o melhor foi conseguir alcançar<br />
meu objetivo que era jogar o<br />
Mundial Amador na Argentina.<br />
Apesar de eu não ter conseguido<br />
um bom resultado neste torneio,<br />
acredito que ajudou muito<br />
na minha carreira.<br />
47
torneios nacionais<br />
Firme no caminho<br />
11º Aberto do Bauru <strong>Golf</strong> Club<br />
das vitórias<br />
❙ Ronaldo Francisco<br />
Na estreia do anfitrião Guilherme Oda como<br />
profissional, Ronaldo Francisco mostra que continua<br />
na trilha dos títulos. Entre os amadores, melhor<br />
para Armando Yoshiura e Ruriko Nakamura<br />
48<br />
Fotos: Zeca Resendes
Em 2010, quando ele estava<br />
em campo, não<br />
costumava deixar algum<br />
troféu de bobeira<br />
para seus adversários.<br />
Profissional do Quinta do <strong>Golf</strong>e,<br />
de São José do Rio Preto (SP), Ronaldo<br />
Francisco mostrou, no final<br />
de semana de 12 e 13 de fevereiro,<br />
que não esqueceu a receita<br />
para seguir vencendo em 2011 e<br />
conquistou o título da 11ª edição<br />
do Aberto do Bauru <strong>Golf</strong> Club, no<br />
interior de São Paulo. O campeão<br />
fechou o torneio com 135 tacadas<br />
(71/64), contra 140 (69/71)<br />
de Fabiano dos Santos, líder na<br />
primeira rodada, e 143 (70/73) de<br />
Odair Lima. Francisco terminou<br />
o primeiro dia em quarto lugar,<br />
mas no domingo fez uma partida<br />
brilhante, ficando oito tacadas<br />
abaixo do par do campo.<br />
“Fui convidado para jogar este<br />
❙Ruriko Nakamura<br />
torneio e todos nos receberam<br />
muito bem. O clima foi de muita<br />
alegria e comemoração pela nossa<br />
presença e pelo resultado em<br />
si. Foi muito bom”, comemorou o<br />
jogador. Sócio do clube anfitrião,<br />
o ex-amador Guilherme Oda, que<br />
fez sua estreia como profissional,<br />
somou 144 tacadas (70/74),<br />
para terminar na quarta colocação<br />
entre os 11 participantes.<br />
Entre os amadores, o campeão<br />
scratch foi Armando Yoshiura, de<br />
Bauru, com 152 tacadas, seguido<br />
por Gustavo Salinas, do Damha,<br />
com 153. No torneio feminino,<br />
Ruriko Nakamura, do Terras de<br />
São José, foi a campeã scratch,<br />
com 160 tacadas. O evento foi<br />
válido pelo ranking paulista por<br />
handicap índex. Mais de 100 jogadores<br />
estiveram em campo<br />
disputando 36 buracos na modalidade<br />
stroke-play.<br />
Campeões do 11º Aberto<br />
do Bauru <strong>Golf</strong> Club<br />
Masculino<br />
Profissional<br />
Ronaldo Francisco (Quinta do<br />
<strong>Golf</strong>e Clube)<br />
Scratch<br />
Armando Yoshiura (Bauru <strong>Golf</strong><br />
Club)<br />
Handicap até 8,5<br />
Armando Yoshiura (Bauru <strong>Golf</strong><br />
Club)<br />
Handicap de 8,6 a 14<br />
Vinícius Yoshiura (Bauru <strong>Golf</strong><br />
Club)<br />
Handicap de 14,1 a 19,4<br />
José Victor Freitas (Bauru <strong>Golf</strong><br />
Club)<br />
Handicap de 19,5 a 25,7<br />
Pedro Cozza (Bauru <strong>Golf</strong> Club)<br />
Feminino<br />
Scratch<br />
Ruriko Nakamura (Terras<br />
de São José <strong>Golf</strong>e Clube)<br />
Handicap até 16,0<br />
Bianca Vidal de Souza (Damha<br />
<strong>Golf</strong> Club)<br />
Handicap até 16,1 a 25,7<br />
Denise Baruque (Bauru <strong>Golf</strong><br />
Club)<br />
49
entidades<br />
O vice-presidente da APG, Antonio Padula, ao lado de Altino Valentim Gomes, presidente da entidade<br />
Chamariz para<br />
Associação Paulista de <strong>Golf</strong>e<br />
novos golfistas<br />
Por Antonio Padula *<br />
Fotos: Divulgação<br />
Considerada a principal porta<br />
de acesso para novos jogadores<br />
do Brasil, a Associação Paulista de<br />
<strong>Golf</strong>e vira parceira da Revista <strong>New</strong><br />
<strong>Golf</strong> e ganha um espaço fixo para<br />
destacar suas novidades<br />
52<br />
A<br />
partir desta 12ª edição, os leitores<br />
da Revista <strong>New</strong> <strong>Golf</strong> poderão<br />
acompanhar as novidades<br />
e os mais relevantes assuntos<br />
da Associação Paulista de <strong>Golf</strong>e.<br />
Foi com grande alegria que recebemos<br />
o convite para estar aqui presentes. Agora,<br />
com esse importante canal de comunicação<br />
do golfe brasileiro, estamos mais do que<br />
nunca motivados para mobilizar os golfistas<br />
e, sobretudo, difundir ainda mais o esporte<br />
no nosso País.
A APG é considerada a principal<br />
porta de acesso aos novos<br />
jogadores no Brasil. Em nenhum<br />
outro lugar, novos aficionados<br />
são em tão grande e relevante<br />
número. Hoje a entidade organiza<br />
quatro torneios; o Pé Duro,<br />
que é realizado todas as terçasfeiras<br />
no Centro Paulista de <strong>Golf</strong>e,<br />
a Taça Cid Andrade, disputada<br />
a cada três meses em algum<br />
campo no Estado de São Paulo, o<br />
Torneio Nacional, que acontece<br />
durante o primeiro semestre do<br />
ano em algum campo do Brasil,<br />
além do famoso Torneio Internacional<br />
da APG, que já é considerado<br />
o Grande Aberto de <strong>Golf</strong>e<br />
Brasileiro realizado no exterior.<br />
O Pé Duro<br />
A Associação Paulista de <strong>Golf</strong>e<br />
nasceu em 2003. Antes dela,<br />
porém, nasceu o famoso torneio<br />
do Pé Duro, em 2001, competição<br />
que completa dez anos em junho<br />
deste ano. A programação deste<br />
mês de aniversário, no CPG, em<br />
São Paulo, será toda especial e<br />
trará, nas quatro terças-feiras,<br />
além do torneio em si, atrações<br />
especiais que iremos detalhar já<br />
na próxima edição da <strong>New</strong> <strong>Golf</strong>.<br />
O desafio de Altino Valentim<br />
Gomes, presidente da APG na<br />
gestão 2011, é conciliar<br />
um número<br />
cada vez maior<br />
de novos golfistas<br />
aos jogadores dos<br />
mais diferentes<br />
níveis técnicos.<br />
Com isso e mais o<br />
fato de que muitos<br />
bons jogadores<br />
(scratchs) participam<br />
do torneio, a<br />
APG se organizou<br />
para poder atender<br />
a esse grande espectro<br />
de golfistas<br />
e criou várias categorias<br />
no Pé Duro<br />
para poder tornar<br />
o jogo ao mesmo<br />
tempo um prazer,<br />
uma competição e<br />
uma escola. Quem<br />
joga no Pé Duro,<br />
normalmente tem<br />
como seu ponto<br />
mais forte o jogo<br />
curto, justamente<br />
onde mora o segredo<br />
do golfe, já que a maioria dos<br />
campeonatos é decidida a menos<br />
de cem jardas do green. Por isso<br />
sempre destacamos a importância<br />
de jogar este torneio. Lá o golfista<br />
aprende muito, mas nunca<br />
abrindo mão de se divertir.<br />
Na Flórida<br />
No ano passado, a APG levou<br />
seu Torneio Internacional ao<br />
PGA National, em Palm Beach<br />
Gardens, na Flórida, EUA. Foi um<br />
sucesso absoluto. Com recorde<br />
de jogadores inscritos, setenta e<br />
quatro golfistas brasileiros disputaram<br />
um evento muito bem<br />
organizado e inusitadamente<br />
diferente fora do Brasil, de 15<br />
a 19 de novembro. Foram três<br />
dias de torneio em datas alternadas,<br />
campos diferentes e com<br />
três modalidades em jogo. Um<br />
❙ Torneio internacional da APG, na Flórida<br />
dos campos utilizados foi o The<br />
Champion, onde é realizado atualmente<br />
o Honda Classic Tournament,<br />
etapa oficial do PGA<br />
Tour. Os torneios internacionais<br />
da APG também já estiveram<br />
em Buenos Aires por duas vezes,<br />
em Córdoba (ARG), no campo de<br />
Angel Cabrera e Eduardo Romero,<br />
e em Miami, dentro do Doral<br />
Resort e jogando no lendário The<br />
Blue Monster.<br />
Para mais informações, acessem<br />
www.apg.org.br<br />
* Antonio Padula é vicepresidente<br />
da Associação<br />
Paulista de <strong>Golf</strong>e<br />
53
golfe nota 10<br />
Volta às aulas,<br />
volta ao golfe<br />
por David Oka*<br />
As aulas nas escolas<br />
públicas e particulares<br />
recomeçaram<br />
em fevereiro e o<br />
<strong>Golf</strong>e Nota 10 também<br />
volta às suas atividades a<br />
todo vapor. Nestes três anos e<br />
meio de trabalho, atendemos<br />
mais de 22 instituições de ensino,<br />
sendo oito públicas em várias<br />
cidades do Estado, como São<br />
Vicente, Guarulhos, Arujá, São<br />
Paulo, Cotia, Araçariguama, Barueri,<br />
Amparo, Ribeirão Preto e<br />
Araçoiaba da Serra.<br />
Já passaram pelo projeto mais<br />
de dez mil alunos, que tiveram a<br />
oportunidade de conhecer todos<br />
os benefícios do golfe. Pelo menos<br />
uma sementinha do golfe foi<br />
deixada em cada um deles.<br />
Sendo educacional, além de<br />
proporcionar o conhecimento<br />
e o envolvimento com um novo<br />
esporte, o projeto oferece uma<br />
disciplina complementar aos<br />
alunos, já que a etiqueta é um<br />
dos princípios básicos do golfe e<br />
seus valores vêm de carona com<br />
as aulas práticas.<br />
Visitando as escolas que fazem<br />
parte do projeto, sinto muita<br />
alegria, principalmente ao<br />
perceber a ansiedade dos alunos<br />
para o recomeço das aulas de<br />
golfe. Já ensaiando os primeiros<br />
54<br />
exercícios e começando a matar<br />
a saudade, eles imitam os movimentos<br />
de bater na bola e comentam<br />
as tacadas que viram<br />
na TV durante as férias.<br />
Uma diretora de escola pública<br />
comentou que a procura<br />
de novos alunos foi muito grande<br />
este ano por causa do golfe.<br />
Crianças de todas as partes da<br />
cidade estavam tentando se matricular<br />
porque souberam que<br />
tinha golfe na grade curricular.<br />
Chegou também ao conhecimento<br />
dos pais que os alunos<br />
tiveram bons resultados, tanto<br />
dentro como fora da escola. Este<br />
é o objetivo do <strong>Golf</strong>e Nota 10;<br />
fazer com que os alunos levem<br />
para sua vida os benefícios que o<br />
esporte lhes proporciona.<br />
O projeto teve aprovada a Lei<br />
do Incentivo ao Esporte para 2011<br />
e está em fase de captação de recursos<br />
para que neste ano possa<br />
atender mais escolas em todo o<br />
Estado, fazendo com que o golfe<br />
seja mais conhecido e possa ajudar<br />
a mudar a história de muitas<br />
crianças que, por falta de oportunidades,<br />
acabam se desviando<br />
por caminhos errados. De quebra,<br />
uma nova e talentosa geração<br />
de golfistas pode vir por aí.<br />
*David Oka é coordenador do projeto “<strong>Golf</strong>e Nota 10”, da Federação Paulista de <strong>Golf</strong>e
Esporte, diversão e cultura<br />
* Por Rafael Jun Mabe<br />
Encerramos 2010 em<br />
grande estilo, com a festa<br />
de confraternização<br />
realizada no <strong>Golf</strong> Virtual,<br />
no bairro do Bom Retiro,<br />
na capital paulista. Os jovens<br />
e convidados puderam jogar golfe<br />
nos simuladores e participar do<br />
coquetel de encerramento e premiação<br />
da temporada.<br />
Este ano promete ser repleto<br />
de novidades e realizações para<br />
o Programa Tacada Cidadã. Reiniciamos<br />
as atividades no dia 17<br />
de janeiro e a primeira atividade<br />
cultural aconteceu no dia 28,<br />
quando levamos os beneficiários<br />
do Projeto Esporte e Cultura para<br />
assistir o musical Mamma Mia,<br />
no Teatro Abril.<br />
O Projeto Esporte e Cultura<br />
tem como objetivo possibilitar aos<br />
jovens, seus familiares e membros<br />
da comunidade local o acesso<br />
a atividades culturais como<br />
musicais, peças de teatro, exposições<br />
de arte, entre outras. Até<br />
o momento já foram beneficiadas<br />
430 pessoas. Iniciado em julho de<br />
2010, o programa teve como sua<br />
primeira ação levar os jovens do<br />
Tacada Cidadã, membros da comunidade<br />
local, beneficiários e dirigentes<br />
de Projetos e Associações<br />
da região como Associação Beneficente<br />
Vida Nova - ABEVIN, Associação<br />
Peixe Vivo e Clube Escola<br />
de Remo e Canoagem para assistir<br />
o espetáculo musical “Cats”,<br />
no Teatro Abril. Essa atividade foi<br />
possível graças a uma parceria<br />
entre o Teatro Abril - Time 4 Fun,<br />
Instituto Paulo Kobayashi - IPK e o<br />
Instituto Vem Ser Sustentável.<br />
No mês de agosto, comemorando<br />
dois anos de atividades do<br />
Tacada Cidadã, através de uma<br />
parceria entre a Mayorkis Assessoria,<br />
Consultoria e Produção de<br />
Eventos Ltda., IPK e o Instituto<br />
Vem Ser Sustentável, levamos<br />
os jovens do Programa, alunos<br />
e professores do Instituto Edu-<br />
cacional Luterano e membros<br />
da comunidade local para ver a<br />
exposição “Corpos”, na Oca, no<br />
Parque do Ibirapuera (SP).<br />
O Instituto Vem Ser Sustentável<br />
é o proponente do Programa<br />
Tacada Cidadã, que atualmente<br />
desenvolve três projetos: <strong>Golf</strong>e<br />
e Cidadania, Esporte e Cultura<br />
e Conheça o <strong>Golf</strong>e com o Tacada<br />
Cidadã.<br />
Para saber mais acesse:<br />
www.tacadacidada.org<br />
* Rafael Jun Mabe, diretor do Instituto Vem Ser Sustentável e responsável pelo Programa<br />
Tacada Cidadã, é arquiteto pós-graduado em gestão ambiental<br />
55<br />
tacada cidadã
pelo Brasil<br />
A inspiração<br />
I Open de Comandatuba<br />
que vem da ilha<br />
Numa parceria do Hotel Transamérica<br />
com a operadora <strong>Golf</strong> Travel, o I Open de<br />
Comandatuba atrai a atenção de dezenas de<br />
golfistas do Brasil. O suntuoso cenário da Ilha<br />
é sempre um incentivo a mais<br />
56<br />
Alvinho Morais/ Divulgação
❙ O campeão scratch Ricardo Ramos<br />
Um dos mais belos<br />
campos do Brasil,<br />
o Comandatuba<br />
Ocean Course realizou<br />
o seu primeiro<br />
Open de <strong>Golf</strong>e, de 17 a 20 de<br />
fevereiro. A competição reuniu<br />
mais de 50 jogadores de todo o<br />
País, que foram brindados com<br />
quatro dias de muito sol. Além<br />
do torneio, os golfistas participaram<br />
de um coquetel de boas<br />
vindas, de um churrasco à beira<br />
do canal e de um jantar de<br />
premiação. Puderam também<br />
aproveitar as diversas opções de<br />
lazer do resort, que vão desde<br />
praia, piscina e spa até passeios<br />
de barco pela região. O evento<br />
foi uma parceria do Hotel Transamérica<br />
e da operadora <strong>Golf</strong><br />
Travel.<br />
O campeão masculino scratch<br />
do torneio foi Ricardo Bernardo<br />
Ramos, representante do Terravista<br />
<strong>Golf</strong> Course, de Trancoso.<br />
Ele somou 154 tacadas nos dois<br />
dias de competição, com parciais<br />
de 77 e 77. Evanildo Silva dos Santos,<br />
também do Terravista, foi<br />
o campeão da categoria de handicap<br />
até 14, com 142 tacadas. O<br />
vice-campeão foi Bruno Tariant,<br />
presidente da Federação Baiana<br />
de <strong>Golf</strong>e, que somou 148. Gerson<br />
Licheski venceu a categoria de<br />
14,1 a 23, seguido por Gunther<br />
Matter. Wanewman Andrade foi<br />
o campeão entre os jogadores de<br />
handicap 23,1 a 32, seguido por<br />
João Bosco de Almeida. Entre as<br />
damas, a campeã foi Mônica de<br />
Castro, do Morro do Chapéu, com<br />
Nilda de Almeida, do Clube Capixaba,<br />
ficando com o vice-campeonato.<br />
Houve ainda a competição<br />
de nearest to the pin, vencida pelos<br />
jogadores João Nogueira Batista<br />
e Marcus Botelho.<br />
O cenário<br />
Projetado e executado pelo<br />
arquiteto americano Dan<br />
Blankenship, o Comandatuba<br />
Ocean Course está totalmente<br />
integrado à paisagem natural<br />
da ilha, entre o mar e o mangue,<br />
em um ambiente dominado por<br />
coqueiros centenários, dunas de<br />
areia, lindos lagos e vegetação<br />
nativa. Sem falar da rica fauna<br />
local, de micos, aves, raposas,<br />
tamanduás e jupatis. Apresenta<br />
ondulações e desníveis que,<br />
combinados aos ventos oceânicos<br />
e aos bancos de areia, desafiam<br />
a habilidade do jogador a<br />
todo momento.<br />
Localizado no município de<br />
Una (BA), no litoral sul da Bahia,<br />
o Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba<br />
oferece uma infraestrutura<br />
de grandes dimensões.<br />
Conforto, requinte e privacidade<br />
se reúnem em uma paisagem preservada<br />
da mata atlântica. A preocupação<br />
com o meio ambiente e<br />
a responsabilidade social também<br />
norteiam as ações do hotel desde<br />
a sua construção, em 1989. Além<br />
de uma usina de compostagem<br />
para transformação do lixo orgânico<br />
em adubo, o resort desenvolve<br />
programas de defesa e preservação<br />
do ecossistema local em<br />
parceria com o Instituto Ecotuba.<br />
57
por trás dos campos<br />
O prazer do “pós-jogo”<br />
começa no vestiário<br />
Por Mark Diedrich*<br />
Os leigos podem estranhar a<br />
importância dada ao assunto e<br />
mesmo alguns golfistas talvez nunca<br />
tenham vivenciado uma experiência<br />
de requinte no vestiário, mas o fato<br />
é que, cada vez mais, o local onde<br />
troca-se de roupa está se tornando<br />
também um importante ponto de<br />
encontro de amigos. É a primeira<br />
parada do “Buraco 19”<br />
58<br />
❙ Dallas National Men’s Wet Area<br />
Um dos maiores prazeres<br />
de alguém<br />
que se torna sócio<br />
de um clube de golfe<br />
é ter o seu nome<br />
gravado no armário do vestiário.<br />
Para os poucos privilegiados<br />
que conseguem, isso é um símbolo<br />
de status. Mais importante<br />
ainda, um título de sócio de um<br />
clube de golfe adiciona um novo<br />
nível de hospitalidade e camaradagem<br />
na experiência do golfe.<br />
Como um arquiteto de<br />
clubhouses de golfe que viaja<br />
pelo mundo, tive o prazer de conhecer<br />
alguns ótimos exemplos<br />
Foto: Gabriel Benzur
de vestiários. Independentemente<br />
da região do mundo onde você<br />
está, a experiência do vestiário<br />
de clube de golfe é essencialmente<br />
a mesma. Os componentes<br />
básicos de um bom vestiário<br />
são os próprios armários,<br />
as áreas molhadas que incluem<br />
chuveiros, lavatórios, sanitários,<br />
uma área social e uma área para<br />
o atendente de sapatos e toalhas.<br />
Alguns projetos são melhores<br />
que outros, mas a receita para<br />
o vestiário ideal pode variar de<br />
acordo com a época e sua localização<br />
geográfica.<br />
Para um não-golfista, esta conversa<br />
pode soar estranha. Por que<br />
os sócios de clube de golfe dão<br />
tanta importância para o vestiário?<br />
Por que maridos, pais, filhos<br />
e avôs passam tanto tempo nos<br />
vestiários enquanto há outros locais<br />
como o restaurante do clube<br />
ou a piscina? A resposta é simples.<br />
É o lugar onde os homens podem<br />
se isolar do mundo e relaxar com<br />
os amigos após um jogo de golfe.<br />
O segredo para um vestiário de<br />
sucesso está no serviço de primeira,<br />
combinado a uma área social<br />
que estimula o convívio.<br />
Sempre cumprimentando os<br />
sócios com um sorriso e um jogo<br />
de toalhas limpas, os serviços<br />
do vestiário começam e terminam<br />
com um ótimo atendente<br />
de toalhas e sapatos. O atendente<br />
deve certificar-se de que todas<br />
as necessidades do golfista estão<br />
sendo atendidas. Ele engraxa<br />
os sapatos sociais, limpa os sapatos<br />
de golfe, fornece toalhas,<br />
mantém o estoque de amenities<br />
de banho, mantém o vestiário<br />
limpo e muitas vezes, ainda faz<br />
o papel de barman servindo bebidas<br />
para um grupo de golfistas<br />
na área social enquanto estão<br />
fazendo as apostas, jogando baralho<br />
ou assistindo um evento<br />
esportivo na TV.<br />
❙ Locker Room Vertical<br />
Antes de um jogo de golfe, o<br />
atendente está lá para pegar os<br />
sapatos do golfista pelo chão ou<br />
na prateleira sob o armário. Os<br />
armários mais requintados são<br />
de madeira nobre, ocupando uma<br />
coluna inteira com um banco em<br />
frente, embora seja aceitável um<br />
padrão de dois armários, um<br />
sobre o outro, com aproximadamente<br />
um metro de altura e 45<br />
cm de largura, em que há espaço<br />
suficiente para um par de sapatos<br />
extra, um putter de reserva e<br />
uma caixa de charutos. E graças a<br />
um ótimo atendente de sapatos, o<br />
golfista volta depois de um jogo e<br />
encontra seus sapatos brilhando<br />
e perfeitamente arrumados no<br />
mesmo local onde foram deixados<br />
sob o seu armário.<br />
Foto: Gabriel Benzur<br />
Para um banho relaxante e<br />
um descanso antes de encontrar<br />
com seus amigos para uma cerveja<br />
gelada, uma rápida sauna<br />
ou hidromassagem seguida de<br />
um chuveiro equipado com muita<br />
pressão de água quente. Os<br />
chuveiros devem ser espaçosos<br />
o suficiente para nos movermos<br />
confortavelmente e os melhores<br />
são equipados com uma área de<br />
secagem própria, cabideiro e um<br />
banco dentro da cabine. Os toques<br />
de requinte ficam por conta<br />
dos itens de vaidade: como um<br />
balcão alto com uma prateleira<br />
elevada repleta de amenidades<br />
de cosméticos e higiene pessoal<br />
masculinos: lâminas de barbear,<br />
cremes de barbear, perfumes,<br />
escovas de dente, pentes e uma<br />
59
❙ Princess Anne Men’s Bar Lounge<br />
variedade de produtos para o cabelo<br />
para atender às necessidades<br />
de um golfista. É o suficiente<br />
para tornar um homem apresentável<br />
para um primeiro encontro<br />
com uma modelo internacional,<br />
deixando de lado o jogo de cartas<br />
com os amigos.<br />
Apenas a poucos passos do<br />
seu armário pessoal, uma poltrona<br />
no lounge aguarda o cavalheiro<br />
banhado e renovado.<br />
A área social pode ser o lounge<br />
de TV, uma sala de carteado ou<br />
um bar masculino, dependendo<br />
do clube. As mais bem sucedidas<br />
são as localizadas numa área<br />
central, integrada à área dos<br />
armários. Dessa forma as chances<br />
de encontrar os amigos são<br />
maiores e se cria uma atmosfera<br />
de integração social. Para criar<br />
um ambiente aconchegante,<br />
essa área “só dos homens” deve<br />
ser acolhedora e não grande demais.<br />
Um telhado alto, uma la-<br />
60<br />
reira e uma vista para o campo<br />
de golfe são os itens top da nossa<br />
lista das melhores características<br />
para a área social masculina.<br />
Afinal, você merece tudo isso!<br />
Se você é um golfista morando<br />
no Brasil e ainda não teve o<br />
privilégio de uma experiência<br />
tão maravilhosa de vestiário, é<br />
porque existem muito poucos<br />
como esses ainda. Mas tenha paciência.<br />
Com o crescimento do<br />
*Mark Diedrich, diretor da<br />
Kuo Diedrich, é arquiteto de<br />
clubhouses de golfe há mais de<br />
16 anos. Escreve sobre o tema e<br />
ministra palestras pelo mundo<br />
todo, incluindo Febragolfe e<br />
Brasil <strong>Golf</strong> Show, no Brasil,<br />
Harvard Graduate School of<br />
Design e a Emory University,<br />
em Atlanta (EUA).<br />
mark@kuodiedrich.com<br />
www.kuodiedrich.com<br />
golfe por aqui, crescerá também<br />
a demanda por instalações de<br />
alto padrão. E por ser o Brasil um<br />
caldeirão de diferentes culturas,<br />
isso trará as melhores sugestões<br />
de várias regiões do mundo para<br />
serem incorporadas em seus clubes<br />
de golfe. Neste caso, o Brasil<br />
acaba se beneficiando por ser um<br />
retardatário no “golf boom”, tendo<br />
a oportunidade de trazer as<br />
melhores ideias do mundo.<br />
Foto: Gabriel Benzur
Brasília em prol<br />
Torneio <strong>Golf</strong>e Solidário<br />
de Teresópolis<br />
Sensível à tragédia sofrida em<br />
função das chuvas no Rio de<br />
Janeiro, no início do ano, a diretoria<br />
do Clube de <strong>Golf</strong>e de<br />
Brasília decidiu organizar um<br />
evento com renda revertida para o auxílio<br />
às vítimas; foi o Torneio <strong>Golf</strong>e Solidário,<br />
que teve como objetivo a arrecadação<br />
de fundos em prol das famílias e<br />
dos funcionários do Clube de <strong>Golf</strong>e de<br />
Teresópolis, totalmente destruído pelas<br />
chuvas de janeiro.<br />
Esta foi a primeira iniciativa de cunho<br />
solidário realizada fora do Estado do Rio<br />
de Janeiro em benefício àquele clube.<br />
Cerca de R$ 7 mil foram arrecadados.<br />
Contando com o apoio da American Airlines,<br />
do Hotel Royal Tulip, da Del’arte<br />
Estanhos e do Johnys Júlio Estúdio Fotográfico,<br />
o campeonato reuniu mais de<br />
70 jogadores, que disputaram os troféus<br />
para os cinco primeiros lugares, jogando<br />
na modalidade par-point. O título ficou<br />
com Fernando Bandeira, seguido pelo<br />
vice-campeão Féres Jaber e pelo terceiro<br />
colocado, Claudio Roberto Souza.<br />
61<br />
torneios nacionais
opinião<br />
Qual o verdadeiro papel<br />
da sorte no esporte?<br />
Já dizia o grande golfista<br />
sul-africano Gary<br />
Player, “quanto mais<br />
eu treino, mais sorte eu tenho”.<br />
Verdade. Poderíamos citar muitos<br />
ditados populares que abordam<br />
este tema. Um deles é bem<br />
conhecido: “Deus ajuda quem<br />
cedo madruga”, entre muitos outros<br />
do gênero.<br />
Se formos fundo nesta análise<br />
veremos que, principalmente em<br />
esportes individuais, vários fatores<br />
são determinantes para separar<br />
o joio do trigo, ou seja, definir<br />
quem é um bom jogador e quem<br />
é um jogador vencedor, ou mais<br />
precisamente, um campeão.<br />
Esta diferença, segundo os<br />
psicólogos, já se pode notar em<br />
tenra idade. É muito fácil perceber<br />
que, em grupos de alunos na<br />
faixa dos 12 anos, existem aqueles<br />
que são líderes naturais, que<br />
são seguidos e admirados, e<br />
aqueles que, mais tímidos e inseguros,<br />
se escondem dentro da<br />
própria sala de aula. No mundo<br />
inteiro o relacionamento entre<br />
pré-adolescentes muitas vezes<br />
é cruel. Certas brincadeiras são<br />
inapropriadas. Mas criança é<br />
assim mesmo, e não quer dizer<br />
que um “nerd” aos 14 anos não<br />
venha a se destacar e se tornar<br />
um líder no futuro. Olhem<br />
o exemplo de Bill Gates. Tudo é<br />
uma questão de encontrar seu<br />
caminho, seu nicho.<br />
62<br />
Talento, sorte<br />
ou estrela?<br />
por Marco Antonio Rodrigues*<br />
Em esportes como tênis, golfe<br />
e alguns outros, o talento quase<br />
sempre não é suficiente para definir<br />
um grande vencedor. Temos<br />
exemplos famosos de atletas com<br />
talento limitado que se superaram<br />
com determinação, força,<br />
muita preparação física e, acima<br />
de tudo, força mental. No tênis,<br />
um exemplo foi Ivan Lendl, que se<br />
destacou e derrotou adversários<br />
muito superiores tecnicamente.<br />
Temos exemplos ao contrário,<br />
como o chileno Marcelo Rios, que<br />
tinha mais tênis do que 90% de<br />
seus oponentes, mas sua cabecinha<br />
oca não acompanhava seu<br />
talento.<br />
No golfe não é diferente. Existem<br />
aqueles que aos 12 anos já<br />
se sabia aonde chegariam. Bobby<br />
Jones, Ben Hogan, Arnold Palmer,<br />
Jack Nicklaus e Tiger Woods, não<br />
necessariamente foram ou são os<br />
melhores jogadores de suas épocas,<br />
mas são os grandes campeões,<br />
aqueles que deram um passo<br />
acima de todos, que se recusavam<br />
a perder, mesmo quando<br />
tudo indicava que assim seria. O<br />
mesmo acontece com os estreantes,<br />
aqueles que enfrentam verdadeiras<br />
maratonas para ingressar<br />
nesta elite do esporte, que<br />
é o PGA Tour. Quando chegam,<br />
alguns vencem imediatamente,<br />
como é o caso recente do venezuelano<br />
Jhonattan Vegas, que em<br />
dois torneios jogados ganhou um<br />
e ficou em terceiro no outro. Talento?<br />
Claro que sim, mas a dife-<br />
❙ Alexandre Rocha<br />
rença é algo que não se vê, não se<br />
ensina e não se mede; um desejo<br />
infinito de alcançar o sucesso. Podemos<br />
chamar de “estrela”.<br />
Nosso Alexandre Rocha tem<br />
mais talento e mais golfe que a<br />
maioria dos jogadores do Tour,<br />
disso não temos dúvidas, mas<br />
ele ainda tem que provar a si<br />
mesmo que possui essa determinação<br />
e o profundo desejo de<br />
conquista. Para quem o conhece<br />
e sabe da pessoa maravilhosa<br />
que é, percebe que ele mudou recentemente.<br />
Tem nos olhos mais<br />
garra e determinação. Só nos<br />
resta torcer para que sua estrela<br />
brilhe mais forte e ilumine seu<br />
caminho rumo às vitórias.<br />
*Marco Antonio Rodrigues é<br />
comentarista e narrador de<br />
golfe na ESPN.
"Hugo Chavez para Jhonattan Vegas: "Mira carajito... El trofeo es mÌo!"<br />
Ilustração de Marco Antonio Rodrigues
Qualidade de vida<br />
Acupuntura é um<br />
método de estimulação<br />
periférica que<br />
através de pontos<br />
topograficamente<br />
bem estabelecidos e estudados<br />
é capaz de produzir alterações<br />
fisiológicas em níveis locais, segmentares<br />
e supra-segmentares.<br />
Estes estímulos buscam dar ao<br />
organismo a capacidade de se<br />
auto-regular, facilitando assim<br />
o resgate de nossa homeostasia.<br />
Os diversos alvos da estimulação<br />
periférica neuromoduladora<br />
incluem nervos, receptores e<br />
vias das diferentes modalidades<br />
sensoriais (propriocepção, os<br />
sentidos do tato e da temperatura,<br />
dor), inervação motora dos<br />
músculos, fibras autonômicas<br />
aferentes e eferentes.<br />
Iniciando<br />
um tratamento<br />
Podemos considerar alguns<br />
momentos em um tratamento<br />
com a acupuntura:<br />
1. A eliminação: A eliminação<br />
dos excessos de toxinas acumulados<br />
em nosso corpo, através<br />
de varias situações do dia a dia<br />
como: excessos de alimentos e<br />
64<br />
A arte milenar<br />
aplicada ao jogo<br />
por Claudio Lopes *<br />
bebidas, atividade muscular inadequada<br />
por erro de postura ou<br />
prática de exercícios excessivos,<br />
alteração do sono, irritabilidade,<br />
processos inflamatórios repetitivos<br />
ataques e virais são alguns<br />
dos fatores que fazer acumular<br />
toxinas em nosso organismo, e<br />
acupuntura pode ajudar ao organismo<br />
a eliminar estas toxinas.<br />
2. A imuno-modulação: a<br />
maior parte das interações do<br />
corpo humano passa por sistemas<br />
de auto-regulação. Nosso<br />
estresse psicológico é capaz de<br />
alterar o nosso sistema imunológico.<br />
O organismo usa mecanismos<br />
de retro-alimentação<br />
para corrigir a si mesmo ao redor<br />
de um ponto de ajuste. Falamos<br />
de terapia de regulação<br />
quando abordamos estes sistemas<br />
de auto-regulação. Com algumas<br />
combinações de pontos<br />
na acupuntura podemos ajudar<br />
a equilibrar as nossas alças de<br />
realimentação em diversos eixos<br />
do nosso sistema límbico<br />
(sistema responsável pelo controle<br />
emocional), o sistema de<br />
defesa (imunológico) e o emocional<br />
(límbico). São exemplos de<br />
auto-regulação. Estes sistemas<br />
funcionam de diversas maneiras<br />
dependendo da fase do estresse<br />
pelo qual estamos passando. As<br />
fases estão dividas em três ou<br />
“os três “F’s”:<br />
a) Fugir: o organismo tentará<br />
fugir do perigo (na natureza<br />
os coelhos, os cavalos, a maioria<br />
das aves);<br />
b) Lutar: o corpo se prepara<br />
para lutar contra o intruso e o<br />
risco externo (leões, cães, crocodilos);<br />
c) Congelar: a regra subjacente<br />
a esta forma de proteção<br />
é que não fazer nada parece melhor<br />
que fazer algo errado. Ao<br />
congelar-se, o organismo espera<br />
não ser visto e atacado (burros,<br />
faisões).<br />
A primeira fase é a de alarme,<br />
fase aguda do estresse, na qual o<br />
corpo tem uma preparação para<br />
lutar ou fugir. Vários mecanismos<br />
são acionados. Por exemplo,<br />
antes de um jogo que para você<br />
tem uma importância muito<br />
grande, este momento pode te<br />
ajudar a ter um bom desempenho<br />
ou te paralisar. A acupuntura<br />
ajuda a modular e manter um<br />
nível colaborativo a seu favor.<br />
A segunda fase do estresse é<br />
de resistência, quando a realimentação<br />
negativa não ocorre e<br />
todos os componentes da nossa<br />
supra-renal comandados pelos<br />
eixos hipotalâmicos e hipofisá-
ios continuam a mandar a jorrar<br />
em nossa corrente sanguínea<br />
(adrenalina - noradrenalina-cortisol<br />
e dopamina). <strong>Não</strong> percebemos<br />
esta fase porque a maravilha<br />
do nosso corpo humano tem<br />
um poder de adaptação fantástico,<br />
mas é como ter um cartão<br />
que você gasta e a fatura só vem<br />
depois de cinco anos, tempo relativo<br />
para chegarmos à terceira<br />
fase; a da fadiga crônica.<br />
Neste terceiro momento,<br />
como o nome já nos diz, o grande<br />
sintoma é a fadiga e o desânimo,<br />
muitas vezes confundido<br />
com um estado depressivo. Aqui<br />
é quando chega a conta do cartão<br />
e é muito possível que vários<br />
outros sintomas físicos e<br />
emocionais estejam associados,<br />
como dores musculares, falta de<br />
concentração e desânimo para o<br />
jogo. Enfim, precisamos da imunoneuromodulação<br />
destes eixos<br />
para que possamos alcançar novamente<br />
o bem-estar e o equilíbrio<br />
fisiológico.<br />
A acupuntura<br />
aplicada ao golfe<br />
O golfe é um jogo onde movimentos<br />
de força e equilíbrio<br />
são essências, quando estamos<br />
passando por algum momento<br />
de estresse psicológico no sistema<br />
límbico responsável pelas<br />
nossas emoções, o sistema não<br />
contribui de forma efetiva ao<br />
nosso sistema de propriocepção<br />
(percepção de si mesmo no espaço)<br />
causando atrasos ou adiantamentos<br />
em determinados<br />
grupos musculares, que podem<br />
gerar espasmos e dor; a acupuntura<br />
tem uma eficácia nos dois<br />
sistemas, o da dor e emocional,<br />
deixando com que o praticante<br />
de golfe possa expressar o seu<br />
melhor em uma partida. Entendo<br />
que, como a acupuntura é muito<br />
eficaz para tratar os distúrbios<br />
emocionais e os de dor, o golfista<br />
pode utilizar a acupuntura para<br />
o equilíbrio destes dois componentes<br />
podendo assim expressar<br />
o seu melhor jogo.<br />
Consciência<br />
corporal<br />
e equilíbrio<br />
A aferência cerebelar da propriocepção<br />
inconsciente é um<br />
fenômeno do Sistema Nervoso<br />
Central com a função de regular,<br />
sobretudo, a atividade muscular.<br />
Os pontos de acupuntura, quando<br />
estimulados adequadamente,<br />
podem colaborar com a melhor<br />
eficácia do movimento. Somando<br />
a isto uma percepção melhorada<br />
da biomecânica e da cinesiologia<br />
do movimento, o esportista pode<br />
melhorar muito a sua técnica.<br />
O golfista poderá identificar<br />
as limitações físicas que têm impacto<br />
no swing do seu golfe, isto<br />
é, como o swing do golfe age em<br />
cada característica física do indivíduo<br />
e o que é necessário para<br />
produzir qualidade no seu swing.<br />
A adequada rotação interna e<br />
flexibilidade do quadril e a sua<br />
influência nas várias fases do<br />
swing (backswing, downswing e<br />
follow through) mostram que o<br />
movimento pode ser muito mais<br />
eficiente. São ações que podem<br />
ser melhoradas também com a<br />
Terapia Manual Chinesa (conhecida<br />
como Tui Na). Com ajustes<br />
nas diversas articulações e um<br />
bom alinhamento pélvico, o desgaste<br />
articular e tensões musculares<br />
inadequadas podem ser<br />
eliminados.<br />
Uma das observações mais<br />
comuns que podemos encontrar<br />
no golfista com limitação da ro-<br />
tação interna do quadril direito<br />
(backswing para o destro) é que<br />
ele raramente consegue uma<br />
transferência de peso correta.<br />
A dificuldade em conseguir utilizar<br />
o quadril corretamente no<br />
backswing vai, invariavelmente,<br />
levar a que a correta transferência<br />
de peso durante o downswing<br />
seja muito mais difícil e complicada<br />
do que quando o peso é<br />
corretamente “transferido” para<br />
o quadril direito. O produto final<br />
deste conflito muscular e articular<br />
pode ser dor lombar.<br />
Possibilidade<br />
de um padrão<br />
de análise corporal<br />
<strong>Não</strong> existe. Esta análise é<br />
individual porque o corpo cria<br />
adaptações o tempo todo. <strong>Não</strong><br />
tem uma simetria perfeita, mas<br />
temos assimetrias funcionais.<br />
Quando estas adaptações do<br />
corpo perdem sua inteligência,<br />
começamos a ter os sinais que<br />
algo não vai bem, aí aparecem as<br />
dores que são positivas no sentido<br />
de denunciar que algo não<br />
está mais funcional. No golfe os<br />
exemplos acima podem gerar<br />
muitas disfunções na articulação<br />
sacro-ilíaca causando dores<br />
lombares.<br />
* Dr. Cláudio Lopes é especialista<br />
em Medicina Tradicional Chinesa.<br />
65
preparação física<br />
Em qualquer construção,<br />
a fundação do<br />
prédio é a área mais<br />
reforçada para dar<br />
estabilidade e evitar<br />
qualquer desmoronamento. No<br />
nosso corpo as pernas provêm<br />
essa base sólida que estabiliza<br />
o movimento, seja caminhar,<br />
correr ou simplesmente ficar<br />
de pé. Citando Tiger Woods em<br />
uma entrevista em 2001: “Como<br />
as pernas são a fundação para<br />
um swing estável, eu capricho<br />
no trabalho de força dos membros<br />
inferiores. Minhas pernas<br />
são a parte mais forte do meu<br />
corpo”.<br />
A base sólida é essencial para<br />
realizar o swing de golfe corretamente<br />
e evitar desvios ocasionados<br />
por falta de equilíbrio. O<br />
trabalho mais comum de pernas<br />
envolve o quadríceps e isquiotibiais<br />
que são os músculos anteriores<br />
e posteriores das pernas.<br />
Estes são responsáveis por movimentos<br />
de flexão e extensão.<br />
No golfe, além destes músculos,<br />
66<br />
Quadril estável,<br />
menos problemas<br />
na tacada<br />
por Africa Alarcón*<br />
precisamos trabalhar também<br />
os responsáveis pela estabilidade<br />
lateral. Já te aconteceu,<br />
depois de passar algumas horas<br />
no drive range, de ficar com<br />
uma dor estranha no glúteo e no<br />
quadril? A dor muscular tardia<br />
acontece quando músculos que<br />
não estão condicionados sofrem<br />
uma sobrecarga que provoca<br />
micro lesões e acúmulo de ácido<br />
lático.<br />
Mas por que ficamos com dor<br />
no glúteo e quadril? Os músculos<br />
responsáveis pela estabilidade<br />
lateral do corpo são<br />
os chamados “Laterais Subsystem”.<br />
Eles são formados pelo<br />
quadrado, glúteo médio, adutores<br />
e tensor da fáscia lata. Estes<br />
músculos agem no backswing<br />
para estabilizar o movimento<br />
dos quadris e evitar o “sway”, e<br />
no followtrough, para evitar o<br />
“slide”. Imagine a seguinte situação;<br />
você está dentro do metrô,<br />
de pé, de frente para a janela.<br />
Quando o metrô reduz a velocidade,<br />
seu corpo de balança<br />
para um lado e quando o metrô<br />
acelera, ele se balança para o<br />
outro. Neste caso o corpo trabalha<br />
para manter a estabilidade e<br />
evitar que você caia. Durante o<br />
swing, acontece a mesma coisa.<br />
O corpo sofre um pequeno desequilíbrio<br />
lateral que deve ser<br />
controlado. No backswing o corpo<br />
fica apoiado na perna direita<br />
e nosso centro de gravidade se<br />
desloca para este lado e durante<br />
o followtrough, quando o peso<br />
fica apoiado na perna esquerda.<br />
Para evitar que esse deslocamento<br />
seja exagerado e comprometa<br />
a eficiência da tacada, devemos<br />
trabalhar a estabilidade<br />
do nosso corpo. Essa estabilidade<br />
é conseguida com pernas e quadris<br />
fortes. Tanto o “slide” como<br />
o “sway” podem ser evitados<br />
trabalhando os músculos estabilizadores<br />
do quadril e seguindo<br />
a técnica correta. A seguir, sugerimos<br />
alguns exercícios que trabalham<br />
as pernas em geral e o<br />
grupo de músculos responsáveis<br />
pela estabilidade do swing.
1. Agachamento com equilíbrio<br />
De pé, com os pés paralelos, realize um agachamento simples. Ao ficar de pé,<br />
apóie todo seu peso na perna direita e mantenha o equilíbrio por 3 segundos. Realize<br />
outro agachamento e apóie seu peso na perna esquerda. Repita o exercício 10 vezes.<br />
2. Trabalhando abdutores com elástico<br />
Amarre as duas<br />
pontas de uma faixa<br />
elástica de resistência<br />
baixa. Deite e coloque<br />
a faixa por fora<br />
dos tornozelos. Eleve a<br />
perna 10 vezes e repita<br />
do outro lado.<br />
3. Glúteos com caneleira<br />
Deitado, com uma caneleira de 5 kg, com os joelhos flexionados a<br />
45 graus, realize abduções mantendo a canela paralela ao solo. Repita<br />
o movimento 8 vezes de cada lado.<br />
*Africa Madueño Alarcón<br />
é formada em Educação<br />
Física (USP) e especializada<br />
em treinamento físico para<br />
golfe pela Hole in One<br />
Pilates for <strong>Golf</strong> USA.<br />
Certificada Personal Trainer<br />
pelo American College of<br />
Sports and Medicine.<br />
africa@golfepilates.com<br />
67
fisioterapia<br />
As lesões do pé e<br />
tornozelo no golfe<br />
realmente são<br />
raras como todos<br />
nós pensamos, mas<br />
nem por isso deixam de existir,<br />
e cabe a mim falar um pouco<br />
dessas articulações e seu envolvimento<br />
no golfe. Apesar de<br />
sempre estarem “protegidos”,<br />
pé e tornozelo são duas das articulações<br />
que sofrem lesões na<br />
prática esportiva em geral. Para<br />
melhor entendermos, faremos<br />
um breve apanhado dessas complexas<br />
estruturas.<br />
Somente o pé possui mais<br />
de 25 ossos que estão conectados<br />
através de seus ligamentos<br />
formando nada menos do<br />
que 33 articulações distintas.<br />
O tornozelo, por sua vez muito<br />
menor em quantidade, pois<br />
possui somente três ossos, está<br />
intimamente ligado com praticamente<br />
todos os movimentos<br />
do pé, principalmente durante<br />
a marcha. Em grande número<br />
também são os músculos que<br />
comandam a movimentação<br />
ativa dessas articulações. Há<br />
ainda a presença de uma fáscia<br />
plantar, que além de ser de<br />
suma importância, tem uma<br />
grande relevância nas lesões do<br />
pé e tornozelo.<br />
70<br />
Pé e tornozelo<br />
no golfe<br />
por Claudio Zezza*<br />
Visto a bagunça organizada<br />
que são essas duas articulações,<br />
as quais utilizamos todos<br />
os dias sem sequer perceber sua<br />
existência, podemos começar a<br />
falar da sua relação com o golfe<br />
propriamente dito e as lesões<br />
mais comuns.<br />
A entorse de tornozelo é, com<br />
certeza, a lesão mais conhecida<br />
por todos, e apesar de praticamente<br />
não existir incidência de<br />
entorse dentro de campo, imaginem<br />
só jogar os 18 buracos após<br />
uma lesão dessas. <strong>Não</strong> dá! Mesmo<br />
após a fase aguda de uma<br />
entorse, quando já desapareceu<br />
o edema e praticamente não há<br />
mais dor. A limitação de movimento<br />
e dor, principalmente<br />
no finish do swing, são fatores<br />
limitantes e até incapacitantes<br />
para a prática do esporte. Fazse<br />
necessário uma reabilitação<br />
completa para a prática perfeita<br />
e sem compensações.<br />
Outra lesão importante no pé<br />
é a fáscieite plantar. Mais conhecida<br />
por corredores, ela também<br />
pode ocorrer em jogadores de<br />
golfe. Trata-se da inflamação da<br />
fáscia plantar, tecido semi-rígido,<br />
que fica na região da sola do<br />
pé, unindo a base dos dedos e o
calcanhar. Sua origem está relacionada<br />
com falta de alongamento,<br />
calçados inadequados e sobrecarga<br />
de treinamentos. Como<br />
sintoma mais comum, podemos<br />
citar a dor matutina. Os primeiros<br />
passos do dia são sempre<br />
extremamente doloridos, como<br />
se algo estivesse enfiado na sola<br />
do pé. Aos poucos isso vai amenizando.<br />
Como tratamento da<br />
fáscieite, o alongamento e fortalecimento<br />
da musculatura intrínseca<br />
do pé em conjunto com<br />
seu correto apoio, na maioria dos<br />
casos, são suficientes para resolver<br />
o problema.<br />
O Neuroma de Morton é outra<br />
afecção que pode afetar o<br />
golfista. É uma inflamação dos<br />
ramos dos nervos digitais plantares.<br />
Ocorre geralmente entre<br />
o quarto e o quinto ou entre o<br />
terceiro e quarto metatarsianos<br />
e está relacionado à micro-traumas.<br />
Comum entre corredores e<br />
mulheres que usam muito salto<br />
alto, essa lesão pode atingir<br />
o golfista, principalmente no<br />
pé não dominante, devido ao<br />
maior apoio durante a fase final<br />
do swing. A dor ocorre no apoio,<br />
à palpação e ainda podem existir<br />
formigamentos, dormência e<br />
dor irradiada. Seu tratamento é<br />
baseado na mudança de apoio<br />
do pé, através de uso de palmilhas,<br />
alongamentos e medidas<br />
antiinflamatórias fisioterápicas<br />
e/ou médicas. Em alguns raros<br />
casos, o neuroma é operado.<br />
As tendinites conhecidas por<br />
todos, também fazem parte da<br />
gama de problemas que o golfista<br />
pode ter. A mais comum,<br />
no caso dessas articulações em<br />
questão, é a do tendão calcâneo<br />
(Aquiles), não impedindo que<br />
ocorram tendinites nos outros<br />
tendões dessas articulações.<br />
Com início geralmente gradual,<br />
a dor é localizada na região do<br />
tendão acometido<br />
e geralmente dói<br />
mais após o término<br />
do jogo, quando<br />
o corpo esfria. O<br />
grande problema<br />
das tendinites está<br />
no não-tratamento,<br />
ou ainda no tratamento<br />
incorreto.<br />
Podemos citar os<br />
tratamentos que<br />
visam os sintomas<br />
e não a causa,<br />
ou ainda o uso de<br />
antiinf lamatórios<br />
sem auxílio médico, mascarando<br />
a lesão. Quando o tratamento é<br />
iniciado logo nos primeiros sintomas,<br />
geralmente a recuperação<br />
é rápida e plena, fazendo uso<br />
de medidas analgésicas e antiinflamatórias,<br />
e principalmente<br />
corrigindo o problema, seja ele<br />
falta de alongamento, força, desequilíbrio<br />
muscular ou calçado<br />
inadequado.<br />
O problema mais comum nos<br />
jogadores de golfe nessa região,<br />
mais especificamente nos pés,<br />
são as bolhas por atrito. A umidade<br />
provinda do suor em dias<br />
de calor ou ainda causada pelas<br />
chuvas juntamente com os sapatos<br />
inadequados, apertados<br />
ou largos demais, é a grande<br />
vilã. O incômodo vai se tornando<br />
uma tortura à medida que os<br />
buracos vão passando. Tornase<br />
impossível andar direito e<br />
muitas vezes a dor existe até no<br />
swing atrapalhando consideravelmente<br />
o jogo. Para essa afecção<br />
o melhor mesmo é prevenir,<br />
pois além da grande variedade<br />
de calçados adequados em seu<br />
tamanho, largura, flexibilidade<br />
e respiração, o reuso do sapato<br />
úmido é muitas vezes o causador<br />
da lesão. Há no mercado<br />
nacional produtos para evitar<br />
a formação de bolhas e ainda<br />
para o tratamento das bolhas já<br />
formadas. Valem muito à pena<br />
porque além de não serem caros,<br />
cumprem o prometido.<br />
Finalizando as articulações<br />
e seu envolvimento com o golfe,<br />
desde punho e mão até tornozelo<br />
e pé, passando por coluna<br />
e outros, acredito que para as<br />
próximas edições tratarei de assuntos<br />
mais específicos de uma<br />
maneira um pouco mais completa<br />
com dicas de tratamento e<br />
prevenção. Espero que todos tenham<br />
aproveitado e se possível<br />
ainda, solucionado algum problema<br />
que os afligia. No aguardo<br />
da próxima edição despeço-me<br />
desejando a todos, como sempre,<br />
um bom jogo.<br />
* Ft. Cláudio A. M. Zezza<br />
claudiozezza@hotmail.com<br />
Mestre em fisioterapia esportiva<br />
pela UNIFESP-EPM<br />
Especialista no aparelho<br />
locomotor no esporte UNIFESP-EPM<br />
Especialista em Ortopedia e<br />
Traumatologia UMC<br />
71
técnica<br />
Saindo<br />
da grama alta<br />
Um problema muito comum e quase<br />
inevitável durante uma partida de golfe é<br />
quando alguma tacada encontra um rough,<br />
aquela grama mais alta, que faz com que<br />
a bola se afunde, o que dificulta muito a<br />
jogada seguinte. Ninguém gosta disso, mas<br />
é bom estar preparado<br />
72
O<br />
sonho de todo golfista<br />
é bater bolas<br />
longas, que sempre<br />
caiam no fairway,<br />
no centro da raia,<br />
onde a grama é bem cortadinha<br />
e a próxima tacada fica sem obstáculos.<br />
Deixar a bola cair em<br />
um rough é um dos principais<br />
problemas em uma partida de<br />
golfe. Se o jogador não tiver calma,<br />
concentração e uma técnica<br />
apurada, uma possível grande<br />
jornada pode começar a se<br />
transformar em pesadelo neste<br />
momento. Mas pior do que cair<br />
na grama alta é não saber sair<br />
dela com habilidade, isso porque<br />
é muito difícil que esta fatalidade<br />
não aconteça ao menos algumas<br />
vezes durante os 18 buracos<br />
de um jogo. “Nesta situação não<br />
há muito o que inventar. <strong>Não</strong> é<br />
a melhor hora para arriscar uma<br />
jogada ousada. O ideal é se preocupar<br />
em fazer simplesmente o<br />
suficiente para se livrar do problema.<br />
Existem algumas dicas e<br />
técnicas importantes para isso”,<br />
conta o professor Dino Pádua,<br />
que destaca alguns pontos cruciais<br />
a se considerar na hora deste<br />
tipo de tacada. Acompanhe:<br />
Pegada mais firme<br />
Quando se bate uma bola de um rough profundo, ela pode<br />
se desviar e o jogador se surpreende com o resultado, quase<br />
sempre negativamente. Isso porque o tipo de corte da grama, o<br />
quanto a bola está afundada, um possível terreno úmido, entre<br />
outros fatores, podem fazer com que a tacada ganhe destinos<br />
indesejados. Para amenizar este problema, é bastante indicado<br />
que o golfista pegue no taco mais firme do que de costume,<br />
exatamente para fazer prevalecer ao máximo a direção imposta<br />
por ele e combater essa ação duvidosa da grama alta.<br />
73
Perto do green<br />
Muitas vezes a bola encontra<br />
um rough, mas o jogador já está<br />
perto da área da bandeira. Neste<br />
caso, já é possível fazer uma<br />
tacada mais pensada e com ob-<br />
Nunca use o putter<br />
Mesmo com a bola estando<br />
perto do green, nunca caia na tentação<br />
de utilizar o putter. É muito<br />
arriscado. O taco pode enroscar<br />
na grama e não se tem uma ideia<br />
de quanto o terreno irá segurar a<br />
tacada. Pode ser que a bola avance<br />
muito pouco e nem saia do rough.<br />
74<br />
jetivos mais claros. Na técnica,<br />
o segredo é fazer um backswing<br />
reduzido. Na hora da batida,<br />
passar o taco bem por baixo da<br />
bola e parar o movimento, fa-<br />
zendo uma finalização curta,<br />
apenas para fazer a bola subir<br />
e parar alguns metros à frente,<br />
dependendo da localização da<br />
bandeira.
Bola menos afundada<br />
Em algumas situações, a bola<br />
cai em um rough, mas não está tão<br />
enterrada na grama. Aí a técnica<br />
muda. O taco já não deve passar<br />
tão por baixo da bola e, dependendo<br />
da situação, até é possível arriscar<br />
um pouco mais, usando um<br />
ferro 6, por exemplo, e buscando<br />
mais distância. A bola deve estar<br />
posicionada mais alinhada com<br />
o pé direito e o peso deve estar<br />
mais da metade do lado esquerdo<br />
do corpo. Quanto ao movimento,<br />
o backswing pode subir um pouco<br />
mais, indo até a linha da cintura,<br />
e o follow through pode se prolongar<br />
também.<br />
Escolha do taco<br />
Se você caiu em uma grama alta, primeiro pense em sair dela para<br />
depois continuar a se preocupar com potência da tacada, portanto,<br />
não é uma boa utilizar os tacos baixos, que proporcionam maior distância,<br />
como madeiras, ferro 3, entre outros. O ideal aqui é pegar um<br />
taco médio, que não vai te dar muita distância, mas terá a angulação<br />
necessária para tirar a bola do rough. As melhores pedidas são ferros<br />
7, 8 e 9 ou ainda um sand wedge, o mesmo utilizado para sair da banca<br />
de areia. A escolha vai depender da profundidade da bola e até do estado<br />
e do tipo de corte da grama onde ela está encaixada.<br />
Professor<br />
Dino Pádua<br />
Fernando Figueiredo Pádua Soares, do<br />
Clube de Campo de São Paulo, tem 49<br />
anos, é golfista desde 1966 e profissional<br />
desde 1999. Classificado pela PGA<br />
Brasil (Associação dos <strong>Golf</strong>istas Profissionais<br />
do Brasil) e pelo CREF (Conselho<br />
Regional de Educação Física) para ministrar aulas e<br />
cursos de golfe. Já fez diversos cursos no exterior com profissionais<br />
renomados como Jim McLean, Mitchell Spearman,<br />
Kevin Perkins, entre outros. Dino Pádua promove clínicas<br />
abordando todos os fundamentos do esporte, é professor de<br />
golfe e palestrante em importantes eventos do País.<br />
75
Equipamentos<br />
São Bento <strong>Golf</strong>e<br />
Rua Mateus Grou, 152<br />
São Paulo – SP<br />
www.saobentogolfe.com.br<br />
Fone: (11) 3086-3117<br />
Sapato Oakley Prime-Tye<br />
R$ 480,00<br />
▪ Numeração de 38 a 43.<br />
▪ Desenhado para melhorar a performance, com<br />
muito conforto e estabilidade durante o swing.<br />
▪ À prova d’água.<br />
▪ Net Shape Stability - absorve e ajuda a transferência<br />
de peso durante o swing.<br />
76<br />
Sapato Oakley <strong>New</strong> Servodrive<br />
R$ 460,00<br />
▪ Numeração de 38 a 43.<br />
▪ Cores: Branco/Marrom – Preto/Preto.<br />
▪ À prova d’água.<br />
▪ Net Shape Stability - absorve e ajuda a<br />
transferência de peso durante o swing.<br />
Enfeite - Carrinho com bolsa<br />
R$ 180,00
Peso para aquecimento - I<br />
Gotcha Ready - R$ 59,00<br />
Peso para warm-up antes do jogo. Excelente para<br />
distância, precisão e release. Em duas versões<br />
com pesos diferentes; masculino e feminino.<br />
Performance Grips Tocare<br />
De R$ 23,00 a R$ 25,00<br />
▪ Tamanhos Standard, Midsize, Halcord, Ladies e<br />
Putters.<br />
▪ Os grips Tocare são perfeitos para jogadores<br />
que buscam contato confortável, seguro e<br />
firme. Através de sua tecnologia VDP (Vibration<br />
Diffusion Pattern Technology), que molda<br />
no interior de cada grip relevos em formato<br />
de diamante, semelhantes ao utilizados em<br />
cinemas para controlar a frequência do som,<br />
este sistema absorve e distribui o impacto,<br />
minimizando assim suas consequências.<br />
Headcovers - R$ 96,00<br />
▪ Proteção e exclusividade para drivers<br />
de até 460cc.<br />
▪ Mais de 25 modelos diferentes para<br />
sua escolha.<br />
Pescador de bolas Executive XL<br />
R$ 149,00<br />
<strong>Não</strong> perca mais bolas. Um dos melhores e mais<br />
eficientes pescadores de bola do mercado americano,<br />
super leve e compacto. Pode ser levado no bolso lateral<br />
da maioria das taqueiras.<br />
77
Equipamentos<br />
Brasil <strong>Golf</strong> ® (SPGC)<br />
<strong>Golf</strong> Shop (CPG)<br />
Rua Deputado João Bravo<br />
Caldeira, 273<br />
São Paulo – SP<br />
Fones: (11) 3884-6411<br />
78<br />
(11) 2307-6411<br />
(11) 2619-6411<br />
910 D2 & D3<br />
Preço sob consulta<br />
▪ Titleist 910 leva performance de trajetória, de ajuste, aparência, feel<br />
e acústica a níveis sem precedente. Com ajuste de ângulo em dois<br />
planos, permite regulagem independente do lie e loft. Com o 910, o vôo<br />
preciso e o controle da bola podem ser facilmente ajustados segundo<br />
as condições de jogo, tipo de terreno, altitude e outras variáveis.<br />
▪ No 910 D2, balanceamento de alta eficiência aumenta estabilidade,<br />
posiciona o centro de gravidade baixo e recuado para lançamento<br />
médio/elevado com spin médio/baixo e cabeça de 460 cc de maior<br />
estabilidade direcional. No 910 D3, o balanceamento produz ângulo<br />
de lançamento médio com médio/baixo spin e cabeça de 445 cc para<br />
maior controle.<br />
Fairway Woods F & Fd<br />
R$ 890,00<br />
▪ O 910 F apresenta coroa delgada e balanceamento<br />
de alto desempenho, que cria centro de gravidade<br />
baixo e recuado para produzir fácil elevação<br />
da bola. Tecnologia SureFit permite ajuste<br />
independente do lie e loft para maior precisão e<br />
ajuste de trajetória segundo as condições de jogo.<br />
Já o 910 Fd proporciona excepcional distância e<br />
controle com maior área de impacto que inspira<br />
maior confiança.
910 H - Híbrido<br />
R$ 810,00<br />
▪ Com total ajuste de lie e loft que maximiza<br />
flexibilidade segundo condições de jogo, vento,<br />
altitude, tipo de terreno, é um dos híbridos<br />
mais eficazes no mercado. Produz alto ângulo<br />
de lançamento com menor spin proporcionando<br />
maior controle e consistência.<br />
S3 Max 4-W<br />
R$ 1.590,00<br />
▪ O mais novo e forgiving taco no mercado com a<br />
garantia Cobra, testada e aprovada por alguns dos<br />
maiores nomes do jogo. Ligue e reserve.<br />
79
FlightScope<br />
Preço sob consulta<br />
Academias de golfe de alta performance vêm se<br />
tornando uma das metas das principais instalações<br />
de golfe do País. FlightScope é componente<br />
indispensável neste tipo de instalação. Club fitting,<br />
análise de swing e instruções avançadas são<br />
possíveis com equipamentos como FlightScope.<br />
Determinando com precisão as condições de<br />
lançamento, spin, ângulo e velocidade, além da<br />
distância e trajetória, é possível a especificação<br />
do equipamento mais adequado, correções de<br />
swing e feedback completo durante instrução.<br />
FlightScope incorpora a lógica de ball<br />
fitting tornando-se excelente acessório de<br />
treinamento para profissionais e amadores.<br />
Ligue para mais informações e/ou agendar<br />
demonstrações.<br />
Cobra S3 Max e Cobra S3 Max<br />
Ladies<br />
R$ 2.115,00 (grafite)<br />
R$ 1.858,00 (aço)<br />
▪ Redistribuindo o peso em todo conjunto<br />
chegamos ao máximo em forgiveness e ângulo<br />
de lançamento, tornando mais fácil a vida<br />
do principiante e do jogador com velocidades<br />
moderadas de swing. O peso de uma marca forte e<br />
o preço dos desconhecidos.<br />
80
Cuidando<br />
dos negócios <strong>New</strong><br />
Ricardo Cury é o novo<br />
reforço da equipe<br />
da Revista <strong>New</strong> <strong>Golf</strong><br />
para 2011. O publicitário<br />
assumiu a direção<br />
comercial em janeiro e<br />
colocará toda a sua experiência<br />
e vivência no meio a serviço da<br />
publicação. Formado pela Escola<br />
Superior de Propaganda e<br />
Marketing, já atuou em grandes<br />
empresas, muitas do mercado<br />
editorial, como Revista Exame,<br />
Jornal O Globo, entre outras.<br />
Seus primeiros contatos com o<br />
golfe surgiram em 1993, através<br />
do amigo Álvaro Almeida.<br />
Desde 1998 está envolvido<br />
profissionalmente com o golfe.<br />
Em 2005, trabalhou no Terravista<br />
<strong>Golf</strong> Course, um dos mais<br />
belos campos de golfe da América<br />
do Sul, atuando como gerente<br />
de projetos especiais. No<br />
ano seguinte assumiu o desafio<br />
de desenvolver negócios de golfe<br />
no Sauípe <strong>Golf</strong> Links, na Costa<br />
do Sauípe (BA). Na sequência foi<br />
administrar todo o complexo do<br />
FPG <strong>Golf</strong> Center. Por lá ficou até<br />
setembro de 2009.<br />
Sócio do Guarapiranga <strong>Golf</strong><br />
& Country Club, Cury não deixa<br />
de bater a sua bolinha sempre<br />
que possível. Atualmente<br />
tenta jogar ao menos duas vezes<br />
por semana e mantém um<br />
handicap 22. “Entre os objetivos<br />
desta parceria está o desenvolvimento<br />
da área em todos os<br />
aspectos e o posicionamento da<br />
revista, que neste ano completa<br />
dois anos de vida e já é uma realidade.<br />
Também queremos intensificar<br />
novos negócios com<br />
empresas e patrocinadores”,<br />
revela Cury, que acabou estreitando<br />
o relacionamento com a<br />
<strong>New</strong> <strong>Golf</strong> durante o Aberto do<br />
Guarapiranga - Copa Embrase<br />
de Profissionais, realizado em<br />
outubro do ano passado. “Tratase<br />
de uma revista que veio para<br />
ficar. Leitura fácil e matérias rápidas.<br />
Vejo a <strong>New</strong> <strong>Golf</strong> consolidada,<br />
muito firme no seu foco”,<br />
completa.<br />
81<br />
<strong>Golf</strong>
Buraco 19<br />
O Caribe<br />
americano<br />
de Hemingway<br />
O legado boêmio do escritor de O<br />
Velho e o Mar faz parte da saga de<br />
dois bares caribenhos localizados<br />
na ilha de Key West, na Flórida.<br />
Muito parecidos aos famosos La<br />
Bodeguita del Medio e El Floridita,<br />
de Havana, boas histórias ainda são<br />
brindadas a clássicos coquetéis<br />
Por Rick Anson *<br />
Fotos: Rafa Martinelli e Rick Anson<br />
82
A<br />
distância entre<br />
Key West, nos<br />
Estados Unidos, e<br />
a capital de Cuba,<br />
Havana, é de apenas<br />
90 milhas, mas as diferenças<br />
sócio-culturais e políticas<br />
vão muito além disso. Contudo,<br />
nas décadas de 30 e 40, quando<br />
Ernest Hemingway convivia<br />
nesses paraísos caribenhos, algumas<br />
semelhanças as uniam.<br />
Talvez a maior delas fosse a verve<br />
festiva e boemia de seus bares.<br />
E beber fazia parte da “dieta”<br />
vital do escritor - vide sua frase<br />
“My Mojito em La Bodeguita, my<br />
Daiquiri en Floridita”. Há quem<br />
diga que sua inspiração passava<br />
impreterivelmente por tais marquises,<br />
afinal suas mais destacadas<br />
obras surgiram durante sua<br />
estada em Cuba, assim como no<br />
extremo sul da Flórida.<br />
Em 5 de dezembro de 1933,<br />
justamente no dia final da lei<br />
seca nos EUA, nascia o Sloopy<br />
Joe’s bar, em Key West. Esta ilha,<br />
localizada no ponto mais ao sul<br />
do país, em meio às águas azuis<br />
do <strong>Golf</strong>o do México, pode ser<br />
considerada a Bahia dos americanos.<br />
Seus habitantes, caracterizados<br />
por uma personalidade<br />
quase anárquica de tão calma,<br />
destoa da apressada e capitalista<br />
América. São conhecidos como<br />
conchs, uma divertida alusão<br />
a um molusco que se<br />
prolifera na região. A ilha<br />
sempre foi habitada por artistas,<br />
pintores e escritores,<br />
assim como militares e suas<br />
famílias, graças à base naval<br />
local; refugiados cubanos que<br />
conseguiram êxito na travessia<br />
também estão por lá.<br />
Todos estes predicados fizeram<br />
com que Hemingway, pescador<br />
nato da região, comprasse<br />
uma casa em 1931, na rua<br />
Whitehead, uma das principais<br />
da ilha. O local hoje é um ponto<br />
turístico concorrido, pois obras<br />
como Por Quem os Sinos Dobram,<br />
As Neves do Kilimanjaro,<br />
entre outras foram escritas na<br />
residência. Entretanto, o clima<br />
ilhéu aliado à boa energia que<br />
os bares do centro emanavam<br />
fez dele um habitué marcante.<br />
Notório contador de histórias,<br />
piadista e mulherengo, o Sloopy<br />
Joe’s foi seu favorito.<br />
Entre sua fundação e o ano<br />
de 1937, o Sloopy funcionou na<br />
Greene Street, local em que atualmente<br />
fica o Captain Tony,<br />
conhecido por ser o bar mais<br />
antigo da Flórida. Neste bar, lotado<br />
de penduricalhos deixados<br />
pelos ébrios convivas que por lá<br />
passam, a música sulista e o ar<br />
desleixado de boteco são marcas<br />
boemias reconhecidas pela sua<br />
fauna rapidamente. Quem não<br />
faz parte se assusta e corre para<br />
ares, digamos, mais limpos.<br />
Próximo ao antigo endereço,<br />
na esquina da Duval St. com a<br />
Greene, está o atual Sloopy. Muito<br />
maior do que o original, traz<br />
um serviço ágil e atencioso com<br />
os coquetéis do caribe geladíssimos,<br />
elaborados pelos spirits<br />
tropicais: o rum e a tequila. O<br />
bar teve dois nomes antes deste.<br />
O proprietário original, Joe<br />
Russel, recebeu a sugestão de<br />
Hemingway, seu cliente favorito,<br />
para mudar. O novo nome havia<br />
sido adotado do Jose Garcia’s Rio<br />
Havana Club, local que vendia<br />
frutos do mar congelados e bebidas.<br />
O motivo era o fato de o<br />
chão estar sempre escorregadio<br />
por causa do gelo, além do estilo<br />
esfarrapado e pouco confortável<br />
da espelunca de bons amigos. O<br />
nome pegou e o escritor nunca<br />
mais seria esquecido. A prova<br />
é seu rosto estampado no logotipo,<br />
motivo de orgulho para<br />
quem bebe um Frozen Daiquiri<br />
Rum Runner, conhecido como<br />
“the original drink of the florida<br />
Keys”, elaborado com rum Bacardi,<br />
blackberry brandy, licor de<br />
banana e suco de frutas.<br />
Seja no caribe do tio Sam<br />
ou na ilha de Fidel, uma verdade<br />
inconteste aparece quando<br />
adentramos nesses bares: todos<br />
se orgulham em uníssono da<br />
onipresença do escritor, seja em<br />
menções, fotos, bustos, estátuas,<br />
mas, acima de tudo pela aura<br />
libertária de seu espírito. Com<br />
certeza ele ainda anda por lá.<br />
Um brinde a Ernest!<br />
Confiram a web cam instalada<br />
no Sloopy Joe’s bar:<br />
www.sloppyjoes.com/sloppycam<br />
* Rick Anson é mestre em bebidas<br />
e professor do centro Universitário<br />
São Camilo, em São Paulo<br />
83
pelo mundo<br />
Salinas e Oka<br />
em St. Andrews<br />
Ricardo Salinas, do Damha <strong>Golf</strong><br />
Club, e David Oka, da Federação<br />
Paulista de <strong>Golf</strong>e, participaram de<br />
um dos cursos mais importantes<br />
do R&A, entidade maior do golfe<br />
mundial<br />
84<br />
A<br />
Confederação Brasileira<br />
de <strong>Golf</strong>e indicou recentemente<br />
dois árbitros de<br />
golfe do Brasil para participar<br />
do Tournament<br />
Administrators and Referees School,<br />
um dos mais importantes cursos oferecidos<br />
pelo R&A, na Escócia. Ricardo Salinas,<br />
do Damha <strong>Golf</strong> Club, e David Oka,<br />
da Federação Paulista de <strong>Golf</strong>e, participaram<br />
do evento entre os dias 9 e 12 de<br />
fevereiro.<br />
O R&A é a entidade que rege o golfe<br />
no mundo todo, com exceção dos EUA e<br />
Fotos: Divulgação
México, que ficam sob o coman- No dia seguinte, foram abordo<br />
da United States <strong>Golf</strong> Associadados diversos aspectos da<br />
tion. Localizado em St. Andrews, marcação de um campo de gol-<br />
na Escócia, berço do golfe, o R&A fe para grandes torneios e tra-<br />
é quem estabelece as regras de taram de assuntos como anda-<br />
golfe, em parceria com a USGA. mento do jogo. Na sexta-feira,<br />
Voltado para alunos que já tiveram explicações sobre tacos<br />
possuam amplo conhecimento e bolas permitidos no golfe e<br />
das regras, o curso reuniu 75 par- como identificá-los por meio do<br />
ticipantes de 50 países. Após um site do R&A. À tarde foi a vez de<br />
treinamento em um ambiente um treinamento prático de re-<br />
que simulava um campo de golgras, em que eram simuladas<br />
fe, logo no primeiro dia de curso situações que tinham que ser<br />
todos os participantes foram sub- resolvidas por cada um dos alumetidos<br />
a uma prova para árbinos. “Eles querem formar árbitros<br />
composta de duas partes. Na tros que sirvam de assistentes<br />
primeira parte do teste, todos ti- do jogador, ou seja, que evitem<br />
veram que responder 20 questões a aplicação de penalidades”, ex-<br />
quando tinham que indicar o núplica Oka, que também é coormero<br />
referente à regra enunciadenador do projeto <strong>Golf</strong>e Nota<br />
da, 20 questões de verdadeiro ou 10 e colunista da Revista <strong>New</strong><br />
falso e outras 20 de múltipla es- <strong>Golf</strong>.<br />
colha. Na segunda parte, as ques- Nesse dia, foram ensinadas<br />
tões tratavam de um jogo fictício, técnicas de como levantar cor-<br />
no qual dois golfistas passavam retamente todas as informações<br />
por diversas situações que envol- necessárias antes de dar soluviam<br />
as regras. Além de enunciar ções ao jogador. “<strong>Não</strong> basta sa-<br />
as decisões que se aplicavam a ber as regras, temos que saber<br />
cada um dos casos, os alunos ti- como se comunicar com os joveram<br />
que aplicar as penalidades gadores e manter a calma”, diz<br />
cabíveis. “Foi uma prova mui- Oka. “Pudemos ver técnicas que<br />
to técnica e exigente”, diz David podem ser aplicadas imediata-<br />
Oka. “Um desafio difícil”, resume mente em nossos torneios”, co-<br />
Ricardo Salinas.<br />
menta Salinas.<br />
❙St. Andrews, o templo do golfe mundial<br />
À tarde todos puderam assistir<br />
a uma palestra que mostrou as<br />
ações do R&A ao redor do mundo.<br />
Mais da metade da apresentação<br />
foi dedicada ao Projeto Japeri, do<br />
Rio de Janeiro, campo público que<br />
desenvolve um projeto social com<br />
jovens pobres da Baixada Fluminense,<br />
que contou com recursos<br />
e apoio do R&A. “Foi uma experiência<br />
fantástica”, resumem Oka<br />
e Salinas. “O grupo todo estava<br />
muito interessado em aprender”,<br />
completa o representante da FPG.<br />
“O programa de treinamento foi<br />
bem puxado e intenso. Aprendemos<br />
coisas interessantes, como<br />
identificar mais facilmente os<br />
tacos que são permitidos dentro<br />
de campo de acordo com as especificações<br />
do R&A. Outra orientação<br />
importante foi o controle de<br />
tempo individual de cada jogador<br />
dentro de um torneio”, completa<br />
Salinas.<br />
“Quanto mais gente tivermos<br />
no Brasil com conhecimentos<br />
avançados sobre regras e preparação<br />
de torneios, melhor”, diz<br />
John Byers, diretor de regras e de<br />
relações internacionais da CBG e<br />
membro da diretoria da Federação<br />
Internacional de <strong>Golf</strong>e (IGF),<br />
na sigla em inglês.<br />
85
charge<br />
“Enquanto isso, no inverno em <strong>New</strong> York...”<br />
Frase do mês<br />
charge de Marco Antonio Rodrigues<br />
“O golfe é um esporte que prolonga, desnecessariamente, a vida de muitas pessoas inúteis”<br />
Piada do mês<br />
86<br />
- Frase do ator e comediante norte-americano, Bob Hope.<br />
Um grande executivo brasileiro vai para a Escócia jogar pela primeira vez em St. Andrews. Depois<br />
de jogar muito mal, perder inúmeras bolas Pro V1 X, vira-se para o caddie escocês e confidencia:<br />
- Nunca joguei tão mal assim antes na minha vida!<br />
E então o caddie comenta, educadamente:<br />
- Ah, que interessante! Então o senhor já havia jogado antes em sua vida?