O TÍTULO ESTÁ CHEGANDO
PDF - New Golf
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R$ 9,90<br />
Ano 4<br />
Número 20<br />
Julho | Agosto<br />
2012<br />
ENTREVISTA COM<br />
DANIEL STAPFF<br />
Paranaense mostra<br />
sua estrela de<br />
campeão entre os<br />
profissionais e se<br />
garante no PGA<br />
Latinoamérica<br />
CAMPEÕES<br />
NOS MAJORS<br />
Webb Simpson<br />
vence o U.S.<br />
Open e Ernie Els<br />
conquista seu<br />
quarto major com<br />
título do The Open<br />
TACADAS NA<br />
TOSCANA<br />
Em uma das mais<br />
belas e charmosas<br />
regiões da Itália,<br />
há também<br />
um golfe de<br />
qualidade a ser<br />
explorado<br />
O <strong>TÍTULO</strong> <strong>ESTÁ</strong> <strong>CHEGANDO</strong><br />
VICE-CAMPEÃO EM NEVADA, ALEXANDRE ROCHA FAZ HISTÓRIA<br />
COM O MELHOR RESULTADO DO BRASIL NO PGA TOUR
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CENTRAL DE ATENDIMENTO<br />
(11) 3731-8844 ou Email: contato.raposo@agentetamviagens.com.br<br />
“Preços e Condições Especiais para Golfistas”
Editorial<br />
Ano 4 - nº 20 - 2012<br />
Hora de brilhar<br />
Diretora Executiva<br />
Elaine Barreto<br />
elaine@newgolf.com.br<br />
Diretor de Redação / Editor<br />
Zeca Rodriguez - MTB 39692<br />
zeca@newgolf.com.br<br />
Diretora Financeira<br />
Elaine Barreto<br />
elaine@newgolf.com.br<br />
Diretor Comercial<br />
Ricardo Cury<br />
rcury@newgolf.com.br<br />
Diagramação e Arte<br />
Enza Antoniolli<br />
arte@newgolf.com.br<br />
Foto de Capa<br />
Alexandre Rocha<br />
Crédito: Zeca Resendes<br />
Tiragem:<br />
15.000 exemplares<br />
Circulação:<br />
Nacional<br />
Periodicidade:<br />
Bimestral<br />
Os artigos assinados<br />
são de responsabilidade<br />
exclusiva de seus autores,<br />
não representando,<br />
necessariamente, a opinião<br />
desta revista.<br />
O resultado histórico de Alexandre Rocha no PGA Tour e o início promissor<br />
de alguns jovens profissionais do Brasil deram um novo alento<br />
com relação às expectativas para os próximos anos e, principalmente,<br />
para a Olimpíada 2016, no Rio de Janeiro.<br />
Muito se fala que uma maior popularização do golfe no País depende<br />
da construção de campos públicos e da criação de uma nova cultura,<br />
mas penso que precisamos mesmo é de ídolos e de referências no esporte.<br />
Só assim novas gerações serão inspiradas e poderão brilhar.<br />
O vice-campeonato de Rocha, aliás, ganhou a capa desta edição da<br />
revista New Golf e a vitória de Daniel Stapff na seletiva sul-americana<br />
para o PGA Tour Latinoamérica rendeu uma entrevista exclusiva com<br />
o jovem talento profissional do Brasil, que garantiu o seu cartão para o<br />
novo circuito, assim como Felipe Navarro.<br />
A New Golf 20 traz ainda os principais torneios do Brasil e do mundo.<br />
Dentro do País, destaque para os eventos do Ranking Nacional e para o<br />
Amador do Brasil, que consagrou Rafael Becker como seu tricampeão<br />
consecutivo, um feito histórico protagonizado por mais um jovem talento<br />
do Brasil. No feminino, Nathalie Silva comemorou um título inédito<br />
e mais do que merecido.<br />
Outra atração deste 20º número da New Golf é a matéria de turismo.<br />
Desta vez, Celso Teixeira conta as maravilhas da região da Toscana, na<br />
Itália, um local único, que pode proporcionar momentos inesquecíveis,<br />
com charme, requinte e, claro, muito golfe.<br />
Os nossos especialistas seguem dando um show apresentando suas<br />
novidades; preparação física, coluna do amador, Golfe Nota 10, Tacada<br />
Cidadã, arquitetura, clubhouses, opinião e entretenimento são apenas<br />
alguns dos temas e tópicos abordados nesta edição.<br />
Bom jogo e boa leitura!<br />
Acesse nosso site<br />
www.newgolf.com.br<br />
ZECA RODRIGUEZ<br />
Editor<br />
3
Sumário<br />
10<br />
Entrevista<br />
Classificado para o PGA Tour<br />
Latinoamérica, Daniel Stapff<br />
começa bem como profissional<br />
14<br />
CBG Pro Tour<br />
Batendo Alexandre Rocha,<br />
carioca Felipe Navarro vence<br />
a Copa Brasília de Golfe<br />
46<br />
The Open Championship<br />
Ernie Els quebra jejum de 10 anos sem majors ao conquistar seu<br />
segundo The Open, o quarto título de Grand Slam na carreira<br />
Torneios<br />
Aberto do Rio de Janeiro 18<br />
Daniel Ishii e Ruriko Nakamura vencem<br />
Festival 500 Hotel 26<br />
Marcos Pasquim brilha em campo<br />
Faldo Series 34<br />
A final sul-americana do circuito<br />
PGA Tour Latinoamérica 38<br />
Stapff e Navarro se classificam para o<br />
circuito<br />
Nespresso Trophy 40<br />
Torneio de alto nível em Bragança (SP)<br />
U.S. Open 42<br />
Vitória inédita para Webb Simpson<br />
Invitational Golf Cup 48<br />
Tacadas divertidas e solidárias no Terras<br />
Camp. Brasileiro Juvenil 52<br />
A nova geração do golfe nacional em campo<br />
Arraial do Damha 60<br />
Golfe e festa caipira no interior<br />
Volta ao Mundo ABGS 118<br />
Os seniores do Brasil na Itália<br />
Amador do Brasil<br />
Becker é tricampeão<br />
brasileiro e Nathalie Silva<br />
chega ao título inédito<br />
22 30<br />
Perto do título<br />
Alex Rocha é vice-campeão no<br />
PGA Tour, o melhor resultado<br />
brasileiro no circuito<br />
Destaques<br />
Imóveis 64<br />
A casa com a cara do golfista<br />
Elevadores de qualidade 66<br />
Elevartel e Hyundai se unem no mercado<br />
Equipamentos 90<br />
Os acessórios que acompanham o jogador<br />
Calendário 122<br />
Os eventos do próximo bimestre
Colunas<br />
Coluna do Amador 08<br />
Por Humberto Monte Neto<br />
Por dentro do jogo 62<br />
Por Alexandre Miranda<br />
Golfe universitário 68<br />
Por Pedro da Costa Lima<br />
Conf. Brasileira de Golfe 76<br />
Por Rachid Orra<br />
Associação Pta. de Golfe 78<br />
Por Antonio Padula<br />
Tacada Cidadã 82<br />
Por Rafael Jun Mabe<br />
Golfe Nota 10 84<br />
Por David Oka<br />
Preparação física 86<br />
Por Africa Alarcón<br />
Segredos dos campos 98<br />
Por Claudio Golombek<br />
New Golf Cervejas 104<br />
Por Gustavo Sanches<br />
Coluna Seguros 106<br />
Por Nivaldo dos Santos<br />
Momento do Golfe 120<br />
Por Zeca Resendes<br />
Tacadas na Itália<br />
Belos campos e um golfe apaixonante nos charmosos<br />
cenários italianos da Toscana, Florença e Veneza<br />
72<br />
Por trás dos campos<br />
Mark Diedrich explica<br />
como o golfe pode gerar um<br />
crescimento econômico<br />
54<br />
112<br />
New Golf Woman<br />
Rafaela Pilagallo mostra a<br />
movimentação no circuito<br />
feminino Best Golf<br />
108<br />
Design de interiores<br />
Enzo Sobocinski dá dicas para se personalizar um ambiente<br />
fazendo uso da iluminação como principal recurso<br />
102<br />
Cafés especiais<br />
Direto do sul de Minas, os segredos de<br />
uma bebida naturalmente doce que<br />
agrada o exigente consumidor brasileiro
COLUNA DO AMADOR<br />
Humberto Monte Neto *<br />
DICAS PARA AS<br />
PRIMEIRAS<br />
TACADAS<br />
Olá, amigos e amigas do golfe!<br />
Tenho tido a oportunidade de jogar<br />
com vários iniciantes. O Daniel<br />
Murata, diretor da Bahia Golf Car, e o<br />
Cristian Serra, diretor de compras do<br />
Grand Palladium Imbassai, são apenas<br />
alguns dos que estão saindo do<br />
driving range e entrando em campo<br />
para darem as suas primeiras tacadas.<br />
Controlar a ansiedade é um ponto<br />
extremamente importante para o<br />
sucesso das primeiras entradas em<br />
campo, além do total conhecimento<br />
das regras e das etiquetas. E é sobre<br />
esse segundo tópico que vou falar<br />
nesta edição.<br />
O golfe é um jogo de cavalheiros.<br />
Os jogadores são responsáveis pelo<br />
conhecimento das regras e pela sua<br />
correta aplicação. Para você, que está<br />
iniciando, vou explicar um pouco sobre<br />
como se tirar o melhor proveito<br />
deste esporte. Vamos falar sobre etiqueta<br />
e comportamento em campo.<br />
Se as regras forem seguidas, todos<br />
os jogadores terão o maior prazer em<br />
jogar. O princípio mais importante é<br />
que a consideração pelos outros deve<br />
estar sempre presente.<br />
Na grande maioria das competições<br />
amadoras, o golfe é jogado<br />
sem a supervisão de um árbitro ou<br />
fiscal. A partida norteia-se pela integridade<br />
individual dos jogadores,<br />
pelo respeito aos companheiros e<br />
pelo cumprimento das regras. Todos<br />
os golfistas devem comportar-se<br />
de modo disciplinado, demonstrar<br />
sempre cortesia e camaradagem, independentemente<br />
do lado competitivo.<br />
Este é o espírito do golfe.<br />
Seguem algumas<br />
dicas importantes:<br />
Antes de iniciarem um “swing” de<br />
treino ou jogo, vocês devem assegurar-se<br />
de que ninguém está tão perto<br />
ou numa posição que possa ser atingido<br />
pelo taco, pela bola ou qualquer<br />
outro objeto, como pedras, areia, ramos<br />
ou algo semelhante enquanto<br />
executam uma tacada.<br />
Em uma partida, nunca joguem<br />
sem certificar-se de que os jogadores<br />
à sua frente já estejam fora do alcance<br />
de sua tacada. Essa observação<br />
vale também para os funcionários<br />
do campo, que possam estar perto<br />
ou à sua frente. Se um jogador joga<br />
uma bola numa direção em que haja<br />
o perigo de atingir alguém, deve imediatamente<br />
lançar um aviso. A pala-<br />
8
vra tradicional de aviso em tal<br />
situação é gritar: “bola”.<br />
Alguns golfistas gostam de<br />
contar piadas e histórias durante<br />
uma partida de golfe. Mas<br />
sempre é bom ter um limite e<br />
devemos mostrar consideração<br />
pelos outros jogadores em<br />
campo. Não devemos perturbar<br />
o seu jogo ao mover-se, falar ou<br />
fazer barulho desnecessário.<br />
Os jogadores devem assegurar-se<br />
de que qualquer aparelho<br />
eletrônico levado para o campo<br />
não deve perturbar os outros jogadores.<br />
Em torneios, os aparelhos<br />
eletrônicos são proibidos e<br />
podem gerar até penalidades se<br />
forem utilizados ou se tocarem.<br />
No início de uma partida,<br />
nenhum jogador deve colocar<br />
a sua bola no tee até que seja<br />
a sua vez de jogar. O que é tee:<br />
artigo de plástico ou madeira<br />
sobre o qual se coloca a bola<br />
para fazer a tacada de saída.<br />
Também descreve a área onde<br />
é tacada a primeira bola saindo<br />
de um hole.<br />
A escolha do jogador para a<br />
saída no primeiro tee poderá<br />
ser pelo handicap ou decisão<br />
da organização do torneio. Em<br />
um jogo entre amigos a escolha<br />
pode ser por sorteio. Nos próximos<br />
tees de saída, bate o jogador<br />
que fez o menor placar no<br />
buraco anterior.<br />
Antes do início da partida,<br />
os cartões devem ser trocados<br />
e cada jogador deve mostrar a<br />
marca que personaliza a bola<br />
que está utilizando. Nunca se<br />
posicione perto, diretamente<br />
atrás da linha bola ou do buraco<br />
quando outro jogador está<br />
prestes a jogar.<br />
No local de saída ou primeira<br />
tacada você pode colocar a<br />
bola entre as duas marcas dos<br />
tee ou atrás da linha imaginária<br />
formada entre estas marcas.<br />
É permitido colocar a bola<br />
até o comprimento de dois tacos<br />
atrás das marcas. Se a bola<br />
cair do tee é permitido recolocá-la<br />
sem penalidade.<br />
Iniciada a partida, após todos<br />
terem saído, a sequência de<br />
jogadores é determinada pela<br />
distância da bola até o buraco.<br />
Quem tem a bola mais longe do<br />
buraco joga primeiro. Se um jogador<br />
jogar fora desta sequência,<br />
seu oponente pode exigir<br />
que seja jogado de novo. Esta<br />
ordem seguirá até o green e término<br />
do buraco.<br />
Em uma partida de golfe não<br />
se deve pedir orientação - a não<br />
ser do seu próprio caddie - nem<br />
oferecer conselhos ao seu oponente.<br />
Pode-se, entretanto, pedir<br />
informações sobre as regras.<br />
Outras dicas importantes<br />
são: conhecer as regras do campo<br />
em que irá jogar, estar sempre<br />
antes do horário marcado<br />
para início de uma partida, ter<br />
o handicap atualizado e marcar<br />
corretamente o resultado.<br />
Espero que vocês tenham<br />
gostado destas regras básicas<br />
de etiquetas e comportamento<br />
em campo. Garanto que, seguindo<br />
essas orientações, vocês<br />
serão ótimas companhias e<br />
estarão tendo uma boa iniciação.<br />
Na próxima edição falarei<br />
um pouco mais sobre algumas<br />
regras básicas para o bom andamento<br />
de uma partida.<br />
Sucesso e muito golfe pelos<br />
campos do Brasil.<br />
Foto: FreePhotosBank.com<br />
* Humberto Monte Neto • Empresário • Golfista - Hcap Index 14,3 • E-mail: hmonte@newgolf.com.br<br />
9
Entrevista com Daniel Stapff<br />
Tudo para ser um<br />
GRANDE CAMPEÃO<br />
Liderando um<br />
talentoso grupo de<br />
jovens golfistas do<br />
Brasil, Daniel Stapff<br />
começa sua caminhada<br />
como profissional<br />
mostrando a estrela<br />
de vencedor que<br />
sempre o acompanhou<br />
como amador. Em sua<br />
primeira tentativa,<br />
venceu a seletiva sulamericana<br />
do PGA<br />
Tour Latinoamérica e<br />
conquistou o cartão<br />
para o novo circuito<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
Ele já sonhou em ser tenista<br />
profissional, gosta<br />
de jogar poker e se<br />
não fosse golfista seria<br />
investidor na bolsa de<br />
valores, mas reúne as características<br />
principais que formam<br />
um grande campeão de golfe. Determinado,<br />
calmo e muito talentoso,<br />
o paranaense Daniel Stapff<br />
10
surge como uma das maiores<br />
esperanças da nova geração do<br />
Brasil. Após quatro temporadas<br />
de muito sucesso jogando e estudando<br />
nos Estados Unidos,<br />
ele voltou à Curitiba e tomou a<br />
decisão de se profissionalizar.<br />
Cerca de seis meses depois, literalmente<br />
já apresentou seu<br />
cartão de visita, conquistando o<br />
título da seletiva sul-americana<br />
para o PGA Tour Latinoamérica,<br />
o novo circuito profissional que<br />
estreia neste ano e que promete<br />
movimentar o golfe do continente<br />
com torneios de alto nível. Do<br />
alto de seus 21 anos, foi o primeiro<br />
brasileiro a assegurar seu<br />
cartão para o novo tour em meio<br />
a experientes golfistas e já declarou<br />
que quer buscar sua segunda<br />
vitória como profissional ainda<br />
neste ano. Conheça um pouco<br />
mais da história de Daniel Stapff<br />
e entenda porque o Brasil tem<br />
motivos para se animar para as<br />
próximas temporadas.<br />
Quando e onde começou a<br />
jogar?<br />
Comecei em 2001, quando tinha<br />
11 anos. A primeira vez que<br />
joguei foi em um resort em Itapema<br />
(SC). Depois, minhas primeiras<br />
aulas de golfe e treinos foram<br />
no Clube Curitibano, em Curitiba<br />
(PR). A primeira vez que joguei foi<br />
por acidente, pois estava nesse<br />
resort participando de um torneio<br />
de tênis. Ninguém na minha<br />
família jogava golfe. Lembro que<br />
a primeira vez que peguei em um<br />
taco de golfe foi em um dia chuvoso,<br />
com meu pai e um amigo<br />
dele, o Zé Miranda. Tenho a imagem<br />
deste dia na minha cabeça<br />
até hoje. Não lembro exatamente<br />
quando senti que levava jeito,<br />
mas logo no primeiro torneio que<br />
joguei, voltado para iniciantes no<br />
Clube Curitibano, tive minha primeira<br />
vitória.<br />
Conte brevemente como foi<br />
sua carreira como amador.<br />
Meu primeiro campeonato internacional<br />
foi o Sul-Americano<br />
Pré-juvenil em 2005, na Colômbia.<br />
Pelo Brasil, meus melhores<br />
resultados foram o vice-campeonato<br />
sul-americano individual<br />
em 2009, o vice sul-americano<br />
amador por equipes (Copa Los<br />
Andes) em 2010, no Chile, e o<br />
título sul-americano amador<br />
por equipes (Copa Los Andes)<br />
em 2011, no Rio de Janeiro. Em<br />
2008, me mudei para os Estados<br />
Unidos para jogar e fazer faculdade.<br />
Fiquei lá por quatro anos,<br />
me graduei e tive muito sucesso<br />
com o esporte. Ganhei quatro<br />
títulos individuais e 14 por<br />
equipes. Fui o melhor jogador<br />
da minha conferência em 2011 e<br />
fui First-Team All-America também<br />
em 2011. Tenho vários recordes<br />
da minha universidade,<br />
entre eles o de mais vitórias e o<br />
de melhor scoring average entre<br />
todos os golfistas que já jogaram<br />
lá. Outro resultado de destaque<br />
na minha carreira amadora foi<br />
quando terminei em 17º lugar<br />
no The Amateur Championship<br />
2011, um dos majors do golfe<br />
amador mundial.<br />
Fale sobre sua experiência<br />
no golfe universitário dos<br />
Estados Unidos.<br />
Os quatro anos que morei<br />
por lá foram importantíssimos<br />
para a minha carreira. Joguei<br />
em muitos campos que recebem<br />
competições do PGA Tour e já<br />
competi com ótimos jogadores.<br />
Meu coach, Jimmy Stobs, também<br />
teve um papel fundamental.<br />
Ele me ensinou muitas coisas em<br />
relação ao golfe e à vida. Foi muito<br />
bom ter feito parte de um time<br />
bem organizado e competitivo<br />
11
por quatro anos seguidos. Fomos<br />
campeões em nossa divisão diversas<br />
vezes e ganhamos muitas<br />
competições importantes. Acredito<br />
que meu jogo não estaria no<br />
nível que está hoje se eu não tivesse<br />
passado esses quatro anos.<br />
Quando decidiu se<br />
profissionalizar? Como foi<br />
tomada essa decisão?<br />
Desde pequeno sonhava em<br />
ser atleta profissional. Antes do<br />
golfe, eu jogava tênis e sonhava<br />
em ser tenista profissional. Acredito<br />
que desde que comecei a<br />
jogar golfe já queria viver do esporte,<br />
mas com certeza essa decisão<br />
ficou mais séria quando eu<br />
tinha por volta de 14 ou 15 anos,<br />
quando comecei a treinar mais<br />
intensamente e com objetivos<br />
mais concretos.<br />
Fale sobre sua vitória<br />
na seletiva para o PGA<br />
Latinoamérica.<br />
Desde que lançaram este<br />
novo tour já pensava em jogá-lo.<br />
Sabia que não seria fácil ganhar<br />
o cartão e ter direito de participar<br />
dos torneios. Quando fui<br />
para a Argentina não estava jogando<br />
meu melhor golfe e meu<br />
único objetivo era ficar entre os<br />
20 primeiros. Com a ajuda da minha<br />
irmã (Isadora) como caddie,<br />
tive muita calma durante os dias<br />
de competição e consegui controlar<br />
bem meu jogo para chegar<br />
ao último dia com chances de vitória.<br />
Fiz uma volta espetacular,<br />
jogando cinco abaixo nos últimos<br />
oito buracos do torneio para<br />
ser o melhor jogador da classificatória<br />
e levar a bandeira do Brasil<br />
ao topo do placar da primeira<br />
competição oficial do mais novo<br />
tour profissional do mundo.<br />
Qual sua expectativa para<br />
este circuito?<br />
Vai ser um ótimo tour para<br />
começar minha carreira. O nível<br />
das competições será altíssimo<br />
e o circuito irá oferecer cinco<br />
cartões pro Web.com Tour, além<br />
de pontos para o ranking mundial,<br />
o que significa uma grande<br />
chance de início de carreira para<br />
mim e para vários outros jogadores<br />
de talento que temos aqui na<br />
América do Sul.<br />
Quais seus objetivos como<br />
profissional a curto, médio e<br />
longo prazo?<br />
Para este ano, meu objetivo é<br />
jogar bem os torneios do PGA LA<br />
e conseguir um dos cartões para<br />
12
PERFIL<br />
Nome: Daniel Bochnia Stapff<br />
Data de nascimento: 28 de agosto de 1990<br />
Onde nasceu: Curitiba / PR<br />
Onde vive: Curitiba / PR<br />
Signo: Virgem<br />
Ídolo: Ben Hogan<br />
Filme: A Origem<br />
Livro: Open, do Andre Agassi<br />
Comida: Filé mignon ao poivre<br />
Ator: Denzel Washington<br />
Atriz: Angelina Jolie<br />
Sua melhor qualidade: Determinação<br />
Seu pior defeito: Individualismo<br />
Um programa de TV: Fantástico<br />
Estilo musical: Eclético<br />
Banda / cantor (a): Jota Quest<br />
Hobby: Mergulho<br />
Perfume: Armani Code<br />
Uma mania: Pontualidade<br />
Se não fosse golfista: Investidor da bolsa de valores<br />
Viagem inesquecível: Reino Unido (2011). Joguei<br />
um torneio em St. Andrews e depois o The Amateur<br />
Championship, na Inglaterra.<br />
Lugar que gostaria de conhecer: Mônaco<br />
Sonho: Vencer o Masters de Augusta<br />
jogar o Web.com no ano que vem.<br />
Gostaria também de ter minha<br />
segunda vitória profissional até<br />
o final deste ano. A longo prazo,<br />
meus objetivos são vencer um<br />
torneio no PGA Tour, ser o melhor<br />
brasileiro da história no ranking<br />
mundial e participar da Olimpíada<br />
2016, no Rio de Janeiro.<br />
Quais são os pontos fortes do<br />
seu jogo e no que você acha<br />
que precisa melhorar?<br />
Meus pontos fortes são a minha<br />
precisão, tanto com o driver<br />
quanto com os tiros para o green,<br />
especialmente com os wedges, e<br />
também minha regularidade em<br />
campo. Acredito que eu poderia<br />
ganhar um pouco de distância e<br />
melhorar meus tiros com madeiras<br />
e ferros longos.<br />
O que você mais gosta no<br />
golfe?<br />
O desafio e a busca constante<br />
por uma perfeição inatingível e<br />
o fato de algo nunca ser idêntico<br />
no esporte. Cada episódio tem<br />
uma história. O fato de competir<br />
com você mesmo e de ter metas<br />
objetivas para serem alcançadas<br />
também é algo único no esporte.<br />
Como você é fora do golfe?<br />
Sou uma pessoa muito organizada.<br />
Quando não estou jogando<br />
ou na academia, gosto de<br />
praticar outras atividades como<br />
tênis, poker com meus amigos,<br />
ir a um bom restaurante com<br />
minha família e passar meu<br />
tempo livre com a minha namorada,<br />
Gabriela.<br />
O que pode dizer dessa nova<br />
geração de profissionais do<br />
Brasil?<br />
É uma geração talentosa, que<br />
promete resultados únicos para<br />
o golfe profissional brasileiro.<br />
Acredito que com seriedade e<br />
muito treino, os jovens do Brasil<br />
podem chegar a um lugar nunca<br />
antes atingido no esporte. Mas<br />
para isso, além de seriedade, é<br />
preciso organização e união entre<br />
todos os profissionais do País,<br />
sem disputas e probleminhas<br />
que não levam a lugar algum.<br />
13
Torneios Profi ssionais<br />
Título de<br />
GENTE GRANDE<br />
EM BRASÍLIA<br />
CBG Pro Tour 2012 / Copa Brasília<br />
Batendo o brasileiro do<br />
PGA Tour, Alexandre<br />
Rocha, o carioca Felipe<br />
Navarro conquista com<br />
autoridade o título da 1ª<br />
etapa do CBG Pro Tour<br />
2012, a Copa Brasília de<br />
Golfe, sua primeira vitória<br />
como profissional no<br />
primeiro ano desta nova<br />
fase de sua carreira<br />
Certamente Felipe Navarro<br />
não esquecerá tão<br />
cedo do final de semana<br />
de 14 a 17 de junho,<br />
quando ele brilhou pelos<br />
fairways e greens do Clube de<br />
Golfe de Brasília para levantar seu<br />
primeiro troféu como profissional.<br />
Sócio do Gávea Golf & Country Club<br />
(RJ), o carioca sagrou-se campeão<br />
da Copa Brasília de Golfe, válida<br />
como primeira etapa do CBG Pro<br />
Tour 2012, segunda edição do circuito<br />
profissional brasileiro.<br />
Felipe Navarro<br />
14
Alexandre Rocha<br />
Marcos Silva<br />
A presença dos melhores golfistas brasileiros<br />
da atualidade, inclusive Alexandre Rocha,<br />
profissional do PGA Tour, deu um brilho ainda<br />
maior para a vitória do jovem carioca de 21<br />
anos, que se profissionalizou nesta temporada,<br />
mas já demonstra um amadurecimento de veterano<br />
em campo.<br />
Navarro assumiu a liderança no segundo dia<br />
do torneio, quando fechou a rodada com 138<br />
tacadas no total, seis abaixo do par do campo,<br />
mas apenas duas à frente dos vice-líderes naquele<br />
momento, Marcos Silva, Ronaldo Francisco<br />
e Alexandre Rocha, todos com 140 tacadas.<br />
Na final, disputada no sábado (16), Felipe<br />
manteve a tranquilidade e seu bom jogo, terminando<br />
com a melhor volta do dia, com 67<br />
tacadas. Seu maior adversário em campo acabou<br />
sendo mesmo Alexandre Rocha, mas Felipe<br />
sempre conseguia responder à altura suas<br />
grandes jogadas e seus birdies, não dando<br />
chances ao profissional do PGA Tour.<br />
Navarro acabou garantindo o título com 205<br />
tacadas, um total de 11 abaixo do par do campo,<br />
contra 208 de Rocha. Pela vitória, ele levou<br />
para casa um prêmio de R$ 22 mil. O terceiro<br />
lugar ficou com Marcos Silva, que marcou 209<br />
tacadas em seu cartão, enquanto o quarto posto<br />
coube a Philippe Gasnier, outro importante<br />
profissional brasileiro, que mora e joga nos Estados<br />
Unidos.<br />
“Foi muito importante vencer neste meu<br />
início como profissional. Estava bem preparado<br />
para as pressões que poderiam surgir. Hoje<br />
conto com uma equipe muito competente, com<br />
nutricionista, psicólogo, preparador físico, então<br />
isso tem me dado um suporte grande nos<br />
torneios”, comentou o campeão, que é treinado<br />
pelo seu pai, Rafael Navarro, a quem dedicou o<br />
título em seu discurso emocionado.<br />
Um dos destaques da competição, Alexandre<br />
Rocha, primeiro brasileiro em 30 anos a fazer<br />
parte do PGA Tour, o mais importante circuito<br />
de golfe do mundo, veio com o objetivo de<br />
prestigiar o torneio da Confederação Brasileira<br />
de Golfe e também para ajudar a divulgar o golfe<br />
e incentivar novos jogadores. “É sempre um<br />
prazer jogar no Brasil e estou feliz em participar<br />
do principal torneio profissional do País”,<br />
disse Rocha. “Navarro jogou muito bem e tem<br />
talento para estar no PGA Tour”, completou.<br />
Uma grande festa em campo marcou o último<br />
dia da etapa de Brasília do CBG Pro Tour.<br />
15
Fotos: Zeca Resendes / CBG<br />
Equipe campeã do Pro-Am (Diogo Brito, Fernando Guimarães,<br />
José Ribeiro Filho e Francisco Vera)<br />
Clube de Golfe de Brasília<br />
Equipe de Fernando Guimarães vence Pro-Am<br />
Com 106 tacadas, a equipe do<br />
profissional Fernando Guimarães<br />
e dos amadores Diogo Brito,<br />
Francisco Vera e José Ribeiro<br />
Filho foi a campeã do Pro-Am,<br />
torneio entre profissionais e<br />
amadores, realizado no domingo,<br />
dia 17 de junho.<br />
Campeão profissional da etapa,<br />
Felipe Navarro comandou o<br />
time vice-campeão ao lado dos<br />
amadores Mario Lucio, Nivaldo<br />
Gomes e Paulo Pacheco, com<br />
107 tacadas. Em terceiro lugar<br />
ficou a equipe do profissional<br />
paraguaio Marco Ruiz, que ainda<br />
contou com Edisio Sobreira,<br />
Carlos Postiga, Renato Alvim. O<br />
jogo marcou o encerramento do<br />
final de semana de competições<br />
no Clube de Golfe de Brasília.<br />
O CBG Pro Tour faz parte do<br />
circuito profissional de golfe<br />
criado pela Confederação Bra-<br />
sileira de Golfe em parceria<br />
com a IMX. O evento tem o patrocínio<br />
da Nextel e da Sportv<br />
e conta com recursos da Lei de<br />
Incentivo ao Esporte. Este foi<br />
o primeiro de quatro torneios<br />
que acontecem nesta temporada.<br />
Todos são classificatórios<br />
para o Brazil Open 2012, maior<br />
torneio profissional do País,<br />
que acontece em outubro, em<br />
São Paulo.<br />
Classificação final da Copa Brasília de Golfe<br />
1ª Felipe Navarro (BRA/RJ) 70+68+67 205 tacadas (-11)<br />
2ª Alexandre Rocha (BRA/SP) 72+68+68 208 tacadas (-8)<br />
3ª Marcos Silva (BRA/PR) 73+67+69 209 tacadas (-7)<br />
4ª Philippe Gasnier (BRA/RJ) 71+70+69 210 tacadas (-6)<br />
5ª Ronaldo Francisco (BRA/SP) 71+69+74 214 tacadas (-2)<br />
16
Torneios Amadores<br />
Chuva antecipa<br />
CAMPEÕES NO RIO<br />
40º Aberto do Rio de Janeiro<br />
Líderes ao final da penúltima rodada, Daniel Ishii e Ruriko<br />
Nakamura são beneficiados com o cancelamento da volta decisiva<br />
e comemoram título no Gávea Golf & Country Club (RJ)<br />
Daniel Ishii<br />
Ruriko Nakamura<br />
Quando um torneio não pode ser completado,<br />
nunca tem o final que se espera,<br />
mas pelo menos dois golfistas tiveram<br />
motivos de sobra para comemorar<br />
no sábado, dia 9 de junho, quando foi<br />
decidido que a rodada final do 40º Campeonato<br />
Aberto de Golfe do Estado do Rio de Janeiro não<br />
seria disputada em função das fortes chuvas que<br />
castigavam a região do Gávea Golf & Country<br />
Club, na capital fluminense.<br />
18
Cristian Barcellos<br />
Eduardo Vasconcellos<br />
Daniel Ishii e Ruriko Nakamura,<br />
que lideravam no final da segunda<br />
rodada, foram anunciados<br />
campeões das categorias principais<br />
da disputa com a confirmação<br />
da decisão de cancelar o jogo<br />
depois da vistoria do campo e da<br />
opinião da comissão integrada<br />
por Nigel W. Jones, Phillip Healey,<br />
Abílio Pereira Jr, Rafael Gonzalez,<br />
Tacashi Ishii e Otávio Villar.<br />
O término antecipado não<br />
estragou o brilho da festa de encerramento,<br />
que aconteceu no<br />
Bar Misto, com um bom público,<br />
e que teve Bacalhau à Braz,<br />
com degustação do Azeite 1492<br />
no menu do almoço. Na entrega<br />
dos troféus o campeão Daniel<br />
Ishii, do Teresópolis Golf<br />
Club (RJ), agradeceu o apoio que<br />
recebe dos pais para dedicar-<br />
-se ao esporte e aos estudos nos<br />
Estados Unidos. Ele somou um<br />
total de 139 tacadas (66/73) nos<br />
dois primeiros dias, uma acima<br />
do par do campo e duas à frente<br />
de Eduardo Vasconcellos, do<br />
Gávea, que totalizou 141 (70/71).<br />
Campeões do<br />
40º Aberto do Estado<br />
do Rio de Janeiro<br />
Masculino<br />
Scratch<br />
Daniel Ishii (RJ)<br />
Handicap até 8,5<br />
Cristian Barcelos (RJ)<br />
Handicap de 8,6 a 14<br />
Rodrigo Ribeiro (BRB)<br />
Feminino<br />
Scratch<br />
Ruriko Nakamura (SP)<br />
Com handicap<br />
Sônia Vasena (RJ)<br />
A seguir, com 142, ficou Cristian<br />
Barcelos, do Japeri, um dos mais<br />
aplaudidos ao receber a taça de<br />
campeão da categoria até 8,5 de<br />
handicap. O jogador Henrique<br />
Pombo, do Alphaville, ficou na<br />
segunda colocação da categoria,<br />
seguido por Leonardo Conrado,<br />
do Porto Alegre Country Club.<br />
Na categoria feminina, Ruriko<br />
Nakamura ficou com o título<br />
com um total 149 tacadas (74/75),<br />
quatro de vantagem sobre Larissa<br />
Pombo, do Alphaville Graciosa<br />
Clube (PR), com 153 (78/75).<br />
Em terceiro, com 160, ficou Andrea<br />
Arruda, do São Fernando. A<br />
grande campeã lembrou em seu<br />
discurso da alegria de vencer no<br />
Gávea, palco onde, em 2002, integrou<br />
a equipe feminina do Brasil,<br />
campeã do Campeonato Sul-<br />
-Americano de Golfe, a Copa Los<br />
Andes, uma das mais importantes<br />
e tradicionais competições<br />
do continente.<br />
Na única categoria feminina<br />
por handicap a anfitriã Sônia<br />
Vasena, de apenas 15 anos, ficou<br />
com o título. Adriana de Oliveira,<br />
do Graciosa (PR), ficou em segundo,<br />
seguida por Carolina Yamada,<br />
do Alphaville. Na categoria<br />
masculina de handicap 8,6 a 14,<br />
Rodrigo Ribeiro, de Brasília, foi<br />
o grande campeão. Paulo César<br />
Silva, do Teresópolis, ficou com o<br />
vice-campeonato e Pedro Pozzi,<br />
do Itanhangá (RJ), com a terceira<br />
colocação.<br />
Válido para o ranking fluminense,<br />
além do nacional e mundial<br />
da Royal & Ancient Golf Club<br />
of St Andrews (R&A) e United<br />
States Golf Association (USGA), o<br />
40° Campeonato Aberto de Golfe<br />
do Estado do Rio de Janeiro contou<br />
com o patrocínio do Grupo<br />
Libra, através do Azeite 1492, e<br />
apoio da Golf Travel, da Rede de<br />
Hotéis Promenade Paradiso e da<br />
SOS Eventos.<br />
19
Mais fotos do 40º Aberto do Estado do Rio de Janeiro<br />
Ruriko Nakamura e<br />
Daniel Ishii<br />
Larissa Pombo e<br />
Antony Talbot<br />
(Capitão do Gávea)<br />
Nelson do Vale (Presidente da FGERJ)<br />
e Henrique Pombo (vice-campeão até<br />
8.5 de hcp)<br />
Rodrigo Ribeiro (campeão<br />
da categoria de 8.6 a 14) e<br />
José Barbosa (CBG)<br />
Cristian Barcelos<br />
(campeão até 8.5 de hcp) e<br />
Lauro de Luca (Presidente<br />
do Gávea Golf Club)<br />
Sonia Vasena e Lauro de Luca<br />
Adriana Oliveira e Nelson do Vale<br />
Eduardo Vasconcelos<br />
e Lauro de Luca<br />
Carolina Yamada (3° lugar na<br />
categoria feminina por hcp)<br />
Fotos: Fábio Vicente<br />
20
Torneios Amadores<br />
Becker<br />
conquista o Brasil<br />
pela terceira vez<br />
Rafael Becker<br />
82º Amador do Brasil<br />
Repetindo 2010 e 2011, paulista Rafael Becker é campeão e entra<br />
definitivamente para a história do golfe nacional. No feminino, após bater<br />
na trave várias vezes, Nathalie Silva confirma título inédito e também<br />
escreve seu nome entre os das maiores amadoras do País<br />
22
A<br />
nova geração do<br />
golfe brasileiro deu<br />
um show no mais<br />
importante torneio<br />
amador do País e<br />
um dos maiores da América Latina.<br />
Rafael Becker, de 22 anos, e<br />
Nathalie Silva, de 21, conquistaram<br />
o V Gillette Cup - 82º Campeonato<br />
Amador de Golfe do<br />
Brasil, que foi disputado entre os<br />
dias 5 e 8 de julho, no Clube de<br />
Campo de São Paulo.<br />
Com a vitória, Becker atingiu<br />
uma marca histórica, tendo assegurado<br />
o tricampeonato consecutivo<br />
do torneio e o quinto título<br />
nacional amador seguido, já<br />
que em 2008 e 2009 ele sagrou-se<br />
campeão brasileiro também da<br />
categoria juvenil.<br />
No Clube de Campo, o paulista<br />
foi soberano, tendo liderado<br />
desde o primeiro dia de competição,<br />
para encerrar com 276 tacadas<br />
(69/66/67/74), oito abaixo do<br />
par e com três de diferença para<br />
o segundo colocado, o uruguaio<br />
Juan Alvarez, que marcou 279<br />
(73/69/68/69). A terceira colocação<br />
ficou com Luiz Jacintho, com<br />
282 tacadas (73/70/71/68).<br />
“Estou muito feliz com essa vitória.<br />
É difícil cair a ficha de que<br />
sou tricampeão e que me igualo a<br />
grandes nomes da história do golfe<br />
nacional”, explica Rafael, que<br />
estuda e treina nos Estados Unidos,<br />
na Wichita State University,<br />
no Kansas. “No final já estava<br />
mais tranquilo com a vantagem<br />
que tinha construído. Só precisei<br />
administrar”, completa o tricampeão,<br />
que é sócio do São Fernando<br />
Golf Club, de Cotia (SP).<br />
Título inédito e<br />
merecido<br />
Nathalie Silva<br />
A semana também teve um<br />
gosto especial para outra brasileira<br />
que joga no exterior. A jovem<br />
Nathalie Silva conquistou pela<br />
primeira vez o título brasileiro<br />
feminino, depois de um playoff<br />
de quatro buracos com a segunda<br />
colocada, a carioca Clara Teixeira.<br />
Nos quatro dias de torneio,<br />
elas empataram em 308 tacadas.<br />
23
“Nem acreditei quando venci.<br />
Fui vice-campeã nas últimas<br />
quatro edições do torneio<br />
e esse era o meu maior objetivo<br />
nos últimos tempos”, comenta<br />
a emocionada Nathalie. “Treino<br />
muito forte para isso e é muito<br />
bom ver os resultados depois de<br />
anos no esporte”, completa.<br />
As duas primeiras colocadas<br />
realmente dominaram a competição,<br />
ficando oito tacadas à<br />
frente da terceira, a experiente<br />
Lucia Maria Guilger, líder do<br />
ranking nacional amador, que<br />
fechou o torneio com 316 tacadas.<br />
Na sequência veio a carioca<br />
Vitória Teixeira, irmã de Clara,<br />
que teve 318 tacadas na soma<br />
dos quatro dias.<br />
Clara Teixeira<br />
Becker e Pepê:<br />
mais Brasil<br />
Simultaneamente com o Amador<br />
do Brasil aconteceu a Taça<br />
Mário Gonzalez, torneio internacional<br />
de duplas, com a participação<br />
de dez países. Formada<br />
por Rafael Becker e Pedro Costa<br />
Lima, o Pepê, a equipe brasileira<br />
dominou a disputa e conquistou<br />
o troféu, somando 576 tacadas,<br />
contra 577 do Uruguai. Em terceiro,<br />
quase 30 tacadas atrás, ficou<br />
a Argentina, com 606.<br />
No Am-Am, torneio de confraternização,<br />
que abriu o evento,<br />
a equipe campeã foi composta<br />
por André Tourinho, Odécio<br />
Lenci, Osmar Costa Sobrinho<br />
e Ismael Ferreira. A segunda<br />
colocação ficou com o grupo<br />
formado por Dorian Delmas,<br />
Rafael Jun Mabe, Octaviano<br />
Themudo e Marco Frenette, seguidos<br />
por Anibal Reinoso, Carlos<br />
Gonzalez, Fernando Moura e<br />
Arata Hara.<br />
O Amador do Brasil teve a participação<br />
dos melhores jogadores<br />
Pedro da Costa Lima, Rafael Becker e<br />
Rachid Orra (Taça Mario Gonzalez)<br />
Roberto Gomez<br />
24
Fotos: Zeca Resendes / CBG<br />
Equipe de André Tourinho vence Am-Am<br />
CLASSIFICAÇÃO DO 82º CAMPEONATO AMADOR DO BRASIL<br />
Masculino<br />
1º Rafael Becker (BRA/SP) 276 tacadas<br />
2º Juan Alvarez (URU) 279 tacadas<br />
3º Luiz Jacintho (BRA/SP) 282 tacadas<br />
4º Roberto Gomez (BRA/SP) 284 tacadas<br />
5º Leonardo Conrado (BRA/RS) 286 tacadas<br />
6º Jorge Garcia (VEN) 289 tacadas<br />
Feminino<br />
1º Nathalie Silva (BRA/SP) 308 tacadas<br />
2º Clara Teixeira (BRA/RJ) 308 tacadas<br />
3º Lucia Maria Guilger (BRA/SP) 316 tacadas<br />
4º Vitória Teixeira (BRA/RJ) 318 tacadas<br />
5º Ruriko Nakamura (BRA/SP) 326 tacadas<br />
6º Daniela Murray (BRA/SP) 328 tacadas<br />
amadores do País e de delegações<br />
de outros nove países (Argentina,<br />
Bolívia, Chile, Colômbia,<br />
Equador, México, Paraguai,<br />
Uruguai, Venezuela), que também<br />
jogaram a 5ª Taça Mário<br />
Gonzalez. “Este é um dos mais<br />
tradicionais eventos do Brasil.<br />
Foi um sucesso mais uma vez”,<br />
disse o presidente da Confederação<br />
Brasileira de Golfe, Rachid<br />
Orra.<br />
25
Torneios Amadores<br />
Marcos Pasquim<br />
É O DONO DA FESTA<br />
Festival 500 Hotel<br />
Ao lado de Jorge Chan,<br />
o ator global é o maior<br />
destaque do evento,<br />
que reuniu diversas<br />
competições em um só<br />
dia no 500 Hotel e Golfe,<br />
em Guaratinguetá (SP).<br />
Búzios ganha a Copa<br />
Interclubes<br />
O<br />
ator Marcos Pasquim<br />
foi o grande destaque<br />
do Festival de Golf do<br />
500 Hotel, realizado<br />
de 6 a 8 de julho, no<br />
empreendimento localizado em<br />
Guaratinguetá, no interior de São<br />
Paulo. Pasquim foi o jogador de<br />
melhor rendimento entre todos os<br />
cerca de 40 golfistas que participaram<br />
do torneio. O artista recebeu<br />
três troféus no total, um deles o<br />
de campeão do Torneio Aruba, que<br />
valeu uma vaga para representar<br />
o País na 18ª edição do Aruba International<br />
Pro-Am Golf Tournament,<br />
que será disputado no final<br />
de agosto, na ilha caribenha. Ele<br />
também ganhou no sorteio uma<br />
cafeteira da Dolce Gusto, apoiadora<br />
do evento.<br />
Marcos Pasquim<br />
26
Além de campeão do Torneio<br />
Aruba, Pasquim somou 37 pontos<br />
stableford e recebeu o troféu<br />
de campeão pré-sênior de handicap<br />
19 a 36 e ainda o de campeão<br />
da Copa Interclubes na categoria<br />
de handicap 26 a 30. No Torneio<br />
Aruba, quando jogou com handicap<br />
25, o ator somou 36 pontos,<br />
mesma pontuação de Leandro<br />
Apolinário, mas levou a melhor<br />
pelos critérios de desempate. “Joguei<br />
sem nenhuma pretensão e<br />
o jogo encaixou direitinho. Mais<br />
acertei do que errei”, conta Pasquim,<br />
que não poupou elogios<br />
ao campo. “Achei muito técnico,<br />
gostei bastante. Tive que pensar<br />
antes de cada tacada”, lembrou o<br />
global, que se disse impressionado<br />
também com a beleza e com<br />
a estrutura do hotel. Pasquim<br />
jogou ao lado de André Egoroff,<br />
presidente do Terras de São José<br />
Golf Club, de Itu (SP), de Romy<br />
Jorge Chan recebe seu troféu<br />
Sasaki, também de Itu, e de Luís<br />
Carlos Martins, vice-presidente<br />
da Embrase. Todos também elogiaram<br />
o campo. “Achei muito<br />
bom e difícil”, disse Martins.<br />
O outro escolhido para a<br />
equipe brasileira que jogará em<br />
Aruba é Jorge Chan, sócio do São<br />
Paulo Golf Club, que venceu a categoria<br />
0 a 13 do Torneio Aruba<br />
com 33 pontos, contra 28 do vice-<br />
-campeão, Ik Tae. Chan também<br />
foi um dos maiores premiados<br />
da noite, já que ganhou a taça de<br />
campeão pré-sênior de handicap<br />
0 a 18 e da Copa Interclubes de<br />
handicap 0 a 15.<br />
Pasquim e Chan se juntarão<br />
em Aruba aos amadores Roberto<br />
Nishi, sócio do Guarapiranga<br />
Golf & Country Club, e Tadaaki<br />
Yamada, sócio do Arujá Golf<br />
Club, ambos de São Paulo, que<br />
foram selecionados no V Torneio<br />
de Golfe do Hospital Alemão<br />
Oswaldo Cruz. O profissional<br />
que comandará a equipe é Felipe<br />
Navarro, uma das grandes<br />
promessas do golfe brasileiro e<br />
atual líder do ranking profissional<br />
da Confederação Brasileira<br />
de Golfe.<br />
André Egoroff, Romy Sasaki, Marcos Pasquim e Luis Carlos Martins<br />
27
Interclubes e outros<br />
premiados<br />
Búzios foi o clube campeão da<br />
Copa Interclubes com 116 pontos,<br />
graças às pontuações dos jogadores<br />
Nadimo Nakhle (32 pontos),<br />
Robson Drumond (25 pontos),<br />
Gerde Peixoto (30 pontos) e Ana<br />
Maria Faria (29 pontos).<br />
Também foram premiados os<br />
competidores Guillermo Piernes<br />
(32 pontos, campeão do Torneio<br />
Pé Duro, campeão sênior de handicap<br />
21 a 25 e vice-campeão da<br />
Copa Interclubes handicap 21 a<br />
25), Ana Maria Faria (29 pontos,<br />
campeã sênior feminina handicap<br />
21 a 26 e campeã da Copa<br />
Interclubes handicap 21 a 36),<br />
Luiz Galfaro (28 pontos, campeão<br />
sênior 31 a 36 e campeão de 21 a<br />
36), Mario Riera (10 pontos, campeão<br />
sênior 26 a 30), Steve Vacula<br />
Jr. (24 pontos, campeão sênior<br />
16 a 20), João Batista Coelho (24<br />
pontos, campeão sênior 10 a 15),<br />
Ik Tae (28 pontos, campeão sênior<br />
0 a 9 e campeão de 0 a 9), Cleide<br />
Galfaro (27 pontos, campeã de<br />
Búzios Golf Club (Robson Drumond, Gerde Peixoto,<br />
Ana Maria Faria e Nadimo Nakhle<br />
21 a 36), Leandro Apolinário (36<br />
pontos, campeão 21 a 25), Gilson<br />
Rufino (34 pontos, campeão 16 a<br />
20) e Nadimo Nakhle (32 pontos,<br />
campeão 10 a 15).<br />
O palco<br />
O campo do 500 Hotel e Golfe<br />
foi desenhado por Armando Rossi<br />
e José Maria Gonzalez e inaugurado<br />
em 1964. Recentemente,<br />
foi reformado por José Roberto<br />
Pires, ex-green keeper do São<br />
Fernando Golf Club. Ele remodelou<br />
todos os greens, que hoje<br />
contam com grama Bermuda<br />
Tifton Dwarf e foram muito elogiados<br />
por todos.<br />
O 500 Hotel e Golfe, antes<br />
chamado de Clube dos 500, foi<br />
inaugurado em 1950. Possui 20<br />
apartamentos com a assinatura<br />
de Oscar Niemeyer, além de projeto<br />
paisagístico de Burle Marx<br />
e de um repleto acervo cultural,<br />
como um painel de Di Cavalcanti.<br />
Recentemente, foi inteiramente<br />
renovado e modernizado.<br />
Contando com a organização<br />
da Golfe & Cia, o VI Festival de<br />
Golf teve o patrocínio da Embrase<br />
Segurança e Serviços, apoio<br />
do Nescafé Dolce Gusto e da revista<br />
Golf Journal.<br />
Fotos: Thiago Álan
Capa<br />
FALTOU POUCO<br />
30
para a história ser<br />
completa<br />
Alexandre Rocha é vice-campeão do<br />
Reno-Tahoe Open, consegue a melhor<br />
colocação de um brasileiro na elite do<br />
golfe mundial até hoje, leva prêmio<br />
de US$ 324 mil e sobe 412 posições no<br />
ranking mundial. Título fica a uma<br />
tacada e expectativa para os próximos<br />
torneios aumenta<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Alexandre Rocha<br />
Está cada vez mais perto o primeiro título do<br />
Brasil em um torneio do PGA Tour. Há uma temporada<br />
e meia atuando na elite do golfe mundial,<br />
o paulista Alexandre Rocha conseguiu um<br />
resultado histórico de 2 a 5 de agosto, quando<br />
sagrou-se vice-campeão do Reno-Tahoe Open, ficando<br />
a uma tacada da vitória na competição disputada no<br />
Montreux Golf & Country Club, em Nevada, nos Estados<br />
Unidos. A competição distribuiu US$ 3 milhões em prêmios,<br />
sendo US$ 540 mil para o campeão.<br />
Depois de liderar o campeonato ao término da segunda<br />
rodada, Rocha terminou o terceiro dia na vice-liderança<br />
e acabou perdendo o título para o americano J.J. Henry<br />
por apenas um ponto, o que na prática equivaleu à diferença<br />
de uma tacada. O torneio utilizou um sistema de<br />
pontuação não muito comum no PGA Tour, em que vence<br />
aquele que completa os 72 buracos com o maior número<br />
de pontos, concedidos de acordo com o desempenho dos<br />
competidores buraco a buraco.<br />
31
No buraco 15 do domingo, a<br />
diferença entre os dois era de seis<br />
pontos, mas o brasileiro lutou até<br />
o 18º e último buraco e diminuiu<br />
a diferença para apenas um ponto<br />
- Rocha somou 42 pontos, contra<br />
43 de Henry. O brasileiro ficou na<br />
frente de grandes nomes do golfe<br />
mundial, como Andres Romero<br />
(3º), John Daly (5º lugar), Justin<br />
Leonard (5º), Stuart Appleby (16º)<br />
e Padraig Harrington (19º), além<br />
de Ricky Barnes, David Duval,<br />
Camilo Villegas, entre outros. “Eu<br />
não poderia estar mais feliz com<br />
a minha performance. Nunca estive<br />
tão perto da vitória e descobri<br />
que consigo reagir muito bem<br />
à pressão de disputar a liderança<br />
tacada a tacada, como aconteceu<br />
durante todo o torneio”, disse Rocha,<br />
que agora se prepara para o<br />
final da temporada. “Nunca estive<br />
tão confiante e feliz com o meu<br />
jogo”, completa.<br />
O melhor resultado<br />
da história<br />
“Nunca estive tão perto da<br />
vitória e descobri que consigo<br />
reagir muito bem à pressão<br />
de disputar a liderança tacada<br />
a tacada, como aconteceu<br />
durante todo o torneio”<br />
Mesmo com o vice-campeonato,<br />
que lhe rendeu uma premiação<br />
de 324 mil dólares - a<br />
maior de sua carreira até o<br />
momento - Alexandre Rocha<br />
escreveu neste primeiro final<br />
de semana de agosto de 2012<br />
mais uma importante página<br />
da história do golfe brasileiro,<br />
já que este passou a ser melhor<br />
resultado obtido por um representante<br />
do País em todos os<br />
tempos no milionário circuito<br />
norte-americano. Antes disso,<br />
a marca era de Jaime Gonzalez,<br />
que terminou empatado em 5º<br />
lugar no Sammy Davis Jr Greater<br />
Hartford Open de 1980. Gonzalez,<br />
aliás, foi treinador de Rocha<br />
no São Fernando Golf Club, de<br />
Cotia (SP), clube onde o paulista<br />
iniciou a carreira.<br />
32
Fotos: Zeca Resendes<br />
Além dos 324 mil dólares, o<br />
resultado no Reno-Tahoe Open<br />
rendeu ao brasileiro a subida do<br />
211º para 147º lugar no ranking<br />
2012 do PGA Tour e de 840º para<br />
428º no ranking mundial de<br />
golfe, que será utilizado para a<br />
definição dos atletas que participarão<br />
da volta do golfe aos Jogos<br />
Olímpicos no Rio 2016 após<br />
112 anos de ausência. Rocha é<br />
o brasileiro melhor classificado<br />
na lista.<br />
Balanço de Rocha<br />
no PGA Tour<br />
O paulista está em sua segunda<br />
temporada consecutiva<br />
no PGA Tour e é o primeiro brasileiro<br />
em 30 anos a disputar o<br />
circuito de golfe mais bem pago<br />
do mundo. Já fez história no ano<br />
passado ao se tornar o primeiro<br />
brasileiro a passar o corte do U.S.<br />
Open 2011, um dos torneios do<br />
Grand Slam do golfe mundial, no<br />
qual terminou em 68º lugar.<br />
O melhor resultado obtido por<br />
Rocha até este último torneio havia<br />
sido o 20º lugar na disputa do<br />
Children’s Miracle Network Hospitals<br />
Classic, que aconteceu na<br />
Flórida (EUA), de 20 a 23 de outubro<br />
de 2011. Aquele foi o último<br />
torneio da temporada passada<br />
e o brasileiro buscava melhorar<br />
sua posição na Money List, que<br />
poderia determinar a sua permanência<br />
no circuito para 2012.<br />
Os US$ 47,4 mil o colocaram na<br />
184ª posição, mas não foram suficientes<br />
para encaixá-lo entre os<br />
125 primeiros que teriam o seu<br />
cartão assegurado. O resultado<br />
foi que o jogador teve de passar<br />
novamente pelo Q-School, a<br />
classificatória para o PGA Tour,<br />
onde recuperou sua vaga para o<br />
circuito americano.<br />
Em 2011, o jogador disputou<br />
22 torneios do PGA Tour e passou<br />
o corte na metade deles. Como<br />
seu outro bom resultado no ano,<br />
ele havia terminado empatado<br />
na 30ª colocação no Wyndham<br />
Championship, etapa de US$ 5,2<br />
milhões do circuito norte-americano.<br />
“Foi uma temporada muito<br />
enriquecedora. É claro que eu<br />
gostaria de ter mantido o meu<br />
cartão do PGA Tour para o ano<br />
que vem, mas é muito normal<br />
que os estreantes tenham que<br />
voltar para a Q-School”, disse<br />
Rocha, que joga com o patrocínio<br />
de Adidas, Concorde Group,<br />
Hugo Boss e TaylorMade.<br />
33
Torneios Internacionais<br />
Destaque uruguaio<br />
é bicampeão<br />
no Brasil<br />
Juan Alvarez<br />
Faldo Series South America<br />
Campeão em 2011 no Damha, Juan Alvarez volta a vencer a final<br />
sul-americana do Faldo Series neste ano, em Brasília, que definiu os<br />
representantes do continente para a final mundial do circuito<br />
34
O<br />
Clube de Golfe de Brasília<br />
recebeu, de 19 a<br />
21 de julho, cerca de 80<br />
dos melhores jovens jogadores<br />
da Argentina,<br />
do Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai<br />
para a disputa da final sul-americana<br />
do Faldo Series, torneio que faz<br />
parte de um dos principais circuitos<br />
de golfe juvenil do mundo, criado<br />
por Nick Faldo, ex-golfista e vencedor<br />
de seis majors. Pelo segundo<br />
ano consecutivo, quem brilhou foi o<br />
uruguaio Juan Alvarez, que já havia<br />
conquistado o título da competição<br />
no Damha Golf Club, em 2011, e agora<br />
sagrou-se bicampeão na Capital<br />
Federal, confirmando que está mesmo<br />
entre os melhores jogadores até<br />
21 anos do continente.<br />
Juan Alvarez ocupou a segunda<br />
colocação do torneio até a volta<br />
final, quando se recuperou para<br />
a conquista do título. O uruguaio<br />
somou 216 tacadas (71/74/71), uma<br />
a mais que os segundos colocados,<br />
Joaquim Bounjour (72/77/68) e<br />
Gustavo Silva (71/76/70), ambos do<br />
Chile. Com a vitória, Alvarez ganha<br />
uma vaga na disputa mundial<br />
do Faldo Series, que acontece em<br />
setembro, na Irlanda. O brasileiro<br />
melhor colocado foi Ivan Tsukazan,<br />
que fechou em quarto lugar, com<br />
220 tacadas.<br />
Além do uruguaio, conquistaram<br />
vagas para a final da Irlanda<br />
os brasileiros João Paulo Carlos da<br />
Silva (campeão da categoria até 18<br />
anos), Pedro Junqueira, (campeão<br />
da disputa até 16 anos), além das<br />
chilenas Carla Jané (vencedora da<br />
categoria até 21 anos) e Valentina<br />
Haupt (campeã da categoria até 16<br />
anos). “É um grande prazer ter uma<br />
etapa do Faldo Series no Brasil. O<br />
torneio foi muito bem organizado e<br />
gostaria de parabenizar a todos os<br />
vencedores, que certamente têm<br />
um grande futuro no esporte”, comenta<br />
Tom Phillips, diretor executivo<br />
do Faldo Series.<br />
João Paulo Carlos da Silva<br />
Carla Jané<br />
35
Faldo Series pelo<br />
mundo<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
Com o apoio do R&A, do Tour<br />
Europeu e do Erne Lough Resort,<br />
o Faldo Series 2012 apresenta<br />
uma programação recorde de 20<br />
torneios em 14 países, incluindo<br />
seis na Inglaterra além de outros<br />
no Bahrain, Irlanda, Chile,<br />
República Tcheca, Grécia, País<br />
de Gales, Áustria, Brasil, Alemanha,<br />
Holanda, Escócia, Eslováquia<br />
e Rússia. Fundado em<br />
1996, o circuito conta com mais<br />
de sete mil golfistas participantes<br />
a cada ano. Os vencedores<br />
anteriores incluem os campeões<br />
Rory McIlroy e Yani Tseng.<br />
Este é o quinto ano consecutivo<br />
que o Faldo Series tem uma<br />
etapa no Brasil. “Desde que o circuito<br />
desembarcou na América<br />
do Sul em 2008, nós assinamos<br />
um acordo com a Confederação<br />
Brasileira de Golfe para manter<br />
uma etapa no País até pelo menos<br />
2016, além de uma etapa<br />
classificatória no Chile”, explica<br />
Nick Faldo, o criador do projeto.<br />
“Queremos dar o máximo<br />
de apoio aos jovens golfistas no<br />
maior número de países da América<br />
do Sul, principalmente com<br />
a chegada da Olimpíada do Rio<br />
em 2016”, completa Faldo.<br />
Valentina Haupt<br />
Tom Phillips, Juan Alvarez e Márcio Galvão<br />
Tour Nacional<br />
Juvenil<br />
Paralelamente à final sulamericana<br />
do Faldo Series, foi<br />
disputada a quarta etapa do<br />
HSBC Tour Juvenil de Golfe. O<br />
campeão da principal categoria<br />
masculina foi João Paulo<br />
Carlos da Silva, do Damha Golf<br />
Club, seguido por com Nicholas<br />
Teuten e por Cristian Barcelos.<br />
Entre as damas, o título ficou<br />
com a chilena Valentina Haupt.<br />
Ela liderou todo o torneio e abriu<br />
três de vantagem para a segunda<br />
colocada, Carla Jané, também do<br />
Chile. Na terceira posição houve<br />
um empate entre as brasileiras<br />
Luiza Altmann e Julia Shin.<br />
O HSBC Tour Juvenil de Golfe<br />
é o principal circuito brasileiro<br />
voltado para jovens golfistas. O<br />
tour é composto por quatro torneios<br />
que contam pontos para o<br />
ranking nacional pré-juvenil e<br />
juvenil masculino e feminino. As<br />
três primeiras etapas foram jogadas<br />
em São Paulo, Porto Alegre e<br />
Curitiba. “Nós atingimos nosso<br />
objetivo de proporcionar um torneio<br />
de alto nível para os jogadores<br />
juvenis. Um evento como esse<br />
é fantástico para o crescimento<br />
do esporte, já que os jogadores<br />
mais velhos impulsionam os<br />
mais novos”, explica Márcio Galvão,<br />
diretor executivo da Confederação<br />
Brasileira de Golfe.<br />
36
Torneios Internacionais<br />
Stapff e Navarro no<br />
Daniel Stapff<br />
38
PGA TOUR<br />
LATINOAMÉRICA<br />
Paranaense Daniel Stapff vence seletiva e garante vaga para o novo<br />
circuito do PGA Tour. Após liderar os três primeiros dias, carioca<br />
Felipe Navarro fecha em quinto, mas também se classifica<br />
Dois jovens golfistas<br />
brasileiros, que se<br />
tornaram profissionais<br />
nesta temporada,<br />
já garantiram<br />
suas vagas para o PGA Tour<br />
Latinoamérica, o maior circuito<br />
sul-americano de golfe, que começa<br />
neste ano. Daniel Stapff<br />
e Felipe Navarro terão o direito<br />
de disputar as etapas que compõem<br />
o circuito e brigar por<br />
pontos no ranking mundial.<br />
O torneio de classificação foi<br />
disputado de 26 a 29 de junho<br />
no Hurlingham Club, em Buenos<br />
Aires, na Argentina, e ofereceu<br />
20 vagas para o PGA TOUR Latinoamérica.<br />
Os finalistas entre<br />
as posições 21 e 40 poderão competir<br />
no torneio de classificação<br />
em Miami, nos Estados Unidos,<br />
de 31 de julho a 3 de agosto.<br />
Daniel Stapff fez uma excelente<br />
volta final para ficar em<br />
primeiro lugar da seletiva. O<br />
paranaense jogou muito bem a<br />
última rodada do torneio, quatro<br />
abaixo do par do campo,<br />
terminando o dia com 66 tacadas<br />
e subindo do sétimo para<br />
o primeiro lugar. Ele terminou<br />
os quatro dias com 276 tacadas<br />
(69/70/71/66), empatado em primeiro<br />
lugar com o colombiano<br />
Andres Echavarria. Já Felipe<br />
Navarro, que liderou os três primeiros<br />
dias do torneio, terminou<br />
empatado em quinto lugar,<br />
com 279 tacadas (67/66/73/73).<br />
Com esses excelentes resultados,<br />
Daniel Stapff e Felipe Navarro<br />
garantiram suas vagas<br />
para o novo circuito.<br />
Outros dois brasileiros também<br />
disputaram a seletiva, mas<br />
não conseguiram boas colocações.<br />
Odair Lima terminou em<br />
43º lugar, com 293 tacadas, e<br />
Rogério Bernardo fechou na 55ª<br />
colocação, com 297.<br />
O PGA Tour Latinoamérica<br />
terá 11 torneios válidos para o<br />
ranking mundial nesta primeira<br />
temporada e distribuirá quase<br />
US$ 1,5 milhões em prêmios.<br />
Este ano, a etapa brasileira que<br />
fará parte do circuito será o<br />
Aberto do Brasil, que acontece<br />
de 1º a 6 de outubro e que irá<br />
distribuir US$ 125 mil em prêmios<br />
aos primeiros colocados.<br />
Felipe Navarro<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
39
Torneios Amadores<br />
TORNEIO EXCLUSIVO<br />
e com chancela de luxo<br />
Stefan Nilsson (Nespresso), Leandro Giacon (Lexus), Jose Rincon Bruno (Lexus),<br />
Norberto Januzzi (Quinta da Baroneza) e Luis Cocuzza (Nestlé)<br />
Nespresso Trophy<br />
Nespresso chega ao Brasil apresentando um evento de qualidade,<br />
trazendo convidados importantes e tendo como embaixador o espanhol<br />
José María Olazábal, capitão da Ryder Cup<br />
Chegou ao País um<br />
evento com características<br />
diferenciadas,<br />
que tem por objetivo<br />
proporcionar grandes<br />
dias de golfe para um seleto<br />
grupo de jogadores. Membros do<br />
Club Nespresso e outros convidados<br />
privilegiados são participantes<br />
no Nespresso Trophy,<br />
uma série de torneios que conta<br />
com o golfista espanhol José<br />
María Olazábal como embaixador.<br />
Muito mais do que simples<br />
competições, as disputas visam<br />
exaltar o espírito de equipe.<br />
O circuito já existia na Espanha,<br />
em Portugal, na Inglaterra<br />
e na Suíça. Seguindo o formato<br />
exclusivo da Ryder Cup, competição<br />
da qual é capitão, Olazábal<br />
40
Fotos: João Pires<br />
criou um campeonato de equipes<br />
no qual os convidados jogam<br />
em duplas. A premiação<br />
aos vencedores será assistir à<br />
final da Ryder Cup, em Chicago,<br />
nos Estados Unidos, durante o<br />
mês de setembro.<br />
Com o apoio da Lexus, empresa<br />
japonesa de carros de luxo, o<br />
Nespresso Trophy teve seus primeiros<br />
eventos disputados no<br />
Brasil neste ano. Os torneios são<br />
em duplas, divididos nas categorias<br />
A e B, de acordo com a soma<br />
dos handicaps da dupla. A primeira<br />
etapa aconteceu em abril e,<br />
no dia 22 de junho, mais um torneio<br />
foi disputado. O palco foi o<br />
Quinta da Baroneza Golfe Clube,<br />
localizado na região de Bragança<br />
Paulista, no interior de São Paulo.<br />
O evento, que contou com<br />
a organização da Score Golf<br />
Events, de Fu Shibuya, classificou<br />
cinco duplas de cada categoria<br />
para a etapa final da temporada,<br />
marcada para o dia 17<br />
de agosto, também no Quinta da<br />
Baroneza, quando as 38 duplas<br />
finalistas disputarão o grande<br />
Clybas Ferraz, Frederico Benite, Mauro Rosenberg e Carlos Almeida<br />
prêmio: a viagem para assistir à<br />
final da Ryder Cup.<br />
As duplas que se deram bem<br />
na categoria A, em Bragança<br />
Paulista, foram Carlos Almeida /<br />
Mauro Rosenberg, Eduardo Meirelles<br />
/ Mauricio Mancino, Carlos<br />
Gonzalez / Thiago Rodrigues,<br />
Frederic Cadier / Mark Moran e<br />
Carlos Eduardo Barroso / Rodrigo<br />
Ribeiro. Já na categoria B, os classificados<br />
foram André Azevedo /<br />
Marcelo Rossini, Carlos Alberto<br />
Paes Barreto / Roberto Coutinho,<br />
Adriano Marchette / Adrianno<br />
Barcellos, Fernando José da Costa<br />
/ Roberto de Pietro e Max Raposo<br />
/ Walter Ferreira Filho.<br />
41
Torneios Internacionais<br />
Vitória inédita<br />
e suada para<br />
Webb<br />
Simpson<br />
U.S. Open<br />
Em sua segunda participação no<br />
U.S. Open, norte-americano de 27<br />
anos supera favoritos na rodada<br />
final no Olympic Club, em São<br />
Francisco, e conquista um major<br />
pela primeira vez na carreira<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Foto: Divulgação<br />
Webb Simpson<br />
Antes do torneio, Webb Simpson não<br />
estava na lista de principais aspirantes<br />
ao título do U.S. Open 2012. Talvez<br />
também por isso tenha custado a acreditar<br />
que havia conquistado este que<br />
é um dos quatro majors da temporada. Neste ano o<br />
palco da disputa, que aconteceu de 14 a 17 de junho,<br />
foi São Francisco, na Califórnia.<br />
E quem esteve no Lake Course do Olympic Club<br />
viu Simpson jogar duas primeiras rodadas apenas<br />
regulares, marcando 72 e 73, e fazendo uma parcial<br />
com uma tacada acima do par, apenas o suficiente<br />
para passar o corte e brigar por boas posições. Enquanto<br />
isso, Graeme McDowell (campeão em 2010),<br />
Michael Thompson, Jim Furyk, entre outros, iam brigando<br />
pela liderança.<br />
42
Fatos, números<br />
e curiosidades<br />
Antes de Webb Simpson,<br />
o último campeão do U.S.<br />
Open a comemorar o título<br />
com um score acima do<br />
par do campo havia sido o<br />
argentino Ángel Cabrera,<br />
que fechou com cinco acima,<br />
em 2007, no Oakmont<br />
Country Club.<br />
Este foi o primeiro major de Webb Simpson e seu terceiro título no PGA Tour. Os<br />
outros dois foram o Wyndham Championship e o Deutsche Bank Championship,<br />
ambos conquistados em 2011.<br />
O americano Webb Simpson foi o segundo<br />
jogador com o mesmo sobrenome a vencer<br />
o U.S. Open no Olympic Club. Em 1987, seu<br />
compatriota Scott Simpson foi o campeão.<br />
Eles não têm nenhum grau de parentesco.<br />
Webb foi o quarto campeão consecutivo do U.S. Open no<br />
Olympic Club a vencer fazendo uma volta final de 68 tacadas.<br />
Os anteriores foram os também americanos Lee Janzen (1998),<br />
Scott Simpson (1987) e Billy Casper (1966).<br />
A melhor volta do U.S. Open 2012 foi<br />
anotada por um dos vice-campeões<br />
do torneio, o norte-americano Michael<br />
Thompson, que marcou 66 tacadas em<br />
seu cartão no primeiro dia de disputa.<br />
Ao final da terceira rodada<br />
Simpson já se colocou, ainda<br />
que de forma discreta, na disputa<br />
pelas primeiras colocações,<br />
principalmente em função de alguns<br />
tropeços de seus principais<br />
adversários, que não vinham<br />
mantendo um desempenho regular.<br />
O americano fechou o<br />
dia com uma bela volta de 68 e<br />
chegou para a final de domingo<br />
como franco atirador.<br />
Na volta decisiva, Webb<br />
Simpson voltou a jogar bem, repetindo<br />
o score de 68, segundo melhor<br />
resultado do dia, ao lado de<br />
David Toms e Padraig Harrington.<br />
Michael Thompson foi ainda melhor,<br />
jogando 67, mas não foi o suficiente<br />
para superar seu compatriota<br />
no geral, já que havia feito<br />
voltas ruins nos dois dias anteriores,<br />
quando fechou com 75 e 74.<br />
Ao final das quatro rodadas,<br />
vitória para Webb Simpson com<br />
281 tacadas, uma acima do par<br />
do campo, contra 282 de Michael<br />
Thompson e Graeme McDowell,<br />
que empataram como vice-campeões<br />
do U.S. Open. “Senti que<br />
meu jogo foi ficando um pouco<br />
melhor a cada dia, mas não tentava<br />
ficar pensando em ganhar.<br />
Só me concentrava na próxima<br />
bola que estava em minha frente”,<br />
revelou Simpson, que confessou<br />
que teve que controlar a<br />
empolgação nos últimos buracos.<br />
“A pressão era grande. Não<br />
conseguia nem sentir minhas<br />
pernas em boa parte dos nove<br />
buracos finais. Mas falava comigo<br />
mesmo para que eu tentar<br />
controlar o nervosismo e apenas<br />
tentar fazer os pares, pensando<br />
tacada a tacada”, contou o campeão,<br />
que levou quase 1,5 milhão<br />
de dólares pela vitória.<br />
Classificação final do U.S. Open 2012<br />
1º Webb Simpson (EUA) 72+73+68+68 281 tacadas (+1) US$ 1.440.000,00<br />
2º Michael Thompson (EUA) 66+75+74+67 282 tacadas (+2) US$ 695.916,00<br />
2º Graeme McDowell (IRL) 69+72+68+73 282 tacadas (+2) US$ 695.916,00<br />
4º David Toms (EUA) 69+70+76+68 283 tacadas (+3) US$ 276.841,00<br />
4º Padraig Harrington (IRL) 74+70+71+68 283 tacadas (+3) US$ 276.841,00<br />
4º John Peterson (EUA) 71+70+72+70 283 tacadas (+3) US$ 276.841,00<br />
4º Jason Dufner (EUA) 72+71+70+70 283 tacadas (+3) US$ 276.841,00<br />
4º Jim Furyk (EUA) 70+69+70+74 283 tacadas (+3) US$ 276.841,00<br />
43
Torneios Internacionais<br />
Após 10 anos, mais um<br />
major para Els<br />
Ernie Els<br />
The Open Championship<br />
Beneficiado por erros consecutivos do então líder Adam Scott, o<br />
experiente sul-africano Ernie Els quebra um jejum de uma década e<br />
chega ao seu quarto major na carreira, o segundo The Open<br />
Por Zeca Rodriguez<br />
Foto: Reuters<br />
46
Até o início da rodada<br />
final no Royal<br />
Lytham & St Annes<br />
Golf Club, o norteamericano<br />
Adam<br />
Scott vinha fazendo um torneio<br />
praticamente impecável, jogando<br />
abaixo do par todos os dias e<br />
liderando o The Open 2012 com<br />
alguma folga, com quatro tacadas<br />
de vantagem para os vice-líderes,<br />
Brandt Snedeker e Graeme<br />
McDowell. Tiger Woods era o<br />
quarto colocado e Ernie Els ocupava<br />
apenas a quinta posição,<br />
seis tacadas atrás de Scott.<br />
Mas tudo mudou no domingo,<br />
dia 22 de julho, quando o único<br />
do grupo dos cinco primeiros que<br />
continuou jogando bem foi Ernie<br />
Els. Com um final impressionante,<br />
o sul-africano de 42 anos<br />
mostrou porque é um dos mais<br />
vencedores golfistas do mundo<br />
dos últimos anos ao marcar três<br />
birdies nos últimos seis buracos.<br />
Enquanto isso, Adam Scott, que<br />
ainda estava perto do título, jogou<br />
fora a chance de levantar o seu<br />
primeiro major ao fazer bogeys<br />
consecutivos nos últimos quatro<br />
buracos de sua volta.<br />
Fatos, números<br />
e curiosidades<br />
Nas últimas três edições<br />
do The Open, foram<br />
dois campeões sulafricanos.<br />
Em 2010, Louis<br />
Oosthuizen já havia<br />
levado o país à vitória. No<br />
ano passado o título ficou<br />
com a Irlanda do Norte,<br />
com Darren Clarke.<br />
A melhor volta do The Open<br />
2012 foi do vice-campeão<br />
do torneio. Logo no primeiro<br />
dia, o americano Adam<br />
Scott marcou 64 em seu<br />
cartão e largou na frente na<br />
briga pelo título, que depois<br />
deixaria escapar.<br />
Brandt Snedeker, Graeme<br />
McDowell e Tiger Woods, que<br />
vinham antes na fila para tomar<br />
a liderança de Scott, também<br />
não tiveram bons dias e deixaram<br />
o presente para Ernie Els,<br />
que não perdoou e comemorou<br />
seu quarto major na carreira, o<br />
segundo The Open, quebrando<br />
um jejum de 10 anos sem títulos<br />
Com a vitória, Ernie Els se junta aos<br />
americanos Bubba Watson (campeão do<br />
Masters) e a Webb Simpson (campeão do U.S.<br />
Open) no grupo de classificados para o PGA<br />
Grand Slam of Golf, que acontece de 22 a 24<br />
de outubro, em Southampton, Bermuda.<br />
Com a vitória deste ano, Ernie Els chegou ao seu<br />
quarto major. Ele já havia conquistado o U.S.<br />
Open por duas vezes (1994 e 1997) e agora tem<br />
também dois títulos do The Open (2002 e 2012).<br />
O campeão do The Open também acumula<br />
19 títulos em torneios do PGA Tour, 27 do<br />
European Tour, um do Japan Golf Tour,<br />
16 do Sunshine Tour e mais outros 14 em<br />
outros circuitos pelo mundo.<br />
de majors. “Foi incrível. Ainda<br />
estou anestesiado”, disse logo<br />
após a conquista o campeão,<br />
que também comentou sobre o<br />
dia infeliz Adam Scott. “Sinto<br />
por ele. Já passei por essa situação<br />
várias vezes e sei que não<br />
é confortável. Espero que ele supere<br />
e siga em frente”, comentou<br />
Els.<br />
Classificação final do The Open 2012<br />
1º Ernie Els (AFR) 67+70+68+68 273 tacadas (-7) US$ 1.405.890,00<br />
2º Adam Scott (EUA) 64+67+68+75 274 tacadas (-6) US$ 812.202,00<br />
3º Tiger Woods (EUA) 67+67+70+73 277 tacadas (-3) US$ 464.725,00<br />
3º Brandt Snedeker (EUA) 66+64+73+74 277 tacadas (-3) US$ 464.725,00<br />
5º Luke Donald (ING) 70+68+71+69 278 tacadas (-2) US$ 304.610,00<br />
5º Graeme McDowell (IRL) 67+69+67+75 278 tacadas (-2) US$ 304.610,00<br />
7º Nicolas Colsaerts (BEL) 65+77+72+65 279 tacadas (-1) US$ 222.599,00<br />
7º Thomas Aiken (AFR) 68+68+71+72 279 tacadas (-1) US$ 222.599,00<br />
47
Torneios Benefi centes<br />
Dia de festa,<br />
muito golfe e boas ações<br />
Rachid Orra e<br />
Tupa Gomes<br />
com Ronald<br />
9º Invitational Golf Cup<br />
Com patrocínio de 15 empresas e participação de cerca de 200<br />
convidados, Invitational Golf Cup arrecada mais de R$ 280 mil, que<br />
serão destinados aos programas do Instituto Ronald McDonald<br />
48
Equipe campeã: Cleber Bertero, Waldemar Schulze, Wilson Correa e Ildo Bet<br />
Um dos maiores torneios<br />
de golfe beneficente<br />
da América<br />
Latina chegou<br />
à nona edição neste<br />
ano e mais uma vez comemorando<br />
seu sucesso e grande retorno.<br />
Tendo como palco o Terras de São<br />
José Golfe Clube, em Itu (SP), o Invitational<br />
Golf Cup - Instituto Ronald<br />
McDonald, disputado no dia<br />
16 de junho, atingiu R$ 288 mil<br />
de arrecadação líquida, resultado<br />
possível graças ao patrocínio<br />
de 15 empresas e à presença de<br />
cerca de 100 jogadores e 200 convidados,<br />
que puderam participar<br />
de leilões de artigos esportivos,<br />
entre os quais camisetas doadas<br />
e autografadas pelos jogadores<br />
de futebol Neymar, Messi e Kaká,<br />
além de um par de luvas autografadas<br />
pelo piloto Felipe Massa.<br />
Em campo também teve jogo<br />
de alto nível e o título ficou com<br />
a equipe formada por Cleber Bertero,<br />
Valdemar Schulze, Wilson<br />
Correa e Ildo Bet, enquanto o segundo<br />
lugar coube ao time formado<br />
por Patrícia Gomes, Eduardo<br />
Costa, Carlos Bertolazzi e Guilherme<br />
Candido. Foram disputadas<br />
também duas competições<br />
de Close to the Pin, com vitórias<br />
para Roberto Engels no buraco<br />
4, com patrocínio da Seara, e Ian<br />
Pacey, no buraco 12, apoio do Bradesco<br />
Private Bank. No Longest<br />
Drive, deu Guilherme Candido,<br />
que foi o melhor nas duas disputas,<br />
tanto no buraco 1 quanto<br />
no 18, nas jogadas que tiveram o<br />
patrocínio da Martin-Brower e da<br />
Arcos Dourados.<br />
Francisco Neves, Roberto Engels e Daniela Freitas<br />
O evento e o<br />
Instituto<br />
Idealizado pela Martin-Brower<br />
- patrocinadora máster - em<br />
parceria com o Instituto Ronald<br />
McDonald, o torneio tem como<br />
objetivo captar recursos para<br />
aumentar os índices de cura do<br />
câncer infanto-juvenil em todo<br />
o País, promover o encontro de<br />
pessoas que se interessam pelo<br />
golfe e incentivar a prática do<br />
49
Campeões Nearest to the Pin Seara<br />
Washington Cinel (Gocil) e Fu Shibuya (Score Golf Events)<br />
esporte. Além da Martin-Brower,<br />
esta edição contou ainda com os<br />
patrocinadores Arcos Dourados,<br />
Bradesco Private Bank, Seara,<br />
Allianz, AON, Coca-Cola, Elancers/Tegon,<br />
Ferreira Rodrigues,<br />
Fotosfera, Gocil, Icatu Seguros,<br />
Lockton, Scania e Yale. Novamente<br />
a organização foi da Score<br />
Golf Events, de Fu Shibuya.<br />
Desde 2004, o Invitational Golf<br />
Cup - Instituto Ronald McDonald<br />
já destinou cerca de R$ 1,8 milhão<br />
para a causa do combate ao câncer<br />
infanto-juvenil no País. O valor<br />
já ajudou a viabilizar projetos<br />
como ampliação, reforma e construção<br />
de casas de apoio, compra<br />
de veículos e construção de uma<br />
unidade de Diagnóstico Precoce e<br />
do Espaço Família, recém-inaugurado<br />
em Barretos (SP). A arrecadação<br />
deste ano beneficiará projetos<br />
do Instituto, entre eles a construção<br />
da Casa Ronald McDonald de<br />
Jaú (SP), que abrigará crianças e<br />
adolescentes, juntamente com<br />
familiares da região vindos de<br />
outros estados para realizar tratamento<br />
contra o câncer. A construção<br />
da Casa deve ser concluída<br />
até o final do ano.<br />
O Instituto Ronald McDonald<br />
é uma instituição sem fins lucrativos<br />
cuja missão é promover<br />
a saúde e a qualidade de vida de<br />
crianças e adolescentes com câncer.<br />
As principais fontes de arrecadação<br />
são o McDia Feliz - maior<br />
e mais abrangente campanha nacional<br />
no combate ao câncer infanto-juvenil<br />
- e a Campanha dos<br />
Cofrinhos, iniciativa que conta<br />
com a doação de trocos dos clientes<br />
dos restaurantes McDonald’s.<br />
Com mais de dez anos de atuação,<br />
o Instituto articula diferentes<br />
agentes da causa e destina<br />
recursos a projetos de construção<br />
e reforma de casas de apoio e unidades<br />
médicas, compra de equipamentos<br />
e veículos, capacitação<br />
profissional e apoio psicossocial a<br />
pacientes e familiares, entre muitos<br />
outros.<br />
Saiba mais sobre as fontes de<br />
arrecadação, os programas e as<br />
instituições beneficiadas:<br />
www.instituto-ronald.org.br<br />
Fotos: João Pires<br />
Terras de São José Golfe Clube<br />
50
Torneios Amadores<br />
Cristian Barcelos<br />
Os talentos da nova<br />
GERAÇÃO DO BRASIL<br />
Campeonato Brasileiro Juvenil<br />
Jogador de Japeri, Cristian Barcelos comemora título nacional inédito no<br />
Rio de Janeiro. Entre as meninas, Vitória Teixeira lidera de ponta a ponta e<br />
sobra em campo para também levantar a taça<br />
52
Os jovens cariocas se<br />
deram bem jogando<br />
em casa. Cristian<br />
Barcelos e Vitória<br />
Teixeira sagraram-<br />
-se campeões do 23º Campeonato<br />
Brasileiro Amador Pré-Juvenil e<br />
Juvenil de Golfe, mais importante<br />
torneio nacional da categoria,<br />
que terminou no dia 27 de julho,<br />
no Gávea Golf & Country Club (RJ),<br />
e que contou com a participação<br />
quase 80 jogadores de todo o País.<br />
Cristian Barcelos foi o grande<br />
destaque da competição juvenil.<br />
Jogador da Associação Golfe Público<br />
de Japeri, ele conquistou<br />
com autoridade seu primeiro<br />
grande título na carreira. Foram<br />
212 tacadas no total, contra 218<br />
do vice-campeão, o paranaense<br />
Henrique Rocha Pombo, e 219 do<br />
terceiro colocado, o também carioca<br />
Thomas Sampaio.<br />
O campeão fechou a primeira<br />
rodada como vice-líder, uma<br />
tacada atrás do gaúcho William<br />
Clarke - que terminaria o torneio<br />
na quarta colocação - mas já assumiu<br />
a ponta na segunda rodada,<br />
com uma grande volta de 69,<br />
para não perder mais. As parciais<br />
de Barcelos foram 70, 69 e 73.<br />
No feminino, Vitória Teixeira<br />
não teve dificuldade para con-<br />
Vitória Teixeira<br />
firmar o título principal com<br />
232 tacadas, permanecendo em<br />
primeiro lugar desde o início da<br />
competição e abrindo uma grande<br />
vantagem para a vice-campeã.<br />
Foram nada menos do que 25 tacadas<br />
à frente da também carioca<br />
Giulia Mallmann, que fechou<br />
com 257. Célia Luz, com 259 tacadas,<br />
assegurou o terceiro posto.<br />
As três primeiras colocadas são<br />
do Itanhangá Golf Club (RJ).<br />
Campeões no<br />
pré-juvenil<br />
Thomas Sampaio e Célia Luz,<br />
ambos do Rio de Janeiro, ficaram<br />
com os títulos nacionais da categoria<br />
pré-juvenil, para jogadores<br />
com idades até 15 anos. Eles ficaram<br />
em terceiro lugar na disputa<br />
principal (entre 16 e 18 anos),<br />
mas dominaram a competição<br />
de sua faixa etária.<br />
O vice-campeão foi Marcos<br />
Negrini, do Damha Golf Club<br />
(SP), enquanto Pedro Nagayama<br />
ficou com o terceiro posto. No feminino,<br />
Thuane Oliveira de Souza<br />
foi a vice-campeã, seguida<br />
por Rachel Martins Ventriglia.<br />
Organizado pela Confederação<br />
Brasileira de Golfe e com o<br />
apoio da Federação de Golfe do<br />
Estado do Rio de Janeiro, o 23º<br />
Campeonato Brasileiro Amador<br />
Pré-Juvenil e Juvenil de Golfe teve<br />
o patrocínio do HSBC e contou<br />
pontos para o ranking nacional<br />
juvenil feminino e masculino da<br />
Confederação Brasileira de Golfe<br />
e o ranking mundial amador.<br />
Os premiados<br />
no Campeonato<br />
Brasileiro<br />
Pré-Juvenil e<br />
Juvenil<br />
Fotos: Zeca Resendes / CBG
Tacadas pelo mundo<br />
História e requinte<br />
NA ROTA ITALIANA<br />
54
Além de se deparar com<br />
campos desafiadores,<br />
projetados por renomados<br />
arquitetos, quem conhece o<br />
badalado e charmoso roteiro<br />
de golfe da região central<br />
e do norte da Itália, ainda<br />
encontra cenários românticos,<br />
belas paisagens, ótimos<br />
vinhos e uma gastronomia<br />
de excelência em lugares<br />
históricos, como a Toscana<br />
Por Celso Teixeira *<br />
DO GOLFE<br />
Campo do Palazzo Arzaga, Itália<br />
Para quem pensa que Verona, Veneza<br />
e Lago de Garda são destinos<br />
para casais enamorados,<br />
acertou. Mas engana-se quem<br />
imagina que se resumem a isso.<br />
Entre outras coisas, lá tem muito golfe de<br />
boa qualidade também. Então por que não<br />
unir o agradável ao mais agradável ainda<br />
e ir namorar jogando golfe na Itália? Será<br />
uma experiência fascinante, regada a excelentes<br />
vinhos, gastronomia inigualável,<br />
paisagens e cidades deslumbrantes, sempre<br />
com muitas tacadas.<br />
Quando a Associação Brasileira de Golfe<br />
Senior elegeu a Itália como sede para o<br />
programa Volta ao Mundo deste ano, foi<br />
gerada uma certa resistência, já que o país<br />
não é exatamente um destino de golfe nos<br />
moldes do Algarve, da Escócia, da Flórida,<br />
entre outros locais, nos quais se encontram<br />
campos em grande quantidade e concentrados<br />
em uma pequena área. Mas o resultado<br />
foi surpreendente, pois encontramos<br />
lá campos de qualidade excepcional em<br />
paisagens sem igual no mundo. Estamos<br />
falando da parte central e norte da Itália,<br />
mais especificamente das regiões de Milão,<br />
Piemonte, Veneto, Lombardia e Toscana.<br />
55
Charme e beleza<br />
em cada região<br />
Milão, a capital da moda, é um<br />
bom ponto de partida, principalmente<br />
porque hoje existem voos<br />
diretos pela TAM. Você deverá escolher<br />
um hotel bem localizado, de<br />
preferência no centro da cidade, a<br />
partir de onde poderá, a pé, se atingir<br />
toda a região histórica e também<br />
as principais lojas de grife.<br />
Quanto ao golfe, há alguns bons<br />
campos nas redondezas entre os<br />
quais destaco o Golf Biella “La Betulle”,<br />
que fica na região do Piemonte, já<br />
aos pés dos Montes Alpinos. Fica em<br />
uma região elevada de rara beleza,<br />
com um club house muito simpático<br />
e acolhedor. Mais próximo de Milão<br />
existe o excelente Villa D’Este. Ambos<br />
os campos recebem com cortesia<br />
o turista e dispõem de uma grande<br />
infraestrutura de atendimento.<br />
A cerca de duas horas de Milão<br />
seguindo para o leste, encontra-se<br />
a região do Lago de Garda, o maior<br />
lago da Europa. Lá está um dos melhores<br />
resorts de golfe da Itália, o<br />
Palazzo Arzaga, que apresenta dois<br />
campos; um desenhado por Jack<br />
Nicklaus, com 18 buracos, e outro<br />
por Gary Player, de 9 buracos. O hotel<br />
é muito charmoso, com uma excelente<br />
gastronomia, e os campos são<br />
excelentes, com fairways e greens<br />
perfeitos em um traçado interessante<br />
e desafiador. Eles estão ao redor<br />
do hotel e, para completar, possuem<br />
belos club houses e pro-shops, além<br />
de uma completa estrutura.<br />
Este pode ser um excelente ponto<br />
para explorar a região do Veneto:<br />
Verona, a cidade de Romeu e<br />
Julieta, fica a uma hora e Veneza, a<br />
duas. Além disso, a própria região<br />
do Lago de Garda proporciona excelentes<br />
passeios. Outros belos campos<br />
das redondezas são o Veneza<br />
Golf Club e o Garda Golf, que recebem<br />
muito bem o turista golfista.<br />
Canais de Veneza<br />
Golfe Biella La Betulle, Piemonte<br />
Ponte Vecchio, Florença<br />
56
Encantos da Toscana<br />
Campo de Girassois, Toscana<br />
Arena di Verona Aida Von Giuseppe Verdi<br />
Campo Poggio dei Medici, Toscana<br />
Descendo para a Toscana, entramos<br />
em uma região cantada em<br />
verso e prosa. São muitos os livros<br />
e filmes que falam deste, que é considerado<br />
um dos lugares mais belos<br />
e charmosos do mundo. Florença, a<br />
capital da Toscana é tida como uma<br />
cidade-museu. Praticamente todo<br />
o local é tombado e formado por<br />
edifícios históricos. Ali nasceram e<br />
viveram grandes mestres do renascentismo<br />
italiano como Leonardo<br />
da Vinci e Sandro Botticelli. Percorrer<br />
Florença é surpreender-se a cada<br />
esquina dobrada.<br />
Como estamos falando de uma<br />
cidade intensamente visitada por<br />
turistas de todo mundo, escolher<br />
bem a época é importante. Para<br />
quem não gosta de multidões uma<br />
dica é evitar os meses de julho e<br />
agosto, que são bem movimentados<br />
e quentes nesta parte da Europa. Em<br />
Florença não espere muito dos aparelhos<br />
de ar condicionado e da internet.<br />
Por conta de ser uma cidade<br />
praticamente toda tombada pelo patrimônio<br />
histórico existem muitas<br />
restrições construtivas que limitam<br />
estas facilidades, principalmente<br />
nos períodos cheios e quentes.<br />
Saindo de Florença, em qualquer<br />
direção você vai se deparar<br />
com uma região rural belíssima,<br />
com campos de girassóis e o contraste<br />
do verde das plantações de<br />
milho e videiras, com o dourado<br />
dos campos de trigo e feno formando<br />
ondulações que se assemelham<br />
a paisagens impressionistas.<br />
Muitas cidades que preservam<br />
suas características medievais estão<br />
nesta região, onde se destacam<br />
Siena e San Gimignano, pérolas<br />
com as quais vale a pena gastar-<br />
-se pelo menos um dia para visitar.<br />
Para aqueles que buscam uma motivação<br />
religiosa, recomendo ainda<br />
Assis, cidade natal de São Francisco<br />
de Assis.<br />
57
“Degustar um bom Brunello de Montalcino<br />
em uma vinícola da região rural da Toscana é<br />
um daqueles programas que não têm preço”<br />
O golfista bem<br />
recebido<br />
O golfe na região pode e deve<br />
ser jogado e recomendamos alguns<br />
excelentes campos que<br />
estão bem estruturados para receber<br />
o golfista: Una Poggio dei<br />
Medici é um campo estilo park<br />
links, bem europeu, com desníveis<br />
dramáticos e uma paisagem<br />
deslumbrante. A partir do<br />
buraco 8, um par 3 que fica no<br />
ponto mais alto, você terá uma<br />
belíssima vista panorâmica desta<br />
região, localizada a 100km de<br />
Florença. Os greens e fairways<br />
são perfeitos e darão prazer ao<br />
amante do golfe.<br />
Outros bons campos da região<br />
são o La Pavoniere, nos<br />
arredores de Florença, e o Golf<br />
& SPA Resort Terme di Saturnia,<br />
no caminho entre Florença<br />
e Roma. Não poderia deixar de<br />
comentar sobre os vinhos, embora<br />
esta não seja a minha especialidade.<br />
Degustar um bom<br />
Brunello de Montalcino em uma<br />
vinícola da região rural da Toscana<br />
é um daqueles programas<br />
que não têm preço.<br />
Brasileiros saboreiam uma grappa em uma vinícola na região rural da Toscana<br />
Dica técnica<br />
Os campos da Europa, fora<br />
do Reino Unido, são medidos em<br />
metros e não em jardas. As marcas<br />
definem distâncias de 100 e<br />
150 metros ao início do green e<br />
não ao centro. Isto pode causar<br />
uma boa confusão no jogo, agravada<br />
pelo fato de se estar jogando<br />
pela primeira vez no campo.<br />
Por isso uma boa dica é comprar<br />
um “stroke saver” disponível nos<br />
proshops dos melhores campos.<br />
Este instrumento lhe ajudará a<br />
compreender melhor o campo ou<br />
então levar um medidor a laser<br />
que já pode lhe dar as medidas<br />
devidamente convertidas e com<br />
referência nos pontos de interesse.<br />
Isto certamente lhe fará economizar<br />
tacadas.<br />
Fotos: Divulgação<br />
* Celso Teixeira é CEO da Golf Travel (www.golftravel.com.br), agência de turismo especializada<br />
em destinos de golfe. Para dar sugestões, fazer críticas ou tirar dúvidas, entre<br />
em contato através do e-mail cteixeira@golftravel.com.br<br />
58
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Confraternização<br />
TACADAS CAIPIRAS<br />
NO INTERIOR<br />
2º Arraial Damha Golf Club<br />
Em clima de festa junina, o Damha Golf Club promove a segunda<br />
edição de seu Arraial e coloca os golfistas caipiras para jogar<br />
Alguns dos participantes do evento<br />
Lucio Patracon no Arraial do Damha<br />
Fotos: Divulgação<br />
Foi mais um dia de festa em São Carlos,<br />
no interior de São Paulo. Sempre promovendo<br />
eventos diferenciados e originais,<br />
como o Golfe à Fantasia, que acontece na<br />
época do Carnaval, o Damha Golf Club<br />
foi mais uma vez à frente nos quesitos confraternização<br />
e entretenimento com a disputa da segunda<br />
edição de seu Arraial, realizado no dia 30<br />
de junho.<br />
O Arraial foi um torneio no campo de 18 buracos<br />
do Damha, com disputas das categorias de<br />
handicap de 0 a 25 e 26 a 36 na modalidade stableford.<br />
Já o Damha Executive Course, campo de 9<br />
buracos de par 3, sediou o Desafio Caipira. Nesse<br />
torneio, o que valia não era dar menos tacadas,<br />
mas estar a caráter e disputar o prêmio concedido<br />
aos trajes de caipirões e caipirinhas mais originais.<br />
O Arraial se encerrou com uma animada<br />
happy hour com bebidas, comidas e doces típicos.<br />
O campeão da categoria de handicap 0 a 25 foi<br />
Humberto Fernandes, com 41 pontos stableford,<br />
seguido por dois jogadores com 39 pontos: Marcos<br />
Negrini e Lucio Patracon. Na categoria de 26 a 36,<br />
o campeão foi Henrique Ferreira, com 44 pontos,<br />
seguido por Marcos Ambrósio, com 37, e por Marisa<br />
Trombini Machado, com 36.<br />
60
VIVER BEM É VIVER<br />
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Por dentro do jogo<br />
OS GRAMADOS<br />
e seus mistérios<br />
O tema é muito comentado entre os golfistas, mas pouco explorado pelas<br />
mídias especializadas e por vezes nem recebe a devida atenção dos clubes.<br />
Afinal, qual a influência da grama no jogo?<br />
Por Alexandre Miranda *<br />
Nas revistas especializadas<br />
podemos encontrar<br />
tudo sobre<br />
o golfe, ou quase<br />
tudo; novos tacos<br />
e equipamentos, técnicas, treinamentos,<br />
dicas de como melhorar<br />
o jogo, lugares maravilhosos<br />
para jogar, coberturas de<br />
torneios, dentre outros assuntos<br />
abordados em grandes matérias.<br />
Porém notei que um item não<br />
nos faz companhia neste cotidiano:<br />
a grama. Vocês já se perguntaram<br />
por que em alguns<br />
torneios profissionais o efeito do<br />
back spin é tão mais comum do<br />
que em outros? Mais precisamente,<br />
por que é mais usual do que<br />
em seu campo? Como um bounce<br />
de um taco pode fazer a diferença<br />
em determinado campo ou ainda<br />
por que patear em outros é como<br />
jogar na loteria?<br />
Outra questão é: que condições<br />
levaram, fantasticamente,<br />
como poucas vezes se viu na história,<br />
o Olympic Club, na última<br />
edição do U.S. Open, conseguir<br />
elevar o score para o corte em<br />
oito tacadas acima do par e mesmo<br />
assim deixar de fora os dos<br />
primeiros colocados no ranking<br />
mundial, fazendo com que o campeão<br />
levantasse a taça com uma<br />
acima do par. Cá entre nós, foi<br />
ótimo vê-los se sentirem seres humanos<br />
mais normais, como nós,<br />
jogadores fazedores de bogey.<br />
Se existe um greenkeeper<br />
dentro de você ou é um profissional<br />
da área irá gostar desta<br />
coluna. Sou uma daquelas pessoas<br />
que, por conhecer o assunto<br />
grama, convivo com as mais<br />
diversas convicções e enganos,<br />
realidades e dúvidas de nossos<br />
colegas golfistas. Quantas vezes<br />
convivemos com afirmações contraditórias,<br />
como: “a culpa é do<br />
green”. “A grama está assim ou<br />
assada”. E é assim mesmo, com<br />
exceção daquele campo no Afeganistão,<br />
outro na Antártida ou<br />
no Golfebeach, eu também considero<br />
a grama o item número 1 de<br />
um campo de golfe.<br />
62
Polêmica, ela nos dá o prazer<br />
de belas paisagens ou terríveis<br />
experiências, leva leigos ao delírio<br />
quando se deparam com um<br />
bom green pela primeira vez,<br />
tira o sono de greenkeepers, diretores,<br />
capitães e até presidentes<br />
de clube. Sem falar do grande<br />
número de equipamentos que<br />
os clubes têm para cuidar dela,<br />
galpões lotados de supermáquinas,<br />
que até mais parecem um<br />
arsenal de guerra, além de uma<br />
indústria de insumos.<br />
Por trás da grama tem ciência,<br />
pesquisadores trabalhando<br />
e dedicando sua vida para que<br />
o meu amigo Zé Olímpio faça<br />
seus double bogeys em um green<br />
verde de 2,5 mm de altura sem<br />
manchas e doenças.<br />
É fato também que muitos<br />
clubes investem pesado em paisagismo,<br />
vestiários, restaurante,<br />
mas o principal, que é a grama,<br />
nem sempre tem a devida atenção.<br />
Ela faz com que o jogador se<br />
apaixone pelo campo e é nela que<br />
se deve investir para se ter uma<br />
honrosa aprovação do público.<br />
A ideia desta coluna é trazer<br />
curiosidades sobre como a grama<br />
influencia em nosso jogo tentando<br />
passar um pouco de minha experiência<br />
e de meus colegas tanto<br />
do mundo da gramicultura como<br />
do golfe. Falar sobre os tipos de<br />
grama e sua jogabilidade, avaliações<br />
e experiências nos campos<br />
pelo Brasil e mundo afora, críticas,<br />
dicas, sugestões e novidades,<br />
sempre sob a ótica golfística aliada<br />
às informações técnicas.<br />
Influência em um<br />
Major<br />
O que aconteceu no U.S. Open<br />
2012, no Olympic Club, chamou<br />
atenção. Os campos que recebem<br />
estes torneios são escolhidos<br />
com ampla antecedência.<br />
O de 2013, por exemplo, será no<br />
Merion Golf Club. Com isso, dentro<br />
da disponibilidade e exigência,<br />
são realizadas mudanças de<br />
trajeto, design e grama.<br />
O Olympic Club, fundado em<br />
1860, construiu seus primeiros<br />
18 buracos em 1922 e teve seu<br />
desenho alterado pelo arquiteto<br />
da USGA, Robert Trent Jones, em<br />
1955. Neste último ano, houve alterações<br />
e a principal delas foi a<br />
grama. A troca radical nos greens<br />
foi destaque, substituindo a polêmica<br />
“poa annua”, variedade<br />
nativa e naturalmente usada no<br />
hemisfério norte, encontrada<br />
pelos quatro cantos do mundo<br />
e considerada uma praga quando<br />
não desejada e um solução<br />
quando quista. Ela deu lugar à<br />
renomada “bent-grass” a King<br />
of King do efeito back spin, uma<br />
grama que mesmo recebendo<br />
um corte de 2,5 mm continua<br />
macia e fazendo com que a bola<br />
deslize sobre ela sem aparente<br />
atrito, daí um dos motivos da<br />
facilidade do back spin.<br />
Além da variedade, o manejo é<br />
responsável pelo resultado. Claro<br />
que a troca da grama tornou possível<br />
deixar a velocidade em mais<br />
de 13 pés para depois reduzirem<br />
Olympic Club<br />
para 12. Esta atitude acarretou<br />
reclamação de Tiger Woods, que<br />
afirmou ter “perdido o feeling”<br />
com a velocidade mais lenta, pois<br />
já tinha se habituado. Nós, amadores,<br />
no dia a dia convivemos<br />
com greens de 8 pés de velocidade<br />
em média. Torneios brasileiros<br />
importantes conseguem elevar<br />
para 10 pés. Basicamente, se<br />
você jogar em um green de 12 ou<br />
13 pés de velocidade, será compreensível<br />
dar quatro putts.<br />
Outra decisão menos divulgada<br />
pelo Olympic Club foi a<br />
elevação dos “roughs”, que com<br />
mais de 12 cm virou uma moita.<br />
Ninguém treina em uma condição<br />
como essa. Eles mantiveram<br />
a variedade, mas a característica,<br />
o crescimento denso e folhas<br />
estreitas e compridas, obrigaram<br />
os profissionais a usarem as diversas<br />
técnicas para sair do sufoco.<br />
Assistindo ao jogo, tive a<br />
certeza de que o campeão fecharia<br />
acima do par. Naquelas condições<br />
não poderia ser diferente.<br />
Sabia que era por causa da grama.<br />
Sempre a grama.<br />
Fotos: Divulgação<br />
* Alexandre Augusto Miranda é diretor do Terras do Golfe e especialista em<br />
gramados de golfe.<br />
63
No Mercado<br />
O golfista em casa,<br />
no Brasil ou nos EUA<br />
Imóveis<br />
Com foco no comércio<br />
de imóveis de alto nível,<br />
Vero entra no mercado<br />
do golfe buscando<br />
atender a procura por<br />
casas nos EUA<br />
Fotos: Divulgação<br />
A<br />
boa oferta de imóveis<br />
de luxo com<br />
campos de golfe em<br />
regiões eleitas pelos<br />
brasileiros nos<br />
Estados Unidos e o paralelo aumento<br />
dos valores dos residenciais<br />
no Brasil, principalmente<br />
os de veraneio, foram os principais<br />
fatores que impulsionaram<br />
a Vero Negócios Imobiliários a<br />
entrar com força no mercado do<br />
golfe. Atuando com escritórios<br />
em São Paulo e nos Estados Unidos,<br />
a empresa visa facilitar todo<br />
o processo de busca e avaliação<br />
de residências, principalmente<br />
em Miami e em Orlando.<br />
O auxílio ao cliente acontece<br />
em todas as etapas do negócio,<br />
Eduardo Machado é sócio-diretor da Vero<br />
desde a procura até a decoração.<br />
Uma equipe especializada faz a<br />
busca pelos imóveis, oferece o<br />
devido acompanhamento jurídico<br />
internacional, acompanhamento<br />
de projetos, de obras e por<br />
fim até mesmo de decoração.<br />
Os clientes inicialmente são<br />
atendidos em São Paulo, onde<br />
se faz um levantamento de tudo<br />
o que ele quer com relação ao<br />
imóvel, como metragem, localização,<br />
quantidade de quartos,<br />
se irá destinar-se a investimento<br />
ou uso próprio, se é novo ou usa-<br />
do, casa ou apartamento, entre<br />
outras características. Passada<br />
esta fase inicia-se a busca, que é<br />
realizada pelo escritório de Miami<br />
e que gera um relatório. Com<br />
ele em mãos, o cliente opta em<br />
ir ou não visitar pessoalmente<br />
os imóveis selecionados. Em<br />
sua possível visita, ele é recebido<br />
pela equipe de Miami e tem<br />
todas as informações adicionais<br />
que quiser.<br />
Telefone: 11 3294 1759<br />
Site www.veronegocios.com.br
Destaque<br />
da esq. para dir.<br />
Willian Alves,<br />
Jong Bin Hong<br />
e Yuji Oiwa<br />
Produto de qualidade<br />
com serviço de excelência<br />
Há mais de 40 anos no setor de manutenção e modernização de<br />
elevadores, Elevartel se une a Hyundai como principal parceira na<br />
entrada da montadora sul-coreana para o mercado brasileiro<br />
Uma união de peso<br />
promete movimentar<br />
o mercado de<br />
elevadores no Brasil<br />
nos próximos anos.<br />
Se destacando nos serviços na<br />
área de manutenção, modernização<br />
e decoração de elevadores, a<br />
Elevartel aproveita a expansão do<br />
setor e as novas perspectivas de<br />
negócios que estão surgindo para<br />
se unir a uma das maiores montadoras<br />
do mundo, a Hyundai,<br />
com objetivo inicial de conquistar<br />
20% do mercado nacional nos<br />
próximos cinco anos.<br />
A parceria foi concretizada<br />
após diversas visitas dos executivos<br />
da multinacional sulcoreana<br />
ao Brasil na tentativa de<br />
buscar um parceiro de qualidade<br />
e credibilidade para o setor.<br />
A Elevartel foi a empresa escolhida<br />
para a empreitada e será<br />
credenciada a atuar nos serviços<br />
de venda, instalação e manutenção<br />
dos equipamentos Hyundai,<br />
inicialmente com cobertura para<br />
todo o Estado de São Paulo, mas<br />
com possibilidades de expansão<br />
para todo o País. Agora, além<br />
dos elevadores da marca própria<br />
Nexus, que a Elevartel já possui,<br />
66
Cabina Hyundai<br />
Executivos da Hyundai da Coreia visitam a Elevartel<br />
Torre de testes Hyundai na Coreia<br />
Fotos: Divulgação<br />
comercializará também escadas<br />
e esteiras rolantes, assim como<br />
elevadores para estacionamentos<br />
totalmente automatizados<br />
da Hyundai.<br />
A chegada dos equipamentos<br />
Hyundai no mercado brasileiro<br />
de elevadores se deu também<br />
em função do bom momento da<br />
economia no País. Em decorrência<br />
do acelerado crescimento da<br />
construção civil e da Copa do<br />
Mundo que se aproxima, novos<br />
olhares e tecnologias se voltaram<br />
para este meio de transporte.<br />
“Pretendemos atender a<br />
todos os segmentos na área de<br />
transporte vertical. Nosso foco<br />
inicial são condomínios residenciais,<br />
complexos comerciais,<br />
shoppings centers, aeroportos e<br />
metrôs, mas também atenderemos<br />
empreendimentos de menor<br />
porte como elevadores residenciais<br />
e plataformas”, explica<br />
Willian Alves, diretor da Helbra<br />
(Hyundai Elevadores do Brasil).<br />
Empresa de origem japonesa,<br />
a Elevartel é administrada atualmente<br />
pela terceira geração<br />
de uma família de empreendedores.<br />
O atual presidente, Yuji<br />
Oiwa, também comenta sobre a<br />
parceria. “A chegada dos elevadores<br />
Hyundai ao Brasil traz a<br />
perspectiva de produtos e serviços<br />
que irão agregar muito<br />
valor qualitativo aos usuários e<br />
aos empreendimentos de seus<br />
clientes, que ganham agora mais<br />
uma opção em um mercado extremamente<br />
carente”.<br />
67
Golfe Universitário<br />
Equipe da FAAP campeã em 2011<br />
Chegou a vez dos<br />
universitários<br />
Por Pedro da Costa Lima *<br />
Simultaneamente com<br />
um dos mais tradicionais<br />
torneios de golfe<br />
do País, o Aberto do<br />
Estado de São Paulo,<br />
realiza-se, de 17 a 19 de agosto,<br />
a primeira etapa do Circuito<br />
Universitário de Golfe 2012, no<br />
Clube de Campo São Paulo, onde<br />
também já foi jogado recentemente<br />
o Amador do Brasil. A disputa<br />
acontecendo paralelamente<br />
a um evento deste porte, válido<br />
para o Ranking Nacional, é muito<br />
benéfica. Primeiramente os<br />
universitários jogam lado a lado<br />
dos principais jogadores amadores<br />
do País, sentindo a atmosfera<br />
de uma grande disputa. Ao mesmo<br />
tempo, golfistas de outros<br />
Estados podem ver e conhecer o<br />
trabalho que estamos realizando<br />
e se transformar em divulgadores<br />
do Circuito Universitário em<br />
suas respectivas cidades.<br />
O apoio para esta primeira<br />
etapa de 2012 é da Fundação Armando<br />
Álvares Penteado, que<br />
acredita no desenvolvimento do<br />
projeto. Para o diretor presidente<br />
da FAAP, Antonio Bias Bueno<br />
Neto, o Circuito Universitário de<br />
Golfe contribui para a melhor<br />
68
formação dos alunos, pois através<br />
do golfe eles se integram e<br />
fomentam o relacionamento com<br />
jovens de outras instituições.<br />
Além disso, segundo Bias, a iniciativa<br />
ajuda na popularização do<br />
esporte, bem como no possível<br />
surgimento de jovens talentos, já<br />
que em 2016 teremos a volta do<br />
golfe às Olimpíadas.<br />
Nesta etapa, os prêmios são<br />
para a universidade campeã, para<br />
o campeão individual e para o<br />
melhor jogador Net do torneio. No<br />
encerramento a Federação Paulista<br />
de Golfe premia os jogadores<br />
universitários de melhor resultado<br />
no primeiro desafio realizado<br />
em outubro do ano passado,<br />
no Broa Golf Resort (SP). São eles:<br />
Diego Bellini e Daniel Silva, do<br />
time de golfe do Mackenzie, André<br />
Azevedo, da Uninove, além de<br />
Tomas Botelho e Raphael Brezzi,<br />
da equipe da FAAP. Os premiados<br />
ganham uma carteirinha que lhes<br />
possibilita acesso gratuito para<br />
treinos no Centro Paulista de Golfe,<br />
uma grande vitória para nós.<br />
Para crescer<br />
jogando fora<br />
Criado em 1998, a partir do<br />
interesse e da iniciativa de seus<br />
colaboradores, Jorge Paulo Lemann<br />
e José Salibi Neto Aerts,<br />
o programa Bolsas Lemann tem<br />
como missão aumentar cada vez<br />
mais o número de atletas brasileiros<br />
estudando e jogando em<br />
universidades americanas, para<br />
FPG Golfcenter<br />
que estes jovens tenham acesso<br />
a uma educação de primeira<br />
qualidade, uma formação de alto<br />
nível e ao mesmo possam praticar<br />
o seu esporte preferido defendendo<br />
suas instituições.<br />
O processo de seleção funciona<br />
em parceria com a empresa<br />
Daquiprafora (www.daquiprafora.com.br).<br />
São selecionados<br />
anualmente 30 atletas que recebem<br />
apoio financeiro da Fundação<br />
Lemann para custear as despesas<br />
de obtenção de uma bolsa<br />
de estudos em uma universidade<br />
americana e preparação para<br />
a viagem. Fiquem de olho nesta<br />
dica. Muitos atletas já se beneficiaram<br />
deste programa e o seu<br />
conhecimento pode ser de grande<br />
valia para o nosso futuro.<br />
Desejo muitos birdies a todos<br />
e até a próxima edição!<br />
• Para mais informações, entre<br />
em contato através do e-mail<br />
golfeuniversitario@hotmail.com<br />
ou acesse a página no Facebook<br />
www.facebook.com/groups/<br />
golfeuniversitario<br />
Fotos: Divulgação<br />
* Pedro da Costa Lima é campeão da Copa Los Andes 2011 integrando o time brasileiro,<br />
Pedro da Costa Lima é capitão do time de golfe da FAAP e um dos mais vencedores<br />
golfistas amadores do Brasil<br />
69
Por trás dos campos<br />
O crescimento<br />
econômico<br />
ATRAVÉS DO GOLFE<br />
Durrat al Bahrein<br />
Participação do Estado através de seus fundos soberanos podem significar<br />
um investimento importante para atrair turistas e alavancar a economia<br />
do país com recursos como os resorts de golfe<br />
Por Mark Diedrich *<br />
Qual a relação do Estado<br />
com o golfe e<br />
por que eles deveriam<br />
se envolver?<br />
Em muitas partes do<br />
mundo, os governos estão intrinsecamente<br />
ligados ao golfe<br />
através de subsidiárias de seus<br />
fundos de riqueza soberana<br />
(SWF). Por definição, são fundos<br />
de investimentos estatais<br />
encarregados de administrar a<br />
poupança do governo. Fundos<br />
soberanos são compostos de<br />
ativos financeiros como ações,<br />
títulos, propriedades de metais<br />
preciosos ou participações em<br />
diversas empresas.<br />
Cada vez mais os fundos soberanos<br />
são financiados basicamente<br />
através de recursos naturais<br />
como o petróleo. Muitas<br />
nações ricas em petróleo armazenam<br />
suas receitas de exportação<br />
estatais nesses fundos para<br />
investimentos em vários setores.<br />
Um deles é o desenvolvimento e<br />
72
dinamização do turismo como<br />
uma ‘comodite’ essencial para o<br />
país. Se é uma nação em desenvolvimento,<br />
os resorts são necessários<br />
para atrair empresas internacionais<br />
e os seus empresários<br />
para o local. Se já é desenvolvida,<br />
o resort pode ser um destino turístico<br />
para aumentar o reconhecimento<br />
do país e suas receitas.<br />
ShanqinBay<br />
O mercado do<br />
Oriente<br />
“Na China, braços do governo<br />
local têm dado apoio a projetos<br />
de golfe em todo o país”<br />
Em Abu Dhabi, nos Emirados<br />
Árabes Unidos, o maior SWF do<br />
mundo criou um braço de investimento<br />
exclusivamente projetado<br />
para desenvolver propriedades<br />
para “o bem maior do reino”.<br />
É chamado de Companhia de<br />
Desenvolvimento do Turismo e<br />
Investimentos, ou TDIC. De escritórios,<br />
indústrias a resorts, a<br />
TDIC supervisiona fundos e executa<br />
inúmeros projetos. O projeto<br />
marco de Abu Dhabi é o Saadiyat<br />
Island. Trata-se de uma enorme<br />
e luxuosa comunidade planejada<br />
de múltiplo uso, na qual haverá<br />
um Museu Guggenheim, o museu<br />
de arte The Louvre, um Centro<br />
Nacional de Artes Cênicas e<br />
um campo de golfe desenhado<br />
por Gary Player. A atenção internacional<br />
que este projeto atraiu<br />
aumentou intensamente a expressão<br />
de Abu Dhabi, concretizando<br />
uma das principais metas<br />
estabelecidas pela TDIC.<br />
Da mesma forma, na China,<br />
vários braços do governo local<br />
têm dado apoio a projetos de<br />
golfe em todo o país, mas principalmente<br />
na ilha de Hainan,<br />
que tornou-se um destino importante<br />
para o golfe e turismo<br />
de praia com vários resorts de<br />
golfe de alta qualidade localizados<br />
por lá. A Kuo Diedrich trabalhou<br />
no projeto conceitual de<br />
um clubhouse para um campo<br />
de golfe projetado pelo conceituado<br />
Coore-Crenshaw. Mais uma<br />
vez, a meta do governo é criar e<br />
aumentar o turismo, oferecendo<br />
amenidades para a região através<br />
do financiamento e apoio a<br />
suas várias subsidiárias e empresas<br />
criadas especialmente<br />
para os empreendimentos.<br />
No Reino de Bahrain, o governo<br />
em parceria com vários bancos<br />
de investimento regionais<br />
formou uma entidade chamada<br />
Durrat al Bahrein. O empreendimento<br />
localizado na ponta sul<br />
da ilha serve como uma grande<br />
amenidade para os habitantes locais,<br />
bem como um local para investimento<br />
de estrangeiros que<br />
fazem negócios na área. Além<br />
das grandes áreas comerciais<br />
e residenciais, o resort contará<br />
com um campo de golfe projetado<br />
por Ernie Els e um clubhouse<br />
de golfe da Kuo Diedrich com um<br />
hotel de 200 quartos.<br />
73
Saadiyat<br />
Fotos: Divulgação<br />
O investimento<br />
dos governos<br />
Muitos governos estão dispondo<br />
de enormes esforços para<br />
recrutar empresas internacionais<br />
a investirem em seu país. Aspectos<br />
de infraestrutura, transporte,<br />
conectividade aérea e itens<br />
de hotelaria e restaurantes ou<br />
estão sendo desenvolvidos ou<br />
melhorados para criar um cenário<br />
atraente para as empresas e<br />
seus empresários. Ter negócios<br />
internacionais é um objetivo essencial<br />
para praticamente todos<br />
os países e ter o clima adequado<br />
para isto exige o envolvimento do<br />
Estado e seus fundos soberanos.<br />
Empresas potenciais avaliam<br />
estas comunidades e amenidades<br />
recreativas, juntamente com<br />
incentivos fiscais e outros programas<br />
de ajuda do governo ao<br />
decidir em qual país montar uma<br />
fábrica ou escritório. Em um ambiente<br />
global competitivo, ter uma<br />
atraente área de resort com golfe<br />
como uma amenidade muitas vezes<br />
pode ser o fator decisivo.<br />
Há um ditado que diz: “Se<br />
você construir, eles virão.” Isto<br />
é especialmente verdade com<br />
os empreendimentos de resorts<br />
onde um grande esforço, bem<br />
como o financiamento tem que<br />
ocorrer para que um projeto se<br />
torne realidade. Com o apoio dos<br />
governos através de seus fundos<br />
soberanos ou outros veículos de<br />
financiamento públicos, estes<br />
resorts de golfe particulares podem<br />
superar obstáculos de curto<br />
prazo e alcançar a linha de chegada<br />
como um resort de golfe<br />
totalmente completo e se tornar<br />
um destino internacional.<br />
Se o usuário final está ciente<br />
disso ou não, o cobiçado destino<br />
de golfe e resort que ele escolhe<br />
frequentar pode na verdade ser<br />
de propriedade e financiado pelo<br />
governo. Se este cenário evolui,<br />
então o papel e os objetivos<br />
desse governo terão sido bem<br />
sucedidos. Nesta era global dos<br />
negócios, é hora dos brasileiros<br />
considerarem o golfe mais do<br />
que um esporte elitista e começar<br />
a reconhecer a sua popularidade<br />
em todo o mundo para uma<br />
ampla gama de classes. Se o fizer,<br />
acabaria por atrair tanto investimentos<br />
estrangeiros como<br />
turismo para a região.<br />
* Mark Diedrich é diretor da Kuo Diedrich e arquiteto de clubhouses de golfe há 20 anos.<br />
Escreve sobre o tema e ministra palestras pelo mundo todo, incluindo Febragolfe e Brasil Golf<br />
Show, no Brasil, e Harvard Graduate School of Design e a Emory University, em Atlanta (EUA).<br />
E-mail: mark@kuodiedrich.com - Site: www.kuodiedrich.com<br />
74
Anuncie aqui.<br />
A sua melhor<br />
tacada.<br />
15 mil exemplares - 3000 maiores empresas - todos os campos de golfe<br />
Para anunciar ligue 11 5093-0860<br />
anuncieaqui@newgolf.com.br - www.newgolf.com.br
Confederação Brasileira de Golfe<br />
GOLFE PARA A VIDA<br />
É SUCESSO EM CURITIBA<br />
Por Rachid Orra *<br />
Os participantes do Golfe para a Vida em Curitiba<br />
A<br />
Confederação<br />
Brasileira<br />
de Golfe realizou<br />
em Curitiba,<br />
no Paraná, e em<br />
Porto Alegre no Rio<br />
Grande do Sul, a primeira etapa<br />
do programa Golfe para a Vida -<br />
Formação de Talentos & Cidadania,<br />
iniciativa que visa promover<br />
o crescimento do golfe em todo o<br />
país por meio da ampliação e da<br />
participação dos jovens no esporte,<br />
com o objetivo de facilitar<br />
o caminho de todas as classes<br />
sociais e daqueles que se sobressaem<br />
no ambiente competitivo.<br />
O Golfe Para a Vida tem um foco<br />
inicial em um público-alvo específico:<br />
crianças em idade escolar-<br />
-nível fundamental.<br />
O programa, que deve ser<br />
implantado também em outros<br />
estados do País, visa aumentar<br />
a base de jogadores de<br />
golfe junto com as federações<br />
locais, clubes, escolas, além de<br />
professores de educação física,<br />
professores de golfe, governos<br />
estaduais e federais. Estamos<br />
todos em torno de um grande<br />
projeto brasileiro para o desenvolvimento<br />
do golfe e inclusão<br />
social através do esporte.<br />
76
Em Curitiba, mais de 40 pessoas,<br />
entre professores de educação<br />
física e profissionais de golfe,<br />
estiveram presentes no auditório<br />
da Secretaria de Esportes para<br />
ouvir os ensinamentos de Tony<br />
Bennett, PGA Master Professional<br />
pela PGA of Great Britain and<br />
Ireland e diretor de educação do<br />
PGA of Europe. Nico Barcelos,<br />
Head Pro do Itanhangá Golf Club,<br />
auxiliou Tony Bennett nos trabalhos<br />
em sala e nas aulas práticas.<br />
Mauro Leitner Guimarães Filho,<br />
presidente da Federação Paranaense<br />
e Catarinense de Golfe,<br />
disse estar feliz por ter a primeira<br />
fase do projeto em Curitiba.<br />
“É uma honra muito grande termos<br />
sido escolhidos para acolher<br />
o projeto em sua primeira fase.<br />
Queremos expandir o golfe nas<br />
escolas em todo estado e a ajuda<br />
da CBG nesta empreitada foi<br />
muito importante”.<br />
Também em Porto Alegre o<br />
Golfe para a Vida nas instalações<br />
da Pan American School foi um<br />
sucesso. “Em uma iniciativa pioneira,<br />
a CBG buscou parceiros de<br />
peso como a R&A e o profissional<br />
Tony Bennett, que possibilitaram<br />
a realização do projeto. Os primeiros<br />
resultados já estão aparecendo<br />
através de um retorno<br />
positivo das crianças e professores<br />
dos colégios gaúchos participantes.<br />
A prática da atividade<br />
indoor é bem aceita e aconselhável<br />
durante o inverno, quando as<br />
temperaturas no Rio Grande do<br />
Sul ficam muito baixas”, afirma<br />
Norton Fernandes, presidente da<br />
Federação Riograndense de Golfe.<br />
O Programa é uma iniciativa<br />
conjunta da Confederação<br />
Brasileira de Golfe e das Federações<br />
de Golfe e conta com<br />
o apoio do R&A, (Royal & Ancient<br />
Golf Club of St. Andrews).<br />
O Comitê Olímpico Brasileiro<br />
e o Ministério do Esporte<br />
classificaram esta ação como<br />
“prioridade #1” para o desenvolvimento<br />
da modalidade esportiva<br />
no Brasil.<br />
Tony Bennett passa<br />
seus conhecimentos<br />
“Estamos todos em torno de<br />
um grande projeto brasileiro<br />
para o desenvolvimento do<br />
golfe e inclusão social.”<br />
Assim como em Curitiba,<br />
vi professores em Porto Alegre<br />
muito animados com a possibilidade<br />
de o golfe tornar-se<br />
uma realidade nas escolas brasileiras.<br />
A CBG vai continuar<br />
trabalhando para o fortalecimento<br />
da base do esporte que<br />
é o caminho necessário para a<br />
formação de futuros campeões.<br />
Um abraço, boas tacadas e<br />
até a próxima edição.<br />
Fotos: Zeca Resendes<br />
* Rachid Hadura Orra é presidente da Confederação Brasileira de Golfe<br />
77
Entidades<br />
GOLFE DE ALTO NÍVEL,<br />
dentro e fora do Brasil<br />
Associação Paulista de Golfe<br />
Edgar Rosa com<br />
Neville Mordini e<br />
Luís Lima<br />
(Destaques do 43º<br />
Torneio Pé Duro<br />
de Golfe)<br />
Foto: Divulgação<br />
Pé Duro e Taça Cid<br />
Andrade agitam o<br />
bimestre da Associação<br />
Paulista de Golfe, que<br />
ainda vive a expectativa<br />
de seu 7º Torneio<br />
Internacional. Em<br />
novembro, o palco da<br />
festa será Orlando (EUA)<br />
Por Antonio Padula *<br />
Os torneios do Pé<br />
Duro da APG são<br />
notoriamente conhecidos<br />
como a<br />
principal porta de<br />
acesso a novos jogadores de<br />
golfe no Brasil. Não por acaso,<br />
de suas etapas sai um número<br />
expressivo de novos afiliados<br />
aos clubes de golfe da capital<br />
e do interior paulista. Além do<br />
aumento de novos praticantes,<br />
os eventos também são marcados<br />
por verdadeiras partidas de<br />
golfe, com tacadas requintadas,<br />
batidas por gente que começa<br />
a dominar o tipo de jogada<br />
desejada e oportuno para aquela<br />
situação em particular.<br />
Este que vos escreve tem assistido<br />
uma evolução enorme<br />
destes golfistas. O Pé Duro é<br />
dividido em quatro categorias;<br />
Super A (que é jogada no gross),<br />
A, B e C. As categorias Super A<br />
e A têm nas suas listas jogadores<br />
já bastante experientes e<br />
até alguns profissionais. Suas<br />
finais são documentadas em vídeo<br />
e estão disponíveis no site<br />
da APG. Quem tiver oportunidade<br />
de assistir vai perceber o requinte<br />
desses jogadores no trato<br />
de cada tacada.<br />
78
Mas não é só na Super A que<br />
se nota essa evolução. Nas categorias<br />
A e B, por exemplo, a comparação<br />
é muito visível. Enquanto<br />
nos anos de 2003, 2004 e 2005 a<br />
média de tacadas para se vencer<br />
era de 56 a 65, hoje esses números<br />
são 49 a 55, o que representa<br />
uma evolução considerável dos<br />
golfistas. A categoria C é a que<br />
traz os iniciantes e sua média<br />
histórica se manteve nos 67 net<br />
para os vencedores. Isso mostra a<br />
força que a APG impõe aos novos<br />
adeptos e a qualidade técnica que<br />
ela produz ao entregar esse jogador<br />
aos clubes paulistas.<br />
As finais acontecem na modalidade<br />
match play e a decisão<br />
do 43º Torneio Pé Duro de Golfe<br />
teve momentos fantásticos. O<br />
leitor é mais uma vez convidado<br />
a assistir os vídeos postados<br />
no link galeria do site da APG<br />
em www.apg.org.br. No Pé Duro<br />
o novo jogador aprende como se<br />
comportar dentro do campo, as<br />
regras do jogo, além de noções<br />
de etiqueta e companheirismo.<br />
Por tudo isso, a APG é a escola do<br />
novo golfista.<br />
Antonio Padula com o vencedor da cat A<br />
Henrique Barcellos e Sérgio Fernandes<br />
Lago Azul Golf Club recebeu a Taça Cid Andrade<br />
Fotos: Elio Tomio Shinohara<br />
O capitão Romeu com o vencedor da cat B<br />
Guilherme Grinberg e Antonio Padula<br />
Sucesso na Taça<br />
Cid Andrade<br />
Com a participação de 81 jogadores<br />
entre sócios do Lago<br />
Azul Golf Club e os jogadores da<br />
APG, aconteceu no dia 7 de julho<br />
a 2ª etapa da Taça Cid Andrade.<br />
No evento houve ainda o encerramento<br />
oficial do 43º Torneio Pé<br />
Duro, que contou com o apoio de<br />
toda a diretoria do clube. Recentemente<br />
o Lago Azul inaugurou<br />
mais seis buracos e agora, segundo<br />
palavras do diretor de marketing<br />
do clube, o Juca, “o campo já<br />
é maior de idade”. E realmente é.<br />
Um campo com 18 buracos, com<br />
os primeiros 9 completamente<br />
distintos dos 9 buracos finais, o<br />
Lago Azul já é uma destas canchas<br />
extraordinárias do Brasil e<br />
logo mais terá o reconhecimento<br />
internacional também.<br />
O dia estava propício para o<br />
golfe, sem chuva e sem muito sol,<br />
que apareceu em raros momentos<br />
do dia. Os jogadores da APG puderam<br />
desfrutar de um desses momentos<br />
mágicos do golfe e estar<br />
ao lado de paisagens lindíssimas<br />
que o Lago Azul oferece a quem lá<br />
joga. No final tivemos ainda um<br />
almoço magnífico, a cerimônia<br />
de entrega dos troféus e sorteio<br />
de inúmeros brindes como bolas<br />
de golfe, camisetas, bonés, luvas,<br />
além de duas passagens com direito<br />
a acompanhante para qualquer<br />
destino no Brasil oferecido<br />
pela TAM Viagens Raposo, do nosso<br />
amigo e jogador Yuji Oiwa.<br />
Os grandes vencedores foram:<br />
na categoria A, Henrique<br />
Barcellos, com handicap 20, que<br />
jogou 65 net; na categoria B, Guilherme<br />
Grinberg (8 anos de idade),<br />
com handicap 36 e que jogou<br />
65 net; na categoria Sócios e<br />
Convidados o vencedor foi Fábio<br />
Abate do Lago Azul, que jogou<br />
com handicap 35 e fez 66 net. A<br />
próxima etapa da Taça Cid Andrade<br />
está prevista para acontecer<br />
no dia 2 de outubro e o campo<br />
muito provavelmente será o<br />
Guarujá Golf Club.<br />
79
Foto: Divulgação<br />
Tudo pronto para Orlando<br />
E a cada dia mais atrações se<br />
somam ao roteiro do 7º Torneio<br />
Internacional da APG, que neste<br />
ano acontece em Orlando, nos<br />
Estados Unidos. O desenho da<br />
programação está se formando<br />
e agora trazemos em primeira<br />
mão a todos os golfistas inscritos<br />
e também àqueles que ainda não<br />
se decidiram. Serão nove dias<br />
fantásticos. De 31 de outubro a<br />
9 de novembro de 2012. Vejam o<br />
resumo das atividades:<br />
31/10 - Chegada a Orlando e à<br />
noite jantar de boas vindas.<br />
01/11 - Dia livre com visitas a<br />
pro shops, shopping centers e visita<br />
a parques.<br />
02/11 - Treino livre até 36 buracos<br />
no New Course ou dia livre.<br />
03/11 - 1º dia de competição no<br />
New Course. Modalidade stableford.<br />
04/11 - Treino com premiação<br />
especial no Orange National<br />
County ou dia livre.<br />
05/11 - 2º dia de competição no<br />
South & East dentro do Gran<br />
Cypress. Modalidade Four Balls<br />
Stroke Play (duplas, melhor bola<br />
do buraco).<br />
06/11 - 3º dia de jogo no East &<br />
North. Modalidade Stroke Play.<br />
07/11 - Treino 18 buracos no<br />
Celebration ou dia livre (a confirmar).<br />
À noite, jantar de encerramento<br />
com show e sorteio de<br />
diversos brindes.<br />
08/11 - Dia livre para relaxar no<br />
resort, passear nos parques ou<br />
fazer compras.<br />
09/11 - Retorno a São Paulo.<br />
Nos dias livres - 1º e 8 de novembro<br />
- teremos opção de marcar<br />
tee time em outros campos<br />
como: Waldorf Astoria, Falcons<br />
Fire, Champions Gate e Ritz Carlton,<br />
(green fees à parte). Teremos<br />
várias opções de entretenimento<br />
para os golfistas e acompanhantes<br />
pagas à parte como parques,<br />
jogos de basquete do NBA, cassino<br />
em Tampa, sky adventure - túnel<br />
de vento que simula salto de<br />
para quedas - além de acompanhamento<br />
nas lojas para compras<br />
de equipamentos de golfe.<br />
Ainda teremos muitas outras<br />
surpresas ao longo destes meses.<br />
Então não perca mais tempo.<br />
Venha também participar do<br />
melhor torneio brasileiro de golfe<br />
feito no exterior. A APG espera<br />
uma delegação próxima de 200<br />
pessoas e conta com um mínimo<br />
de 100 jogadores.<br />
Mais informações:<br />
site: www.apg.org.br<br />
e-mail: contato@apg.org.br<br />
* Antonio Padula é vice-presidente da Associação Paulista de Golfe<br />
80
Tacada Cidadã<br />
VIRADA ESPORTIVA<br />
também teve golfe<br />
Por Rafael Jun Mabe *<br />
Foto: Divugação<br />
O<br />
golfe esteve representado,<br />
nos dias 30<br />
de junho e 1º de julho,<br />
na Virada Esportiva<br />
da cidade de São<br />
Paulo, realizada pela prefeitura<br />
municipal, através da Secretaria<br />
de Esportes, Lazer e Recreação.<br />
Considerado o maior evento esportivo<br />
ininterrupto do mundo, a<br />
Virada Esportiva foi realizada nas<br />
cinco regiões da cidade e reuniu<br />
cerca de três mil atividades de<br />
esporte, lazer e recreação, distribuídas<br />
em mais de mil pontos<br />
que receberam pessoas de todo<br />
o Brasil. O objetivo era estimular<br />
a prática da atividade física e a<br />
qualidade de vida da população,<br />
além de agir como uma importante<br />
ferramenta de mobilização<br />
social na construção e integração<br />
de uma sociedade livre, capaz de<br />
exercer sua plena cidadania.<br />
O programa Tacada Cidadã<br />
esteve no evento com atividades<br />
no Parque Praia do Sol, localizado<br />
na Avenida Atlântica (antiga<br />
Av. Robert Kennedy), altura do<br />
número 3.540, na zona sul da cidade.<br />
Durante os dois dias foram<br />
promovidas diversas atrações<br />
como apresentação do golfe, introdução<br />
sobre a origem do golfe<br />
no Brasil, principais termos, objetivos,<br />
vestimenta e dicas de comportamento<br />
em um campo, além<br />
de alongamento e aquecimento<br />
- indicados pela Clínica Deckers<br />
- e explicação e demonstração de<br />
alguns dos movimentos básicos<br />
do golfe: putter e chip. Para isso,<br />
foram criados banners que facilitaram<br />
a compreensão dos visitantes<br />
e ilustraram as informações.<br />
Para mostrar a vestimenta<br />
adequada em um campo de golfe,<br />
a Golfer disponibilizou um manequim<br />
masculino e um feminino.<br />
No sábado, foram realizadas<br />
atividades nos tapetes de putter,<br />
na golf cage e no inflável confeccionado<br />
para o treinamento de<br />
golfe. Para as crianças foi criada<br />
uma área para o contato inicial<br />
com o esporte através do SNAG -<br />
Starting New at Golf. No domingo,<br />
foram realizadas as mesmas<br />
atividades do sábado com o “reforço”<br />
do simulador de golfe da<br />
New Golf, que recebeu torneios<br />
de longest drive e nearest to the<br />
pin para os participantes que já<br />
conheciam o esporte. Para os<br />
iniciantes foram realizados torneios<br />
de putter em diversos momentos<br />
do dia.<br />
Durante o final de semana<br />
da Virada Esportiva, o Programa<br />
Tacada Cidadã apresentou o<br />
golfe para todos que visitaram<br />
o Parque Praia do Sol. Agradecemos<br />
a presença do Secretário<br />
de esportes, lazer e recreação de<br />
São Paulo Bebetto Haddad e de<br />
todos que prestigiaram o evento.<br />
Agradecemos também aos<br />
nossos apoiadores: Amigos do<br />
Tacada Cidadã, NK Assessoria<br />
Contábil e Fiscal Ltda, New Golf,<br />
Golfer, Clínica Deckers, SNAG,<br />
Catia Eventos, Clube ADC Eletropaulo<br />
e Associação Peixe Vivo.<br />
• Para mais informações sobre<br />
o Programa Tacada Cidadã, acesse<br />
o site www.tacadacidada.org<br />
* Rafael Jun Mabe é diretor do Instituto Vem Ser Sustentável, responsável pelo Programa<br />
Tacada Cidadã e arquiteto pós-graduado em gestão ambiental<br />
82
Golfe Nota 10<br />
Diversão em<br />
PRIMEIRO LUGAR<br />
Por David Oka *<br />
A<br />
cada ano que passa<br />
mais cedo as crianças<br />
começam a praticar<br />
esportes. Paralelamente,<br />
a longevidade<br />
se torna cada vez maior. Afinal,<br />
qual a idade mais adequada para se<br />
iniciar em uma modalidade?<br />
Deslumbrados com os altos<br />
salários, prêmios e uma possibilidade<br />
de carreira de sucesso e<br />
glórias, os pais cada dia iniciam<br />
seus filhos mais cedo. Tem crianças<br />
de dois anos já praticando,<br />
enquanto as de 4 a 5 já estão até<br />
recebendo cobranças por melhores<br />
rendimentos como se fossem<br />
adolescentes ou mesmo adultos.<br />
Os pais não entendem que,<br />
primeiro elas têm que ser crianças<br />
e aproveitar ao máximo cada<br />
fase da vida. Cortar caminho<br />
pulando etapas, sobretudo com<br />
excesso de cobrança, só vai criar<br />
uma pessoa tensa com muitas<br />
das doenças da modernidade e<br />
que provavelmente terá uma carreira<br />
muito curta, pois vai se esgotar<br />
rapidamente com o esporte.<br />
Temos que deixá-los livres<br />
para se divertirem. Eles precisam<br />
criar gosto por jogar e não<br />
praticar por obrigação. Hoje em<br />
dia vivemos muito mais do que<br />
há 20 anos e as crianças de hoje<br />
viverão muito mais e terão uma<br />
vida produtiva muito maior.<br />
Fisicamente o corpo está em<br />
formação até os sete anos. Desta<br />
forma não devemos exigir treinamentos<br />
pesados das crianças,<br />
pois isto poderá provocar sérias<br />
lesões em um curto prazo e até<br />
inutilizar o futuro atleta para o<br />
esporte. Cultua-se demais as academias<br />
e toda preparação física,<br />
mas isto é para quando o corpo<br />
estiver formado e preparado.<br />
Temos que deixar as nossas<br />
crianças serem crianças e curtir<br />
muito esta fase. Não podemos jogar<br />
nas costas delas a obrigação<br />
de se tornarem campeões ou exigirmos<br />
que elas vençam os torneios<br />
a todo custo. Os pais estão<br />
exagerando nas cobranças e nas<br />
expectativas com relação aos filhos<br />
e ao seu futuro no esporte.<br />
Vamos deixá-los jogar, correr após<br />
o jogo e brincar com os amigos.<br />
Nos só temos que educá-los<br />
com os princípios do golfe e eles<br />
serão grandes pessoas com um<br />
futuro promissor e saudável.<br />
Sem dúvida, este esporte nos<br />
prepara para a vida, mas é necessário<br />
que existam limites.<br />
Foto: Divugação<br />
* David Oka é árbitro de golfe e diretor do projeto Golfe Nota 10, da Federação Paulista<br />
de Golfe (www.golfenota10.com.br)<br />
84
Preparação Física<br />
Treinamento funcional<br />
AVANÇADO DE EQUILÍBRIO<br />
Manter-se plenamente equilibrado é um dos pontos-chave para o<br />
swing. Algumas técnicas podem ajudar na criação de uma educação<br />
corporal que fará toda a diferença na hora da tacada e evitará<br />
situações desconfortáveis<br />
Por Africa Madueño Alarcón *<br />
Todos sabem como<br />
é frustrante realizar<br />
um swing e se<br />
sentir em desequilíbrio.<br />
Alguns jogadores<br />
dão um passo à frente,<br />
outros atrás e outros sentem<br />
seu peso se deslocar para a<br />
ponta dos pés, mas conseguem<br />
controlar o desequilíbrio sem<br />
perder a classe e a compostura.<br />
Além de afetar a trajetória<br />
da bola e provocar diversos defeitos<br />
de swing, a falta de equilíbrio<br />
interfere muito na parte<br />
psicológica do jogador, fazendo<br />
com que ele tente firmar mais<br />
a base, o que acaba resultando<br />
em um swing conservador, com<br />
pouca mobilidade e amplitude<br />
de backswing.<br />
O treinamento funcional,<br />
muito falado nos últimos anos,<br />
vem para substituir os exercícios<br />
uniarticulares e de musculaturas<br />
isoladas. O método considera que<br />
nossos movimentos do dia-a-dia e<br />
86
nos esportes são multiarticulares,<br />
fluidos e em vários planos. Sentar,<br />
se levantar, agachar, pular, correr,<br />
todos são combinações coordenadas<br />
de movimentos multiarticulares.<br />
No swing a combinação de<br />
estabilidade de tronco, rotação e<br />
movimentos de braços com base<br />
sólida requer um treino que simule<br />
as diferentes habilidades e situações<br />
que o jogo exige.<br />
No campo é comum ter que<br />
realizar o swing em terrenos instáveis<br />
como a banca de areia, na<br />
subida ou na descida. Por isso,<br />
fazer exercícios numa superfície<br />
plana e estável não vai cobrir as<br />
habilidades que o jogo requer.<br />
Tentando imitar as diferentes situações<br />
em campo, capacitamos<br />
o corpo a performar de maneira<br />
consistente não importando o<br />
terreno ou seu posicionamento.<br />
A variação de situações que<br />
exigem fazer o swing com consistência<br />
é justificativa suficiente<br />
para o treino em base instável.<br />
Se a isso somarmos os benefícios<br />
que o treino funcional proporciona,<br />
como aumento de força de<br />
pernas, centro e maior consistência<br />
na tacada, acredito que convenço<br />
você a experimentar.<br />
O treino funcional olha além<br />
dos músculos envolvidos na atividade.<br />
Ele visa a coordenação<br />
entre eles para gerar movimentos<br />
eficientes. O uso de materiais<br />
como a bola, meia bola, plataformas<br />
de equilíbrio e elásticos,<br />
proporciona a realização de exercícios<br />
nos quais são trabalhadas<br />
habilidades e não movimentos<br />
isolados. Estes aparelhos exigem<br />
controle dos músculos posturais<br />
em qualquer situação.<br />
Se você duvida que estar sentado<br />
na bola trabalha o centro,<br />
faça o teste: experimente ficar<br />
sentado com boa postura por 20<br />
minutos vendo TV ou trabalhando<br />
no computador. No dia seguinte<br />
seu abdômen e seus músculos<br />
das costas vão estar doloridos<br />
indicando que um trabalho substancial<br />
foi realizado. Fazer exercícios<br />
em cima da bola vai oferecer<br />
diversos estímulos aos músculos<br />
do centro e das pernas, já que<br />
para manter o equilíbrio, seja<br />
sentado, deitado ou de joelhos<br />
na bola, seus músculos precisam<br />
fazer inúmeras pequenas contrações<br />
para ajustar a postura. Portanto,<br />
se na sua academia tiver<br />
bola ou BOSU, experimente fazer<br />
seus exercícios regulares neles,<br />
assim você trabalhará seu corpo<br />
de maneira mais completa.<br />
Realizar os exercícios em<br />
base instável, além de trabalhar<br />
a postura, vai te fazer perceber<br />
a necessidade de se concentrar<br />
na tarefa e realizar o exercício<br />
com mais qualidade. Os benefícios<br />
destes exercícios são muito<br />
maiores do que a realização de<br />
movimentos simples em bases<br />
estáveis como um banco ou no<br />
chão. Mas atenção, somente use<br />
estes aparelhos se tiver confiança<br />
e habilidade na tarefa.<br />
Sugestões de exercícios:<br />
1. De joelhos na bola com rotação<br />
1a 1b 1c<br />
Objetivo: Força de pernas e centro, rotação de tronco, equilíbrio e<br />
coordenação<br />
- Apoiando as mãos e joelhos sobre a bola, devagar, transfira o<br />
peso para cima dela e, aos poucos, retire as mãos. Mantenha a<br />
coluna ereta e tente manter o equilíbrio (fig. 1a). Inspire e faça<br />
uma rotação de tronco para a direita (fig. 1b), expire voltando à<br />
posição inicial. Repita do outro lado (fig. 1c).<br />
87
2. Quatro apoios na bola com extensão de perna<br />
2a<br />
2b<br />
2c<br />
Objetivo: Força de centro, equilíbrio e coordenação<br />
- Com a bola bem colada nas pernas, apoie as mãos sobre ela e, aos poucos, transfira seu peso<br />
para cima (fig. 2a). Mantenha a coluna neutra. Inspire e eleve a perna direita estendida (fig. 2b).<br />
Repita do outro lado (fig. 2c).<br />
3. Elevação de joelho com rotação<br />
3a 3b 3c<br />
Objetivo: Coordenação, força de centro e rotação de coluna<br />
- Sentado no topo da bola com a coluna neutra, eleve os braços na lateral (fig. 3a). Lentamente, eleve<br />
o joelho direito e faça uma rotação de tronco para a direita (fig. 3b). Retorne à posição inicial e repita<br />
para o outro lado elevando a perna esquerda (fig. 3c). Faça este exercício 5 vezes de cada lado.<br />
88
4. Arremesso swing na BOSU ®<br />
4a<br />
4b<br />
4c<br />
Fotos: Divulgação<br />
Objetivo: Transferência de peso, postura, potência da tacada, coordenação e bilateralidade do swing<br />
- De pé na BOSU®, segure uma bola na posição de stance (fig. 4a). Realize o backswing (fig. 4b) e,<br />
na hora do “impacto”, arremesse a bola para um companheiro, mantendo o equilíbrio (fig. 4c).<br />
Repita 10 vezes de cada lado.<br />
O treinamento de equilíbrio<br />
funcional para o golfe é fundamental<br />
em qualquer idade e<br />
nível de habilidade. Entre os benefícios<br />
que a atividade proporciona<br />
estão:<br />
• Desenvolvimento da sensação de<br />
estabilidade no stance e maior conexão<br />
e consciência do peso nas plantas<br />
dos pés;<br />
• Plano de swing mais consistente;<br />
• Fortalece o centro do corpo, o que<br />
ajuda na estabilidade e potência da<br />
tacada;<br />
• Evita desvios como o pivô reverso e<br />
a perda de postura;<br />
• Ajuda na concentração e foco no<br />
próprio corpo.<br />
O treino proposto neste mês é<br />
para jogadores com boa capacidade<br />
física e equilíbrio. Ele pode ser<br />
executado por homens, mulheres<br />
e juvenis, mas deve ser feito com<br />
cuidado e gradualmente para evitar<br />
acidentes. Você vai comprovar<br />
que os exercícios são, ao mesmo<br />
tempo, desafiadores e divertidos<br />
e que, sem perceber, você vai ganhar<br />
consciência corporal e qualidade<br />
na realização do swing.<br />
* Africa Madueño Alarcón é formada em Educação Física (USP), especializada em treinamento<br />
físico para golfe pela Hole in One Pilates for Golf USA e certificada Personal<br />
Trainer pelo American College of Sports and Medicine. Email: africa@golfepilates.com<br />
89
Equipamentos<br />
São Bento Golfe<br />
Rua Mateus Grou, 152<br />
São Paulo - SP<br />
www.saobentogolfe.com.br<br />
Tel.: (11) 3086-3117<br />
1<br />
1. Sapato<br />
Oakley Cipher<br />
Extremamente macio<br />
e confortável, é o<br />
sapato de golfe mais<br />
leve no mercado, com<br />
aproximadamente 260<br />
gramas.<br />
Preço: R$ 399,99<br />
2. Bolsa<br />
Bridgestone<br />
Stand Bag<br />
Preço: R$ 799,00<br />
2<br />
90
4<br />
Tacos Tour Edge<br />
Bazooka HT Max-D<br />
Dê um novo nível ao seu jogo<br />
com as madeiras e o torne mais<br />
fácil com os novos híbridos<br />
da Tour Edge. A qualidade dos<br />
famosos tacos Bazooka. Fáceis<br />
de bater, com grande distância<br />
e controle e o máximo de<br />
forgiveness.<br />
3. Madeira<br />
Preço: R$ 625,00<br />
4. Ferros<br />
Preço sob consulta<br />
3<br />
5<br />
6<br />
5. Driver<br />
Preço: R$ 790,00<br />
6. Híbridos<br />
Preço: R$ 510,00<br />
7. Bolas Zero Friction ZF312<br />
Maciez na rolagem e distância nas tacadas longas<br />
Preço: R$ 112,00<br />
7<br />
Tacos Exotics<br />
Para profissionais que buscam<br />
putters perfeitos e exigem o<br />
máximo de seu equipamento.<br />
9<br />
8. Ferros<br />
Preço sob consulta<br />
9. Putters<br />
Preço: R$ 890,00<br />
8<br />
91
10. Spikes Champs Metal<br />
Modelo clássico<br />
Preço: R$ 4,50 (unidade)<br />
11. Spikes Champs<br />
FootJoy e Stinger. Pacotes com 18<br />
unidades. Várias opções de cores.<br />
Preço: R$ 41,50<br />
12. Tees Champs Colors<br />
10<br />
Previsão de chegada: Setembro/12<br />
Preço sob consulta<br />
Tudo em até 3 vezes no cartão de crédito<br />
11<br />
12<br />
92
500 FLY<br />
360
Equipamentos<br />
Brasil Golf ® (SPGC)<br />
Golf Shop (CPG)<br />
Rua Deputado João Bravo<br />
Caldeira, 273<br />
São Paulo – SP<br />
Tel.: (11) 3884-6411<br />
2307-6411<br />
Messenger Bag<br />
1<br />
1. Bolsas Titleist<br />
Suas bolas de jogo usadas<br />
provavelmente estão em melhor<br />
estado do que as de muitos driving<br />
ranges. O Shag Bag da Titleist pode<br />
ser a solução para estes casos. Você<br />
pode guardá-las e usá-las com a ajuda<br />
de um bom caddy.<br />
Preço: R$ 395,00<br />
2. Cart Bags<br />
A verdadeira Cart Bag, projetada com<br />
topo invertido incorporando o super<br />
popular sistema de 14 divisões e tubo<br />
externo para o putter.<br />
Preço: R$ 798,00<br />
3. Para viagens<br />
Leve tudo aquilo que você não sente<br />
segurança em despachar no check-in<br />
ou que você precisa levar com você<br />
todos os dias.<br />
Preço: R$ 449,00 (Messenger Bag)<br />
Preço: R$ 494,00 (Briefcase)<br />
3<br />
4. Stand Bags<br />
4<br />
Leve, com características que<br />
asseguram desempenho e<br />
durabilidade, alça com quatro tiras<br />
ajustáveis, cobertura com zíper na<br />
mesma cor, seis divisões para tacos<br />
e três integrais até o fundo da bolsa.<br />
Preço: R$ 745,00<br />
2<br />
94
Bolas Titleist<br />
5. DT Solo<br />
Compressão de feel<br />
excepcionalmente macio com<br />
longa distância.<br />
Preço: R$ 99,00<br />
6. Velocity<br />
Mínimo spin e núcleo de<br />
alta velocidade produzem<br />
excepcional distância.<br />
Preço: R$ 134,00<br />
7. Pro V1<br />
Melhor desempenho para<br />
golfistas focados em reduzir<br />
score. Feel muito macio.<br />
Preço: R$ 220,00<br />
5<br />
6<br />
Ferros<br />
8. Titleist 712 AP1<br />
São ferros de alta performance,<br />
que perdoam mais nas tacadas<br />
fora de centro. Proporcionam<br />
sensação de solidez extrema e<br />
visual atraente para jogadores<br />
iniciantes e habilidosos.<br />
Preço: R$ 2.600,00 (Aço)<br />
R$ 2.970,00 (Grafite)<br />
9. Titleist 712 AP12<br />
O 712 AP2 é composto por<br />
lâminas tecnicamente<br />
avançadas com maior<br />
tolerância a tacadas fora<br />
de centro. Ultraflexíveis,<br />
permitem trabalhar a bola com<br />
máximo controle. Incorpora<br />
comprimento de lâmina e<br />
largura de sola tradicionais,<br />
com mais eficiente distribuição<br />
de peso devido ao design<br />
multicomponente.<br />
Preço: R$ 3.490,00 (Aço)<br />
R$ 3,995.00 (Grafite)<br />
7<br />
8 9<br />
95
10<br />
10. Luva FootJoy<br />
Modelo SPIDR2. Máximo em grip<br />
e estilo, com tato semelhante ao<br />
das luvas de competição.<br />
Preço: R$ 75,00<br />
11. Meias FootJoy<br />
Aproveite o especial de meias<br />
FootJoy na Golfshop e na Brasil<br />
Golf. Mantenha seus pés secos e<br />
confortáveis.<br />
Preço promocional*:<br />
De R$35,00 por R$30,00 ou<br />
compre dois pares por R$60,00<br />
e leve o terceiro.<br />
*Oferta válida para os modelos<br />
mostrados. Descontos não aplicáveis em<br />
conjunto com outras promoções.<br />
11<br />
96
Segredos dos Campos<br />
ESTRATÉGIA<br />
EM MEIO À NATUREZA<br />
Lagos com as<br />
duck houses<br />
habitadas por<br />
patos nativos<br />
A preservação ao meio-ambiente se destaca no Wetlands Golf Course,<br />
mas os desafios aos golfistas também se fazem muito presentes neste que<br />
é um dos treze campos do Audubon Golf Trail<br />
Por Claudio Golombek *<br />
A<br />
“National Audubon<br />
Society” é uma entidade<br />
não governamental,<br />
cujo foco<br />
é a preservação da<br />
vida selvagem, principalmente<br />
aves. Fundada no final do século<br />
XIX, não se trata de uma associação<br />
radical, que tenta bloquear<br />
qualquer tipo de atividade tida<br />
como danosa ao meio ambiente.<br />
Ao contrário, esforça-se em integrar<br />
as diversas atividades humanas<br />
ao tema ecológico.<br />
Tendo iniciado com foco em<br />
pássaros - John Audubon era<br />
um explorador e artista que desenhava<br />
esses animais - reconhece<br />
em campos de golfe um<br />
Oasis de vida animal em meio<br />
à caótica atividade urbana, que<br />
tem expulsado diversas espécies<br />
desse meio.<br />
O estado da Louisiana, no sul<br />
dos Estados Unidos, criou, junto<br />
à Audubon Society, a Audubon<br />
Golf Trail, que congrega treze<br />
campos certificados por aquela<br />
sociedade. O que mais impressiona<br />
é a beleza que os aspectos<br />
98
Lebre<br />
Camundongo<br />
naturais preservados, ou até<br />
criados, emprestam ao campo.<br />
Tivemos a honra de visitar um<br />
desses campos, o Wetlands Golf<br />
Course, localizado na charmosa<br />
cidade de Lafayette, de forte herança<br />
cultural francesa, onde as<br />
famílias podem optar por colocar<br />
seus filhos em escolas públicas<br />
nas quais o francês é a língua utilizada<br />
no ensino geral.<br />
A cozinha, então, nem se<br />
fala. Maravilhosa! Uma mistura<br />
de cultivo de vida aquática do<br />
pântano com a sabedoria gastronômica<br />
francesa. Com leves<br />
toques espanhóis e caribenhos,<br />
alcança-se uma mistura cultural<br />
única no mundo. Isso sem se falar<br />
das enormes plantation houses,<br />
algumas muito bem preservadas,<br />
que adicionam o aspecto<br />
histórico da exploração agrícola<br />
desde o século XVIII.<br />
Buraco 16<br />
Desafios em campo<br />
Difícil escolher um buraco em<br />
meio a tantos ótimos desafios<br />
oferecidos pelo The Wetlands<br />
Golf Course. Liderado pelo profissional<br />
do PGA, David Gary, o<br />
campo de par 72 caminha em<br />
meio a lagos construídos e reformados<br />
para abrigar vida selvagem<br />
(inclusive golfistas) de<br />
diversos tipos, desde jacarés até<br />
falcões de asa roxa.<br />
Com 175 jardas a partir do tee<br />
dos pros, o buraco 16 oferece um<br />
belo desafio em vários níveis. O<br />
trabalho do brilhante arquiteto de<br />
campos de golfe, Frank Burandt,<br />
também no green, aumenta o aspecto<br />
estratégico, já inerente ao<br />
desenho do buraco.<br />
Uma bandeira colocada à esquerda<br />
do green, curta, coloca<br />
em jogo, não apenas o lago, mas<br />
também a banca. Além disso,<br />
essa posição de bandeira, e praticamente<br />
todo o lado esquerdo<br />
do green, são protegidos pela<br />
banca. Isso também vale para<br />
aqueles mais cautelosos, que<br />
preferem o caminho seguro do<br />
fairway à direita e curto para o<br />
green (linha vermelha na figura<br />
ao lado), cerca de 145 jardas posteriormente<br />
adicionadas a 55 jardas<br />
para o approach.<br />
Já o lado direito do green é<br />
quase que totalmente protegido<br />
pela banca, mas beneficia quem<br />
escolhe o caminho mais conservador.<br />
Obviamente as distâncias<br />
são mais tranquilas para os tees<br />
dourados (150), azuis (128), brancos<br />
(120) e vermelhos (95).<br />
Esse buraco é todo cercado<br />
por áreas naturais e foi ali que<br />
encontramos com residentes<br />
não golfistas, o camundongo, patos<br />
e a lebre. Obviamente aonde<br />
há camundongos há cobras. Não<br />
conseguimos fotografar a famosa<br />
Water Moccasin, que se alimenta<br />
dos roedores, mas o Terry<br />
Boudreaux, um simpático senhor<br />
aposentado que trabalha ali como<br />
Marshall, já testemunhou alguns<br />
“jantares” daquele réptil.<br />
99
Buraco 18<br />
Fotos: Divulgação<br />
Voltando ao golfe, outro buraco<br />
muito interessante e desafiador<br />
é o 18. Robert Trent Jones e<br />
outros bons arquitetos advogam<br />
que um bom buraco deve parecer<br />
mais difícil do que realmente<br />
é. É o chamado efeito psicológico<br />
de intimidação pelo qual muitos<br />
arquitetos de campos de golfe<br />
são tão “amados”.<br />
O 18 no The Wetlands, visto a<br />
partir do tee, parece um buraco<br />
impossível. O lago ameaçador à<br />
direita e os morros com três bancas<br />
à esquerda indicam a necessidade<br />
de um drive longo e bem<br />
colocado, coisa que só poucos<br />
golfistas possuem a habilidade<br />
de fazer.<br />
Na verdade uma tacada curta<br />
e bem colocada a partir do tee,<br />
abre a possibilidade para um<br />
bom score, já que o buraco não<br />
é longo (345 jardas a partir dos<br />
tees brancos) e, apesar do green<br />
protegido pelo lago, há grande<br />
margem para erro, que não é<br />
óbvio para quem não é jogador<br />
da casa. Do tee das damas, bastam<br />
duas tacadas de 140 jardas<br />
e abre-se a oportunidade para<br />
um “birdie”. Também há sempre<br />
a possibilidade de ir-se “empurrando”<br />
a bola pelo lado esquerdo<br />
até atingir-se o green. Mesmo<br />
essa rota ainda permite fazer um<br />
par, ainda que exigindo habilidades<br />
mais apuradas no jogo curto.<br />
Mais do Wetlands<br />
Como os melhores campos,<br />
esse é um “cluster” course, sem<br />
estruturas urbanas entremeadas,<br />
o que reduz muito o risco<br />
de incidentes e dá ao golfista<br />
a prazerosa sensação de estar<br />
realmente no meio do mato. O<br />
campo permite jogo a pé, o que<br />
não é difícil já que o relevo é<br />
muito suave, mas oferece todas<br />
as amenidades desejadas pelos<br />
golfistas mais exigentes. Era<br />
parte do LPGA Futures Tour, que<br />
aparentemente não existe mais<br />
na Louisiana.<br />
Inaugurado em abril de 2006,<br />
como explica Clyde Lemaire,<br />
gerente administrativo, o campo<br />
oferece descontos a seniores<br />
(maiores de 62 anos) com green<br />
fees que variam entre 27 e 38 dólares,<br />
dependendo da hora, dia<br />
da semana e idade. O aluguel opcional<br />
do carrinho sai por 16 dólares.<br />
O município de Lafayette é<br />
o dono do campo, que fatura cerca<br />
de 1,5 milhão de dólares anualmente,<br />
cobrindo suas despesas<br />
e ainda sobrando quase metade<br />
para reformas ou capitalização.<br />
Com um belo driving range e<br />
uma boa área para treino de jogo<br />
curto, David Gary (PGA) oferece<br />
aulas a 60 dólares/hora, mais<br />
análise via vídeo software. Enfim,<br />
pacote completo para quem<br />
quiser conhecer uma zona linda<br />
dos Estados Unidos, ainda pouco<br />
explorada por brasileiros.<br />
* Claudio H. Golombek, da Golombek Golf Design, é arquiteto de campos de golfe<br />
(www.golombekdesign.com.br)<br />
100
Mundo das Bebidas<br />
Cafés especiais<br />
para um público exigente<br />
O consumidor<br />
brasileiro não aceita<br />
qualquer café e vem<br />
sendo conquistado<br />
pelos grãos cultivados<br />
no sul de Minas, uma<br />
região privilegiada<br />
em função das<br />
condições climáticas e<br />
geográficas<br />
Vamos tomar um<br />
café? No Brasil, esse<br />
convite é feito diariamente<br />
em qualquer<br />
ambiente; em<br />
casa, para um encontro informal<br />
com amigos ou com parceiros de<br />
negócios, para aquela pausa no<br />
trabalho, enfim, os brasileiros<br />
não vivem sem seu cafezinho e,<br />
como bons entendedores do assunto,<br />
também têm o paladar<br />
apurado para saber definir o que<br />
é bom e o que não é e escolher o<br />
que mais lhe agrada.<br />
Claro que cada consumidor<br />
tem um gosto, mas a qualidade<br />
do produto de uma forma geral<br />
também começa pelo local onde<br />
ele é cultivado. Neste cenário,<br />
se sabe que a cultura do café no
Fotos: Sílvio Leossi<br />
Brasil andou por todos os cantos,<br />
em muitos Estados, entre<br />
eles São Paulo e Paraná, mas foi<br />
no sul de Minas que ele se fixou<br />
e ganhou fama. Em função de<br />
características geográficas e climáticas<br />
favoráveis, o plantio na<br />
região faz prevalecer o que há<br />
de bom no fruto, caracterizando<br />
uma boa bebida.<br />
Entre os exemplos de sucesso<br />
na produção de um café de qualidade<br />
no sul de Minas está o da<br />
Fazenda Mantissa, uma bebida<br />
doce por natureza, com características<br />
próprias. A fazenda<br />
é uma propriedade localizada<br />
entre as cidades de Campestre<br />
e Poço Fundo, em uma altitude<br />
de 1.260 metros, com sol intenso<br />
de dia e frio à noite, clima ideal<br />
para o plantio.<br />
A relação com a questão da<br />
preservação ambiental é outra<br />
preocupação na produção de<br />
café na Fazenda Mantissa. Há<br />
um manejo da cultura de modo<br />
sustentável para se obter o resultado<br />
dentro dos padrões de cafés<br />
especiais, característica garantida<br />
pelo da BSCA (Brazil Specilaty<br />
Coffee Association), órgão internacional<br />
certificador de cafés<br />
especiais.<br />
O sucesso da cultura do Café<br />
Fazenda Mantissa deve-se, entre<br />
outros, ao investimento na<br />
qualidade do grão, manejo adequado<br />
e correto em todo o período<br />
do ano e uma colheita de<br />
forma artesanal. A doçura e o<br />
sabor levemente achocolatado<br />
são garantidos por se tratar de<br />
uma região alta.<br />
Para o consumidor final, que<br />
entende de café, mas não é especialista<br />
nas questões técnicas,<br />
essas informações não importam<br />
tanto, mas ajudam a entender<br />
porque o café do sul de<br />
Minas vem sendo cada vez mais<br />
aceito em meio a um público tão<br />
exigente, como o brasileiro.
New Golf Cervejas<br />
OS MONGES<br />
e as cervejas belgas<br />
A tradição histórica de sua fabricação dentro das Abadias com a<br />
participação dos monges, aliada à grande qualidade das matérias-primas<br />
utilizadas ajuda a explicar o sucesso das cervejas belgas<br />
Por Gustavo Sanches *<br />
A<br />
longa história das<br />
cervejas é escrita há<br />
milhares de anos,<br />
desde os sumérios<br />
e babilônios, passando<br />
por Roma e Grécia e sendo<br />
muito consumida em sua forma<br />
original - fermentação espontânea<br />
e sem filtragem - juntamente<br />
aos vinhos que também orbitavam<br />
estas sociedades. Após a<br />
queda do império romano, a igreja<br />
assumiu o controle da terra e<br />
os monges se interessaram cada<br />
vez mais por cervejas (também<br />
vista na época como pão líquido<br />
- ótima desculpa para consumir a<br />
bebida sem culpa) e por sua produção.<br />
Começava ali a história<br />
das notórias cervejas produzidas<br />
por monges, dentro das Abadias.<br />
104
Com o passar dos anos, lá<br />
pelo século XIV, a cerveja se fortaleceu<br />
muito, pois o processo de<br />
fermentação durante a produção<br />
eliminava todas as bactérias que<br />
na época estavam presentes nas<br />
fontes de água potável, transformando-a<br />
em uma bebida segura,<br />
100% saudável.<br />
Séculos se passaram e as Abadias<br />
belgas têm atualmente um<br />
selo próprio de denominação de<br />
origem (Bière ‘Belge D’Abbaye Reconnue)<br />
e transformaram-se em<br />
sinônimo de qualidade e tradição.<br />
Claro que hoje em dia há um<br />
fator de marketing ligado a tudo<br />
isto. Dificilmente as cervejas são<br />
fabricadas dentro das Abadias<br />
como antigamente, mas sim em<br />
cervejarias próximas e licenciadas<br />
pelos monges para produzirem<br />
em maior escala. Sim, os<br />
monges também precisam de<br />
receitas para manter toda a estrutura<br />
de sua cultura e religião.<br />
Porém, o cuidado na produção e<br />
na seleção de ingredientes ainda<br />
é feito de forma muito seletiva,<br />
sob a supervisão dos monges.<br />
Por ouro lado, apenas história<br />
e tradição não explicam o grande<br />
sucesso de consumo das cervejas<br />
belgas ao redor do mundo. A<br />
qualidade das matérias-primas<br />
foi e ainda é primordial no resultado<br />
final das cervejas de Abadia.<br />
A Bélgica pertence ao “cinturão<br />
Beer” (expressão minha), que inclui<br />
também em destaque regiões<br />
do Reino Unido, Holanda, Alemanha<br />
e norte da França, países em<br />
que as condições climáticas e da<br />
natureza do solo são particularmente<br />
favoráveis para a cultura<br />
de diferentes cereais. O componente<br />
primário de cerveja, a água,<br />
é fornecido pelas inúmeras fontes<br />
minerais disponíveis na Bélgica.<br />
A diversidade na composição das<br />
águas minerais explica em parte a<br />
grande variedade de cervejas produzidas<br />
nestas regiões. Além disso,<br />
em algumas partes da Bélgica,<br />
o próprio ar fornece diretamente<br />
as leveduras selvagens que têm<br />
sido usadas desde a antiguidade<br />
para produzir cervejas de fermentação<br />
espontânea.<br />
Transformando toda esta história<br />
em cerveja, podemos dizer<br />
que são vários os tipos produzidos<br />
nas Abadias (ou sob sua licença),<br />
que se dividem entre as<br />
claras e escuras e com diferentes<br />
tipos de “potência” em termos de<br />
maltes, álcool, etc. As mais conhecidas<br />
são as Blonde, Dubbel<br />
e Tripel, com refermentação na<br />
própria garrafa.<br />
Sugestões<br />
Nesta edição, mostramos ótimas<br />
representantes destes estilos<br />
e que carregam consigo séculos<br />
de tradição. São elas: Floreffe<br />
Dubbel, Floreffe Tripel, Ramèe<br />
Blonde e Ramèe Ambrée.<br />
>> Como comprar:<br />
Envie um e-mail para contato@newgolf.com.br com o assunto<br />
“Cerveja Especial” e retornaremos com as informações completas.<br />
Fotos: Divulgação<br />
* Gustavo Sanches é sócio-diretor da On Trade, importadora e distribuidora de<br />
bebidas especiais. Para mais informações, acesse www.otd.com.br<br />
105
Coluna Lapenta & Silva Seguros<br />
SEGUROS RESIDENCIAIS<br />
com um toque de golfe<br />
Por Nivaldo dos Santos *<br />
Ainda pouco contratado<br />
no Brasil, o seguro<br />
residencial como<br />
um todo é um<br />
segmento promissor<br />
para os próximos anos por<br />
conta do crescimento da economia,<br />
do mercado imobiliário e do<br />
poder aquisitivo da população em<br />
geral. Seu custo médio é acessível,<br />
bem inferior ao custo do seguro<br />
de um automóvel médio. O prêmio<br />
é proporcional à abrangência<br />
da cobertura, ao risco inerente do<br />
tipo de imóvel e à sua localização.<br />
Na prática, quem segura a residência<br />
está protegendo-a contra<br />
possíveis incêndios, queda de<br />
raios e explosões, roubos e furtos<br />
com vestígios, danos elétricos,<br />
alagamentos, e passa a contar<br />
com diferentes serviços de assistência<br />
24 horas. O seguro pode<br />
cobrir os equipamentos de informática,<br />
vidros e espelhos, joias,<br />
obras de arte e paisagismo, entre<br />
outros. Com o aumento no número<br />
de pessoas que trabalham em<br />
casa, em esquema home office, já<br />
existe cobertura específica para o<br />
seguro do escritório em residência,<br />
inclusive com proteção contra<br />
possíveis roubos a equipamentos.<br />
Na esfera da responsabilidade<br />
civil familiar também é possível<br />
se precaver quanto às reparações<br />
por danos involuntários<br />
corporais ou materiais causados<br />
a terceiros, tanto pelo segurado<br />
como pelo cônjuge, dependentes,<br />
empregados e animais domésticos,<br />
assim como acidentes<br />
relacionados à existência, uso e<br />
conservação do imóvel durante a<br />
vigência do contrato.<br />
No golfe, dentro do seguro<br />
residencial, também existem<br />
coberturas para tacos de golfe<br />
e para o hole in one, esta última<br />
garantindo reembolso das<br />
despesas do segurado comprovadas<br />
através de nota fiscal e<br />
c e r t i fi c a d o .<br />
Escolher um corretor de<br />
confiança é fundamental para<br />
qualquer contratação, pois é<br />
ele quem ficará responsável<br />
por prestar todo o suporte necessário.<br />
Na hora de escolher<br />
a seguradora, é importante a<br />
pessoa certificar-se de que a<br />
companhia possui a devida autorização<br />
para funcionamento<br />
na Susep (Superintendência de<br />
Seguros Privados), órgão que<br />
fiscaliza as operações de seguros.<br />
O segurado também deve<br />
certificar-se sobre a boa saúde<br />
financeira da empresa e se ela<br />
possui um índice elevado de reclamações<br />
junto aos órgãos de<br />
defesa do consumidor e de fiscalização.<br />
Foto: Divulgação<br />
* Nivaldo dos Santos é gestor da unidade de produtos compreensivos da Yasuda Seguros.<br />
106
Faça parte também do grupo de clientes antendidos pela<br />
Lapenta & Silva Corretora de Seguros<br />
Anderson Celestino<br />
Seguro Auto<br />
Carlos Batista<br />
Seguro Residencial<br />
Empresarial e Vida<br />
Andrea Amorim<br />
Seguro Fiança<br />
Átila Dantas Lima<br />
Seguro Auto<br />
Empresarial e Vida<br />
Gabriela Perez Gaspar<br />
Produtos Apple<br />
Mário Batista<br />
Seguro Auto<br />
Paulo Miranda<br />
Seguro Auto<br />
Marcela Bueno<br />
Produto Residencial<br />
Camilo<br />
Seguro Auto<br />
Empresarial e Vida<br />
Empresarial e Vida<br />
Eduardo Munhoz<br />
Produtos Apple<br />
Lilian Toledo<br />
Seguro Auto<br />
Paulo Henrique<br />
Seguro Auto<br />
107<br />
Coluna Seguros.indd 107 06/09/12 14:14
New Golf Woman<br />
Projetos e execuções<br />
de Enzo Sobocinski,<br />
com a colaboração<br />
de Leandro Cerny<br />
A ILUMINAÇÃO<br />
a serviço do ambiente<br />
Arquitetura<br />
As diversas alternativas de<br />
combinações de luzes, lâmpadas<br />
e cores são recursos que hoje<br />
permitem a transformação de todo<br />
um ambiente, podendo gerar efeitos<br />
que o tornem mais aconchegante<br />
Por Enzo Sobocinski *<br />
Iluminação é um item essencial nos<br />
espaços internos contemporâneos.<br />
Há apenas algumas décadas, a iluminação<br />
residencial se resumia a<br />
peças presas ao centro do teto, que<br />
geravam uma distribuição uniforme de<br />
luz por todo o ambiente. Com a evolução<br />
tecnológica, as lâmpadas foram se<br />
transformando e se diversificando, de<br />
modo a proporcionar inúmeros efeitos<br />
que, se aplicados corretamente, contribuem<br />
para dar equilíbrio, conforto e<br />
eficiência, criando cenários especiais.<br />
Tudo isso em conjunto é o que chamamos<br />
de luminotécnica.<br />
108
Quando o ambiente permite<br />
a colocação de forro de gesso,<br />
há maior facilidade para serem<br />
instalados os diversos tipos de<br />
lâmpadas, bem como a criação<br />
de recortes, sancas e cortineiros<br />
iluminados, o que possibilita o<br />
surgimento de cenários, deixando<br />
o espaço mais acolhedor e<br />
aconchegante. Os cenários nada<br />
mais são do que a combinação<br />
de alguns focos de luz direta ou<br />
indireta, que podem ser acionados<br />
separadamente, através dos<br />
circuitos (as teclas, chamadas<br />
de interruptores, que acendem<br />
determinadas lâmpadas em conjunto<br />
ou não).<br />
Basicamente, a iluminação<br />
direta é a que produz um foco<br />
pontual, o qual fornece o tipo de<br />
luz que destaca quadros, objetos,<br />
fotografias ou cria marcações luminosas<br />
no chão ou em paredes.<br />
As lâmpadas que têm essa característica,<br />
em sua maioria, são<br />
da família das halógenas, das<br />
quais as mais conhecidas são as<br />
dicróicas. A iluminação indireta<br />
caracteriza-se por linhas de luz<br />
de distribuição uniforme, como<br />
em sancas.<br />
Geralmente vê-se o reflexo da<br />
iluminação projetado no teto ou<br />
nas paredes; a lâmpada em si fica<br />
oculta por rasgos no gesso ou na<br />
parte superior de plafons, abajures<br />
de coluna ou pendentes,<br />
que também refletem a luz para<br />
o teto. Para as sancas e recortes,<br />
usamos as lâmpadas tubulares<br />
fluorescentes, mais econômicas.<br />
Para os plafons, pendentes ou<br />
abajures de coluna, as lâmpadas<br />
são modelos de halógenas, de<br />
altíssima potência, gerando alto<br />
consumo de energia.<br />
A iluminação através das<br />
halógenas, além do maior consumo<br />
energético, produz calor,<br />
o que a torna desconfortável<br />
se empregada sobre um
Fotos: R.R. Rufino<br />
sofá ou poltrona, por exemplo.<br />
Podemos, em alguns casos, substituí-la<br />
por leds, que são fontes<br />
emissoras de luz e são bem<br />
mais econômicas, porém ainda<br />
são mais caras e não produzem<br />
o mesmo efeito que suas equivalentes<br />
halógenas.<br />
Além da iluminação embutida,<br />
da qual falamos até agora,<br />
podemos tirar partido de lustres<br />
pendentes (por exemplo, sobre<br />
uma mesa de jantar), arandelas,<br />
plafonds, abajures, entre outros.<br />
Existem peças de todos os preços,<br />
qualidades e estilos. Combinando<br />
os diferentes efeitos, podemos<br />
criar espaços essencialmente originais.<br />
Designers de todo o mundo<br />
são responsáveis pela criação<br />
de peças requintadas, produzidas<br />
com altíssima tecnologia, materiais<br />
e modelos inusitados, cujo<br />
“Existem peças de todos os<br />
preços, qualidades e estilos.<br />
Combinando os diferentes<br />
efeitos, podemos criar espaços<br />
essencialmente originais”<br />
uso vai de encontro aos mais exigentes<br />
gostos e sonhos.<br />
A iluminação também é elemento<br />
essencial na composição<br />
de espaços comerciais e empresariais,<br />
seja na valorização extrema<br />
de produtos, fixação de<br />
marcas, bem estar de usuários<br />
ou designs diferenciados. Com o<br />
advento dos leds, a iluminação<br />
colorida tem sido cada vez mais<br />
usada em ambientações, seja na<br />
forma de cromoterapia ou para se<br />
criar situações nas quais a cor é<br />
mais uma aliada na personalização<br />
de cada detalhe.<br />
* Enzo Sobocinski, formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana<br />
Mackenzie, Enzo Sobocinski atua como Arquiteto e Design de Interiores, é professor da ABRA<br />
(Academia Brasileira de Arte) e também desenvolve atividades ligadas às Artes Plásticas e<br />
Design de Jóias. Telefone: (11) 5531-0944 / (11) 8177-4422 - E-mail: enzosobocinski@hotmail.com<br />
- Site: www.enzosobocinski.com.br<br />
110
New Golf Woman<br />
“BEST GOLF”<br />
para as mulheres do sul<br />
GolfUnique<br />
Fotos: Tatiana Guimarães/Divulgação<br />
Participantes da 1ª etapa do Best Golf 2012<br />
A equipe ganhadora da 2ª etapa<br />
(2012) - Graciosa Country Club<br />
Campeãs da etapa do Graciosa:<br />
Larissa Pombo, Adriana Melo,<br />
Olga Ieda e Rossana Marini<br />
Seon Hee Kim (Barbara), na Furtado, Bruna Lee (capitã Yoshiko Igarashi (Clube<br />
anfitriã) e Maria Helena Vian Curitibano), Rafaela Pilagallo<br />
e Yuko Yamagushi<br />
Cristia-<br />
(Alphaville)<br />
Homenageando Maria Regina Naday, circuito feminino chega ao seu<br />
segundo ano e confirma sucesso de 2011. Paranaenses e catarinenses<br />
revivem clima de amizade e de disputa dos interclubes<br />
Por Rafaela de Aguirra Pilagallo *<br />
As jogadoras do Paraná<br />
e Santa Catarina<br />
ganharam um<br />
circuito exclusivo<br />
com o objetivo de<br />
estimular o espírito competitivo<br />
e desportivo entre as golfistas.<br />
Em 2011 foram disputadas quatro<br />
etapas nos campos do Clube<br />
Curitibano, Graciosa Country<br />
Club, Joinville Country Club e Alphaville<br />
Graciosa Clube. O sucesso<br />
de participantes fez com que<br />
a dose se repetisse neste ano.<br />
As capitãs prepararam uniformes<br />
para as suas equipes e o clube<br />
que vence leva o título do “Troféu<br />
Maria Regina Naday”. No ano passado<br />
a vitória ficou com o time do<br />
Alphaville Graciosa, que recebeu a<br />
taça de posse transitória.<br />
112
A Federação Paranaense e<br />
Catarinense está de parabéns. O<br />
incentivo ao golfe feminino é um<br />
projeto que deve estar sempre na<br />
pauta das instituições. A golfista<br />
Cristiana Furtado é a diretora<br />
da FPRG responsável por realizar<br />
juntamente com os clubes este<br />
grande evento nos greens paranaenses<br />
e catarinenses.<br />
Foto: Divulgação<br />
A homenageada:<br />
Maria Regina<br />
Naday<br />
Maria Regina Naday casou-<br />
-se com um tenista (ex-campeão<br />
universitário) que também<br />
era jogador de golfe. Em 1968<br />
deu suas primeiras tacadas em<br />
Houston, onde residia um ano<br />
antes de seu marido falecer.<br />
Trouxe o espírito de competição<br />
na bagagem quando voltou ao<br />
Brasil. Seu primeiro handicap<br />
foi 28, mas chegou a ser um dígito,<br />
scratch com handicap 9. Por<br />
12 vezes foi campeã do Campeonato<br />
do Graciosa Country Club e<br />
em 1973 ganhou o primeiro jogo<br />
realizado nos greens do Clube<br />
Curitibano, a Taça Início. “Era<br />
difícil jogar lá. Não tinha grama<br />
em tudo. Eram uns quadrados<br />
de grama e quando a bola caía<br />
no buraco precisava fazer place<br />
em quase todo o campo”, conta<br />
Maria Regina.<br />
Ela parou de jogar por 10 anos<br />
para se dedicar mais aos quatro<br />
filhos e ao trabalho de instrumentadora<br />
cirúrgica. Mas como<br />
todo golfista, voltou para os campos<br />
e ainda fez a tacada que todos<br />
almejam; o hole in one. Foi no<br />
buraco 5 do Graciosa. “Me lembro<br />
que a bola tinha passado longe,<br />
mas quando cheguei no green tinha<br />
algo preso na vara. Foi aí que<br />
minha parceira e maior adver-<br />
Maria Regina recebe homenagem do diretor de golfe do Clube Curitibano<br />
Euclides Gussi<br />
sária nos campos, Myrian Rocha<br />
Lourdes, me disse que eu havia<br />
embocado. É uma sensação incrível”,<br />
relembra a jogadora.<br />
As emoções com o esporte<br />
continuaram na vida da golfista.<br />
Ela teve a oportunidade de<br />
incentivar sua neta a jogar. Patrícia<br />
Naday de Carvalho, que<br />
chegou a ser a amadora número<br />
1 do Brasil, recebeu muitas<br />
orientações de sua avó. Maria<br />
Regina sempre gostou de treinar<br />
approach e putter com ela<br />
antes de sair no campo. “O golfe<br />
não é só drive. Tem que se dedicar<br />
ao jogo curto”, enfatiza a<br />
avó orgulhosa. A última taça que<br />
ganhou disputando o título com<br />
sua neta foi aos 16 anos de Patrícia,<br />
no Campeonato do Clube<br />
Curitibano Mercedes Benz.<br />
Hoje, aos 77 anos, Maria Regina<br />
se dedica ao trabalho voluntário.<br />
Está temporariamente afastada<br />
da academia que frequenta<br />
três vezes por semana, mas pretende<br />
voltar a jogar e treinar,<br />
principalmente para participar<br />
de uma das etapas do circuito<br />
“Best Golf”, que leva seu nome.<br />
“Fico emocionada com essa homenagem,<br />
recebendo o nome<br />
do circuito. Será que eu mereço?<br />
É muito gratificante a Federação<br />
Paranaense e Catarinense<br />
de Golfe ter se lembrado do meu<br />
nome”. Maria Regina garantiu<br />
que irá participar de uma das<br />
etapas do “Best Golf” e pode ser<br />
que seja ainda este ano. As golfistas<br />
aguardam!<br />
113
O que elas dizem?<br />
“É muito importante a Federação ter abraçado<br />
este torneio para reviver os nossos interclubes.<br />
Assim, além do torneio ser uma deliciosa<br />
confraternização das golfistas de todos os clubes<br />
federados, há uma competição saudável que<br />
estimula o crescimento técnico do golfe feminino do<br />
Paraná e Santa Catarina”.<br />
Adriana<br />
Oliveira ><br />
campeã scratch da etapa inaugural em 2011<br />
“Acredito que torneios como esse fortalecem os laços de amizade entre<br />
as golfistas e também desenvolvem o jogo, pois o clima competitivo faz<br />
com que todas as golfistas se animem para treinar e assim contribuam<br />
com o desempenho geral de seu clube. Ganhei uma etapa em 2011,<br />
no Graciosa. A festa de encerramento e premiação também são outros<br />
pontos altos do torneio. É tudo muito divertido e animado”.<br />
campeã scratch de uma etapa em 2011<br />
Geandra<br />
Zimmer de<br />
Almeida<br />
Luciane<br />
Ceccato ><br />
“O Best Golf, juntamente com o Aberto Feminino<br />
da Federação, foram as maiores conquistas que<br />
tivemos nos últimos tempos. Não víamos integração<br />
assim desde os bons tempos dos interclubes, quando<br />
ainda existia a categoria feminina. E o Best Golf, por<br />
ser só feminino, gerou uma amizade ainda maior<br />
entre as golfistas do Paraná e Santa Catarina, de tal<br />
forma que ninguém quer perder sequer uma etapa<br />
da competição. Acho que o Best Golf deu muito certo<br />
e espero que tenha vindo pra ficar”.<br />
campeã scratch da edição 2012<br />
114
Best Golf<br />
2012<br />
><br />
Federação Paranaense e Catarinense de Golfe<br />
Fotos: Gustavo Garrett/Divulgação<br />
Todos os clubes levaram troféus em suas<br />
categorias e Larissa Rocha Pombo foi a<br />
campeã scratch<br />
Angela Leite, Susana Goyeneche,<br />
Roselaine Catarino e Monika<br />
Voswinckel<br />
Jogadoras do Alphaville<br />
Jogadoras do Joinville Country Club<br />
Dezenas de golfistas participaram na etapa<br />
inaugural do Best Golf 2012 no Clube Curitibano<br />
Elza Yamamoto, Fanny Luhm,<br />
Diana Han e Helena Ishi<br />
Regina Dominoni, Teresinha<br />
Freitas, Jacqueline Penteado e<br />
Marisol Tonietto<br />
Elas posam com suas headcovers: Camila<br />
Pesenti, Eliane de Zorzi, Alcilia Winter e<br />
Maria Lucia Fagnani<br />
Jogadoras do Clube<br />
Curitibano<br />
* Rafaela Pilagallo é fotógrafa e jornalista especializada em golfe, jogadora amadora, diretora<br />
da Etourism Operadora e Golfexperience (eventos esportivos) e presidente do Instituto<br />
Golfesperança (escola de golfe gratuita para pessoas com deficiência intelectual)<br />
Entre em contato com Rafaela pelo telefone: + 55 (41) 3019-6464 (Curitiba)<br />
• E-mail: colunadarafa@yahoo.com • Twitter: @golfunique / @experience<br />
115
Torneios Internacionais<br />
Os seniores brasileiros<br />
na ITÁLIA<br />
Volta ao Mundo com ABGS<br />
Membros da ABGS<br />
disputam torneios<br />
nos melhores campos<br />
de golfe da região<br />
da Toscana. Paulo<br />
Pacheco, Eduardo<br />
Príncipe e João<br />
Vontobel se destacam<br />
como campeões<br />
gerais da disputa<br />
A<br />
Associação Brasileira<br />
de Golfe Sênior<br />
(ABGS) realizou,<br />
no final de<br />
junho, mais uma<br />
edição de sua sempre charmosa<br />
e inesquecível Volta ao Mundo,<br />
um circuito que leva os membros<br />
da entidade para disputar<br />
torneios em vários países. Desta<br />
vez, o destino foi a Itália e os melhores<br />
campos de golfe da região<br />
da Toscana.<br />
O roteiro, elaborado em conjunto<br />
com a Golf Travel, percorreu<br />
localidades como Milão,<br />
Verona, Veneza, Florença, Assis,<br />
Siena e Montalcino, numa<br />
programação recheada de excursões<br />
exclusivas, repletas de<br />
muita cultura, arte e história.<br />
O encerramento da competição<br />
ocorreu numa vinícola nos campos<br />
da Toscana, com uma paisagem<br />
típica da região, com direito<br />
a almoço ao ar livre.<br />
O projeto Volta ao Mundo com<br />
a ABGS já levou os seniores brasileiros<br />
a destinos como Portugal,<br />
Ilha da Madeira, Tunísia, Sicília,<br />
Barcelona, Paris, Normandia,<br />
Miami, entre outros. A ABGS é a<br />
118
Nivaldo Gerais, Osvaldir Benato, Paulo Pacheco e João Vontobel<br />
entidade brasileira de golfe que mais<br />
torneios já organizou no exterior até<br />
hoje, refletindo a missão principal da<br />
associação, que é a de construir relações<br />
entre seus membros por meio<br />
do esporte, viagens, confraternização,<br />
contato com a natureza, cultura, arte,<br />
gastronomia e história.<br />
Destaques em campo<br />
Fotos: Divulgação<br />
Vontobel, Synval, Siqueira, Manuel Marques, Lauvir Barboza, Yoji e<br />
Benato no tee 10 do campo Una Poggio dei Medici<br />
Vasti e Paulo Pacheco durante a premiação<br />
Os campeões gerais da disputa<br />
foram Paulo Pacheco, presidente da<br />
ABGS, que ganhou a categoria scratch,<br />
com 282 tacadas gross, mesmo<br />
escore de Eduardo Príncipe, derrotado<br />
nos critérios de desempate mas com<br />
226 net, o que lhe rendeu o título da<br />
categoria A, que teve Nivaldo Gerais<br />
como vice, com 227. João Vontobel foi<br />
o grande vencedor da categoria B, com<br />
94 pontos, contra 84 do vice-campeão,<br />
Yoji Yosh ihara.<br />
Os torneios foram disputados em<br />
quatro campos: no Arzaga Golf, com<br />
dois trajetos, um projetado por Jack<br />
Nicklaus e outro por Gary Player, no<br />
Biella La Betulle e no Poggio dei Medici<br />
Golf Club. Além da premiação<br />
geral, houve também um torneio por<br />
campo.<br />
No Biella La Betulle, o campeão<br />
scratch foi Andre Haack, com 94 tacadas.<br />
Cesar Faria somou 80 para ser o<br />
campeão da categoria A. Enrico Amata<br />
venceu a B, com 34 pontos. Já no Arzaga<br />
I, o vencedor scratch foi Eduardo<br />
Príncipe, com 92. O campeão da categoria<br />
A foi Manuel Marques da Silva,<br />
com 81. Na B, a vitória foi de Lauvir<br />
Barbosa, com 30 pontos. No Arzagga II,<br />
Nivaldo Gerais levantou a taça de campeão<br />
scratch ao somar 92 tacadas, enquanto<br />
Osvaldir Benato foi o vencedor<br />
da categoria A, com 84, e João Vontobel,<br />
da B, com 35 pontos. Paulo Pacheco<br />
foi o campeão scratch do Poggio dei<br />
Medici Golf Club, com 91 gross. Claudio<br />
Siqueira venceu a categoria A,<br />
com 78, e Yoji Yoshihara foi o primeiro<br />
colocado da B, com 29 pontos.<br />
Marcio Galvão, João Vontobel, Enrico Amata, Lauvir e Noris Barboza,<br />
Claudio Siqueira e André Haack<br />
119
Momento do golfe<br />
por Zeca Resendes *<br />
Bem acompanhado<br />
Sem dúvidas, o paulista Pedro<br />
da Costa Lima estava com o<br />
caddie mais famoso do Aberto<br />
do São Fernando Golf Club,<br />
disputado em julho. Presidente<br />
do clube anfitrião, Julio Cruz<br />
Lima deixou de lado o terno<br />
e a gravata para carregar os<br />
tacos do golfista do São Paulo<br />
Golf Club, demonstrando sua<br />
vontade de estar em campo e<br />
provando estar sincronizado<br />
com o esporte.<br />
* Zeca Resendes é formado em fotografia pelo Senac. Especialista em golfe<br />
desde 1987, é o fotógrafo oficial da Confederação Brasileira de Golfe.<br />
Site: www.studiozfoto.com.br / E-mail: zecaresendesfoto@gmail.com<br />
Tels: (11) 3726-9156 ou (11) 99992-7244<br />
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Eventos<br />
calendário de<br />
Setembro | Outubro<br />
CBG Pro Tour - Circuito Brasileiro de Golfe / 3ª etapa<br />
Data: 30 de agosto a 1º de setembro<br />
Local: Alphaville Graciosa Clube - Curitiba / PR<br />
Campeonato Sul-Americano Pré-Juvenil de Golfe<br />
Data: 4 a 9 de setembro<br />
Local: Vale Arriba Golf Club - Venezuela<br />
5º Campeonato Aberto da Federação Baiana de Golfe<br />
Data: 14 a 16 de setembro<br />
Local: Sauípe Golf Links - Bahia / BA<br />
Camp. Mundial Amador Feminino - Espírito Santo Trophy<br />
Data: 27 a 30 de setembro<br />
Local: Gloria Golf Club - Turquia<br />
CBG Pro Tour - Circuito Brasileiro de Golfe / 4ª etapa<br />
Data: 27 a 30 de setembro<br />
Local: Terras de São José Golfe Clube - Itu / SP<br />
Torneio Intern. de Duplas Femininas - Copa Emi Nomura<br />
Data: 3 a 6 de outubro<br />
Local: São Fernando Golf Club - São Paulo / SP<br />
Camp. Mundial Amador Masculino - Eisenhower Trophy<br />
Data: 4 a 7 de outubro<br />
Local: Antalya Golf Club / Cornelia Golf Club - Turquia<br />
Brazil Open - 59º Aberto do Brasil / PGA Tour Latinoamérica<br />
Data: 4 a 7 de outubro<br />
Local: São Fernando Golf Club - São Paulo / SP<br />
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