Módulo II Qualidade do Leite e Laticínios
Módulo II Qualidade do Leite e Laticínios
Módulo II Qualidade do Leite e Laticínios
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<strong>Módulo</strong> <strong>II</strong><br />
<strong>Qualidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Leite</strong> e <strong>Laticínios</strong><br />
BOAS PRÁTICAS DE<br />
FABRICAÇÃO
► Boas Práticas (BPA, BPF...)<br />
► POP – Procedimento Operacional Padrão<br />
► PPHO – Procedimento Padrão de Higiene<br />
Operacional<br />
► PO - Procedimento Operacional<br />
► Sistema APPCC – Análise de Perigos e Pontos<br />
Críticos de Controle<br />
► Outros Programas e Sistemas
Boas Práticas de Fabricação - BPF<br />
► Objetivos:<br />
► Controlar a contaminação e a recontaminação;<br />
► Não permitir a entrada de produtos que<br />
contenham perigos que não sejam elimina<strong>do</strong>s ou<br />
reduzi<strong>do</strong>s pela etapas de produção;<br />
► Inibir o desenvolvimento de microrganismos;<br />
► Eliminar/reduzir os perigos a níveis aceitáveis.<br />
► Documento gera<strong>do</strong>: Manual de Boas Práticas
CERTO ! PODE !<br />
Produtos com garantia da qualidade da<br />
origem até a mesa <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res
ERRADO ! NÃO PODE !<br />
Produtos contamina<strong>do</strong>s afetan<strong>do</strong> a<br />
saúde <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res.
Procedimentos Operacionais (PO)<br />
►Procedimento deriva<strong>do</strong> principalmente da seção<br />
de Controle de Operações<br />
►Para o PO é necessário estabelecer certos<br />
princípios <strong>do</strong> sistema APPCC (monitorização,<br />
ações corretivas, registro e verificação)<br />
►O PO podem gerar Instruções de Trabalho (IT)<br />
►Monitoramento e registros permitem comprovar<br />
o controle.
CERTO ! PODE !<br />
Produtos estoca<strong>do</strong>s corretamente na câmara<br />
fria. Com espaçamento das paredes.
Vídeo Boas Práticas !
Sistema APPCC<br />
► Seu objetivo específico é a segurança <strong>do</strong> alimento<br />
através da gestão <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>s perigos.<br />
► O sistema é aplica<strong>do</strong> especialmente no Controle<br />
Operacional das BP, mais especificamente nas<br />
etapas <strong>do</strong> processo.<br />
► Tem caráter preventivo, com base na identificação<br />
prévia de perigos significativos para a saúde <strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r.<br />
► É produto/processo específico, geran<strong>do</strong> Planos<br />
APPCC.
ERRADO ! NÃO PODE !<br />
Plano APPCC elabora<strong>do</strong> mas com<br />
evidências de que não foi implementa<strong>do</strong>
Sistema APPCC<br />
Os 12 passos/etapas de implantação (seqüência<br />
lógica)<br />
I. Formação da Equipe<br />
<strong>II</strong>. Descrição <strong>do</strong> Produto<br />
<strong>II</strong>I. Finalidade ou uso espera<strong>do</strong> <strong>do</strong> Produto<br />
IV. Elaboração <strong>do</strong> Fluxograma<br />
V. Confirmação <strong>do</strong> Fluxograma “in loco”<br />
VI – X<strong>II</strong>: Aplicação <strong>do</strong>s Sete Princípios
Sistema APPCC<br />
► Os Sete Princípios (etapas de VI a X<strong>II</strong>)<br />
1. Identificação <strong>do</strong>s perigos<br />
2. Determinação <strong>do</strong>s PCCs<br />
3. Estabelecimento <strong>do</strong>s Limites Críticos<br />
4. Monitorização<br />
5. Ações Corretivas<br />
6. Verificação<br />
7. Registro<br />
Nota: Monitoramento e Registro demonstram controle <strong>do</strong><br />
processo
Sistema APPCC<br />
(controle de processo)<br />
• Boas Práticas: pré-requisito<br />
• Gestão <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>s perigos<br />
• Enfoca os perigos significativos<br />
• É preventivo: controle nos PCC<br />
• Monitoração e registros: comprovam segurança<br />
campo transporte indústria transporte distribuição preparo<br />
PC<br />
PCC<br />
Boas Práticas + Princípios APPCC<br />
(demonstram o controle)
Definição de microrganismos<br />
►Organismos vivos microscópicos, que podem ser<br />
unicelulares ou multicelulares<br />
►Organismos unicelulares com estrutura celular<br />
completa: bactérias, leveduras e protozoários
Definição de microrganismos<br />
Organismos unicelulares com estrutura celular<br />
incompleta: clamídias, micoplasmas,<br />
rickéttsias e vírus<br />
Organismos multicelulares: fungos ou bolores
A população <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
é de cerca de<br />
6.5 BILHÕES<br />
i.e. 6 500 000 000<br />
IOGURTE<br />
1 pote<br />
de iogurte contém\<br />
22 x esse número!<br />
i.e, mais de<br />
130 000 000 000<br />
bactérias vivas,<br />
individuais.
Grupos de microrganismos<br />
Bactérias
Fungos<br />
Vírus<br />
Protozoários
Curva de crescimento bacteriano
Principais fatores que<br />
influenciam a multiplicação de<br />
microrganismos<br />
- Nutrientes<br />
- Tempo<br />
- Temperatura
Log contagem total/ml<br />
10<br />
9<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
Figura 1 - Contagem total de bactérias no leite de<br />
acor<strong>do</strong> com o tempo e temperatura de incubação<br />
0 24 48 72 96<br />
Horas<br />
4,4 oC<br />
10 oC<br />
15,5 oC
Classificação <strong>do</strong>s microrganismos de<br />
importância para os alimentos<br />
Não patogênicos<br />
►Deteriora<strong>do</strong>res<br />
►Úteis industrialmente<br />
►Indica<strong>do</strong>res<br />
Patogênicos
Alterações causadas por microrganismos<br />
deteriora<strong>do</strong>res nos alimentos<br />
►Acidificação<br />
►Viscosidade<br />
►Manchas e pigmentos<br />
►Emboloramento<br />
►Amolecimento<br />
►Alteração de sabor e o<strong>do</strong>r<br />
► Produção de gases (ex. estufamento de<br />
queijos).
USADOS PARA INDICAR:<br />
► Fonte e origem de contaminações e para avaliar<br />
processos de higienização (ex: coliformes de<br />
origem fecal, Escherichia coli)<br />
► Contaminação por manipula<strong>do</strong>r (S. aureus)<br />
► Efetividade de processos de limpeza e<br />
desinfecção (bactérias mesofílicas, fungos, etc.)
Bactérias - biofilmes<br />
► Agrupamento de microrganismos forma<strong>do</strong> a partir de<br />
resíduos de matéria orgânica presentes em<br />
superfícies sólidas, resultan<strong>do</strong> em uma cápsula<br />
polissacarídica que adere às superfícies lisas.<br />
► A formação <strong>do</strong> biofilme dificulta a higienização.<br />
► É uma fonte de microrganismos deteriora<strong>do</strong>res e de<br />
patógenos.
Formação <strong>do</strong> biofilme<br />
Aderência<br />
reversível<br />
(seg.)<br />
Aderência<br />
irreversível<br />
(seg.- min)<br />
Crescimento<br />
(horas -dias)<br />
Produção de<br />
exopolímeros e<br />
formação de<br />
biofilmes (horasdias)<br />
Aderência de<br />
outros<br />
microrganismos<br />
no biofime (diasmeses)<br />
É conseqüência da produção de cápsula e da interação<br />
entre microrganismos com matéria orgânica de uma<br />
superfície.
Doenças transmissíveis por alimentos (DTA)<br />
Infecção de origem alimentar<br />
►Colonização <strong>do</strong> trato gastrintestinal por microrganismos<br />
patogênicos. Ex: Salmonella<br />
Toxinose<br />
►Ingestão de toxina pré-formada. Ex: toxina botulínica, toxina<br />
estafilocócica<br />
Toxinfecção<br />
►Ingestão de microrganismos seguida de infecção, com<br />
liberação de toxinas.<br />
Ex: Clostridium perfringens tipo A
Origem e procedência das bactérias presentes<br />
no leite<br />
►Origem: <strong>do</strong> ambiente natural da produção<br />
primária (solo, água, ar, animais).<br />
►Procedência: por contato com superfícies<br />
inanimadas (locais de produção,<br />
conservação, transporte, manuseio) e<br />
animadas (animais, homem) que entram em<br />
contato com o produto.
Parasitos<br />
► Protozoários e helmintos<br />
► Necessitam de um organismo hospedeiro<br />
► Podem ser transmiti<strong>do</strong>s via alimento e/ou água, mas<br />
não se multiplicam no alimento.<br />
► Exemplos de <strong>do</strong>enças mais comuns:<br />
►Cisticercose<br />
►Giardíase<br />
►Toxoplasmose<br />
►Amebíase<br />
►Ascaridíase<br />
►Doença de Chagas
Vírus<br />
► Menores que as bactérias;<br />
► Necessitam de uma célula viva para se reproduzir;<br />
► Podem contaminar alimentos e água;<br />
► São veicula<strong>do</strong>s por alimentos, mas não se multiplicam neles;<br />
► Sobrevivem ao congelamento;<br />
► Exemplos: vírus da poliomielite, hepatite, Norwalk, rotavírus.
Origem e procedência <strong>do</strong>s vírus<br />
► A maioria <strong>do</strong>s vírus infecta uma única espécie de<br />
hospedeiro.<br />
► Alguns vírus podem infectar mais de uma espécie. (Ex.<br />
vírus da raiva).<br />
► Os vírus entéricos, como o da hepatite infecciosa, o<br />
vírus Norwalk e os rotavírus, são transmiti<strong>do</strong>s por<br />
alimentos.
Origem e procedência <strong>do</strong>s vírus<br />
A contaminação ambiental por fezes de<br />
porta<strong>do</strong>res (solo, água) é a principal fonte de<br />
contaminação de alimentos.<br />
Pessoas infectadas podem contaminar<br />
diretamente os alimentos com determina<strong>do</strong>s<br />
vírus (transmiti<strong>do</strong>s por alimentos).
Multiplicação microbiana x temperatura
<strong>Qualidade</strong> microbiológica <strong>do</strong> leite<br />
• Uma estimativa da contaminação <strong>do</strong> leite por<br />
microorganismos, estimativa esta diretamente<br />
relacionada com:<br />
1. A saúde da glândula mamária<br />
2. As condições de manejo nas propriedades<br />
3. As condições higiênicas na ordenha (animais,<br />
ordenha<strong>do</strong>res, ambiente, equipamentos…)<br />
4. Condições de transporte, estocagem,<br />
industrialização.<br />
5. Manipulação correta pelos consumi<strong>do</strong>res.
Contaminações no leite<br />
• Principais contaminantes = bactérias<br />
• Outros contaminantes:<br />
▫ Fungos<br />
▫ Leveduras<br />
▫ Vírus
Bactérias<br />
• Patogênicas<br />
▫ Imporantes <strong>do</strong> ponto de vista da segurança de<br />
alimentos (saúde <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r)<br />
▫ Causa<strong>do</strong>ras de <strong>do</strong>enças, infeções, intoxicações a<br />
partir <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> leite cru (in natura) ou<br />
deriva<strong>do</strong>s<br />
▫ Lembremos aqui <strong>do</strong>s famosos queijos feitos com<br />
leite cru (feiras livres ?), e <strong>do</strong>s leites<br />
CLANDESTINOS !
NÃO PODE !<br />
(vídeo leite clandestino-Pasta M<strong>II</strong>); Decreto Lei
MICROORGANISMOS NO LEITE<br />
IMPORTANTES ?<br />
CAUSAM DOENÇAS:<br />
ELIMINADOS NA PASTEURIZAÇÃO<br />
TRATAMENTO TÉRMICO DADO AO LEITE NO<br />
QUAL O MESMO É AQUECIDO A 75 o C<br />
DURANTE 15s
Registros de Pasteurização<br />
• Importante manter os equipamentos em bom<br />
esta<strong>do</strong> de funcionamento (pasteuriza<strong>do</strong>r,<br />
registra<strong>do</strong>r gráfico);<br />
• Importante para atendimento à legislação e<br />
como prova de que o processo é manti<strong>do</strong> sob<br />
controle:<br />
▫ Arquivar os registros importante”:<br />
Gráficos <strong>do</strong> pasteuriza<strong>do</strong>r<br />
Formulários de análise de fosfatase alcalina,<br />
peroxidase
MICROORGANISMOS NO LEITE<br />
Prejuízos econômicos<br />
Deterioração <strong>do</strong> leite cru (acidez)<br />
Contaminação <strong>do</strong> leite e deriva<strong>do</strong>s<br />
Queda no rendimento/má qualidade<br />
Deterioração <strong>do</strong>s deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> leite
<strong>Leite</strong> de excelente qualidade contém<br />
100 e 10.000 Bactérias/ml<br />
Problemas Principais:<br />
Contaminação Pós-ordenha + Temperatura<br />
inadequada o que ocasiona<br />
Proliferação bacteriana e deterioração <strong>do</strong> leite<br />
cru<br />
Contaminação <strong>do</strong>s deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> leite
EXCELENTE MEIO PARA<br />
MULTIPLICAÇÃO DOS M.O.S<br />
ÁGUA: 87%<br />
Proteínas: 3,5%<br />
Gordura: 3,5-4%<br />
Lactose: 4%<br />
pH: 6,5-6,8<br />
Rico em vitaminas e sais minerais
ALTAMENTE PERECÍVEL !<br />
Rico em nutrientes<br />
pH favorável<br />
Sem barreiras naturais<br />
Temperatura elevada (37 o C)
O INÍCIO DE UMA CADEIA DE<br />
PRODUÇÃO<br />
A qualidade <strong>do</strong> leite cru influencia toda a cadeia<br />
<strong>do</strong> leite<br />
Processos térmicos <strong>do</strong> leite tem sua eficácia<br />
relacionada com a contaminação
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE<br />
ORDENHA<br />
ESTOCAGEM<br />
PROPRIEDADE<br />
TRANSPORTE<br />
ESTOCAGEM<br />
INDÚSTRIA<br />
PASTEURIZAÇÃO<br />
PRODUÇÃO DE<br />
DERIVADOS<br />
ESTOCAGEM<br />
COMÉRCIO<br />
CONSUMO
BACTÉRIAS X TEMPERATURA<br />
TEMPO DE GERAÇÃO:<br />
Tempo para população aumentar 1 ciclo<br />
log: 100 1000<br />
Temperatura ideal de multiplicação:<br />
tempo de geração é mais curto<br />
População aumenta mais rápi<strong>do</strong>
2 GRUPOS PRINCIPAIS<br />
PSICROTRÓFICAS<br />
SE MULTIPLICAM entre 5 e 30 GRAUS<br />
CELCIUS<br />
Ideal é entre 20-25 GRAUS CELCIUS<br />
Proliferam em leite refrigera<strong>do</strong> (4 -7 GRAUS<br />
CELCIUS)<br />
MESÓFILAS<br />
Ideal é entre 30-35 GRAUS CELCIUS<br />
Proliferam no leite não refrigera<strong>do</strong>
RESUMINDO A DETERIORAÇÃO<br />
UTILIZAÇÃO DOS<br />
NUTRIENTES DO LEITE<br />
PRODUÇÃO E ACÚMULO<br />
DE METABÓLITOS<br />
DETERIORAÇÃO DOS<br />
PRODUTOS LÁCTEOS<br />
REPRODUÇÃO<br />
POPULAÇÃO ELEVADA<br />
(MOS)
MESÓFILOS POSSUEM AFINIDADE<br />
COM LEITE NÃO REFRIGERADO
MESÓFILOS<br />
<strong>Leite</strong> recém ordenha<strong>do</strong><br />
Temperatura favorece estas bactérias (38 graus<br />
celcius)<br />
Mantém-se por muito tempo na faixa de 20 a 35<br />
graus celcius)<br />
Deterioram rapidamente o leite<br />
Inclui: BACTÉRIAS LÁCTICAS E BACTÉRIAS DO<br />
GRUPO COLIFORME
BACTÉRIAS LÁTICAS<br />
SÃO COMENSAIS (habitam naturalmente o<br />
úbere.
BACTÉRIAS LÁTICAS<br />
FERMENTAM A LACTOSE COM PRODUÇÃO<br />
DO ÁCIDO LÁTICO<br />
MUITO EFICIENTES, DETERIORAM<br />
RAPIDAMENTE O LEITE CRU<br />
NÃO OCASIONAM PROBLEMAS DE SAÚDE
BACTÉRIAS LÁTICAS<br />
ATUAL BENEFICAMENTE NO<br />
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE<br />
PRODUTOS LÁCTEOS FERMENTADOS<br />
BEBIDA LÁCTEA<br />
QUEIJOS<br />
IOGURTES<br />
KEFIR<br />
...
BACTÉRIAS LÁTICAS = FERMENTOS LÁTICOS<br />
LACTOBACILLUS<br />
LACTOCOCCUS<br />
ENTEROCOCCUS (ORIGEM INTESTINAL)<br />
STREPTOCOCCUS<br />
(CAUSADORES DE MASTITE/MAMITE)
BACTÉRIAS LÁTICAS<br />
PREJUÍZOS, PROBLEMAS DE QUALIDADE<br />
DETERIORAÇÃO DO LEITE CRU<br />
EXCESSO DE ACIDEZ<br />
QUEIJOS QUEBRADIÇOS, MELADOS, SABOR<br />
ALTERADO (EX. QUEIJO DE FEIRA ???)
COLIFORMES<br />
FAMÍLIA DAS ENTEROBACTÉRIAS<br />
ORIGEM INTESTINAL<br />
E. COLI, ENTEROBACTER<br />
MESÓFILAS<br />
ORIGEM<br />
AMBIENTE E INTESTINO DOS ANIMAIS (FEZES),<br />
ÁGUA CONTAMINADA,<br />
MÃOS DOS ORDENHADORES
COLIFORMES X PROBLEMAS<br />
Fermentam lactose<br />
Fermentação Ácida-Mista:<br />
Produzem diversos áci<strong>do</strong>s: ác. Fórmico, ác.<br />
Acético, ác. Propiônico, H2S, etc.<br />
Produzem gases E Deterioram o leite por<br />
acidificação
COLIFORMES X PROBLEMAS<br />
Causam perdas na recepção <strong>do</strong> leite<br />
<strong>Leite</strong> áci<strong>do</strong><br />
Contaminam o leite pasteuriza<strong>do</strong> e<br />
deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> leite<br />
Importantes deteriorantes <strong>do</strong> queijo<br />
ESTUFAMENTO PRECOCE<br />
Queijo renda<strong>do</strong><br />
Queijo muito áci<strong>do</strong>: quebradiço
COLIFORMES X PROBLEMAS<br />
Não são originais <strong>do</strong> leite<br />
Denotam contaminação externa<br />
Causam prejuízos<br />
A família das ENTEROBACTERIACEAE<br />
inclui gêneros patogênicos<br />
Salmonella, Yersinia, Shigella, etc.
2 GRUPOS DE COLIFORMES<br />
COLIFORMES TOTAIS<br />
SE MULTIPLICAM A 35 GRAUS CELCIUS<br />
ORIGEM AMBIENTE<br />
INDICADOR DE HIGIÊNICO<br />
INDICA A QUE TIPO DE CONDIÇÕES<br />
HIGIÊNICAS O LEITE FOI SUBMETIDO
COLIFORMES FECAIS<br />
OU COLIFORMES TERMOTOLERANTES<br />
MULTIPLICAÇÃO A 45 GRAUS CELCIUS<br />
EX. E. COLI, ENTEROBACTER AEROGENES<br />
INDICADOR DE SANIDADE (SUA CONTAGEM<br />
INDICA PROBABILIDADE DE ESPÉCIES<br />
PATOGÊNICAS ESTAREM PRESENTES)
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS<br />
Grupo heterogêneo<br />
Origem: ambiente, SOLO, EQUIPAMENTOS<br />
Áreas refrigeradas<br />
SE MULTIPLICAM Em temperaturas de<br />
Refrigeração<br />
Velocidade de reprodução é lenta<br />
Principal gênero é Pseu<strong>do</strong>monas
PSEUDOMONAS<br />
Possui metabolismos:<br />
Proteolítico<br />
Lipolítico<br />
Ataca a proteína e gordura <strong>do</strong> leite<br />
São muito sensíveis à pasteurização<br />
Enzimas lipolíticas e proteolíticas são<br />
termorresistentes
PROBLEMAS<br />
Proteólise no leite cru:<br />
Diminui termorresistência das proteínas<br />
Coagulação leite UHT na estocagem<br />
(COAGULAÇÃO DOCE)<br />
<strong>Leite</strong> em Pó: problemas de solubilidade<br />
Pasteurização:<br />
Elimina psicrotróficas<br />
Não destrói suas enzimas
PSICROTRÓFICOS<br />
Prejuízos:<br />
Lipólise: sabor estranho e ranço em leite e<br />
deriva<strong>do</strong>s<br />
Proteólise: sabor amargo em queijos<br />
Dificuldade na coagulação <strong>do</strong> leite<br />
Diminui rendimento <strong>do</strong> queijo<br />
Má qualidade de iogurte: dessoragem
BACTÉRIAS TERMODÚRICAS<br />
FORMAM ESPOROS<br />
RESISTEM A TRATAMENTOS TÉRMICOS<br />
PASTEURIZAÇÃO, UHT<br />
PROBLEMAS DE ESTUFAMENTO TARDIO<br />
(QUEIJO PARMESÃO<br />
ORIGEM AMBIENTE E INTESTINO ANIMAL
Pontos importantes a considerar para<br />
prevenir/reduzir contaminações no leite<br />
Carga<br />
Microbiana <strong>do</strong><br />
leite<br />
Contaminação<br />
inicial<br />
Taxa de<br />
multiplicação<br />
microbiana<br />
Equipamentos,<br />
utensílios<br />
Água<br />
Exterior<br />
úbere/ambiente<br />
Glândula<br />
mamária<br />
(mastite)<br />
Tempo de<br />
estocagem<br />
Temperatura de<br />
estocagem
Importante trabalhar a cadeia produtiva<br />
desde o início<br />
• Orientação,<br />
• Capacitação <strong>do</strong>s produtores de leite<br />
• Foco/investimento na “educação” e não<br />
somente na punição<br />
• Vídeo: Boas Práticas na Ordenha
Quanto menor o tempo de estocagem<br />
melhor !
Ordenha/Tanque de expansão
Tanques de expansão
Tanques de expansão<br />
• Forma eficiente uma vez que favorece o resfriamento rápi<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> leite (abaixamento da temperatura),<br />
• Resfria<strong>do</strong>res de imersão não oferecem a mesma eficiência<br />
(trocas de calor são mais lentas),<br />
• Ideal coleta no máximo a cada 48h (logo a capacidade <strong>do</strong><br />
tanque pode ser por ex. Para armazenar 5 a 6 ordenhas).<br />
• Importante: fornecimento eficiênte de energia elétrica,<br />
acesso, não obstruir o condensa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> tanque, pois isto pode<br />
provocar o superaquecimento <strong>do</strong> equipamento<br />
• Cuidar com a higiene <strong>do</strong> equipamento (evitar formação de<br />
biofilmes, pedras de leite).
Tanques de expansão<br />
• Quan<strong>do</strong> desliga<strong>do</strong>s a noite (economia b.?)<br />
favorecem a multiplicação bacteriana,<br />
• Reduz a qualidade <strong>do</strong> produto,
Importância da qualidade da<br />
água
Água<br />
• Principal substância utilizada na limpeza e<br />
desinfecção (higienização);<br />
• Sua qualidade tem impacto direto na eficiência<br />
desses processos (ordenha, transporte,<br />
industrialização).<br />
• Portanto, se contaminada, pode ser uma via de<br />
transmissão de <strong>do</strong>enças, além de contribuir para a<br />
redução da vida útil de equipamentos (ex. Água<br />
dura = rica em sais de Ca, Mg…)
Principais fatores da água que podem<br />
afetar a eficiência da higienização:<br />
• Dureza, pH, Alcalinidade<br />
▫ Águas com altas concentrações de Cálcio e<br />
Magnésio podem interferir na ação <strong>do</strong>s<br />
detergentes;<br />
▫ Uso de águas duras favorecem a formação de<br />
biofilmes (agrega<strong>do</strong>s) na superfície interna de<br />
equipamentos;<br />
• As características microbiológicas da água<br />
também podem afetar a qualidade <strong>do</strong> leite.
1. Análises microbiológica e físico-química;<br />
2. Proteção das nascentes e cursos d’água;<br />
3. Limpeza e desinfecção <strong>do</strong>s reservatórios<br />
(disponibilizar modelo);<br />
4. Atenção para a formação de “pedras de leite” (água<br />
dura + sóli<strong>do</strong>s <strong>do</strong> leite + detergentes).<br />
5. Cuida<strong>do</strong> com o emprego de águas contaminadas.
• Psicrotróficos<br />
Composição da microbiota <strong>do</strong> leite cru<br />
• Coliformes (mesófilos)<br />
• Termodúricos<br />
• Forma<strong>do</strong>res de esporos<br />
• Patógenos diversos (pre<strong>do</strong>minantemente mesófilos)<br />
• Bolores e leveduras<br />
• Bactérias lácticas
Gêneros de psicrotróficos encontra<strong>do</strong>s no leite cru<br />
- Pseu<strong>do</strong>monas<br />
- Enterobacter<br />
- Flavobacterium<br />
- Klebsiella<br />
- Aeromonas<br />
- Acinetobacter<br />
- Alcaligenes*<br />
- Achromobacter<br />
- Bacillus*<br />
- Clostridium*<br />
- Microbacterium*<br />
- Micrococcus*<br />
- Corynebacterium*<br />
*Algumas estirpes são também termodúricas ??????
Gêneros de coliformes e bastonetes gram-negativos<br />
encontra<strong>do</strong>s no leite cru<br />
- Gêneros Escherichia, Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella<br />
Recebem o nome genérico de coliformes,<br />
são bastonetes Gram-negativos, não forma<strong>do</strong>res de esporos,<br />
aeróbios ou anaeróbios facultativos, fermenta<strong>do</strong>res da<br />
lactose com produção de áci<strong>do</strong> e gás dentro de 48 horas, a<br />
32-35 o C.
Gêneros de coliformes e bastonetes gramnegativos<br />
encontra<strong>do</strong>s no leite cru<br />
- Pseu<strong>do</strong>monas fluorescens, P. putida, P. fragi,<br />
P. putrefaciens, P. aeruginosa.<br />
Bastonetes Gram-negativos aeróbios, são<br />
psicrotróficos e produtores de proteases e lipases
Fontes de contaminação <strong>do</strong> leite na propriedade rural<br />
- Ambiente (água, solo, ração, material de cama, fezes,<br />
etc.)<br />
- Equipamentos de ordenha, armazenamento e transporte<br />
<strong>do</strong> leite (ordenhadeira, tubulações, tanques de<br />
armazenamento e transporte)<br />
- Animal, especialmente úbere e tetos<br />
- Origem humana
Microbiota patogênica em leite (exemplos)<br />
►Originária <strong>do</strong> manejo/ambiente: bactérias<br />
esporuladas aeróbias e anaeróbias (Bacillus<br />
cereus, Clostridium perfringens tipo A e<br />
Clostridium botulinum); bactérias<br />
patogênicas, não esporuladas (Listeria<br />
monocytogenes; Yersinia enterocolitica,<br />
Salmonella spp., E. coli patogênica).
Microbiota patogênica em leite (exemplos)<br />
►Originária <strong>do</strong> animal: S. aureus, Listeria<br />
monocytogenes, Campylobacter spp.,<br />
Salmonella spp., Mycobacterium bovis,<br />
Brucella abortus, E. coli patogênica.
Grupos de bactérias que normalmente<br />
colonizam a superfície de tetos e úbere<br />
• Staphylococcus coagulase-negativos<br />
• Staphylococcus coagulase-positivos<br />
• Staphylococcus aureus<br />
• Corynebacterium bovis<br />
• Streptococcus spp (não-agalactiae)<br />
• Bacillus<br />
• Actinomyces<br />
• Coliformes<br />
• Pseu<strong>do</strong>monas<br />
• Proteus
Patógenos isola<strong>do</strong>s de leite cru ou envolvi<strong>do</strong>s em<br />
casos ou surtos de <strong>do</strong>enças: bactérias<br />
Brucella abortus e B. melitensis<br />
Campylobacter jejuni<br />
Escherichia coli 0157:H7<br />
Salmonella spp.<br />
Yersinia enterocolitica<br />
Clostridium botulinum e C. perfringens<br />
Listeria monocytogenes<br />
Staphylococcus aureus<br />
Bacillus cereus<br />
Mycobacterium bovis e M. tuberculosis
Outros patógenos isola<strong>do</strong>s de leite cru ou<br />
envolvi<strong>do</strong>s em casos ou surtos de <strong>do</strong>enças<br />
►Rickéttsias:<br />
► Coxiella burnetti<br />
►Vírus:<br />
► Enterovírus<br />
► Vírus da hepatite A<br />
►Protozoários:<br />
► Toxoplasma gondii<br />
► Giardia lamblia<br />
► Entamoeba histolítica
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
1. Enterobactérias<br />
- Escherichia coli (incluin<strong>do</strong> 0157:H7): gastroenterites e a<br />
síndrome urêmica hemolítica<br />
- Salmonella spp.: gastroenterites e febre tifóide<br />
- Yersinia enterocolitica: gastroenterite<br />
(psicrotrófica).
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
2. Outras bactérias Gram-negativas<br />
- Aeromonas hydrophila: gastroenterite (psicrotrófica)<br />
- Brucella spp: brucelose<br />
- Campylobacter jejuni: gastroenterite<br />
- Pseu<strong>do</strong>monas aeruginosa (patógeno oportunista;<br />
psicrotrófica)
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
3. Bacilos Gram-positivas forma<strong>do</strong>res de esporos<br />
- Bacillus cereus: gastroenterite (algumas cepas<br />
psicrotróficas):<br />
- Bacillus anthracis: antrax<br />
- Clostridium perfringens: gastroenterite<br />
- Clostridium botulinum: botulismo<br />
(tipo 5: psicrotrófico)
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
4. Cocos Gram-positivos<br />
- Staphylococcus aureus (enterotoxina): intoxicação emética<br />
- Streptococcus agalactiae: infecção de garganta<br />
- Str. pyogenes: escarlatina, infecção de garganta<br />
- Str. zooepidemicus: faringite, infecção de garganta
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
5. Outras bactérias<br />
- Corynebacterium diphteriae: difteria<br />
- Listeria monocytogenes: listeriose (psicrotrófica)<br />
- Mycobacterium bovis e M. tuberculosis: tuberculose
Patógenos causa<strong>do</strong>res de DTAs associa<strong>do</strong>s ao leite<br />
- Coxiella burnetii: febre Q<br />
6. Rickéttsias<br />
7. Vírus<br />
- Enterovírus (poliovírus, rotavírus, Coxsackie vírus):<br />
infecções entéricas<br />
- Vírus da febre aftosa: febre aftosa<br />
- Vírus da hepatite A: hepatite infecciosa