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Conseqüente<br />
Entre os pianistas selecionados nesta música, percebe-se que há uma dificuldade<br />
de dosar os rubatos, principalmente na seção “A”, devido à migração da melodia.<br />
Muitos fizeram ralentandos excessivos no final da primeira frase para a segunda e no<br />
final da seção de todas as seções. Apesar de contornos fraseológicos feitos pela<br />
dinâmica e oscilações no tempo, não se pode fragmentar as frases em partes, o<br />
crescendo de “pianíssimo” para “piano” contribui para pensar em um arco continuo<br />
entre as frases da seção “A” (pppp). Ocorrem repetições de seções e por meio de<br />
ritornelos, isso contribui para a dificuldade no momento da interpretação, pois como<br />
na peça nº 4, não se pode repetir a mesma coisa duas vezes da mesma forma.<br />
Variações discretas na dinâmica e no andamento são suficientes para suprir a<br />
diferenciação expressiva entre repetições.<br />
5) Nº12 Kind im Einschlummern<br />
5.1) Análise harmônica<br />
A harmonia nessa peça cria uma atmosfera de grande suspense, os acentos que<br />
ocorrem em tempos fracos também contribuem com isso, logo depois tensões e<br />
relaxamentos sucessivos em outra tonalidade (de mi menor para mi maior), mas com<br />
uma sensação mais solene. A harmonia lida basicamente com dominantes e tônicas,<br />
com isso a tendência é que fique monótono caso a articulação, acentos e dinâmica não<br />
forem bem executados. A intuição nesse caso é na maioria das vezes bem resolvida,<br />
pois o movimento constante de I-V faz parte da retórica clássica que convencionou que<br />
a tônica (relaxamento) deve ser tocado mais “piano” do que a dominante (tensão),<br />
logo pode ser reduzido de forma bem simplificada a “pppp...”.