alexandre herculano e antero de quental - Rotary Club Coimbra

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Que horror! – ímpias as mães os tenros filhos Despedaçaram: bárbaras quais tigres, Os sanguinosos membros palpitantes No ventre sepultaram. Deus, compassivo olhar volve a nós tristes: Cessa de Te vingar! Vê-nos escravos, Servos de servos em país estranho. Tem dó de nossos males! Acaso serás Tu sempre inflexível? Esqueceste de todo a nação tua? O pranto dos Hebreus não te comove? És surdo a seus lamentos? Poesias I (Lisboa, Bertrand, 1977), pp. 26-27 26
É tão suave ess’ hora, Em que nos foge o dia, E em que suscita a lua Das ondas a ardentia. Se em alcantis marinhos, Nas rochas assentado, O trovador medita Em sonhos enleado! O mar azul se encrespa Coa vespertina brisa, E no casal da serra A luz já se divisa. A voz E tudo em roda cala Na praia sinuosa, Salvo o som do remanso Quebrando em furna algosa. 27
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O palácio da ventura Sonho que sou
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A um crucifixo Não se perdeu teu s
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A um poeta Tu, que dormes, espírit
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Mors-Amor Esse negro corcel, cujas
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À Virgem Santíssima Num sonho tod
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No turbilhão No meu sonho desfilam
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II Na floresta dos sonhos, dia a di
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Lacrimae rerum Noite, irmã da Raz
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Solemnia verba Disse ao meu coraç
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E hás-de viver torturado, Louco, i
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