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Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)

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verão. Imagine que, no calor, temos uma temperatura média de 80<br />

graus centígra<strong>dos</strong> à sombra; no frio, ela cai a 120 abaixo de zero. Como<br />

não podemos viver esses perío<strong>dos</strong> na superfície de Vigo, passamos ao<br />

subsolo, onde construímos outras cidades. Estas colunas que<br />

sustentam as casas são profundas e unem as moradias externas às<br />

subvigâneas — subterrâneas, como diria você. Nas estações<br />

temperadas, como esta agora, acumulamos provisões e realizamos tudo<br />

que depende da vida ao ar livre. Nas estações extremas, dedicamo-nos<br />

aos estu<strong>dos</strong>.<br />

— É incrível como podem viver tanto tempo embaixo do chão!<br />

Tálbor completou:<br />

— Os subtrens são movi<strong>dos</strong> a energia centro-planetária. Nesta<br />

época quase não os usamos, mas você poderá conhecê-los, se quiser.<br />

— Quero, sim!<br />

Senti-me penalizada ao saber das dificuldades climáticas do<br />

planeta. Insisti:<br />

— Vocês não se sentem mal lá embaixo?<br />

— Não. Tudo é perfeito: ar, luz, água, temperatura ...<br />

A propósito, informou:<br />

— No planeta vizinho, por exemplo, a situação é mais difícil,<br />

porque não há estação temperada. O povo vive permanentemente<br />

enterrado. Quem passar próximo ou pousar julgará que é desabitado.<br />

— Puxa! — exclamei. — Você me fez pensar em Marte, o vizinho<br />

da Terra. A gente pensava que tinha habitantes e falava nos marcianos<br />

como se existissem mesmo. Agora, descobrimos que é deserto . Quem<br />

sabe se lá também....<br />

— Nunca fui a Marte — atalhou ele.<br />

Assim conversando, chegamos à rua onde Tálbor morava.<br />

Saltamos para a calçada, bem diante da coluna de sua casa. <strong>Cor</strong>ri para<br />

o escorregador, enquanto ele ligava a chave de subida. Num instante<br />

encontrava-me na sala.<br />

A primeira pessoa que vi logo me agradou: uma mocinha como<br />

Celeste, de olhos azuis e muito risonha. Nem precisou ser-me

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