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curso de aprofundamento – história – ensino médio - UP :: Centro ...

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Prof. Jenner<br />

HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL: Do período colonial ao republicano.<br />

1. (Ufrj 2006) "Eu, o rei, faço saber a vós, Tomé <strong>de</strong> Sousa, fidalgo <strong>de</strong> minha Casa, que vendo quanto<br />

serviço <strong>de</strong> Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das Terras do Brasil (...),<br />

or<strong>de</strong>nei ora <strong>de</strong> mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação gran<strong>de</strong> e forte, em um lugar<br />

conveniente, para daí se dar favor e ajuda às outras povoações (...); e por ser informado que a Bahia <strong>de</strong><br />

Todos os Santos é o lugar mais conveniente da costa do Brasil (...), que na dita Bahia se faça a dita<br />

povoação e assento, e para isso vá uma armada com gente (...) e tudo o mais que for necessário. E pela<br />

muita confiança que tenho em vós (...) vos enviar por governador às ditas terras do Brasil (...)."<br />

(Regimento <strong>de</strong> Tomé <strong>de</strong> Sousa, 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1548)<br />

A política administrativa do Estado português no início da colonização estruturou-se a partir da adoção do<br />

sistema <strong>de</strong> Capitanias Hereditárias e, posteriormente, da criação do Governo-Geral. No entanto, o<br />

verda<strong>de</strong>iro po<strong>de</strong>r político na Colônia encontrava-se nas Câmaras Municipais, dominadas pelos<br />

"homens bons".<br />

a) Explique uma razão para a adoção do sistema <strong>de</strong> capitanias hereditárias na colonização do Brasil.<br />

b) Apresente dois objetivos da criação do Governo Geral pelo Estado português.<br />

c) Cite uma razão da concentração do po<strong>de</strong>r político colonial nas Câmaras Municipais.<br />

2. (Ufc) Na manhã <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1798, um panfleto revolucionário afixado em vários lugares da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador dizia: "Povo, o tempo é chegado para vós <strong>de</strong>fendêreis a vossa Liberda<strong>de</strong>; o dia da<br />

nossa revolução, da nossa Liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> nossa felicida<strong>de</strong> está para chegar, animai-vos que<br />

sereis felizes."<br />

PRIORE, Mary Del et al (Org.). "Documentos <strong>de</strong> História do Brasil - <strong>de</strong> Cabral aos anos 90". São Paulo: Scipione, 1997, p. 38.<br />

A partir <strong>de</strong>sse texto e <strong>de</strong> seus conhecimentos, responda às questões propostas.<br />

a) Que movimento produziu o panfleto citado?<br />

b) Cite três acontecimentos ocorridos no período, na esfera internacional, que po<strong>de</strong>m ser relacionados a<br />

esse movimento.<br />

c) Cite dois objetivos do movimento ao qual o texto acima se refere.<br />

d) Apresente a relação entre a dureza das penas impostas aos principais acusados e a condição social da<br />

maioria dos participantes <strong>de</strong>sse movimento.<br />

3. (Ufu 2004) "O final do século XVIII foi um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> turbulência política internacional, com<br />

ressonâncias no sistema colonial montado pelas nações europeias. As i<strong>de</strong>ias liberais agitavam as<br />

mentes, acenavam com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças. Para as colônias traziam a esperança <strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>pendência política."<br />

REZENDE, Antônio Paulo e DIDIER, Maria Thereza. "Rumos da História: a construção da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> - O Brasil Colônia e<br />

o mundo mo<strong>de</strong>rno". São Paulo: Atual, 1996, p. 238.<br />

Tomando como referência a citação acima e seus conhecimentos sobre as revoltas coloniais no Brasil,<br />

i<strong>de</strong>ntifique as semelhanças e diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Inconfidência Baiana.<br />

4. Leia Atentamente.<br />

CURSO DE APROFUNDAMENTO <strong>–</strong> HISTÓRIA <strong>–</strong> ENSINO MÉDIO<br />

CONSTITUIÇÃO DE 1824”:<br />

“Outorgada por D. Pedro I no início <strong>de</strong> 1824, a Constituição Imperial ficou em vigor durante todo o período<br />

imperial, até ser substituída em 1891, pela primeira constituição republicana. Combinando i<strong>de</strong>ias das<br />

constituições francesa (1791) e espanhola (1812) estabeleceu as bases da estrutura política e do<br />

funcionamento do império brasileiro. No entanto, a forma como a constituição foi colocada em vigor,<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou gran<strong>de</strong> oposição ao reinado <strong>de</strong> D. Pedro I”.<br />

Com base nos conhecimentos que você acumulou em seus estudos e em nossas aulas e discussões<br />

acerca do “Primeiro Reinado” elabore um texto que justifique historicamente falando a afirmação grifada no<br />

texto acima.<br />

1


5. Leia com atenção o texto abaixo antes <strong>de</strong> passar à questão.<br />

“O parlamentarismo foi implantado no Império do Brasil em 1847, com a criação do cargo <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte do<br />

Conselho <strong>de</strong> Ministros. O regime parlamentarista brasileiro inspirou-se no mo<strong>de</strong>lo inglês, em que o Po<strong>de</strong>r<br />

Executivo era exercido por um primeiro-ministro indicado pelo partido que havia conseguido a maioria das<br />

ca<strong>de</strong>iras no Parlamento”.<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar que o parlamentarismo que se consolidou no Brasil a partir do ano supracitado exibia<br />

diferenças fundamentais em relação ao “parlamentarismo clássico inglês”? Justifique.<br />

Questão 1<br />

RESPOSTAS:<br />

a) A Coroa Portuguesa precisava <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a região costeira <strong>de</strong> ataques alheios, porém <strong>de</strong>tinha parcos<br />

re<strong>curso</strong>s financeiros e humanos para tal empreendimento. A solução encontrada foi transferir essa<br />

empreitada para as mãos da iniciativa privada.<br />

b) Em vias gerais, o governador-geral <strong>de</strong>veria viabilizar a criação <strong>de</strong> novos engenhos, a integração dos<br />

indígenas com os centros <strong>de</strong> colonização, o combate do comércio ilegal, construir embarcações,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os colonos e realizar a busca por metais preciosos.<br />

c) A Coroa Portuguesa permitia a organização <strong>de</strong> órgãos que viessem a respon<strong>de</strong>r os problemas locais que<br />

estariam fora <strong>de</strong> seu alcance.<br />

Questão 2<br />

a) Conjuração Baiana <strong>de</strong> 1798.<br />

b) Movimento Iluminista; In<strong>de</strong>pendência do EUA (1776) e Revolução Francesa (1789).<br />

c) Fim do domínio português na Bahia; Proclamação da República; Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comércio na região; Fim<br />

da escravidão e Fim das diferenças raciais.<br />

d) Revoltosos mais pobres, como Faustino e Nascimento, foram con<strong>de</strong>nados imediatamente à morte por<br />

enforcamento, enquanto que os intelectuais e mais abastados Barata e o professor Francisco Moniz<br />

foram absolvidos pela Coroa.<br />

Questão 3<br />

Esses dois movimentos tiveram por principal objetivo a separação <strong>de</strong>stes atuais estados do domínio<br />

português, ou seja, buscavam a in<strong>de</strong>pendência. Acreditavam também que po<strong>de</strong>riam esten<strong>de</strong>r a<br />

in<strong>de</strong>pendência para todo o Brasil. Ambas foram influenciadas pelo movimento iluminista europeu que<br />

chegava ao Brasil através das obras trazidas pelos estudantes brasileiros recém chegados das<br />

universida<strong>de</strong>s europeias. Outro fator encorajador foram os movimentos internacionais mais importantes da<br />

época, a In<strong>de</strong>pendência dos Estados Unidos (influenciou a Inconfidência Mineira) e a Revolução Francesa<br />

(influenciou a Conjuração Baiana). Esses movimentos se caracterizaram, em seus planos, pela ação<br />

armada contra as autorida<strong>de</strong>s portuguesas no Brasil. Apesar <strong>de</strong> algumas semelhanças, havia algumas<br />

diferenças i<strong>de</strong>ológicas entre estes movimentos. Enquanto a baiana era li<strong>de</strong>rada pelas populações mais<br />

pobres e almejavam a abolição da escravidão, o movimento mineiro era dirigido pelas elites que, por isso,<br />

<strong>de</strong>fendiam a permanência da escravidão após a conquista da in<strong>de</strong>pendência. Esses movimentos foram<br />

<strong>de</strong>nunciados antes <strong>de</strong> colocarem em prática seus planos explicando o fracasso <strong>de</strong> seus objetivos. Joaquim<br />

da Silva Xavier, o Tira<strong>de</strong>ntes, se transformou em Herói Nacional por per<strong>de</strong>r a vida em <strong>de</strong>fesa dos i<strong>de</strong>ais da<br />

Inconfidência Mineira.<br />

Questão 4<br />

Na prática, tais dispositivos reservavam um acúmulo consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r nas mãos do imperador,<br />

afetando, inclusive, a liberda<strong>de</strong> individual dos cidadãos e o funcionamento das instituições. Não bastasse<br />

isso, o artigo 99 da primeira carta magna brasileira previa que o imperador estava isento <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> acerca das consequências <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões. Outro <strong>de</strong>staque negativo é o inciso V do<br />

artigo 101, que traz a previsão da dissolução da Câmara dos Deputados por meio <strong>de</strong> uma interpretação<br />

flagrantemente pessoal do monarca (salvação do Estado).<br />

Questão 5<br />

Parlamentarismo “clássico” inglês:<br />

“O rei reina mas não governa. Quem governa é o parlamento”.<br />

Parlamentarismo brasileiro<br />

“O rei reina, governa e administra. O parlamento é figura secundária”.<br />

2

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