17.04.2013 Views

Manifesto do Partido Comunista - Partido Comunista Português

Manifesto do Partido Comunista - Partido Comunista Português

Manifesto do Partido Comunista - Partido Comunista Português

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Radicais da classe média. Onde quer que continuassem a dar<br />

sinais de vida, os movimentos proletários independentes eram<br />

implacavelmente persegui<strong>do</strong>s e esmaga<strong>do</strong>s. Foi assim que a polícia<br />

prussiana conseguiu descobrir o Comité Central da Liga <strong>do</strong>s<br />

<strong>Comunista</strong>s, então sedea<strong>do</strong> em Colónia. Os seus membros foram<br />

deti<strong>do</strong>s e, depois de dezoito meses de prisão, foram a tribunal<br />

em Outubro de 1852. Este celebra<strong>do</strong> «julgamento <strong>do</strong>s <strong>Comunista</strong>s<br />

de Colónia» durou de 4 de Outubro até 12 de Novembro;<br />

sete <strong>do</strong>s prisioneiros foram condena<strong>do</strong>s a penas de cadeia numa<br />

fortaleza que variaram entre os três e os seis anos ( 19 ). Imediatamente<br />

após a condenação a Liga foi formalmente dissolvida<br />

pelos membros restantes. Quanto ao <strong>Manifesto</strong>, parecia desde<br />

então condena<strong>do</strong> ao esquecimento.<br />

Quan<strong>do</strong> a classe operária europeia recuperou a força suficiente<br />

para um novo ataque às classes <strong>do</strong>minantes surgiu a<br />

Associação Internacional <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res ( 20 ). Mas esta associação,<br />

formada com o objectivo expresso de fundir num só corpo<br />

to<strong>do</strong> o proletaria<strong>do</strong> militante da Europa e da América, não<br />

pôde proclamar logo os princípios formula<strong>do</strong>s no <strong>Manifesto</strong>.<br />

A Internacional foi obrigada a ter um programa suficientemente<br />

amplo para ser aceitável pelas Trades’Unions inglesas, pelos<br />

segui<strong>do</strong>res de Proudhon na França, na Bélgica, na Itália e na<br />

Espanha, e pelos lassalleanos * na Alemanha. Marx, que redigiu<br />

este programa a contento de to<strong>do</strong>s, confiava inteiramente no<br />

desenvolvimento intelectual da classe operária que seguramente<br />

resultaria da acção combinada e da discussão mútua. Os próprios<br />

acontecimentos e vicissitudes da luta contra o capital, e as derrotas<br />

ainda mais <strong>do</strong> que as vitórias, não podiam deixar de convencer<br />

os homens da insuficiência das suas várias panaceias<br />

favoritas e de preparar o caminho para uma inteligência mais<br />

completa das verdadeiras condições de emancipação da classe<br />

operária. E Marx tinha razão. A Internacional deixou os operários,<br />

ao dissolver-se em 1874 ( 21 ), homens muito diferentes <strong>do</strong><br />

que os tinha encontra<strong>do</strong> em 1864. O proudhonismo na França<br />

e o lassalleanismo na Alemanha estavam a morrer, e mesmo as<br />

Trades’Unions inglesas, conserva<strong>do</strong>ras, embora a maior parte<br />

delas tivesse desde há vez muito corta<strong>do</strong> a sua ligação com a<br />

* Perante nós, pessoalmente, Lassalle sempre se reconheceu com sen<strong>do</strong> um<br />

discípulo de Marx e, como tal, situava-se no terreno <strong>do</strong> <strong>Manifesto</strong>. Mas na sua<br />

agitação pública em 1862-1864, ele não ia além de exigir cooperativas de produção<br />

[cooperative workshops] sustentadas por créditos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!