17.04.2013 Views

Untitled - História da Medicina

Untitled - História da Medicina

Untitled - História da Medicina

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

serve de solurgião-moor em seus Reinos. Fernão<br />

Nunez a fez, anno do nascimento de Nosso Senhor<br />

Jhesu Christo de mjl be çinqoenta e quatro annos.<br />

* Doutor em <strong>História</strong>.<br />

** Engenheiro Civil, Professor e Investigador<br />

1 Natural <strong>da</strong> Covilhã, dele sabemos que frequentou<br />

Artes e <strong>Medicina</strong> na Universi<strong>da</strong>de de Salamanca entre<br />

1581 e 1587, de lá regressando formado.<br />

Procurando o reconhecimento dos estudos em Portugal,<br />

fez a 3.3.1589 provas do curso de <strong>Medicina</strong> na<br />

Universi<strong>da</strong>de de Coimbra, tendo aí obtido a formatura<br />

três dias depois e o acto <strong>da</strong> Prática a 11 do mesmo<br />

mês.<br />

2 Angel Marcos de Diós, na sua obra Portugueses<br />

en Ia Universi<strong>da</strong>d de Salamanca (1580-1640),<br />

apresenta-nos duas pessoas distintas a frequentar<br />

Artes e <strong>Medicina</strong> na referi<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de em <strong>da</strong>tas<br />

diferentes: Francisco Morão, natural do Fundão, entre<br />

1585 e 1592; e Francisco Antunes Morão, de<br />

Castelo Branco, entre 1592 e 1597. Temos, porém,<br />

sérias dúvi<strong>da</strong>s se não seriam uma e a mesma pessoa,<br />

sendo aqueles <strong>da</strong>tas complementares e a naturali<strong>da</strong>de<br />

a mesma. Com efeito, numa curta biografia já por um<br />

de nós publica<strong>da</strong> nestes Cadernos (MSCB,<br />

Assistência aos doentes na vila de Castelo Branco e<br />

seu termo, n.° 2, p. 17), verifica-se ter Francisco<br />

Antunes Morão nascido no Fundão cerca de 1573, se<br />

bem que tenha saído ain<strong>da</strong> menino para Castelo<br />

Branco, onde seu pai exerceu como cirurgião. Nesta<br />

vila iniciou clínica e casou em 1594, com Beatriz<br />

Jorge, também cristã-nova, mas dele se sabe que<br />

andou a contas com a Inquisição de Lisboa entre 1600<br />

e 1606. Relativamente à primeira identi<strong>da</strong>de (dr. Francisco<br />

Morão) regista-se a sua presença na terra natal,<br />

aí sendo referenciado no exercício <strong>da</strong> profissão<br />

entre 1609 e 1612 (cf. Maria Antonieta Garcia,<br />

Denúncias em nome <strong>da</strong> Fé, Universi<strong>da</strong>de Nova de<br />

Lisboa, 1996, pp. 111 e 117); mas nesse último ano<br />

(segundo Marcos de Diós, op. cit., I, p. 91), vendo-se<br />

perseguido pelo Santo Ofício, fugiu para Espanha, com<br />

sua mulher, Catarina Roiz (?), e um filho, Diogo.<br />

3 Natural <strong>da</strong> Covilhã, foi insigne médico e homem<br />

de Letras, do século XVII, de quem se conhece um<br />

Regimiento politico del hombre en e<strong>da</strong>d floresciente,<br />

publicado em Lisboa, em 1697 (cf. Barbosa Machado,<br />

Biblioteca Lusitana., II, p. 808).<br />

4 Cf. Joaquim Candeias Silva, «Estu<strong>da</strong>ntes do<br />

Distrito de Castelo Branco na Universi<strong>da</strong>de de Salamanca<br />

(1580-1640)», VIII Jorna<strong>da</strong>s de Esudo -<br />

<strong>Medicina</strong> na Beira Interior, I<strong>da</strong>nha-a-Nova, 1996.<br />

31<br />

5 Cf. Maria <strong>da</strong> Graça A. Mateus Ventura, “Cristãosnovos<br />

portugueses nas Índias de Castela: dos<br />

negócios aos cárceres <strong>da</strong> Inquisição (1590-1639)”,<br />

Oceanos, n.° 29, Lisboa, Janeiro-Março de 1997, p.<br />

100.<br />

6 Arquivo <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Coimbra, Livro de Actos<br />

e Graus, n.° 35, caderno 1, fl. 86.<br />

7 Este era fanqueiro em Lisboa e casado com uma<br />

familiar do dr. André Rodrigues Franco.<br />

8 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc.º n.° 11463.<br />

9 Esta pena resultou de ele se «comunicar para<br />

fora do cárcere <strong>da</strong> penitencia, aonde estava curandose»...<br />

10 ANTT, Chanc. de D. Afonso VI, liv. 20, fl. 83.<br />

11 Polyanthea <strong>Medicina</strong>l, 3.ª ed., p. 257.<br />

12 ANTT, Inquisição de Lisboa, maços 675 e 2141.<br />

13 Este outro Manuel Mendes Monforte, também<br />

natural de Alcains, era filho de Diogo Lopes Ferreira e<br />

frequentou a Universi<strong>da</strong>de de Coimbra de 1718 a 1725,<br />

tendo concluído a formatura em <strong>Medicina</strong> a 20 de Julho<br />

do último ano.<br />

14 ANTT, Registos Paroquiais de Alcains, n.º2,<br />

Casamentos, fl. 9.<br />

15 Idem, Chanc. de D. João V, liv. 84, fl. 149.<br />

16 Cf. Maria Antonieta Garcia, op. cit., p. 353, passim.<br />

17 Cf. Diogo Barbosa Machado, Biblioteca Lusitana,<br />

I, ed. Atlânti<strong>da</strong> Editora, Coimbra, 1965, p. 681.<br />

18 Além do nosso estudo acima citado, vejam-se,<br />

entre outros, Diogo Barbosa Machado, Bibliotheca<br />

Lusitana, III, pp. 656 e 720; José Lopes Dias, “Simão<br />

Pinheiro Morão, escritor médico luso-brasileiro e<br />

covilhanense ilustre”, in Jornal do Fundão, n.° 1221,<br />

de 7/6/1970; Amélia Rincon-Ferraz, “Dois homens,<br />

dois tempos - um objectivo comum”, in <strong>Medicina</strong> na<br />

Beira Interior... Cadernos de Cultura, n.° 3, Junho de<br />

1991, pp. 11-15; José Malheiro, Doutor Simão Pinheiro<br />

Morão, Médico ilustre do século XVII, que morou e<br />

exerceu clínica na vila de Alma<strong>da</strong>, Alma<strong>da</strong>, 1992.; e,<br />

nestas mesmas Jorna<strong>da</strong>s, a comunicação do Sr. Dr.<br />

António Lourenço Marques, «Simão Pinheiro Morão,<br />

um médico <strong>da</strong> Beira no século XVII, entre Salamanca<br />

e as Índias».<br />

19 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc. n.°s 198 e<br />

616.<br />

20 ANTT, Registos Paroquiais de I<strong>da</strong>nha-a-Nova, liv.<br />

Baptismos n.° 2, fl. 369 v.<br />

21 ANTT, Chanc. de D. Pedro II, liv. 62, fl. 295.<br />

22 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc.º crime n.° 1195;<br />

e Augusto <strong>da</strong> Silva Carvalho, Dicionário dos médicos<br />

e cirurgiões portugueses ou que estiveram em Portugal.<br />

23 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc.º n.° 822.<br />

24 Natural de Castelo Branco, foi nomeado físico-<br />

-mor por carta régia de 4-5-1554, sendo citado por<br />

Amato Lusitano nas suas Sete Centúrias de Curas<br />

<strong>Medicina</strong>is.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!