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CARAMURU: POEMA ÉPICO Santa Rita Durão

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XLVIII<br />

Já se dispunha a guerra sanguinosa;<br />

Porém o comum Pai aos dous intima<br />

Arbítrio na contenda duvidosa,<br />

Que a parte competente aos Reis estima.<br />

Desde Roma Alexandre imperiosa,<br />

Deixando ambos em paz à empresa anima,<br />

E uma linha lançando ao Céu profundo,<br />

Por Fernando, e João reparte o Mundo.<br />

XLIX<br />

Na vasta divisão, que ao Luso veio,<br />

O precioso Brasil contido fica:<br />

País de Gentes, e prodígios cheio,<br />

Da América feliz porção mais rica:<br />

Aqui do vasto Oceano no meio<br />

Por horrível tormenta a proa aplica<br />

O ilustre Cabral com fausto acaso<br />

Sobre graus dezesseis do nosso Ocaso.<br />

L<br />

Da nova Região, que atento observa,<br />

Admira o clima doce, o campo ameno,<br />

E entre arvoredo imenso, a fértil erva<br />

Na viçosa extensão do áureo terreno:<br />

Coberta a praia está de grã-caterva<br />

De incógnita Nação, que com o aceno,<br />

Porque a língua ignorava, à paz convida,<br />

Erguendo-lhe o troféu do Autor da vida.<br />

LI<br />

Era o tempo, em que alegre ressuscita<br />

A verde planta, que murchou no Inverno;<br />

E quando a solar meta o tempo excita,<br />

Em que o Rei triunfou da morte eterno:<br />

Tão sagrada memória a frota incita<br />

A celebrar ao Vencedor do Inferno<br />

O sacrifício, donde a fé venera,<br />

A Paixão, que em tal tempo sucedera.<br />

LII<br />

125<br />

125

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