3. MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINOS E OVINOS - Capril Virtual
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III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar<br />
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APRESENTAÇÃO<br />
A caprinovinocultura é uma atividade tradicionalmente<br />
empreendida pelos produtores potiguares que nos últimos anos<br />
tem experimentado franca expansão em decorrência da forte<br />
demanda por seus produtos .<br />
Apesar dessa situação favorável de mercado e do número<br />
significativo de produtores inseridos nessa atividade, diversos<br />
problemas existentes nas unidades de produção ainda se<br />
constituem em fatores limitantes para o aumento da<br />
produtividade e a oferta de produtos – carne, leite e derivados –<br />
com a qualidade e a regularidade na oferta exigidas pelos<br />
consumidores.<br />
Dentre os entraves nos sistemas produtivos, os problemas<br />
de saúde constituem-se em uma das principais causas do baixo<br />
desempenho zootécnico e econômico dos rebanhos.<br />
O objetivo desta publicação é repassar aos produtores e<br />
demais pessoas interessadas no setor, noções básicas de manejo,<br />
sanidade e prevenção de doenças. Tais informações estão<br />
disponibilizadas de maneira simples, de fácil entendimento por<br />
parte de produtores e demais pessoas que trabalham diretamente<br />
no manejo desses animais.<br />
A EMPARN, que ao longo dos seus 25 anos de atuação no<br />
estado tem se constituído em referência no setor agropecuário,<br />
apresenta mais essa contribuição no sentido de fortalecer o<br />
agronegócio de caprinos e ovinos no estado.<br />
. . . . Semeando oportunidades para o negócio rural<br />
Robson Robson de de Macêdo Macêdo Vieira<br />
Vieira<br />
Diretor Presidente da EMPARN<br />
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III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar<br />
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INTRODUÇÃO<br />
A caprinovinocultura tem se expandido em todos os estados<br />
brasileiros. Independente do objetivo da exploração, a<br />
caprinovinocultura muito tem a contribuir para o desenvolvimento<br />
socioeconômico do País, e de modo particular, da região<br />
nordestina. O Rio Grande do Norte ocupa a sexta posição do<br />
Nordeste em relação ao efetivo caprino e a quinta quanto ao<br />
número de ovinos, com 434.193 e 488.028 animais,<br />
respectivamente. Entre 1996 e 2005, ocorreu uma evolução de<br />
87,46% do efetivo caprino e 25,53% do rebanho ovino estadual,<br />
sendo as taxas de crescimento de 38,77% e 27,31% dos rebanhos<br />
destas espécies para o conjunto do Nordeste e de 38,69% e<br />
8,72% para o Brasil, respectivamente, conforme estimativas do<br />
Instituto FNP (1) .<br />
Em razão de sua importância econômica e social, de modo<br />
particular para os estados do Nordeste, a caprinovinocultura<br />
requer atenção cuidadosa para que possa desenvolver-se à altura<br />
desta importância. Entretanto, desafios de diversas ordens estão<br />
presentes e necessitam ser superados.<br />
De maneira geral, esses animais são explorados<br />
tradicionalmente em sistema de criação extensivo com reduzida<br />
adoção de tecnologias, o que tem sido responsabilizado pelos<br />
baixos índices zootécnicos, traduzidos pela reduzida velocidade<br />
de crescimento dos animais, abate tardio, baixo rendimento e<br />
carcaça que não satisfaz as exigências do mercado em termos<br />
de qualidade, além de idade avançada ao primeiro parto, longos<br />
intervalos entre partos, baixa produção leiteira na vida útil das<br />
matrizes e altas taxas de mortalidades nos rebanhos.<br />
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