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história do paraná - curso cea

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Prof. Arnal<strong>do</strong> Martin Szlachta Junior Curso de História <strong>do</strong> Paraná<br />

De lá partiu novamente em 1738, agora<br />

com uma tropa 3.000 animais, conduzi<strong>do</strong>s por 130<br />

tropeiros. Para encurtar o caminho, em vez de ir<br />

até o Morro <strong>do</strong>s Conventos, abriu, como conta<br />

Barbosa Lessa, ―um novo roteiro, diretamente<br />

entre os campos de Viamão e os campos de<br />

Lajes‖, dan<strong>do</strong> origem aos ―primeiros esboços de<br />

povoações: Santo Antônio da Patrulha, São<br />

Francisco de Paula e Nossa Senhora da Oliveira da<br />

Vacaria. Na viagem, alargou e consoli<strong>do</strong>u os<br />

caminhos e construiu quase 300 pontilhões. Foi<br />

uma empreitada enorme mas lucrativa. Segun<strong>do</strong><br />

Lessa, somente os quintos para a Fazenda Real<br />

somaram 10.000 cruza<strong>do</strong>s.<br />

Fonte:http://site.cruzeironet.com.br/sorocaba/<br />

As características <strong>do</strong>s tropeiros<br />

Entender esse nosso personagem da<br />

sociedade Paranaense típico da nossa sociedade<br />

Foram comuns expedições espanholas adentran<strong>do</strong><br />

o território paranaense durante o sécuxo XVII e<br />

XVIII os tropeiros faziam parte das zonas rurais e<br />

das pequenas cidades aqui na região sul, na<br />

maioria das vezes vesti<strong>do</strong>s como os Gaúchos da<br />

época, utilizan<strong>do</strong> botas, chapéus e ponchos. Os<br />

tropeiros encaminhavam rebanhos de ga<strong>do</strong> para o<br />

interior de São Paulo, principalmente Sorocaba, já<br />

na província de São Paulo os animais juntamente<br />

com as merca<strong>do</strong>rias iam para as províncias de<br />

Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. As merca<strong>do</strong>rias<br />

para a região de Goiás deveriam ser transportadas<br />

no lombo <strong>do</strong>s animais já que a região não<br />

colaborava muito devi<strong>do</strong> geografia íngreme. Na<br />

região <strong>do</strong> Mato Grosso onde encontramos o<br />

pantanal os produtos eram transporta<strong>do</strong>s seguin<strong>do</strong><br />

o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong>s rios nas conhecidas monções.<br />

Devemos ter em mente que não era uma<br />

função muito agradável já que havia riscos nas<br />

viagens, muitos desses homens de origem<br />

portuguesa, mestiça e da capitania de são Vicente<br />

se viram obriga<strong>do</strong>s a procurar outras formas de<br />

sobreviverem já que <strong>do</strong> desenvolvimento de São<br />

Vicente era limita<strong>do</strong>, muito subiram as serras<br />

chegan<strong>do</strong> ao interior, era fundada a capitania de<br />

São Paulo, uma pobre vila com uma economia de<br />

7<br />

substancia dependente <strong>do</strong> comercio de artesanato,<br />

cereais e o bandeirantismo.<br />

Assim temos o tropeirismo integran<strong>do</strong><br />

essas regiões já que era uma possibilidade de um<br />

pequeno comércio, pratica<strong>do</strong> no lombo de mulas.<br />

Também havia os interesses <strong>do</strong>s<br />

portugueses que envergavam a necessidade de<br />

povoar a região sul, evitan<strong>do</strong> fundações de vilas<br />

espanholas, assim o governo real fez com que<br />

facilitasse o acesso à terra garantin<strong>do</strong> um grau de<br />

liberdade certa autonomia administrativa para a<br />

região, mas ainda prevalecia uma continuidade <strong>do</strong><br />

processo de ocupação territorial nacional presente<br />

no século XVII, com o pre<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> latifúndio<br />

durante o século 17, o que beneficiou poucas<br />

famílias e marginalizava grande parte <strong>do</strong> sociedade<br />

que estava ali se forman<strong>do</strong>.<br />

O que chega até nós é uma imagem idealizada <strong>do</strong>s<br />

tropeiros, muitas vezes vista como uma salva<strong>do</strong>r da<br />

colonização.<br />

Leitura Complementar<br />

(...) O tropeiro iniciava-se na profissão<br />

por volta <strong>do</strong>s 10 anos, acompanhan<strong>do</strong> o pai, que<br />

era o negociante (compra e venda de animais) o<br />

condutor da tropa. Usava chapelão de feltro<br />

cinza ou marrom, de abas viradas, camisa de cor<br />

similar ao chapéu de pano forte, manta ou beata<br />

com uma abertura no centro, jogada sobre o<br />

ombro, botas de couro flexível que chegavam<br />

até o meio da coxa para proteger-se nos<br />

terrenos alaga<strong>do</strong>s e matas.<br />

No Rio Grande, a cidade de Viamão<br />

tornou-se um <strong>do</strong>s principais centros de comércio

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