18.04.2013 Views

visualizar resumo expandido - PUC-Campinas

visualizar resumo expandido - PUC-Campinas

visualizar resumo expandido - PUC-Campinas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

nem sempre enfrentados pela população (Mezzalira,<br />

2010)[13]<br />

O modelo de Educação Infantil, apontado pela mesma<br />

autora, no final dos anos 70, proposto pela Coordenação<br />

dos Programas de Desenvolvimento de<br />

Comunidade, foi o combate à desnutrição e a preparação<br />

para o Ensino Fundamental. Essa concepção<br />

atingiu o Brasil em um terreno fértil para a proliferação<br />

da assistência: a ditadura militar. Essa proposta<br />

acalmava a população nesse momento turbulento do<br />

país (Rosemberg, 1998 citado por Rosemberg,<br />

2002)[15]. Foi durante o regime militar que se iniciou<br />

a nova fase para a educação brasileira. Em 1985 a<br />

Secretaria Municipal de Educação da cidade de São<br />

Paulo anunciava a vontade política de construir uma<br />

pré-escola pública, gratuita e comprometida com as<br />

necessidades da criança das classes populares,<br />

marcadas pela “redemocratização política do país”<br />

(Kuhlmann Jr, 2000)[9].<br />

Após a ditadura militar, movimentos sociais trabalharam<br />

para uma nova proposta de Constituição, que foi<br />

aprovada em 1988. Nela, a E.I. (Educação Infantil)<br />

foi aprovada como extensão do direito universal à<br />

educação, apoiando, inclusive, o trabalho materno<br />

extradoméstico. Uma nova equipe no MEC elaborou<br />

uma proposta nacional de política de E.I., planejando<br />

políticas de direito a Educação para crianças de 0 a<br />

6 anos. Entretanto, essas inovações foram interrompidas<br />

quando Fernando Henrique Cardoso e o PSDB<br />

assumiram o poder (Rosemberg, 2002)[15].<br />

A exigência da formação dos professores na Educação<br />

Infantil veio com a Lei de Diretrizes de Base de<br />

1996. Antes dela, a única exigência de formação era<br />

para lecionar no ensino fundamental. Entretanto, essa<br />

lei não atinge auxiliares e monitores, em que a<br />

única exigência é o ensino médio. Há, ainda, carência<br />

da Psicologia e do serviço social.<br />

Rosemberg (2002)[15] pontua, entretanto, que a primeira<br />

versão do Plano Nacional de Educação (PNE)<br />

deu um passo atrás em relação à LDB. Um dos motivos<br />

foi o de que se deve manter a criança até os 3<br />

anos em ambiente familiar, abrindo portas para programas<br />

“não formais” e de baixo custo (“Mãecrecheira”).<br />

Como solução para atingir a lei do artigo 2º da LDB,<br />

que a educação é dever do Estado e da família e é<br />

direito da criança, o governo aumentou as vagas nas<br />

escolas e aumentou o número de profissionais sem<br />

formação específica, havendo, então, uma precarização<br />

do serviço prestado. Outra característica que o<br />

governo tomou é o agrupamento de diferentes faixas<br />

etárias numa mesma sala. Para Vygotsky seria um<br />

Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178<br />

Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420<br />

25 e 26 de setembro de 2012<br />

importante jeito de pensar na Zona de Desenvolvimento<br />

Proximal. Entretanto, as precárias condições<br />

físicas e o despreparo dos profissionais, dificultam a<br />

utilização do agrupamento (Rego 2003 citado por<br />

Mezzalira, 2010)[13]. O direito da criança à educação,<br />

entretanto, é violado pelos processos seletivos<br />

de entrada da criança na escola e na creche.<br />

As políticas de assistência do BM só tendem a reforçar<br />

a desigualdade. Dessa forma, não existe possibilidades<br />

de inclusão dessas mulheres e nem das crianças.<br />

Mesmo com a suposta tentativa de mudança<br />

na Educação pública brasileira, as creches ainda tem<br />

uma concepção assistencialista, e a segmentação do<br />

atendimento da criança pobre em instituições estruturadas<br />

precariamente continua na agenda dos problemas<br />

na Educação Infantil brasileira. (Kuhlmann,<br />

2000)[9]<br />

A entrada da Criança na Escola: processo de avaliação<br />

e acompanhamento<br />

A escola tem grande importância no desenvolvimento<br />

cognitivo e social da criança. Nela há uma construção<br />

da identidade e de pertença no mundo. É na<br />

escola que acontece a aquisição dos princípios éticos<br />

e morais que permeiam a sociedade; é na escola<br />

que surgem dúvidas, expectativas, inseguranças e<br />

perspectivas em relação ao futuro. É também nela<br />

que são reveladas as potencialidades humanas<br />

(Borsa, 2007)[2].<br />

Dessen e Polonia (2007)[5] citam Oliveira (2000)<br />

quando afirma que a escola é um ambiente multicultural<br />

que abrange a construção de laços afetivos e a<br />

preparação para a inserção na sociedade. Guzzo,<br />

Moreira e Mezzalira (2012)[8] lembram que é dentro<br />

da escola que as crianças expressam o que vivenciam<br />

fora dela.<br />

A aprendizagem é um processo que está em complexa<br />

inter-relação com o desenvolvimento. Para<br />

compreender a Zona de Desenvolvimento Proximal,<br />

um dos grandes trabalhos de Vygotsky, Mezzalira<br />

(2010) cita Rego (2003)[13], que explica a ZDP (Zona<br />

de desenvolvimento proximal) como distância entre<br />

o nível real de desenvolvimento, o que a criança<br />

já conhece e domina, e o nível de desenvolvimento<br />

potencial, o que a criança é capaz de fazer. Bastos e<br />

Pereira (2003)[3] pontuam que a principal função do<br />

professor nas idéias de Vygotsky é atuar na ZDP.<br />

Vygotsky entendia o desenvolvimento humano por<br />

meio das mediações das relações do homem com<br />

seu meio.<br />

Henri Wallon também entende o ser humano como<br />

um ser integral e escapa de um raciocínio dicotômico

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!