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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Na questão referente ao local onde as crianças costumam<br />

passear, das 240, 95% responderam que<br />

passeiam, 4,17% não passeiam e 0,83% respostas<br />

estavam em branco. Já os locais de passeio com<br />

maior frequência nessa questão é de 48,4% em lugares<br />

públicos¹, 22,08% em casa de parentes, 18,02%<br />

em lugares privados. Percebe-se que as crianças<br />

frequentam lugares que, supostamente, exigem menor<br />

investimento de dinheiro. Apareceram, entretanto,<br />

respostas como “Gosta de ficar no chão”. Há a<br />

necessidade de fazer outras questões a partir desta<br />

resposta, tais como: em que contexto a criança gosta<br />

de ficar no chão? Ela não sai porque gosta de ficar<br />

no chão? Quando ela sai ela gosta de ficar no chão?<br />

A pergunta em si não é de grande exploração na<br />

vida dela, mas quando uma resposta como essa<br />

aparece o professor deveria usá-la para obter maiores<br />

informações da pessoa com quem vai trabalhar.<br />

A respeito de dividir o quarto com alguém ou não,<br />

das 240 crianças, 84,5% delas dividem. Dessas,<br />

10% dormem com o casal, pai e mãe, seja na mesma<br />

cama ou em camas separadas, 5,41% dormem<br />

com o(s) irmão(s), 8,75% dormem sozinhas, 3,33%<br />

crianças dormem com a mãe e 70,83% das fichas<br />

tem essa questão em branco.<br />

É uma questão importante, mas precisa ser explorada<br />

entrevistadora no sentido de saber do casal como<br />

eles fazem em suas relações sexuais, se a criança<br />

fica presente no quarto, mesmo que dormindo. São<br />

informações muito pertinentes e que devem ser levadas<br />

em consideração no trabalho com a criança.<br />

A questão de quem leva e busca a criança na escola<br />

tem com maior frequência de respostas que é a mãe<br />

a responsável pela atividade. Há grande frequência<br />

de<br />

praças,<br />

parentes<br />

lagoa, bosque,<br />

(pai, irmão,<br />

etc.<br />

tios, avós, primos) que fazem<br />

essa atividade. A perua escolar aparece na<br />

questão de buscar, mas não de levar à escola. É<br />

Questões de simples respostas também estão relacionadas<br />

ao que a criança assiste na televisão.<br />

Grande parte assiste, mas outra grande parte das<br />

Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178<br />

Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420<br />

25 e 26 de setembro de 2012<br />

respostas vieram com a marca de emissoras. É válido<br />

pedir especificação do que ela assiste nessas<br />

emissoras. Podem ser desenhos, podem ser conteúdos<br />

inapropriados, como violência e sexo. São conhecimentos<br />

da rotina delas que permitem o entendimento<br />

do desenvolvimento para as intervenções.<br />

O horário que a criança vai dormir tem maior frequência<br />

de respostas no intervalo entre 20h e<br />

22:30h, e o que mais apareceu em relação a acordar<br />

está no intervalo entre 6h da manhã e 9h da manhã.<br />

Essas duas questões são simples, mas que não pode<br />

deixar de ser explorada com questionamentos<br />

como “o que a criança faz até esse horário?”.<br />

E relação ao que os pais fazem quando a criança é<br />

contrariada foram obtidas 248 respostas, divididas<br />

em categorias, das quais as de maior frequência de<br />

respostas foram: Conversa (37,9%), não respondeu<br />

(13,30%), Deixa a criança se acalmar sozinha<br />

(11,69%), Castigo (11,29%). Um número considerável<br />

de argumentos também foi “deixa a criança acalmar<br />

sozinha”. Caberia ao profissional perguntar ao<br />

responsável se ela demora para acalmar-se sozinha<br />

ou mesmo questionar-se se poderia ser algum tipo<br />

de negligência por parte dos pais.<br />

Outra pergunta que é fonte do conhecimento histórico<br />

da criança ingressante na instituição em questão<br />

é discriminar o que a criança já come, qual é o tipo<br />

de alimentação. Mais da metade das fichas tem como<br />

resposta que a criança come de tudo, sem discriminar<br />

exatamente esse “tudo”. As outras respostas<br />

foram divididas nos grupos de alimentos: Proteínas,<br />

Carboidratos, Legumes, Frutas, Guloseimas, Sucos<br />

e Líquidos. O destaque entre as respostas referentes<br />

a essa questão estão em três categorias: Não res-<br />

pondeu (14), Sim (1), Não (11). Destaco essas três<br />

¹Lugares Públicos – utilizo esse termos para referenciar locais públicos categorias que não necessitam pelas não de investimentos respostas e financeiros. o que leva Locais o entre- como<br />

vistador não questionar a não resposta.<br />

²Vínculo não identificado – nomes aleatórios preenchidos na ficha A última de matrícula questão que da não ficha tem identificação de matrícula de e relação. a ser discu-<br />

relevante que o entrevistador questione em que ocatida nesse trabalho está no espaço que ela permite<br />

siões<br />

³Emissora<br />

na vida<br />

– Nessa<br />

da família<br />

categoria<br />

há<br />

foram<br />

a troca<br />

aglutinadas<br />

de responsável;<br />

respostas como:<br />

ao<br />

SBT,<br />

cuidador<br />

Globo, TV<br />

colocar<br />

Cultura<br />

outras<br />

ou qualquer<br />

observações<br />

outra emissora.<br />

que ele ache<br />

em que dias da semana há essa troca.<br />

relevantes, ou seja, tudo relacionado a criança e su-<br />

Outro ponto que pode ser explorado na ficha de maas relações. Menos da metade utilizou desse espatrícula<br />

está em com quem a criança fica depois da ço. É evidente que em uma ficha de matrícula não dê<br />

escola. É tão pertinente quanto essa questão saber o para conhecer de fato uma pessoa, mas é um ins-<br />

que ela faz, quais são seus hábitos no seu tempo trumento importante de inserir-se na vida da criança<br />

livre, inclusive para o entendimento do desenvolvi- com que trabalhará. Vale destacar que o professor e<br />

mento dela por parte dos professores e monitores o monitor não devem limitar-se a essa ficha, mas é o<br />

para que não tirem conclusões precipitadas dos seus primeiro meio de conhecer a criança.<br />

aspectos cognitivos.<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A ficha de matrícula é um instrumento de grande relevância,<br />

mas deve ser melhor elaborada e trabalha-

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