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'NÃO MATAR!' - Humanitas Vivens - Editora On-line

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indivíduo do outro, mas por aquelas pelas quais todos os<br />

homens pertencem a um único “gênero”; não importa se o<br />

acento recai sobre as características axiologicamente<br />

negativas – por exemplo, todos os homens são pecadores –<br />

ou sobre aquelas positivas – por exemplo, o Homem é<br />

naturalmente social 552 .<br />

Bobbio, excluindo a necessidade de excogitar<br />

argumentos filosóficos para afirmar a substancial unidade<br />

humana, parece antecipar as palavras da Declaração<br />

Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos,<br />

1999.<br />

Esta declaração afirmou, no seu primeiro artigo, a<br />

existência de uma base “genética”, portanto não filosófica,<br />

da unidade fundamental de todos os membros da família<br />

humana bem como de sua inerente dignidade e diversidade.<br />

Esta “unidade substancial” não anula as individuais<br />

diversidades, necessárias para afirmação da Pessoa,<br />

enquanto indivíduo-humano.<br />

Segundo Bobbio, o impulso em direção a uma sempre<br />

maior igualdade entre os homens é irresistível: o<br />

Igualitarismo é uma das grandes molas do desenvolvimento<br />

histórico. A igualdade entendida como igualar os diferentes<br />

é um ideal permanente e perene dos homens que vivem em<br />

Sociedade.<br />

Perfeitamente antitética, segundo Bobbio, é a<br />

operação mental que está à base das doutrinas liberais, que<br />

tendem a pôr em evidência não aquilo que os homens têm<br />

em comum, enquanto humanos, mas aquilo que têm de<br />

diferente, enquanto indivíduos.<br />

Não precisamos acrescentar que ambas as operações<br />

mentais – igualitária e liberal – são guiadas por escolhas de<br />

552 Cfr. IDEM, “Eguaglianza ed egualitarismo” (1976), in TeGePo, pp.<br />

255-256.<br />

195

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