18.04.2013 Views

Jornal do Agrupamento Vertical de Escolas de Macedo

Jornal do Agrupamento Vertical de Escolas de Macedo

Jornal do Agrupamento Vertical de Escolas de Macedo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1º Ciclo <strong>do</strong> Ensino Básico<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca<br />

O rapaz continuava <strong>do</strong>ente e<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca sabia que era sua culpa<br />

e por isso estava muito triste. Assim,<br />

fez as suas malas e saiu <strong>de</strong> casa.<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca an<strong>do</strong>u quilómetros e<br />

quilómetros, até encontrar uma al<strong>de</strong>ia<br />

quase <strong>de</strong>sabitada. Percorreu a al<strong>de</strong>ia<br />

até encontrar uma velha casa on<strong>de</strong> vivia<br />

uma velhota com a sua neta. Bateu<br />

à porta on<strong>de</strong> viviam as duas, abriram e<br />

<strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> apareceu uma cara enrugada, pequena e estreita.<br />

Deixaram-na entrar e Maria Pan<strong>do</strong>rca perguntou se po<strong>de</strong>ria<br />

passar ali a noite.<br />

Na manhã seguinte, quan<strong>do</strong> Maria Pan<strong>do</strong>rca se sentou<br />

à mesa, já tinha lá uma caneca <strong>de</strong> leite e uma torrada.<br />

Enquanto comia, a neta da velhota, que tinha cinco anos ialhe<br />

fazen<strong>do</strong> perguntas às quais ela respondia com vivacida<strong>de</strong>.<br />

Até que a Joaninha, a neta da velhota, lhe perguntou, porque<br />

ela estava ali. Ela respon<strong>de</strong>u:<br />

- Sabes, é que eu gosto muito <strong>de</strong> viajar. – disse ela triste.<br />

A velhota, ven<strong>do</strong> a sua tristeza man<strong>do</strong>u a Joaninha ir<br />

brincar e perguntou a Maria Pan<strong>do</strong>rca o que tinha.<br />

Ela contou-lhe tu<strong>do</strong> e perguntou-lhe o que <strong>de</strong>via fazer.<br />

A velhota, disse-lhe que fosse ter com o senhor das cavernas,<br />

que vivia nas cavernas <strong>do</strong> Paraíso, pois ele saberia o que havia<br />

<strong>de</strong> fazer.<br />

Nesse momento, o rapaz estava às portas da morte,<br />

muito triste por não ter <strong>de</strong>scoberto quem era essa tal rapariga<br />

por quem se tinha apaixona<strong>do</strong>.<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca <strong>de</strong>spediu-se da Joaninha e da velhota<br />

e caminhou quilómetros e quilómetros em direcção ao Sul.<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca <strong>de</strong> tanto andar cansou-se e <strong>de</strong>itou-se à sombra<br />

<strong>de</strong> um sobreiro para <strong>de</strong>scansar. Ela a<strong>do</strong>rmeceu e teve um<br />

sonho. No sonho o rapaz estava muito <strong>do</strong>ente e não conseguia<br />

parar <strong>de</strong> dizer “ Maria Pan<strong>do</strong>rca”, “ Maria Pan<strong>do</strong>rca”. De<br />

repente, Maria Pan<strong>do</strong>rca acor<strong>do</strong>u sobressaltada e começou a<br />

correr em direcção às cavernas <strong>do</strong> Paraíso. Correu, correu,<br />

até chegar às cavernas <strong>do</strong> Paraíso, entrou numa das cavernas<br />

e viu um homem velho, com o cabelo e a barba a chegar<br />

aos pés, a limpar a caverna, muito contente e a assobiar.<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca, perguntou:<br />

- Você é o senhor das cavernas?<br />

O homem olhou espanta<strong>do</strong> para ela e disse:<br />

- Sim, sou. Porquê?<br />

Maria Pan<strong>do</strong>rca contou-lhe a história toda e <strong>de</strong>pois o senhor<br />

das cavernas exclamou:<br />

- Eu não sei o que hei-<strong>de</strong> fazer! Mas sei quem saiba.<br />

- Quem? Diga-me por favor.<br />

- O sapo real. Ele é o melhor mágico da região. Vai sempre a<br />

norte, <strong>de</strong>pois encontrarás um lago, <strong>de</strong>ve haver lá um barco,<br />

atravessa o lago e <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> encontrarás<br />

um palácio.<br />

A Maria Pan<strong>do</strong>rca agra<strong>de</strong>ceu ao senhor<br />

das cavernas as informações e<br />

começou a caminhar para Norte.<br />

De repente apareceu uma raposa<br />

e disse:<br />

- Olá! És a Maria Pan<strong>do</strong>rca não és?<br />

Vem comigo.<br />

-Não!!! Tenho que ir ter com o sapo real. Como sabes o meu<br />

nome?<br />

- Sabes, eu fui envia<strong>do</strong> pelo Fantasma da Morte. Ele quer impedir<br />

que chegues ao sapo real. Ele quer que o rapaz morra.<br />

Ele tem fome!!!!<br />

A Maria Pan<strong>do</strong>rca começou a chorar e exclamou:<br />

- Não vou <strong>de</strong>ixar que isso aconteça, leva-me a mim!<br />

Mas nesse momento, uma luz intensa ergueu-se no ar<br />

e <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> apareceu uma bela mulher com asas e uma<br />

varinha <strong>de</strong> condão na mão. Era uma fada.<br />

A fada disse:<br />

- Desta vez apanho-te, a ti e ao Fantasma da Morte.<br />

E dizen<strong>do</strong> isto começa a correr atrás da raposa. Mas<br />

antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer no horizonte exclama olhan<strong>do</strong> em direc-<br />

ção a Maria Pan<strong>do</strong>rca:<br />

- Agora vai. O tempo está a esgotar-se.<br />

Ouvin<strong>do</strong> isto Maria Pan<strong>do</strong>rca retoma a caminhada. De<br />

repente começou a ficar com fome e sentou-se para comer,<br />

enquanto comia ficava sonolenta e a<strong>do</strong>rmece. Quan<strong>do</strong> acorda<br />

não vê a sua mala. Até que avista, ao longe, um esquilo a<br />

mexer na sua mala. Ela aproximou-se e perguntou:<br />

- Quem és?<br />

O esquilo olhou para cima e viu-a, primeiro ficou assusta<strong>do</strong>,<br />

mas <strong>de</strong>pois disse:<br />

- Sou o esquilo <strong>do</strong> monte e tu?<br />

- Sou a Maria Pan<strong>do</strong>rca. Porque estás com a minha mala?<br />

- Andava à procura <strong>de</strong> comida. -disse o esquilo<br />

atrapalha<strong>do</strong>.<br />

- Não faz mal, eu sei como te <strong>de</strong>ves sentir.<br />

Tira mais, po<strong>de</strong>s comer à vonta<strong>de</strong>.<br />

- Obriga<strong>do</strong>, és muito atenciosa.<br />

Eles continuaram a conversar até<br />

que Maria Pan<strong>do</strong>rca perguntou:<br />

- Queres vir comigo, visitar o sapo real?<br />

- Sim! Ele é muito simpático.<br />

Eles começaram a caminhar em direcção ao palácio <strong>do</strong> sapo<br />

real, mas <strong>de</strong> repente, Maria Pan<strong>do</strong>rca <strong>de</strong>smaiou, pois estava<br />

muito cansada. O esquilo <strong>de</strong>itou-a à sombra <strong>de</strong> uma árvore e<br />

aproveitou para comer mais um bocadinho.<br />

Enquanto <strong>do</strong>rmia, Maria Pan<strong>do</strong>rca teve outro sonho,<br />

mas neste sonho o rapaz estava tão <strong>do</strong>ente que nem conseguia<br />

falar.<br />

Enquanto isto, o rapaz estava na sua cama cada vez<br />

pior, sem parar <strong>de</strong> pensar naquela rapariga misteriosa.<br />

A Maria Pan<strong>do</strong>rca quan<strong>do</strong> acor<strong>do</strong>u, estava transpirada e o esquilo<br />

olhou para ela admira<strong>do</strong>, pois não estava assim tanto calor.<br />

Ela tentou levantar-se mas não conseguia, algo pesa<strong>do</strong><br />

tinha-lhe caí<strong>do</strong> nas pernas. Olhou para as pernas e não viu<br />

nada, tentou apoiar as mãos nas pernas mas estas ficavam<br />

suspensas no ar. Foi então que o esquilo exclamou:<br />

- É um ser invisível! É inacreditável!<br />

- Mas como o conseguimos ver?<br />

- Espera. Primeiro fazemos uma fogueira e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>itamos-lhes<br />

as cinzas para cima.<br />

E assim foi, fizeram a fogueira e esperaram que se formassem<br />

cinzas. Quan<strong>do</strong> estas feitas, <strong>de</strong>itaram-nas para cima <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> parecia estar o corpo <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> terminaram,<br />

pu<strong>de</strong>ram verificar que o que se encontrava em cima das<br />

pernas <strong>de</strong> Maria Pan<strong>do</strong>rca era um cãozinho. Decidiram leválo,<br />

por isso pegaram nele e continuaram a caminhada. Quan<strong>do</strong><br />

chegaram ao lago, o cãozinho acor<strong>do</strong>u e começou a ladrar,<br />

mas subitamente conseguiram acalma-lo. Olharam para<br />

a água, mas não viram nenhum barco. Nesse momento emergiu<br />

à superfície uma figura gigantesca, feia e <strong>de</strong> meter me<strong>do</strong>.<br />

Essa horrível criatura perguntou:<br />

- Quem está ai?<br />

- Sou eu, a Maria Pan<strong>do</strong>rca. Deixa-nos passar.<br />

- Não. Só se respon<strong>de</strong>res correctamente a uma pergunta que<br />

te vou fazer.<br />

- Está bem. – concor<strong>do</strong>u a Maria Pan<strong>do</strong>rca.<br />

- Qual é a coisa mais gigantesca, mais feia e que mete mais<br />

me<strong>do</strong> <strong>do</strong> que eu?<br />

Os três olharam-se admira<strong>do</strong>s. Quem seria?????<br />

Até que o esquilo arriscou:<br />

- A morte.<br />

- NÃO!!! – disse o monstro com clareza.<br />

Os três começaram a pensar, a pensar, a pensar, até que o<br />

cãozinho se lembrou:<br />

- A tua mãe.<br />

Os outros <strong>do</strong>is, olharam-se admira<strong>do</strong>s. Seria aquela a resposta?<br />

Era o que iam ver <strong>de</strong> seguida, pois o monstro exclamou:<br />

SIM!!!!!! – disse ele admira<strong>do</strong>.<br />

A Maria Pan<strong>do</strong>rca e o esquilo trocaram olhares. Afinal trazerem<br />

o cãozinho tinha si<strong>do</strong> uma óptima i<strong>de</strong>ia.<br />

Nesse momento, o monstro assobiou e apareceram á<br />

superfície três magníficos golfinhos.<br />

Do outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o rapaz estava cada vez mais<br />

<strong>do</strong>ente e a sua mãe preocupada.<br />

Os três atravessaram o lago em cima <strong>do</strong>s golfinhos até

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!