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cultivo<br />
pomares<br />
Skeena em Gisela 5, a 70 cm na linha, à 3ª folha<br />
mo se pode observar na Figura 3.<br />
A combinação mais precoce foi a<br />
Skeena/Gisela 5, com uma média<br />
de 250 g/árvore. Convém realçar<br />
que uma das árvores desta combinação<br />
produziu 1250 gramas de cerejas,<br />
logo no primeiro ano de produção.<br />
No entanto, a cultivar Sweetheart<br />
não foi além dos 150 g/árvore<br />
no porta-enxerto Gisela 5.<br />
Os resultados mostram que, ao<br />
segundo ano de pomar, os portaenxertos<br />
mais ananicantes Gisela<br />
5 e Edabriz pertimiram maior<br />
produção de cereja na cultivar<br />
Skeena, mas na Sweetheart, o<br />
Maxma 14 proporcionou produções<br />
mais elevadas.<br />
A produção acumulada nos três<br />
primeiros anos, por porta-enxerto<br />
e cultivar, está apresentada na<br />
Figura 4. Verificamos que de um<br />
de um modo geral o porta-enxerto<br />
Gisela 5 proporcionou produções<br />
médias mais elevadas (2,7<br />
kg/árvore), quando combinado<br />
com a cultivar Skeena; a Sweetheart<br />
enxertada naquele porta-enxerto<br />
somou 1,6 kg/árvore, e a<br />
Skeena também produziu bem sobre<br />
Edabriz (2,1 kg/árvore), mas<br />
deve notar-se que a cultivar Sweetheart<br />
somou as maiores produções<br />
médias por planta (1,8 kg) no<br />
porta-enxerto Maxma 14.<br />
Quanto à produção acumulada<br />
por planta, nas quatro densidades<br />
ensaiadas, verificamos que em Gisela<br />
5 às maiores densidades correspondem<br />
produções por árvore<br />
também mais elevadas, embora<br />
nos outros porta-enxertos não se<br />
verifique o mesmo, como se pode<br />
observar no Quadro 1.<br />
Extrapolando os valores da produção<br />
acumulada/árvore para a<br />
unidade de área (hectare) obtemos<br />
rendimentos que variam entre<br />
pouco mais de 0,5 t/ha (Maxma<br />
14*Skeena, com 860 plantas/ha)<br />
e mais de 7 t/ha (Gisela<br />
5*Skeena, com 2600 plantas/ha).<br />
Conclusões<br />
Os resultados deste ensaio permitem-nos<br />
verificar que, até à 4ª<br />
folha de pomar, as cultivares Sweetheart<br />
e Skeena cresceram de forma<br />
diferenciada, consoante o porta-enxerto:<br />
as plantas enxertadas<br />
em Gisela 5 atingiram menor área<br />
de secção do tronco (AST) do que<br />
as que estão em Edabriz, ao passo<br />
que as enxertadas em Maxma 14<br />
cresceram bastante mais. Até esta<br />
fase já foi possível observar o<br />
efeito da maior densidade de plantação<br />
(2600 plantas/ha) na redução<br />
do crescimento das árvores, e<br />
as diferenças tenderão a acentuarse<br />
à medida que aumenta a con-<br />
Skeena em Edabriz, à 3ª folha Sweetheart em Gisela 5, a 70 cm na linha, à 3ª folha<br />
corrência radicular entre as árvores.<br />
O porta-enxerto Maxma 14<br />
proporcionou melhores produções<br />
na cultivar Sweetheart do que<br />
os ananicantes, mas na cultivar Skeena<br />
foram estes que induziram a<br />
maiores produções acumuladas.<br />
Em porta-enxerto ananicante,<br />
em especial no Gisela 5, as árvores<br />
cresceram muito pouco e produziram<br />
muito. É importante ajustar<br />
as dotações hídricas e nutricionais<br />
às necessidades específicas do<br />
porta-enxerto, como forma de estimular<br />
o crescimento vegetativo,<br />
e quando necessário é recomendado<br />
intervir reduzindo o número<br />
de frutos, através da poda ou<br />
remoção de esporões, no sentido<br />
de melhorar a qualidade e o<br />
valor da produção, que depende<br />
sobretudo do calibre das cerejas.<br />
Nesta fase de ensaio, tendo presente<br />
o objectivo de aceder à totalidade<br />
das cerejas a partir do<br />
chão, já se torna necessário recorrer<br />
a meios químicos para conter<br />
o crescimento das cerejeiras em<br />
Maxma 14, apesar das limitações<br />
de água e da fraca profundidade<br />
e fertilidade do solo. O que<br />
mostra que a densidade de 2600<br />
plantas/ha poderá ser excessiva<br />
para explorar as cultivares neste<br />
porta-enxerto.<br />
O acompanhamento do ensaio<br />
até à fase adulta, tanto no que se<br />
refere ao crescimento vegetativo<br />
como à produção, permitirá determinar<br />
a densidade mais apropriada<br />
para cada combinação cultivar/porta-enxerto<br />
em condições<br />
análogas de cultivo. Também o tratamento<br />
dos dados relativos aos ensaios<br />
nos outros locais (Carrazedo<br />
de Montenegro e Caria) permitirão<br />
comparar e avaliar com maior segurança<br />
o comportamento vegetativo<br />
e produtivo de cada combinaçãoporta-enxerto-cultivar-densidade<br />
de plantação, em condições de<br />
solo e clima diferentes. <br />
*Departamento de Fitotecnia, CECEA, Universidade<br />
de Trás-os-Montes e Alto Douro,<br />
Ap. 1013, 5001–911 Vila Real (PORTU-<br />
GAL), asantos@utad.pt<br />
<strong>FLF</strong> • Nº 99 Março/Abril 2008<br />
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