Revista Online PAX nº67
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solar, enquanto o asturiano, astur ou assur é povo<br />
mercuriano, planeta de natureza andrógina ou<br />
bissexual que serve de permeio ao Sol e à Lua,<br />
representativos do masculino e do feminino como<br />
princípios activo e passivo de que ele, Mercúrio, é<br />
o neutro ou equilibrante. Por este motivo de interrelação<br />
esotérica entre as três etnias ibéricas, é que<br />
a suástica faz parte da sua cultura espiritual.<br />
Como as cores verde e vermelha da<br />
bandeira basca são as mesmas que a Tradição<br />
Iniciática dá às Energias Celeste e Terrestre<br />
chamadas no Oriente de Fohat e Kundalini, será<br />
então a suástica expressiva do movimento<br />
universal dessa Energia dupla que, ao animar a<br />
Matéria como Electricidade e Electromagnetismo,<br />
vem a ser uma espécie de “incarnação” de Forças<br />
invisíveis que se tornam visíveis, alterando-se o<br />
movimento giratório dessa cruz celeste tornandose<br />
na Terra sovástica. Por este motivo tornou-se<br />
símbolo da Morte, razão pela qual aparece em<br />
inúmeros monumentos funerários bascos. Já nas<br />
Astúrias e na Galiza (por exemplo, em Grullos,<br />
<strong>PAX</strong> – N.º 67 – Propriedade da Comunidade Teúrgica Portuguesa<br />
16<br />
Quirós e Piornedo) ele também aparece, mas com<br />
menos frequência predominando a suástica,<br />
símbolo da Vida e do Sol. Utilizado como amuleto<br />
ou talismã pelos bascos, além das construções<br />
funerárias o lauburu igualmente surge gravado nos<br />
frontispícios das casas, para que o mal e a morte<br />
não invadam as mesmas. Nisto, é um signo mágico<br />
esconjurador de grande poder.<br />
Apesar da sua grande antiguidade, o<br />
lauburu só aparece nas bandeiras e outras<br />
insígnias bascas desde o final do século XVI, ou<br />
dos inícios do XVII. Modernamente, é utilizado<br />
com profusão como símbolo da cultura basca, com<br />
carácter folclórico ou tradicional, e não<br />
necessariamente como emblema político, apesar<br />
do sentido excessivo que lhe foi imposto e lhe é<br />
absolutamente estranho atendendo às suas origens<br />
sagradas.<br />
A tudo o dito se ajusta a bela evocação do<br />
Isa-Upanishad que assim reza e assim termino:<br />
A face da Verdade mantém-se oculta por<br />
detrás de um círculo de ouro. Desvenda-a, ó Deus<br />
da Luz, para que eu, que amo o verdadeiro, a<br />
possa ver.<br />
Ó Sol dador da Vida, produto do Senhor<br />
da Criação, profeta solitario dos céus! Espalha a<br />
tua luz e retira o esplendor que cega, para que eu<br />
possa ver a tua forma exultante: esse Espírito<br />
longínquo que está dentro de ti é também o meu<br />
mais interior Espírito.<br />
Pelo caminho do bem, conduz-me à bemaventurança<br />
final, ó Fogo Divino, tu, Deus, que<br />
conheces todos os caminhos. Livra-me de vaguear<br />
pelos maus caminhos. Preces e adorações te<br />
aferecemos a Ti.<br />
OM TAT SAT<br />
BIJAM