Revista Online PAX nº67

PAX – N.º 67 – Propriedade da Comunidade Teúrgica Portuguesa
Daí o M estar sempre ligado à ideia de Substância Passiva, e a sua expressão ser a da Matéria por
excelência. Com isso, relaciona-se com o simbolismo fundamental de todas as Virgens-Mães, sejam Elas
Myriam, Maya, Maria… Todas foram Mães de Redentores da Humanidade, por isso mesmo, Deusas, pois
Delas surgiram essas manifestações espirituais da mais elevada categorias, Messias ou Avataras, como
Krishna, Budha e Cristo. Isto leva-nos à conclusão de que o aparecimento de todos os Redentores está ligado
às Águas Amargas (da Encarnação).
Em seu conteúdo, em sua essência, a ideia do Arcano XIII não tem o significado de Destruição como
é concebida comumente, mas sobretudo de Transformação, emblemática da Vida e da Morte. Com estas duas
palavras, aparentemente contraditórias, Vida e Morte, expressa-se a eterna transformação dos seres e das
coisas.
Na Redenção pelo Sexo manifesta-se a geração em todos os Planos, pois assim como há a concepção
do corpo físico humano, também há a criação de seres psíquicos, de seres mentais e de Devas (Deuses), com
as suas formas em outras dimensões. Há o encontro do Poder de Fohat (Espírito) com a Força de Kundalini
(Matéria), para criar uma terceira coisa. Do mesmo modo que se criam Manasa-Devas pelo Poder de Kriya-
Shakti, a Força Mística do Logos Criador que vibra desperta nos Homens Superiores, criam-se também
Kama-Devas, seres tipicamente de natureza emocional.
É muito natural que os filhos sejam mantidos pelos pais. Se os pais dão origem aos filhos, devem
mantê-los, criá-los, educa-los… No nosso caso, o da Comunidade Teúrgica, temos o dever, a obrigação de
promover a sua evolução, sem forçar coisa alguma mas naturalmente direccioná-los no sentido da
modificação ou transformação do seu estado de ser.
O valor cabalístico 13 exige a eliminação do Mal e da Maldade, pois proporciona experiências úteis e
necessárias para levar a todos ao Bem e à Bondade.
Por fim, dirigindo-se aos valores reais do Arcano XIII assim se expressa o Professor Henrique José de
Souza, exaltando as Mães de todos os Tempos:
– Toda a criança não deixa de ser um Avatara caído do Céu. Tudo indica que é nele que a Mónada
(Espírito) se manifestará um dia. E a Mónada é a Essência de Deus por ser a “Centelha na Chama”. Uma
sequência quase infindável. Todas elas têm que percorrer os 777 Degraus (Encarnações) da Evolução, guiadas
por suas Estrelas.
Enquanto a Deusa Lakshami, como expressão do Bodhisattva (Lakshami, para o vernáculo, a “Deusa
do Lago”), é expressa com um Loto nascido no Umbigo, assim também todas as Mães, introspectivamente,
possuem esse Loto ligado ao seu Filho. O Útero é o Ovo do Mundo. E cada Mundo é, por sua vez, um degrau
da Evolução dos Universos. Da Deusa Lakshami é cada Mulher ou Mãe com o seu papel, por sua vez divino,
de fornecer um rebento, um fruto, para a manifestação da Mónada.
A Humanidade só será feliz quando reconhecer o Avatara.
Vossa, a
COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA
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