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No quarto em que meu avô estava deitado, havia na parede um quadro dos Sagrados Corações. Acontece que, na sua longa doença,<br />
ele passava o dia inteiro conversando com o quadro. Ele abria os braços e dizia: Pai, eu me entrego a você! E isso fez minha tia,<br />
angustiada, tirar o quadro dali. Entretanto meu avô continuava a conversar, agora olhando fixo apenas para a marca na parede. Minha<br />
tia perguntou a ele com quem falava e ele falou: Com o Grande, eu me entrego a Ele! Vou passar o Natal com vocês e depois vou<br />
embora!<br />
Estas palavras dele deixaram minha tia apavorada, e ela, mesmo contra toda a vontade, foi buscar o padre para o vovô. Ele pode<br />
confessar, receber a Eucaristia, também a Unção dos Enfermos. O Padre me falou depois que meu avô já sabia que ia falecer no dia 26<br />
de dezembro e assim aconteceu. Na verdade, depois de receber os sacramentos, ele silenciou. Na hora de partir para o Pai, numa única<br />
vez, com minhas tias juntas, pegamos nas mãos dele e rezamos o Pai Nosso e a Ave Maria. Hoje meu avô está no Céu.<br />
TESTEMUNHO DE UMA VIZINHA<br />
Certa vez eu fui visitar uma certa vizinha, espírita, que estava gravemente doente no hospital. Depois de sair do hospital ela me<br />
contou esta história. Disse que estando entre a vida e a morte, de repente veio sobre ela uma mulher negra, que avançava sobre ela e<br />
dava horríveis gargalhadas. Ela chegou a pensar que fosse o espírito de uma vizinha sua, evangélica, que a queria pegar. Falou que<br />
estava morrendo, mas de repente ela sentiu uma água friazinha escorrendo no seu rosto e alguém lhe colocando uma coisa na mão.<br />
Perguntei-lhe então qual seria aquela “água” que a havia salvado e ela respondeu que fora um padre, que foi dar a benção a um<br />
rapaz aidético que estava à morte, e vendo que ela agonizava também, aproveitou para lhe abençoar. Então ele jogou aquela água em<br />
seu rosto e lhe deu Unção dos Enfermos, acho que é isso, disse ela. Também aquela “coisa” que ele lhe deu, um tal de escapulário, ele<br />
falou que era para ela nunca mais tirar do pescoço. Então ela puxou para fora da gola do vestido e me mostrou o Escapulário do<br />
Carmo. Vejam a grande ignorância das pessoas, sobre os objetos santos e sobre os <strong>nos</strong>sos sacramentos. Só mesmo a misericórdia de<br />
Deus para salvar pessoas assim tão distantes Dele e de Suas coisas.<br />
Enfim, ela disse com toda a clareza, que foi somente quando o padre lhe jogou aquela água – água benta é claro – que aquela<br />
mulher diabólica logo fugiu. Ela disse também, que teria morrido naquele dia, e se não fosse aquele bom padre ela já não estaria viva.<br />
Claro que a tal megera na verdade era o próprio maligno, que vinha buscar-lhe a alma se ela morresse, por ser espírita. Hoje esta<br />
senhora já é falecida e espero que aquele incidente lhe tenha servido de lição e que hoje Deus já a tenha acolhido em Seu seio. Pois<br />
certamente que naquela época, seu destino não seria o mesmo. Afinal, não era má pessoa!<br />
UM MAL SÚBITO<br />
Certa vez e de repente, fui acometida de um mal súbito. Meu coração parecia não mais bater e já não tinha forças para nada. Até<br />
mesmo a minha respiração parecia parar. Acabaram me levando ao hospital e lá veio o diagnóstico do médico cardiologista: pressão<br />
normal, coração normal, respiração normal. Não tinha nada, estava tudo bem! Mas mesmo sem sentir nada – por saber das coisas que<br />
me aconteciam – eu já alertava minha mãe: quando acontecer algo comigo, chama logo um padre! Nunca deixe chegar um médium,<br />
pai-de-santo ou espírita perto de mim. Chama sempre um padre para me dar a Unção dos Enfermos. Nem mesmo evangélicos devem<br />
chegar perto de mim, com as suas rezas, porque sei que não servem para nada.