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literatura - barroco

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Lixo e brilhantes:<br />

Orações, sacrifícios, traições.<br />

(In: Tom Zé. The HIPS OF TRADITION. CD M945118-2, Warner, 1992.)<br />

www.profjorge.com.br<br />

CARTA DE GUIA DE CASADOS<br />

fragmento<br />

Persuado-me, Senhor N., que esta coisa que o mundo chama amor, não é só uma coisa, porém muitas com<br />

um próprio nome. Poderá bem ser que por isto os antigos fingissem haver tantos amores no mundo, a que davam<br />

diversos nascimentos; e também pode ser venha daqui que ao amor chamamos amores; pois se ele fora um só,<br />

grande impropriedade fora esta.<br />

Eu considero dois amores entre a gente: o primeiro é aquele comum afeto com que, sem mais causa que a<br />

sua própria violência, nos movemos a amar, não sabendo o quê, nem porque amamos. O segundo é aquele com que<br />

prosseguimos em amar o que tratamos e conhecemos. O primeiro acaba na posse do que se desejou; o segundo<br />

começa nela: mas de tal sorte, que nem sempre o primeiro engendra o segundo, nem sempre o segundo procede do<br />

primeiro.<br />

Donde infiro que o amor que se produz do trato, familiaridade e fé dos casados, para ser seguro e excelente,<br />

em nada depende do outro amor que se produziu do desejo do apetite, e desordem dos que se amaram antes<br />

desconcertadamente; a que, não sem erro, chamamos amores, que a muitos mais empeceram que aproveitaram.<br />

(MELO, Francisco Manuel de. CARTA DE GUIA DE CASADOS Coleção Portugal nº 36. Porto: Ed. Domingos Barreira, s/d., p. 29.)<br />

10. (Unesp 1997) O estilo <strong>barroco</strong> de Francisco Manuel de Melo, caracterizado pela insistência em enfatizar conceitos<br />

e argumentos, serve-se de procedimentos sintáticos que o tornam um tanto repetitivo, redundante e, por vezes,<br />

obscuro, como exemplifica o seguinte período: "Poderá bem ser que por isto os antigos fingissem haver tantos<br />

amores no mundo, a que davam diversos nascimentos; e também pode ser venha daqui que ao amor chamamos<br />

amores; pois se ele fora um só, grande impropriedade fora esta."<br />

Examine com atenção o período citado e,<br />

a) indique a passagem na qual, no entanto, para evitar mais uma repetição, o autor praticou a elipse da conjunção<br />

subordinativa integrante;<br />

b) reescreva o período, evitando outras repetições de palavras ou locuções, para torná-lo mais claro e conciso.<br />

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:<br />

Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.<br />

11. (Ufpe 1996) Observe:<br />

"Descoberto em 1500, no século que, em Portugal, dominava o Classicismo, o Brasil , por muitas causas,<br />

não teve condições de dar início à colonização e ao processo cultural.<br />

Entre as raras manifestações literárias do século, destaca-se o teatro jesuítico.<br />

A obra de colonização do Brasil, iniciada propriamente por Martim Afonso em 1530, já pelos inconvenientes<br />

do sistema, já por outros motivos fáceis de entender, mais dificultosa se tornaria, não fosse a colaboração oportuna e<br />

decisiva dos jesuítas."<br />

(Faraco e Moura, em LÍNGUA E LITERATURA)<br />

A partir de então, surgem dois movimentos que ainda não podem ser considerados <strong>literatura</strong> propriamente brasileira.<br />

( ) O Barroco é o primeiro grande período artístico no Brasil. Nas artes plásticas há destaque para a figura do<br />

Aleijadinho; na Literatura, para o poeta Gregório de Matos Guerra.<br />

( ) O Neoclassicismo, movimento estético propenso a um retorno aos ideais espirituais e artísticos do Renascimento,<br />

corresponde a uma tendência contrária ao barroquismo.<br />

( ) No texto <strong>barroco</strong>, a linguagem é retorcida, com bastantes jogos verbais, enfatizando a prolixidade e o estilo<br />

confuso.<br />

( ) No texto neoclássico, a linguagem é racional, as imagens são conhecidas e repetidas (chavões, lugares-<br />

PROFESSOR JORGE JUNIOR (JJ)<br />

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