AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DO MERGULHO À ...
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(1998/1999), Resende (1995), Siebert (1995) 7 indicarem avanços teóricos nos<br />
discursos acadêmicos sobre avaliação educacional, nos quais defendem a<br />
necessidade de construirmos práticas avaliativas escolares pautadas na ética, no<br />
juízo consciente de valor, no respeito às diferenças, no compromisso com a<br />
aprendizagem, todos os trabalhos aqui aludidos acabaram por denunciar as mazelas<br />
das práticas pedagógicas cotidianas.<br />
Boas (2002), ao partir da reflexão de que na conjuntura posta nos estudos no<br />
campo da avaliação voltados para as constatações e denúncias já ofereceram sua<br />
parcela de contribuição, nos convida a realizar pesquisas que visem a investigar,<br />
analisar e divulgar as iniciativas de construção de práticas avaliativas<br />
comprometidas com a aprendizagem de todos os alunos e com o desenvolvimento<br />
dos professores e da escola. Nesse sentido, a autora, procura investigar as ações e<br />
inovações introduzidas, até o ano de 2001, no processo avaliativo do Colégio<br />
Marista de Brasília, por meio das percepções dos assessores psicopedagógicos.<br />
É oportuno enfatizar que esse não é um problema específico dos estudos no<br />
campo da avaliação educacional, nem tampouco um problema específico da<br />
Educação Física; para isso, basta observar os trabalhos de André (2000), Azevedo<br />
(2002), Vasconcellos (1998) e Zago (2003) nos quais indicam a necessidade de<br />
pesquisas empíricas que vão além dos trabalhos de denúncia. Assim, os autores<br />
salientam a necessidade de, ao pesquisar com o cotidiano, “[...] enfatizar os<br />
aspectos positivos, pois os negativos não só são facilmente identificáveis nos<br />
estudos já realizados sobre escola, aqui e alhures, como não passam despercebidos<br />
a nenhum observador e a nenhuma observadora” (AZEVE<strong>DO</strong>, 2002, p. 129).<br />
Colocado dessa forma, o problema recaia, mais uma vez, nas ações práticas<br />
dos agentes sociais — neste caso, os profissionais de Educação Física — e,<br />
provavelmente, a apropriação de novos referenciais teóricos o resolveria. Porém,<br />
Rombaldi e Canfield (1999), em pesquisa sobre a prática pedagógica dos<br />
professores das disciplinas técnico-desportivas das Instituições Superiores de<br />
Educação Física do Sul, concluíram que, apesar de a maioria dos professores<br />
pesquisados terem conhecimento e entendimento do que seja avaliação numa<br />
abordagem mais compatível com a progressista, isso não se materializava em<br />
7 Reconhecemos que existem diferenças significativas no modo de ver e conceber a avaliação por parte desses<br />
autores.<br />
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