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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DO MERGULHO À ...

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CAPÍTULO I<br />

1 REFERENCIAL TEÓRICO-METO<strong>DO</strong>LÓGICO: DECIFRAN<strong>DO</strong> O<br />

PERGAMINHO INVESTIGATIVO 24<br />

27<br />

Os sociólogos deveriam se sentir livres para inventar os<br />

métodos capazes de resolver os problemas das pesquisas que<br />

estão fazendo. É como mandar construir uma casa para si.<br />

Embora existam princípios gerais de construção, não há dois<br />

lugares iguais, não há dois arquitetos que trabalhem da mesma<br />

maneira e não há dois proprietários com as mesmas<br />

necessidades. Assim, as soluções para os problemas de<br />

construção têm sempre que ser improvisadas. Estas decisões<br />

não podem ignorar princípios gerais importantes, mas os<br />

princípios gerais em si não podem resolver os problemas desta<br />

construção [...] (BECKER, apud ZAGO, 2003, p. 287).<br />

A escolha da metodologia adotada foi construída à medida que íamos<br />

sentindo, vendo, ouvindo, tocando e enredando a vida cotidiana da “Escola Vitória”;<br />

pois, como salienta Barbier (2002, p. 51), “é somente durante o processo de<br />

pesquisa que o verdadeiro objeto (a necessidade, o pedido, os problemas) emerge,<br />

e que os participantes são capazes de apreendê-lo progressivamente, de nomeá-lo<br />

e de compreendê-lo”.<br />

Assim, ao tomarmos como premissa que pesquisar com o cotidiano e<br />

preocupar-se com os saberes que aí se tecem significa deixar emergir as múltiplas<br />

redes de conhecimentos complexos do próprio mundo cotidiano e que, para tanto, é<br />

preciso enredar o caminho ao caminhar na mobilidade visível/invisível desse<br />

universo, como afirma Certeau (1994), resolvemos não determinar as estruturas<br />

conceituais e categóricas. Estamos, com isso, ressaltando que, na dimensão<br />

formadora do processo de pesquisa realizada com a “Escola Vitória”, recusamos<br />

qualquer abordagem metodológica que se constituísse aprioristicamente; posto que,<br />

se entendemos esses cotidianos como singular, plural, efêmero, instável e<br />

complexo, o delineamento de determinadas abordagens poderia, ou não, limitar ou<br />

negligenciar os nossos sentidos, visto que partimos da tese de que o momento de<br />

construir projeto/pesquisa com o cotidiano encontrava-se inteiramente imbricado,<br />

isto é, “[...] ele foi sendo construído no processo de pesquisa em resposta aos sinais<br />

que a realidade, ao ser investigada, vinha dando” (GARCIA, 2003, p. 23).<br />

24 Expressão utilizada por Certeau (1994).

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