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Manual do Julgador - Prefeitura Municipal de Pelotas

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

CARNAVAL 2013<br />

MANUAL<br />

DO<br />

JULGADOR<br />

1


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

SUMÁRIO<br />

I INTRODUÇÃO Pg 03<br />

II CRITÉRIOS DE JULGAMENTO Pg 04<br />

III DEMONSTRATIVO GERAL DOS QUESITOS Pg 06<br />

IV QUESITOS<br />

1 ADEREÇOS Pg 07<br />

2 ALEGORIAS Pg 09<br />

3 ALEGORIAS E ADEREÇOS Pg 12<br />

4 ANIMAÇÃO Pg 15<br />

5 BATERIA Pg 17<br />

6 COMISSÃO DE FRENTE Pg 20<br />

7 CONJUNTO VISUAL Pg 23<br />

8 ENREDO Pg 25<br />

9 EVOLUÇÃO Pg 28<br />

10 FANTASIAS E DESTAQUE Pg 31<br />

11 HARMONIA MUSICAL Pg 34<br />

12 HUMOR Pg 36<br />

13 MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Pg 38<br />

14 SAMBA ENREDO Pg 42<br />

V CONSIDERAÇÕES FINAIS Pg 45<br />

2


I- INTRODUÇÃO<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

A <strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong>, através da Secretaria <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Cultura,<br />

constitui o presente <strong>Manual</strong> <strong>do</strong> Julga<strong>do</strong>r, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> os critérios <strong>de</strong> julgamento<br />

para cada quesito, buscan<strong>do</strong> evitar interpretações individuais e/ou subjetivas <strong>do</strong><br />

julga<strong>do</strong>r.<br />

Acerca <strong>do</strong> presente manual, salienta-se as seguintes instruções:<br />

• Julgamento <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> com absoluta isenção, transparência e<br />

responsabilida<strong>de</strong>.<br />

• O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve manter total isonomia no julgamento, não sen<strong>do</strong> a ele<br />

permiti<strong>do</strong> conversar com quaisquer pessoas na Passarela e <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>pendências<br />

<strong>do</strong> Carnaval, bem como o uso <strong>de</strong> quaisquer equipamentos eletro-eletrônicos,<br />

celulares e câmeras <strong>de</strong> foto e ví<strong>de</strong>o, <strong>de</strong>sta forma fica entendi<strong>do</strong> que estão<br />

vedadas as intercomunicações entre os julga<strong>do</strong>res.<br />

• O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve manter completa discrição durante o <strong>de</strong>sfile, afastan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong><br />

qualquer forma <strong>de</strong> manifestação que permita interpretações dúbias.<br />

• A função <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r distancia-se <strong>do</strong> espetáculo geral para direcionar-se<br />

àquele quesito que está sob sua observação e análise crítica.<br />

• O julgamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong>verá ser basea<strong>do</strong> nos critérios pré-estabeleci<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o julga<strong>do</strong>r justificar sucintamente a nota atribuída, inclusive a nota <strong>de</strong>z.<br />

• Após o fechamento <strong>do</strong> envelope com as notas, <strong>de</strong>verá ser manti<strong>do</strong> o mais<br />

absoluto sigilo sobre as impressões <strong>do</strong>s jura<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong> entrevistas e<br />

comentários à imprensa e outros a respeito <strong>do</strong> assunto enquanto não for<br />

divulga<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong>.<br />

3


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

II- CRITÉRIOS DE JULGAMENTO<br />

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES<br />

• O <strong>de</strong>sfile das entida<strong>de</strong>s carnavalescas é um evento promovi<strong>do</strong> pela<br />

Secretaria <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Cultura, com o apoio da Assecap – Associação <strong>de</strong><br />

Entida<strong>de</strong>s Carnavalescas <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong>. Portanto, cabe à referida Secretaria o<br />

processo <strong>de</strong> seleção anual <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong> jura<strong>do</strong>s, que po<strong>de</strong> passar pela análise da<br />

Assecap.<br />

• Ao julga<strong>do</strong>r cabe a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreciar somente um <strong>do</strong>s quesitos<br />

que constitui a base <strong>de</strong> cada categoria, não <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ele vincular outros<br />

quesitos e fatores ao quesito <strong>de</strong> seu julgamento.<br />

• As notas a serem concedidas pelos jura<strong>do</strong>s vão <strong>de</strong> 5 (cinco) a 10 (<strong>de</strong>z),<br />

sen<strong>do</strong> permitidas notas fracionadas.<br />

• O julgamento <strong>de</strong>verá ser menos subjetivo e mais embasa<strong>do</strong> na técnica e em<br />

critérios fixa<strong>do</strong>s neste manual.<br />

• O julgamento NÃO É COMPARATIVO, ou seja, ao jura<strong>do</strong> é veta<strong>do</strong><br />

qualquer comunicação com outro jura<strong>do</strong>, bem como com quaisquer<br />

pessoas nas <strong>de</strong>pendências da passarela <strong>do</strong> samba.<br />

CONCESSÃO E JUSTIFICATIVAS<br />

DAS NOTAS ATRIBUÍDAS A UMA ENTIDADE<br />

• A nota (número) é o resulta<strong>do</strong> final <strong>de</strong> uma avaliação <strong>de</strong> um julga<strong>do</strong>r em<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> quesito. É a transcrição numérica <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho real <strong>de</strong> uma<br />

entida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser atribuída em numeral e por extenso.<br />

• Cada nota <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>vidamente justificada.<br />

4


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

O USO DAS JUSTIFICATIVAS<br />

• O julga<strong>do</strong>r tem que ter cuida<strong>do</strong> especial com a ortografia. Recomenda-se o uso<br />

<strong>de</strong> letra <strong>de</strong> forma e plenamente legível.<br />

• A função <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r não é gostar ou não da exibição <strong>de</strong> um quesito, mas sim<br />

analisar <strong>de</strong> forma técnica o mesmo. Portanto, evitar utilizar palavras como<br />

gostar, bom, ótimo, maravilhoso, quase perfeito e outras expressões <strong>de</strong><br />

julgamento subjetivo.<br />

• A justificativa <strong>de</strong>ve ser única, objetiva e direta, exclusivamente <strong>de</strong> análise<br />

técnica, manten<strong>do</strong> um distanciamento crítico, isento <strong>de</strong> emoções e paixões.<br />

• A justificativa pela perda <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong>ve ser clara, objetiva e direta.<br />

ORIENTAÇÕES SOBRE O JULGAMENTO, PREENCHIMENTO<br />

E ENTREGA DAS CÉDULAS DAS NOTAS.<br />

• Cada julga<strong>do</strong>r receberá cédulas rascunho para anotações acerca <strong>do</strong> julgamento<br />

<strong>de</strong> cada quesito/entida<strong>de</strong>.<br />

• As cédulas rascunho serão entregues à Comissão Organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Carnaval<br />

após o preenchimento das cédulas oficiais e serão <strong>de</strong>scartadas no ato da<br />

entrega, não sen<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>radas na análise das cédulas oficiais.<br />

• As cédulas oficiais serão entregues ao final <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> cada Categoria e<br />

<strong>de</strong>verão ser preenchidas com nota (numeral e extensa), justificativa, nome e<br />

assinatura <strong>do</strong> jura<strong>do</strong>.<br />

• A entrega das cédulas oficiais <strong>de</strong>ve ser feita ao final <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> cada categoria<br />

ao membro da Comissão Organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Carnaval. A seguir, as mesmas<br />

serão envelopadas e lacradas para divulgação da apuração.<br />

• As cédulas oficiais serão envelopadas por Entida<strong>de</strong>, conten<strong>do</strong> assim, no mesmo<br />

envelope, to<strong>do</strong>s os julgamentos <strong>do</strong>s quesitos relativos àquela<br />

categoria/entida<strong>de</strong>.<br />

• As cédulas oficiais serão colocadas em um malote específico, que será<br />

encaminha<strong>do</strong> para um local previamente estabeleci<strong>do</strong> e encaminha<strong>do</strong> à<br />

apuração.<br />

5


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

III- DEMONSTRATIVO GERAL DOS QUESITOS<br />

Quesitos<br />

Bandas<br />

Carnavalescas<br />

Blocos Burlescos<br />

*<br />

1. ADEREÇOS X<br />

2. ALEGORIAS X<br />

3. ALEGORIAS E<br />

ADEREÇOS<br />

6<br />

Grupo Especial Escolas <strong>de</strong><br />

Samba Mirins<br />

X X X<br />

4. ANIMAÇÃO X X<br />

5. BATERIA X X X X<br />

6. COMISSÃO DE<br />

X X<br />

FRENTE<br />

7. CONJUNTO<br />

VISUAL<br />

X X<br />

8. ENREDO X X<br />

9. EVOLUÇÃO X X<br />

10. FANTASIAS E<br />

X X<br />

DESTAQUE<br />

11. HARMONIA<br />

MUSICAL<br />

12. HUMOR<br />

13. MESTRE-SALA<br />

E PORTA-<br />

BANDEIRA<br />

14. SAMBA<br />

ENREDO<br />

X<br />

TOTAL DE<br />

QUESITOS<br />

X X<br />

05<br />

06<br />

X X<br />

X X<br />

* No ano <strong>de</strong> 2013 os Blocos Burlescos <strong>de</strong>sfilaram fora <strong>de</strong> concurso (apenas<br />

participação).<br />

09<br />

08


IV. QUESITOS<br />

1. QUESITO ADEREÇOS<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

ADEREÇOS são complementos que fazem parte da fantasia, são carrega<strong>do</strong>s<br />

pelos componentes nas mãos, ilustran<strong>do</strong> o enre<strong>do</strong> <strong>do</strong> tema e que não estejam sobre<br />

rodas.<br />

São, juntamente às alegorias, a representação plástica/visual e ilustrativa <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong> e <strong>de</strong>vem, necessariamente, possuir um significa<strong>do</strong>, traduzin<strong>do</strong> para o público o<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, valoriza<strong>do</strong>s e respeita<strong>do</strong>s os estilos <strong>de</strong> interpretação e expressão<br />

<strong>do</strong>s responsáveis por sua criação.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por a<strong>de</strong>reços qualquer elemento, peça ou complemento que<br />

compõem as fantasias, os <strong>de</strong>staques e auxiliam na <strong>de</strong>scrição e interpretação<br />

<strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. São elementos carrega<strong>do</strong>s pelos componentes e formam a<br />

integrida<strong>de</strong> entre o visual e o enre<strong>do</strong> conta<strong>do</strong>.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. Julgamento <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços apresenta<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>sfile;<br />

2. A concepção e a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços ao enre<strong>do</strong>, sua função <strong>de</strong> transmitir o<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem criativos, mas <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>,<br />

necessariamente, possuir significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

3. A impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização, exploração<br />

e distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

4. A concepção, acabamento e a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços ao enre<strong>do</strong>;<br />

5. A criação plástica baseada no enre<strong>do</strong>.<br />

7


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve se preocupar com o material utiliza<strong>do</strong> nos a<strong>de</strong>reços, mas sim<br />

com a criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> artista;<br />

2. O retorno e/ou retrocesso <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços na pista, durante o <strong>de</strong>sfile das<br />

respectivas escolas;<br />

3. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá analisar os a<strong>de</strong>reços eventualmente utiliza<strong>do</strong>s pela<br />

comissão <strong>de</strong> frente;<br />

4. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá analisar questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Os a<strong>de</strong>reços não se enquadravam no enre<strong>do</strong>;<br />

2. Faltou criativida<strong>de</strong> na confecção <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços;<br />

3. O efeito visual causa<strong>do</strong> pelo correto ou incorreto emprego <strong>de</strong> materiais;<br />

4. A<strong>de</strong>reços não combinavam com a concepção visual da alegoria.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO ADEREÇOS<br />

Concepção: É a genialida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong> com que foram concebi<strong>do</strong>s os a<strong>de</strong>reços,<br />

inclusive o aproveitamento <strong>de</strong> materiais alternativos;<br />

Proprieda<strong>de</strong>: A impressão e efeitos causa<strong>do</strong>s pelas formas, composição, utilização e<br />

distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

Acabamento: É o esmero, cuida<strong>do</strong> e atenção com que foi confecciona<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cora<strong>do</strong> o<br />

a<strong>de</strong>reço;<br />

A<strong>de</strong>quação: É a proprieda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s a<strong>de</strong>reços em transmitir com clareza a sua proposta<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

8


2. QUESITO ALEGORIAS<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

A alegoria na escola <strong>de</strong> samba é a representação plástica e ilustrativa <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por alegoria qualquer elemento cenográfico que esteja sobre<br />

rodas, inclusive os componentes humanos, <strong>de</strong>staques e composições que<br />

<strong>de</strong>verão estar em cima da alegoria e caracteriza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

O jura<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá avaliar também os pormenores e a a<strong>de</strong>quação da fantasia <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>staques e das composições, bem como <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s aqueles que estiverem em cima <strong>de</strong><br />

um carro alegórico.<br />

As alegorias po<strong>de</strong>m ser representadas <strong>de</strong> várias formas:<br />

Carro alegórico: É a ilustração <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> proposto, com <strong>de</strong>staques complementan<strong>do</strong><br />

a plasticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conjunto.<br />

Abre Alas: Deve conter o nome ou o símbolo da entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser julga<strong>do</strong><br />

como alegoria propriamente dita se fizer parte <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

Tripés: Geralmente eles ajudam a complementar as alegorias, também levan<strong>do</strong><br />

painéis ilustrativos ou <strong>de</strong>staques <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. Julgamento da composição das alegorias apresenta<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>sfile;<br />

2. A concepção e a a<strong>de</strong>quação das alegorias ao enre<strong>do</strong>, as quais, com suas<br />

formas, <strong>de</strong>vem cumprir a função <strong>de</strong> transmitir o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse enre<strong>do</strong>. Ou<br />

seja, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem criativas, mas <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, necessariamente, possuir<br />

significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

9


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

3. A impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização, exploração<br />

e distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

4. Os acabamentos e cuida<strong>do</strong>s na confecção e <strong>de</strong>coração, no que se refere ao<br />

resulta<strong>do</strong> visual, inclusive das partes traseiras;<br />

5. Analisar os “<strong>de</strong>staques” e “figuras <strong>de</strong> composição” com suas respectivas<br />

fantasias como partes complementares das alegorias, pois representam figuras<br />

que complementam a composição <strong>do</strong> carro;<br />

6. A concepção, acabamento e a<strong>de</strong>quação das alegorias ao enre<strong>do</strong>;<br />

7. O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá observar objetos estranhos ao significa<strong>do</strong> das alegorias ao<br />

enre<strong>do</strong>;<br />

8. A criação plástica baseada no enre<strong>do</strong>.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve se preocupar com o material utiliza<strong>do</strong> nas alegorias, mas sim<br />

com a criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> artista;<br />

2. O retorno e/ou retrocesso <strong>de</strong> alegorias na pista, durante o <strong>de</strong>sfile das<br />

respectivas escolas;<br />

3. A eventual passagem <strong>de</strong> gera<strong>do</strong>res integran<strong>do</strong> as alegorias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estejam<br />

embuti<strong>do</strong>s ou pelo menos <strong>de</strong>cora<strong>do</strong>s;<br />

4. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá analisar as alegorias eventualmente utilizadas pela<br />

comissão <strong>de</strong> frente;<br />

5. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá analisar questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. As alegorias não se enquadravam no enre<strong>do</strong>;<br />

2. Faltou criativida<strong>de</strong> na confecção das alegorias e/ou carros alegóricos;<br />

3. O efeito visual causa<strong>do</strong> pelo correto ou incorreto emprego <strong>de</strong> materiais;<br />

4. Os carros alegóricos, <strong>de</strong>staques ou composições estavam com acabamento<br />

ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, com excessiva exposição <strong>de</strong> ferros, ma<strong>de</strong>ira etc.<br />

10


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO ALEGORIAS<br />

Concepção: É a genialida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong> com que foram concebi<strong>do</strong>s as alegorias; a<br />

maneira diferente <strong>de</strong> criar ou estilizar elementos alegóricos, inclusive o<br />

aproveitamento <strong>de</strong> materiais alternativos;<br />

Proprieda<strong>de</strong>: A impressão e efeitos causa<strong>do</strong>s pelas formas, composição, utilização e<br />

distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

Acabamento: É o esmero, cuida<strong>do</strong> e atenção com que foi confecciona<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cora<strong>do</strong> o<br />

elemento alegórico;<br />

A<strong>de</strong>quação: É a proprieda<strong>de</strong> das alegorias em transmitir com clareza a sua proposta<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

11


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

3. QUESITO ALEGORIAS E ADEREÇOS<br />

As alegorias e a<strong>de</strong>reços na escola <strong>de</strong> samba são a representação plástica/visual<br />

e ilustrativa <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

As formas das alegorias e a<strong>de</strong>reços <strong>de</strong>vem necessariamente possuir um<br />

significa<strong>do</strong>, traduzin<strong>do</strong> para o público o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, valoriza<strong>do</strong>s e respeita<strong>do</strong>s<br />

os estilos <strong>de</strong> interpretação e expressão <strong>do</strong>s responsáveis por sua criação.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por alegoria qualquer elemento cenográfico que esteja sobre<br />

rodas, inclusive os componentes humanos, <strong>de</strong>staques e composições que<br />

<strong>de</strong>verão estar em cima da alegoria e caracterizadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. O<br />

jura<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá avaliar também os pormenores e a a<strong>de</strong>quação da fantasia <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>staques e das composições, bem como <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s aqueles que estiverem em cima <strong>de</strong><br />

um carro alegórico.<br />

Enten<strong>de</strong>-se por a<strong>de</strong>reços qualquer elemento, peça ou complemento que<br />

compõem as fantasias, os <strong>de</strong>staques e auxiliam na <strong>de</strong>scrição e interpretação<br />

<strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. São elementos carrega<strong>do</strong>s pelos componentes e formam a<br />

integrida<strong>de</strong> entre o visual e o enre<strong>do</strong> conta<strong>do</strong>.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. Julgamento da composição <strong>de</strong> alegorias e a<strong>de</strong>reços apresenta<strong>do</strong>s em <strong>de</strong>sfile;<br />

2. A concepção e a a<strong>de</strong>quação das alegorias e a<strong>de</strong>reços ao enre<strong>do</strong>, as quais,<br />

com suas formas, <strong>de</strong>vem cumprir a função <strong>de</strong> transmitir o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse<br />

enre<strong>do</strong>. Ou seja, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem criativas, mas <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>,<br />

necessariamente, possuir significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

12


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

3. A impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização,<br />

exploração e distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

4. Os acabamentos e cuida<strong>do</strong>s na confecção e <strong>de</strong>coração, no que se refere ao<br />

resulta<strong>do</strong> visual, inclusive das partes traseiras;<br />

5. Analisar os “<strong>de</strong>staques” e “figuras <strong>de</strong> composição” com suas respectivas<br />

fantasias como partes complementares das alegorias, pois representam<br />

figuras que complementam a composição <strong>do</strong> carro;<br />

6. A concepção, acabamento e a<strong>de</strong>quação das alegorias ao enre<strong>do</strong>;<br />

7. O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá observar objetos estranhos ao significa<strong>do</strong> das alegorias ao<br />

enre<strong>do</strong>;<br />

8. A criação plástica baseada no enre<strong>do</strong>.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve se preocupar com o material utiliza<strong>do</strong> nas alegorias,<br />

mas sim com a criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> artista;<br />

2. O retorno e/ou retrocesso <strong>de</strong> alegorias e/ou a<strong>de</strong>reços na pista, durante o<br />

<strong>de</strong>sfile das respectivas escolas;<br />

3. A eventual passagem <strong>de</strong> gera<strong>do</strong>res integran<strong>do</strong> as alegorias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

estejam embuti<strong>do</strong>s ou pelo menos <strong>de</strong>cora<strong>do</strong>s;<br />

4. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá analisar as alegorias eventualmente utilizadas pela<br />

comissão <strong>de</strong> frente;<br />

5. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. A alegoria e/ou <strong>de</strong>staques, composições (mesmo que sejam bem realiza<strong>do</strong>s)<br />

não se enquadravam no enre<strong>do</strong>;<br />

2. Faltou criativida<strong>de</strong> na confecção das alegorias e/ou carros alegóricos;<br />

3. O efeito visual causa<strong>do</strong> pelo correto ou incorreto emprego <strong>de</strong> materiais;<br />

4. Os carros alegóricos, <strong>de</strong>staques ou composições estavam mal acaba<strong>do</strong>s,<br />

com excessiva exposição <strong>de</strong> ferros, ma<strong>de</strong>ira etc;<br />

13


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

5. A<strong>de</strong>reços não combinavam com a concepção visual da alegoria;<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO ALEGORIAS E ADEREÇOS<br />

Concepção: É a genialida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong> com que foram concebi<strong>do</strong>s as alegorias e<br />

os a<strong>de</strong>reços; a maneira diferente <strong>de</strong> criar ou estilizar elementos alegóricos, inclusive o<br />

aproveitamento <strong>de</strong> materiais alternativos;<br />

Proprieda<strong>de</strong>: A impressão e efeitos causa<strong>do</strong>s pelas formas, composição, utilização e<br />

distribuição <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

Acabamento: É o esmero, cuida<strong>do</strong> e atenção com que foi confecciona<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cora<strong>do</strong> o<br />

elemento alegórico;<br />

A<strong>de</strong>quação: É a proprieda<strong>de</strong> das alegorias em transmitir com clareza a sua proposta<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

14


4. QUESITO ANIMAÇÃO<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

É a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proporcionar alegria ao público e empolgar seus<br />

componentes a partir <strong>de</strong> um tema escolhi<strong>do</strong> e <strong>de</strong> sua performance na passarela. Aqui<br />

resi<strong>de</strong> o ponto alto <strong>do</strong> conjunto, e <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s, em sua avaliação, o vigor, a<br />

empolgação, a vibração e a criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> coletivo, que em movimentos progressivos<br />

e contínuos produzem a beleza <strong>do</strong> conjunto <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile, garantin<strong>do</strong> a sua unida<strong>de</strong>.<br />

Vigor: Continuida<strong>de</strong> e manutenção <strong>do</strong>s movimentos <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sfilantes;<br />

Empolgação: Alegria espontânea <strong>do</strong>s sambistas;<br />

Vibração: É o entusiasmo durante o <strong>de</strong>sfile;<br />

Criativida<strong>de</strong>: É a inventivida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile.<br />

O JULGADOR DEVE CONSIDERAR<br />

1. Se o grupo proporcionou movimento, entusiasmo e vivacida<strong>de</strong>;<br />

2. Se o grupo comunicou-se expressivamente com o público, passan<strong>do</strong> uma<br />

mensagem <strong>de</strong> alegria.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. O sincronismo <strong>de</strong> seus componentes;<br />

2. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

15


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. O grupo não transmitiu dinamismo;<br />

2. Os componentes não conseguiram empolgar o público da passarela;<br />

3. Faltou espontaneida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s componentes ao <strong>de</strong>sfilarem.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO ALEGORIAS E ADEREÇOS<br />

Entusiasmo: é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir alegria;<br />

Comunicação: é a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar uma mensagem com empolgação ao público.<br />

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5. QUESITO BATERIA<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

A bateria é o coração <strong>de</strong> uma agremiação.<br />

É a bateria que sustenta com vigor a cadência indispensável para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile da mesma e tem como proprieda<strong>de</strong> servir ao canto e à<br />

dança <strong>do</strong>s componentes em <strong>de</strong>sfile.<br />

Há que se levar em consi<strong>de</strong>ração o entrosamento <strong>do</strong>s naipes, cada qual com<br />

sua afinação, fazen<strong>do</strong> com que sejam ouvi<strong>do</strong>s perfeitamente to<strong>do</strong>s eles,<br />

respeitan<strong>do</strong>-se a tendência e a pre<strong>do</strong>minância que caracteriza a bateria das entida<strong>de</strong>s.<br />

Alguns instrumentos são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s básicos e indispensáveis na formação <strong>de</strong><br />

uma bateria. São eles: SURDOS (naipe grave), REPINIQUE (naipe agu<strong>do</strong>), CAIXA<br />

(naipe agu<strong>do</strong>), TAMBORIM (naipe agudíssimo) e CHOCALHOS (naipe agudíssimo). É<br />

através <strong>de</strong>les que se tem a referência para a análise rítmica <strong>de</strong> bateria, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>-se<br />

observar o equilíbrio <strong>do</strong>s mesmos.<br />

O andamento <strong>de</strong>ve ser analisa<strong>do</strong> através da pulsação <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s e seus<br />

complementos (cita<strong>do</strong>s acima). No que diz respeito ao ritmo, o funcionamento da<br />

bateria assemelha-se a uma orquestra; assim sen<strong>do</strong>, ela <strong>de</strong>ve manter a pulsação <strong>do</strong><br />

ritmo e o sincronismo <strong>de</strong> sons emiti<strong>do</strong>s pelos diversos instrumentos, cuja distribuição<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conjunto é critério <strong>de</strong> cada Diretor <strong>de</strong> Bateria.<br />

O chama<strong>do</strong> “atravessar o samba” ocorre quan<strong>do</strong>, por qualquer falha, a bateria<br />

provoca um <strong>de</strong>sentrosamento entre ritmo e canto. A criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada bateria não<br />

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se discute, uma vez que ela é uma concentração popular eclética na sua formação,<br />

com a participação das mais diferentes classes sociais e culturais <strong>do</strong> nosso país.<br />

Sen<strong>do</strong> assim cada entida<strong>de</strong> tem direito <strong>de</strong> fazer o que enten<strong>de</strong>r nos seus <strong>de</strong>senhos<br />

rítmicos, ou seja, uma bateria po<strong>de</strong> conduzir to<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>sfile sem que faça qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> evolução rítmica no <strong>de</strong>correr da apresentação. As entida<strong>de</strong>s também têm a<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer qualquer tipo <strong>de</strong> breque convencional ou silencioso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

nenhum <strong>de</strong>les cause <strong>de</strong>scompasso no <strong>de</strong>sfile.<br />

O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá analisar o efeito sonoro e a precisão da retomada após os<br />

breques, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> marcar a pulsação e o andamento (acompanhamento da primeira<br />

marcação e da segunda marcação) com o movimento das mãos, ou <strong>do</strong>s pés<br />

(marcação ou sur<strong>do</strong>) e avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seus complementos no intervalo das<br />

marcações.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A manutenção regular e a sustentação da cadência da Bateria em<br />

Consonância com o Samba;<br />

2. A criativida<strong>de</strong> e a versatilida<strong>de</strong> da Bateria;<br />

3. A conjugação <strong>do</strong>s sons emiti<strong>do</strong>s pelos vários instrumentos.<br />

4. O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá estar atento na sua observação no momento em que a<br />

bateria começa a tocar até o final <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. A fantasia <strong>do</strong>s ritmistas;<br />

2. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes, no que se refere ao limite mínimo <strong>de</strong>stes;<br />

3. Eventual pane no sistema <strong>de</strong> som da passarela;<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

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1. A bateria não manteve o ritmo no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile;<br />

2. Não havia uniformida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s diversos instrumentos;<br />

3. Durante o <strong>de</strong>sfile a bateria “atravessou”;<br />

4. A bateria parou <strong>de</strong> tocar imotivadamente;<br />

5. Havia componentes sem instrumentos.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO BATERIA<br />

Sustentação: É o andamento rítmico, que não <strong>de</strong>ve diminuir nem acelerar durante o<br />

<strong>de</strong>sfile;<br />

Entrosamento: É a perfeita combinação <strong>do</strong>s sons emiti<strong>do</strong>s pelos vários instrumentos<br />

<strong>de</strong> bateria; é o casamento da parte harmônica e melódica <strong>do</strong> samba canta<strong>do</strong> pela<br />

entida<strong>de</strong>.<br />

Descompasso: “Atravessar” o samba. Ocorre quan<strong>do</strong> a bateria provoca o<br />

<strong>de</strong>sentrosamento entre o ritmo com o canto, ou mesmo o <strong>de</strong>scompasso <strong>do</strong>s<br />

instrumentos entre si.<br />

Retomada: É quan<strong>do</strong> no caso da bateria executar uma convenção ou breque, voltar<br />

com precisão no mesmo andamento em que parou.<br />

Equalização: É a proprieda<strong>de</strong> que <strong>de</strong>fine o equilíbrio no volume <strong>do</strong>s naipes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma bateria.<br />

Cadência: É a repetição <strong>de</strong> sons que suce<strong>de</strong>m <strong>de</strong> maneira regular.<br />

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6. QUESITO COMISSÃO DE FRENTE<br />

A comissão <strong>de</strong> frente tem como função principal a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apresentar a escola e <strong>de</strong> saudar o público ao longo <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sfile, durante o<br />

transcorrer <strong>de</strong> sua apresentação.<br />

Ela é um conjunto <strong>de</strong> pessoas que apresentam a escola <strong>de</strong> samba e seus<br />

componentes po<strong>de</strong>m se apresentar vesti<strong>do</strong>s a rigor ou fantasia<strong>do</strong>s.<br />

Sua performance <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma gentil, graciosa, comunicativa e<br />

carnavalesca.<br />

A postura e o perfeito sincronismo da coreografia <strong>de</strong>vem ser também elementos<br />

essenciais <strong>de</strong> uma boa comissão <strong>de</strong> frente, que <strong>de</strong>ve estar representan<strong>do</strong> a i<strong>de</strong>ia <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>.<br />

Atualmente, a Comissão <strong>de</strong> Frente po<strong>de</strong> ser composta <strong>de</strong> elementos masculinos<br />

e femininos ou ainda por componentes da velha guarda, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>sfilar andan<strong>do</strong>,<br />

evoluin<strong>do</strong> ou até samban<strong>do</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que mantenha a uniformida<strong>de</strong> e a comunicação<br />

com o público.<br />

A Comissão <strong>de</strong> Frente é sempre o primeiro contingente a entrar na passarela; é<br />

ela quem conduz o andamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile da escola e na sua retaguarda somente a<br />

porta estandarte ou o carro abre alas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> estar a sua frente somente a pessoa<br />

responsável pela coreografia ou o presi<strong>de</strong>nte/diretor da entida<strong>de</strong>.<br />

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O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. Cumprimento <strong>de</strong> sua função principal <strong>de</strong> saudar o público e apresentar a<br />

agremiação, tu<strong>do</strong> isso <strong>de</strong> forma gentil, graciosa, comunicativa e/ou<br />

carnavalesca;<br />

2. A liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> evoluírem <strong>de</strong> maneira que <strong>de</strong>sejarem, sejam elas tradicionais<br />

ou coreografadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<strong>de</strong>quadas ao enre<strong>do</strong>;<br />

3. A coor<strong>de</strong>nação, a sintonia e a criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua exibição;<br />

4. O entrosamento entre os seus membros, em especial aqueles que<br />

representam o mesmo significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro da coreografia;<br />

5. O acabamento das fantasias e a sua a<strong>de</strong>quação ao enre<strong>do</strong>;<br />

6. A indumentária da comissão <strong>de</strong> frente que po<strong>de</strong>rá ser tradicional (fraques,<br />

casacas, summers, ternos, smokings etc, estiliza<strong>do</strong>s ou não) ou realizada <strong>de</strong><br />

forma relacionada ao enre<strong>do</strong>, levan<strong>do</strong>-se em conta, neste caso, sua<br />

a<strong>de</strong>quação para o tipo <strong>de</strong> apresentação proposta e efeito, ou seja, a impressão<br />

causada pela fantasia;<br />

7. Deverá ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pelos jura<strong>do</strong>s o uso <strong>de</strong> a<strong>de</strong>reços, tripés ou quadripés<br />

usa<strong>do</strong>s pelos componentes da comissão <strong>de</strong> frente;<br />

8. Se a coreografia se manteve uniforme e sincronizada.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Os trajes não estavam completos, no to<strong>do</strong> ou em parte <strong>do</strong>s componentes;<br />

2. Houve falta ou <strong>de</strong>ficiência nos movimentos <strong>do</strong>s componentes;<br />

3. A comissão <strong>de</strong> frente não sau<strong>do</strong>u o público;<br />

4. A comissão <strong>de</strong> frente não apresentou perfeita coor<strong>de</strong>nação;<br />

5. Faltou sintonia <strong>de</strong> movimentos entre os integrantes da comissão;<br />

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6. A coreografia não estava com perfeito sincronismo;<br />

7. A comissão <strong>de</strong> frente não manteve uniformida<strong>de</strong>;<br />

8. Houve ocorrência <strong>de</strong> queda durante apresentação;<br />

9. Houve perdas <strong>de</strong> parte da fantasia ou a<strong>de</strong>reços.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO COMISSÃO DE FRENTE<br />

Postura: É função da comissão <strong>de</strong> frente saudar e cumprimentar o público;<br />

Coreografia: É o movimento <strong>do</strong>s componentes <strong>de</strong>ntro da coreografia proposta;<br />

Integração: É a qualida<strong>de</strong> da comissão <strong>de</strong> frente em estar integrada ao conjunto<br />

representan<strong>do</strong> inclusive o espetáculo que a segue.<br />

Comunicação: É o vigor <strong>do</strong>s componentes no contato com o público.<br />

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7. QUESITO CONJUNTO VISUAL<br />

Conjunto, em <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Samba, é o “to<strong>do</strong>” <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile, ou seja, a<br />

forma geral e integrada como a Escola se apresenta.<br />

Conjunto Visual é a perfeita integração entre os elementos compositivos da<br />

entida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>sfilar. Nele, ressaltam-se pontos como criativida<strong>de</strong>, ousadia e harmonia<br />

<strong>de</strong> cores e material. São recursos que <strong>de</strong>vem contribuir para o melhor esclarecimento<br />

e leitura da entida<strong>de</strong>, assim como as alegorias <strong>de</strong> mão e os carros alegóricos <strong>de</strong>vem<br />

estar integra<strong>do</strong>s.<br />

As formas das alegorias e a<strong>de</strong>reços <strong>de</strong>vem necessariamente possuir um<br />

significa<strong>do</strong>, traduzin<strong>do</strong> para o público conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> crítica. Portanto, o quesito<br />

Conjunto Visual analisará a entida<strong>de</strong> <strong>do</strong> início ao fim, como um somatório entre<br />

todas as expressões plásticas e visuais da escola.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A uniformida<strong>de</strong> com que a Escola se apresenta em todas as suas formas <strong>de</strong><br />

expressão (musical, dramática, visual etc);<br />

2. O equilíbrio artístico <strong>do</strong> conjunto.<br />

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O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve se preocupar com o material utiliza<strong>do</strong>, mas sim com a<br />

criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> artista;<br />

2. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Faltou criativida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>coração <strong>do</strong>s carros;<br />

2. Apesar <strong>do</strong> número <strong>de</strong> componentes o <strong>de</strong>sfile não foi compacto;<br />

3. A crítica proposta não foi bem explorada;<br />

4. Faltou harmonia.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO CONJUNTO VISUAL<br />

Sincronismo: é o perfeito “casamento” entre to<strong>do</strong>s os elementos compositivos da<br />

crítica proposta;<br />

Acabamento: É o cuida<strong>do</strong> e o capricho na convenção das alegorias;<br />

Plasticida<strong>de</strong>: É a forma criativa <strong>de</strong> dar vida à crítica escolhida;<br />

Originalida<strong>de</strong>: É a maneira própria <strong>de</strong> utilizar, recriar e/ou estilizar formas nas<br />

alegorias e a<strong>de</strong>reços;<br />

Efeito: A<strong>de</strong>quação e impressão causadas pelas formas e materiais utiliza<strong>do</strong>s.<br />

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8. QUESITO ENREDO<br />

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Enre<strong>do</strong>, em <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Samba, é a criação e a apresentação<br />

artística <strong>de</strong> um tema ou conceito. É o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma peça, escrito<br />

literário ou conceito proposto, ou seja, o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> que será conta<strong>do</strong> pela escola,<br />

servin<strong>do</strong> <strong>de</strong> base principal para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais quesitos.<br />

O enre<strong>do</strong> é a criação artística <strong>de</strong> um tema ou conceito, é o tema central <strong>do</strong><br />

Carnaval, o assunto que a escola <strong>de</strong> samba procura trabalhar diante <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sfile.<br />

Ele é o próprio roteiro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile, a disposição das alas, o posicionamento <strong>de</strong><br />

carros alegóricos e <strong>de</strong>staques na história contada. O enre<strong>do</strong> proposto tem que ser<br />

claramente <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> na apresentação da escola, das alas, assim como as<br />

alegorias <strong>de</strong>verão estar a<strong>de</strong>quadamente fantasiadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

O jura<strong>do</strong> não <strong>de</strong>ve se preocupar em julgar a peça literária, mas sim se ela está<br />

sen<strong>do</strong> apresentada na montagem da escola (sequência <strong>de</strong> alas, posição <strong>do</strong>s carros<br />

alegóricos, fantasias etc..). Portanto, não se julga o enre<strong>do</strong> em si, isto é, o tema<br />

escolhi<strong>do</strong>: julga-se a materialização <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. Não existem enre<strong>do</strong>s bons ou<br />

ruins, existem apenas enre<strong>do</strong>s bem ou mal explora<strong>do</strong>s.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A riqueza <strong>do</strong>s elementos e <strong>de</strong> argumentos para a <strong>de</strong>fesa das idéias<br />

apresentadas pela escola;<br />

2. O roteiro, ou seja, o <strong>de</strong>senvolvimento sequencial das diversas partes (Alas,<br />

Alegorias, Grupos etc) que irão possibilitar o entendimento <strong>do</strong> tema ou conceito<br />

proposto no argumento;<br />

3. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> a partir da associação entre tema ou<br />

conceito propostos e o que está sen<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> na avenida (fantasias,<br />

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alegorias e outros elementos plásticos <strong>de</strong>vem estar em consonância com o<br />

tema apresenta<strong>do</strong>);<br />

4. A sua criativida<strong>de</strong>. Não se <strong>de</strong>ve confundir com ineditismo, pois não existem<br />

enre<strong>do</strong>s “bati<strong>do</strong>s”, esgota<strong>do</strong>s ou que “cansaram”. Inúmeras releituras po<strong>de</strong>m<br />

ser feitas sobre o mesmo tema, o que importa é a originalida<strong>de</strong> com que o<br />

tema é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>;<br />

5. O aproveitamento <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser analisa<strong>do</strong> levan<strong>do</strong>-se em conta até que<br />

ponto ele está implícito ou explícito nas fantasias, alegorias, bem como se a<br />

or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sfiles proporcionou a clareza para entendimento <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

6. É importante lembrar que não se está julgan<strong>do</strong> alegoria, a fantasia em si, mas<br />

a a<strong>de</strong>quação ao enre<strong>do</strong>;<br />

7. A troca <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e/ou a presença, em <strong>de</strong>sfile, <strong>de</strong> Alegorias ou Alas que<br />

estejam em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com o roteiro forneci<strong>do</strong> pela Escola;<br />

8. A falta <strong>de</strong> Alegorias ou Alas que estejam previstas no Roteiro forneci<strong>do</strong> pela<br />

Escola.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. A brasilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, ou seja, se a Escola, porventura, não apresentar<br />

enre<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> em tema exclusivamente nacional;<br />

2. A inclusão <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> merchandising (explícito ou implícito) em<br />

Enre<strong>do</strong>s;<br />

3. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Não foi entregue o enre<strong>do</strong> e o roteiro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile e <strong>de</strong>sta forma não foi possível<br />

julgar;<br />

2. O enre<strong>do</strong> é confuso, <strong>de</strong> difícil entendimento;<br />

3. Faltaram da<strong>do</strong>s importantes <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile;<br />

4. Faltaram alas fundamentais para completar a ilustração <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

5. As alas não foram claramente caracterizadas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a proposta <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>;<br />

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6. A sequência das alas e a posição <strong>do</strong>s carros não obe<strong>de</strong>cem a montagem <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>;<br />

7. Faltou citar personagens menciona<strong>do</strong>s no enre<strong>do</strong>;<br />

8. A falta <strong>de</strong> carros alegóricos (ou mais) essencial à perfeita compreensão <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO ENREDO<br />

Aproveitamento: Deve-se procurar observar se a i<strong>de</strong>ia central <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> e se os<br />

aspectos <strong>de</strong> maior relevância <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>scrição foram aproveita<strong>do</strong>s exploran<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o<br />

potencial da proposta.<br />

Argumentação: Deve-se procurar observar se a montagem <strong>de</strong>scritiva <strong>do</strong> enre<strong>do</strong><br />

permite a organização e distribuição das alas e alegorias e se o conjunto final permitiu<br />

o entendimento <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> como um to<strong>do</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação: Deve-se avaliar se o enre<strong>do</strong>, por si só, está claramente relaciona<strong>do</strong> com<br />

a concepção das fantasias, alegorias e com a letra <strong>do</strong> samba, se é possível perceber<br />

nessas concepções os elementos sugeri<strong>do</strong>s pelo enre<strong>do</strong>.<br />

Originalida<strong>de</strong>: Deve-se analisar se o enre<strong>do</strong> foi explora<strong>do</strong> com criativida<strong>de</strong> e<br />

originalida<strong>de</strong>.<br />

Roteiro: É o <strong>de</strong>talhamento, a or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile. É também o enca<strong>de</strong>amento das<br />

partes que compõem o enre<strong>do</strong>. Deve se verificar se a or<strong>de</strong>m das alas está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com a sequência <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> uma compreensão a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> mesmo.<br />

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9. QUESITO EVOLUÇÃO<br />

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Evolução, em <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> Escola <strong>de</strong> Samba, é a progressão da dança <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o ritmo <strong>do</strong> Samba que está sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> e com a cadência da<br />

Bateria. É o movimento rítmico e contínuo <strong>do</strong>s sambistas, feitos <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> perímetro<br />

da ala. É o ato <strong>de</strong> to<strong>do</strong> conjunto movimentan<strong>do</strong>-se ao ritmo <strong>do</strong> samba.<br />

Assim, em termos <strong>de</strong> evolução, <strong>de</strong>ve-se observar, no <strong>de</strong>slocamento da escola,<br />

os movimentos, o jogo <strong>de</strong> ir e vir, a espontaneida<strong>de</strong> e a leveza da expressão corporal<br />

num envolvimento total <strong>do</strong> corpo, <strong>do</strong>s braços, pernas e quadris entregue a cadência<br />

<strong>do</strong> samba.<br />

Por ser consi<strong>de</strong>rada livre a movimentação <strong>do</strong>s componentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas<br />

respectivas alas, só se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar “buraco” quan<strong>do</strong> esse <strong>de</strong>slocamento causar<br />

um espaçamento constante, dividir e quebrar o conceito <strong>de</strong> grupo. As coreografias<br />

<strong>de</strong>vem ser executadas tem que causar a impressão <strong>de</strong> agilida<strong>de</strong> e vibração, não<br />

apenas como forma para cobrir espaços.<br />

O <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> samba não é um <strong>de</strong>sfile militar, por isso não se<br />

admite que os componentes das escolas <strong>de</strong> samba, durante o <strong>de</strong>sfile, marchem ou<br />

ajam como uma formação militar. A verda<strong>de</strong>ira coreografia <strong>do</strong> samba se expressa<br />

através <strong>do</strong> samba no pé, cada um a sua maneira. Por isso a Evolução é a continuida<strong>de</strong><br />

e manutenção <strong>do</strong>s movimentos <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s componentes da escola para a frente.<br />

Há <strong>de</strong> se ressaltar que alguns setores da escola, por necessida<strong>de</strong>s técnicas<br />

naturais, exigem espaço para sua evolução, como o casal mestre-sala e portaban<strong>de</strong>ira,<br />

alas <strong>de</strong> passo marca<strong>do</strong>, alas-shows, porta-estandarte e o recuo da bateria.<br />

Estes “setores” abrem espaços que não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, exceto se houver<br />

excessivas aglomerações ou atropelos que atrapalhem a evolução <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais<br />

componentes.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. Se a escola está evoluin<strong>do</strong> com alegria e espontaneida<strong>de</strong>;<br />

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2. Se existe <strong>de</strong>streza e sincronia <strong>de</strong> movimentos coreográficos;<br />

3. Se há continuida<strong>de</strong> nos movimentos <strong>do</strong>s componentes.<br />

4. A fluência da apresentação, penalizan<strong>do</strong> a ocorrência <strong>de</strong> correrias, <strong>de</strong><br />

retrocesso ou retorno <strong>de</strong> alas, <strong>de</strong>staques <strong>de</strong> chão ou alegorias (com exceção<br />

<strong>do</strong>s setores das escolas com livre movimentação). O <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong>ve ser coeso, isto<br />

é, <strong>de</strong>ve haver a manutenção <strong>do</strong> espaçamento entre alas e alegorias, não se<br />

permitin<strong>do</strong> a embolação <strong>de</strong> alas ou grupos;<br />

5. O exagero <strong>do</strong>s espaços;<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. A abertura <strong>de</strong> claros (buracos) que ocorrem por necessida<strong>de</strong>s técnicas naturais<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s limites necessários, ou seja, os espaços exigi<strong>do</strong>s para:<br />

colocação e retirada da bateria <strong>de</strong> seus recuos próprios, exibição <strong>de</strong> Mestre–<br />

Sala e Porta–Ban<strong>de</strong>ira, comissões <strong>de</strong> frente, ala <strong>de</strong> passistas, coreografias<br />

especiais (ala <strong>de</strong> passos marca<strong>do</strong>s, grupo <strong>de</strong> capoeira etc);<br />

2. O jura<strong>do</strong> também não <strong>de</strong>verá levar em consi<strong>de</strong>ração para seu julgamento o<br />

espaço <strong>do</strong>s guardiões <strong>do</strong> casal <strong>de</strong> Mestre-Sala e Porta-Ban<strong>de</strong>ira.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Houve um gran<strong>de</strong> espaço (buraco) entre uma ala e outra, prejudican<strong>do</strong> a<br />

evolução;<br />

2. Alguns componentes saíram da pista, durante o <strong>de</strong>sfile, para cumprimentar<br />

pessoas nas arquibancadas ou camarote;<br />

3. O carro alegórico prejudicou a evolução da entida<strong>de</strong>;<br />

4. No <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile, alguma ala “embolou” <strong>de</strong> tal forma que prejudicou a<br />

evolução;<br />

5. A ala <strong>de</strong> passo marca<strong>do</strong> prejudicou a evolução;<br />

6. Em consequência da <strong>de</strong>mora na apresentação <strong>do</strong> casal <strong>de</strong> Mestre–Sala e<br />

Porta-Ban<strong>de</strong>ira, a evolução da entida<strong>de</strong> ficou prejudicada;<br />

7. A entida<strong>de</strong> não se apresentou com empolgação, pois a gran<strong>de</strong> maioria das alas<br />

movimentou-se sem entusiasmo.<br />

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PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO EVOLUÇÃO<br />

Desempenho rítmico: É o <strong>de</strong>slocamento progressivo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o elenco <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong><br />

andamento <strong>do</strong> samba;<br />

Expressão corporal: É a movimentação <strong>de</strong> corpo to<strong>do</strong>, pés, ca<strong>de</strong>iras, braços e<br />

<strong>de</strong>ntro da cadência <strong>do</strong> samba.<br />

Sintonia/Continuida<strong>de</strong>: É a manutenção da mesma velocida<strong>de</strong> entre to<strong>do</strong>s os<br />

setores da escola, evitan<strong>do</strong> buracos, aglomerações, atrasos e atropelos.<br />

Desenvoltura: É o comportamento <strong>de</strong>scontraí<strong>do</strong> <strong>de</strong> toda escola, transmitin<strong>do</strong>,<br />

através <strong>do</strong> ritmo, a participação total e prazer em <strong>de</strong>sfilar.<br />

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10. QUESITO FANTASIAS E DESTAQUE<br />

Julga-se neste quesito as fantasias completas (incluem-se os a<strong>de</strong>reços <strong>de</strong><br />

mão), com exceção das que estiverem sobre as alegorias, das fantasias <strong>do</strong> casal <strong>de</strong><br />

Mestre-Sala e Porta-Ban<strong>de</strong>ira e as fantasias da Comissão <strong>de</strong> Frente. Também se<br />

analisa a qualida<strong>de</strong> da confecção das fantasias e sua a<strong>de</strong>quação ao enre<strong>do</strong> proposto.<br />

A função básica das fantasias é ilustrar o enre<strong>do</strong>, pois é com base no<br />

enre<strong>do</strong> que são feitos os figurinos. A a<strong>de</strong>quação das fantasias ao enre<strong>do</strong> é<br />

fundamental, pois elas <strong>de</strong>vem cumprir a função <strong>de</strong> transmitir as diversas partes <strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong>.<br />

As fantasias e a<strong>de</strong>reços <strong>de</strong>vem caracterizar-se não só pela criativida<strong>de</strong>,<br />

mas também <strong>de</strong>ve causar impressão pelas formas e pelo entrosamento, utilização,<br />

exploração e distribuição <strong>de</strong> materiais e cores.<br />

Devem ser avalia<strong>do</strong>s os acabamentos, cuida<strong>do</strong>s na confecção, a<br />

uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>ntro das mesmas alas, grupos e/ou conjuntos (igualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> calça<strong>do</strong>s, meias, shorts, biquínis, soutiens, chapéus e outros complementos,<br />

quan<strong>do</strong> ficar nítida esta proposta).<br />

Será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, para o efeito <strong>de</strong> análise, o uso <strong>de</strong> a<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> mão que<br />

venham fazer parte da fantasia. Além disso, também se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar Comissão <strong>de</strong><br />

frente, porta-estandarte e passistas também como <strong>de</strong>staques, sen<strong>do</strong> que os últimos<br />

po<strong>de</strong>m ou não estar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tema.<br />

É muito importante que na hora <strong>de</strong> justificar o voto, o julga<strong>do</strong>r<br />

explicite as alas on<strong>de</strong> encontrou motivação para tirar pontos.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A concepção e a a<strong>de</strong>quação das fantasias ao enre<strong>do</strong>, as quais com suas<br />

formas <strong>de</strong>vem cumprir a função <strong>de</strong> transmitir as diversas partes <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ste enre<strong>do</strong>;<br />

2. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem criativas, mas sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> possuir significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

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3. A impressão causada pelas formas, entrosamento, utilização, distribuição,<br />

a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> materiais e cores;<br />

4. Os acabamentos e os cuida<strong>do</strong>s na confecção;<br />

5. A uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>ntro das mesmas alas, grupos e/ou conjuntos<br />

(igualmente <strong>de</strong> calça<strong>do</strong>s, biquinis, soutiens, shorts, meias, chapéus e outros<br />

complementos), quan<strong>do</strong> ficar nítida essa proposta;<br />

6. O julga<strong>do</strong>r obrigatoriamente analisará as fantasias <strong>de</strong> Mestre-Sala e Porta–<br />

Ban<strong>de</strong>ira, bateria, ala das baianas e <strong>de</strong>staques <strong>de</strong> chão (esse último caso a<br />

escola os apresente);<br />

7. A ausência significativa <strong>de</strong> chapéus, sapatos e outros complementos das<br />

fantasias <strong>do</strong>s componentes quan<strong>do</strong> ficar níti<strong>do</strong> que a proposta das fantasias era<br />

originariamente com a presença <strong>de</strong>sses elementos e indumentárias;<br />

8. A capacida<strong>de</strong> da fantasia <strong>de</strong> permitir a livre e espontânea movimentação <strong>do</strong>s<br />

componentes;<br />

9. A varieda<strong>de</strong> das fantasias diferenciadas, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> os diversos segmentos <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sfile.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Alas trajan<strong>do</strong> camisetas <strong>de</strong> clubes sociais, esportivos ou afins, uma vez que<br />

camisetas não constituem fantasias, mesmo que seja vincula<strong>do</strong> ao tema <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong>;<br />

2. A presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfilantes com a genitália à mostra, <strong>de</strong>corada e/ou pintada;<br />

3. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diretores com camisa da escola, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sfilem pelas<br />

laterais ou na parte final da escola;<br />

4. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. As fantasias estavam mal confeccionadas;<br />

2. As fantasias estavam incompletas;<br />

3. Os chapéus estavam diferentes uns <strong>do</strong>s outros;<br />

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4. Havia componentes com sapatos <strong>de</strong> cores diferentes;<br />

5. As fantasias estavam fora da temática <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

6. Havia a<strong>de</strong>reços inconvenientes com a composição <strong>do</strong> tema–enre<strong>do</strong>;<br />

7. A concepção dissociada <strong>do</strong> enre<strong>do</strong> prejudicou a leitura das etapas previstas no<br />

roteiro entregue pela entida<strong>de</strong>.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO FANTASIAS E DESTAQUE<br />

A<strong>de</strong>quação: Deve-se observar se as fantasias estão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a proposta <strong>do</strong><br />

enre<strong>do</strong> da escola <strong>de</strong> samba;<br />

Criativida<strong>de</strong>: É a maneira original <strong>de</strong> conceber as fantasias, observan<strong>do</strong> inclusive a<br />

utilização <strong>do</strong>s materiais utiliza<strong>do</strong>s e a combinação <strong>de</strong> cores;<br />

Acabamento: É o cuida<strong>do</strong> e capricho na confecção das fantasias <strong>de</strong> toda escola;<br />

Uniformida<strong>de</strong>: É igualda<strong>de</strong> das fantasias <strong>de</strong>ntro das mesmas alas ou grupos,<br />

levan<strong>do</strong>-se em consi<strong>de</strong>ração to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>talhes.<br />

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11. QUESITO HARMONIA MUSICAL<br />

Harmonia musical em <strong>de</strong>sfile da entida<strong>de</strong> é o entrosamento entre o ritmo<br />

(bateria) e a melodia (canto).<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se <strong>de</strong>slize grave no que concerne à harmonia musical o fenômeno<br />

chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> “atravessamento <strong>do</strong> samba”, que po<strong>de</strong> se manifestar em <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong><br />

divergências: isoladas ou simultaneamente.<br />

Deve-se analisar a Harmonia Musical nos seguintes parâmetros:<br />

- Harmonia <strong>do</strong> canto: é a constatação da perfeita igualda<strong>de</strong> <strong>do</strong> canto, da letra e<br />

melodia <strong>do</strong> samba pela totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s componentes da escola.<br />

- Harmonia <strong>do</strong> samba: é o entrosamento e a manutenção <strong>do</strong> andamento da melodia<br />

<strong>do</strong> samba com o ritmo.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A perfeita igualda<strong>de</strong> <strong>do</strong> canto <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong>, pelos componentes da Escola,<br />

em consonância com o “Puxa<strong>do</strong>r” (Cantor Intérprete <strong>do</strong> Samba) e a<br />

manutenção <strong>de</strong> sua tonalida<strong>de</strong>;<br />

2. O canto <strong>do</strong> Samba-Enre<strong>do</strong>, pela totalida<strong>de</strong> da Escola/entida<strong>de</strong>;<br />

3. A harmonia <strong>do</strong> samba.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. A eventual pane no carro <strong>de</strong> som e/ou no sistema <strong>de</strong> sonorização da Passarela;<br />

2. Questões inerentes a quaisquer outros Quesitos.<br />

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PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO HARMONIA MUSICAL<br />

Sincronismo: É o entrosamento (casamento) entre o canto e o ritmo, observan<strong>do</strong>-se<br />

o compasso da música à marcação da bateria.<br />

Constância: A escola <strong>de</strong>ve manter a intensida<strong>de</strong> <strong>do</strong> canto <strong>do</strong> samba durante to<strong>do</strong><br />

tempo <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile. O jura<strong>do</strong> não <strong>de</strong>ve ater-se a componentes que porventura não<br />

estejam cantan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve preocupar-se com a sonorida<strong>de</strong> emitida pela escola.<br />

Sintonia: É quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os componentes cantam, ao mesmo tempo, os mesmo<br />

versos da letra <strong>do</strong> samba.<br />

Divergência no canto (melodia): Ocorre quan<strong>do</strong> uma parcela <strong>do</strong>s componentes<br />

canta uma parte da letra, enquanto outra parcela concomitantemente canta outra<br />

parte da mesma letra, entoan<strong>do</strong> outros versos.<br />

Divergência entre o ritmo e a melodia: Ocorre quan<strong>do</strong> o ritmo impresso pela<br />

bateria da entida<strong>de</strong> não é manti<strong>do</strong> ou não é acompanha<strong>do</strong> pelo andamento da dança<br />

ou <strong>do</strong> canto <strong>do</strong> samba.<br />

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12. QUESITO HUMOR<br />

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Humor é a comicida<strong>de</strong> da situação, a provocação <strong>de</strong> risos. Do <strong>de</strong>boche e<br />

irreverência a partir <strong>do</strong>s fatos e/ou crítica escolhida pela entida<strong>de</strong>. Na<br />

passarela, humor é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressar o que é cômico e diverti<strong>do</strong>.<br />

Não se po<strong>de</strong> confundir com humor situações ofensivas, agressivas ou<br />

<strong>de</strong>preciativas a qualquer tema, personalida<strong>de</strong> ou grupo.<br />

1. Se há potencial <strong>de</strong> irreverência;<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

2. Se a entida<strong>de</strong> realiza um <strong>de</strong>sfile bem humora<strong>do</strong>, alegre e <strong>de</strong>scontraí<strong>do</strong>;<br />

3. Se a entida<strong>de</strong> apresenta versões <strong>de</strong>bochadas e irreverentes <strong>de</strong> fatos ou temas<br />

escolhi<strong>do</strong>s;<br />

4. Se há comunicação com a plateia.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Apresentou somente situações pejorativas ou ofensivas, <strong>de</strong>precian<strong>do</strong><br />

personagens públicas;<br />

2. Faltou <strong>de</strong>scontração durante o <strong>de</strong>sfile;<br />

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3. O público não reagiu às situações apresentadas;<br />

4. O humor foi pouco explora<strong>do</strong>.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO HUMOR<br />

Comicida<strong>de</strong>: É a provocação <strong>de</strong> riso;<br />

Comunicação: É forma como está sen<strong>do</strong> explícita a mensagem e sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

entendimento pelo público;<br />

Descontração: É a <strong>de</strong>sinibição, a alegria e a leveza durante o <strong>de</strong>sfile;<br />

Criticida<strong>de</strong>: O tema proposto <strong>de</strong>ve estar vincula<strong>do</strong> a problemas e/ou fatos sociais,<br />

econômicos, políticos e culturais da atualida<strong>de</strong>, mas sem ser ofensivo ou agressivo<br />

nem expressar palavras <strong>de</strong> baixo-calão<br />

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13. QUESITO MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA<br />

Mestre-sala e porta-ban<strong>de</strong>ira são, respectivamente, guardião e condutora<br />

<strong>do</strong> pavilhão da escola <strong>de</strong> samba/entida<strong>de</strong>. Cabe ao casal executar um baila<strong>do</strong><br />

próprio no ritmo <strong>do</strong> samba, manten<strong>do</strong> sempre a elegância e a postura clássica, com<br />

passos e características próprias (maneios e mesuras para o Mestre-Sala, giros no<br />

senti<strong>do</strong> horário e anti–horário para a Porta-Ban<strong>de</strong>ira).<br />

A Porta-Ban<strong>de</strong>ira é a figura mais representativa <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> samba e a<br />

ela cabe a honra <strong>de</strong> conduzir o pavilhão da entida<strong>de</strong>. Deve mostrar garbo, graça,<br />

elegância na postura e na dança, apresentar–se com <strong>de</strong>senvoltura, com movimentos<br />

distintos, sem visagens (caretas) <strong>de</strong>snecessárias.<br />

A Porta-Ban<strong>de</strong>ira jamais se curva a qualquer pessoa, uma vez que ela ostenta o<br />

ponto máximo da escola, que é o seu pavilhão. O seu baila<strong>do</strong> tem características<br />

próprias que são movimentos giratórios em torno <strong>de</strong> seu próprio eixo, no senti<strong>do</strong><br />

horário e anti-horário.<br />

O Mestre-Sala é o guardião <strong>do</strong> pavilhão e tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chamar a<br />

atenção para o pavilhão, conduzi<strong>do</strong> pela Porta-Ban<strong>de</strong>ira. Por isso, to<strong>do</strong> seu trabalho<br />

<strong>de</strong>ve se voltar para ela e seus movimentos <strong>de</strong>vem parecer naturais e se voltarem para<br />

a Porta-Ban<strong>de</strong>ira e o pavilhão.<br />

O casal executa um baila<strong>do</strong> próximo no ritmo <strong>do</strong> samba, fazen<strong>do</strong><br />

constantemente movimentos sincroniza<strong>do</strong>s, com varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> passos e entrosamento,<br />

nunca se comunican<strong>do</strong> verbalmente. Um par entrosa<strong>do</strong> sabe que sua apresentação<br />

não permite momentos para exibição individual, o movimento <strong>de</strong> um tem sempre <strong>de</strong><br />

estar ao movimento <strong>do</strong> outro, por isso o avalia<strong>do</strong>r não se impressionará pelas<br />

qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apenas um <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> par.<br />

A fantasia não <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada no julgamento da dupla. Ela é <strong>de</strong> análise<br />

<strong>do</strong> quesito FANTASIAS E ADEREÇOS. Porém, se, por ventura, o casal não estiver<br />

evoluin<strong>do</strong> em função da fantasia apresentar problemas, cabe ao julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>scontar<br />

pontos pelo motivo <strong>de</strong> atrapalhar a dança, utilizan<strong>do</strong> o problema da fantasia apenas<br />

como justificativa.<br />

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Também é indispensável lembrar que mais importante que o casal <strong>de</strong> Mestre–<br />

Sala e a Porta–Ban<strong>de</strong>ira é o pavilhão da escola: to<strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> casal <strong>de</strong>ve se voltar<br />

para o pavilhão, ele é a razão da existência da dupla.<br />

Ao Mestre-Sala não é permiti<strong>do</strong>:<br />

PROIBIÇÕES AO MESTRE-SALA<br />

1. Colocar o joelho ou a mão no chão;<br />

2. Tocar o pavilhão <strong>de</strong> forma brusca;<br />

3. Usar gestos vulgares ou comunicação verbal;<br />

4. Permanecer excessivamente <strong>de</strong> costas para a Porta–Ban<strong>de</strong>ira.<br />

PROIBIÇÕES À PORTA-BANDEIRA<br />

1. Deixar o pavilhão enrolar em seu corpo ou no próprio mastro;<br />

2. Chocar-se corporalmente com o Mestre–Sala;<br />

3. Bater com o pavilhão no rosto <strong>do</strong> Mestre-Sala.<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

1. A exibição da dança <strong>do</strong> casal, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que não sambam e sim executam<br />

um baila<strong>do</strong> no ritmo <strong>do</strong> samba, com passos e características próprias, com<br />

meneios e mesuras, giros, meia–voltas e tornea<strong>do</strong>s, observan<strong>do</strong>-se a<br />

criativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> casal com respeito à manutenção das tradições;<br />

2. A harmonia <strong>do</strong> par, a graça e leveza <strong>de</strong>vem apresentar uma sequência <strong>de</strong><br />

movimentos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>nciada a integração e entrosamento<br />

<strong>do</strong> casal;<br />

3. A função <strong>do</strong> Mestre-Sala é cortejar e apresentar a Porta-Ban<strong>de</strong>ira, bem como<br />

proteger e apresentar o pavilhão da agremiação, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolver gestos e<br />

posturas elegantes e corteses, que <strong>de</strong>monstrem reverência à sua dama (Porta-<br />

Ban<strong>de</strong>ira);<br />

4. A perda da elegância e majesta<strong>de</strong> em virtu<strong>de</strong> da queda e/ou perda, mesmo que<br />

aci<strong>de</strong>ntal, <strong>de</strong> parte da indumentária;<br />

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SECRETARIA DE CULTURA<br />

5. O julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ste quesito <strong>de</strong>ve se ater somente à dança <strong>do</strong> casal;<br />

6. Até que ponto o casal <strong>de</strong> Mestre–Sala e Porta-Ban<strong>de</strong>ira está cumprin<strong>do</strong> com<br />

suas obrigatorieda<strong>de</strong>s em relação a:<br />

- Reverência (passeio em torno da ban<strong>de</strong>ira);<br />

- Pavilhão (abertura solene da ban<strong>de</strong>ira);<br />

- Saudação à ban<strong>de</strong>ira (pelo próprio casal);<br />

- Proteção;<br />

- Cortejo.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. Não houve sincronismo nos movimentos e harmonia entre os Mestres-Salas e<br />

Porta–Ban<strong>de</strong>ira;<br />

2. Faltou elegância ao casal ou a um <strong>de</strong> seus componentes;<br />

3. Mestre–Sala e Porta–Ban<strong>de</strong>ira apresentam-se <strong>de</strong> forma individual;<br />

4. Roupas ou costeiros volumosos dificultaram os movimentos <strong>do</strong> casal;<br />

5. Não houve harmonia e elegância entre Mestre-Sala e Porta-Ban<strong>de</strong>ira;<br />

6. Não houve exibição <strong>do</strong> pavilhão;<br />

7. Houve perda <strong>de</strong> parte da fantasia ou indumentária <strong>do</strong> casal;<br />

8. Houve ocorrência <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> outro durante o <strong>de</strong>sfile;<br />

9. Houve arrumação da indumentária da Porta-Ban<strong>de</strong>ira, por qualquer pessoa que<br />

não o Mestre-Sala, o presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong> ou ainda quem estiver conduzin<strong>do</strong><br />

o casal;<br />

10. Houve o toque na ban<strong>de</strong>ira por terceiros, sem que esta tenha si<strong>do</strong><br />

apresentada pelo Mestre-Sala.<br />

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PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA<br />

Sincronismo: É o perfeito entrosamento entre os movimentos <strong>do</strong> casal.<br />

Postura: É a forma <strong>de</strong> conduzir e apresentar o pavilhão da escola com altivez,<br />

simpatia e elegância.<br />

Estilo: É a maneira singular <strong>de</strong> evoluir. Apenas Mestre-Sala e Porta--Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>vem<br />

bailar, com criativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvoltura, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sfile.<br />

Harmonia: É a perfeita sincronização da dança <strong>do</strong> par com graça e leveza. O casal<br />

<strong>de</strong>ve apresentar uma coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> movimentos que permitam sua apresentação<br />

em conjunto.<br />

41


14. QUESITO SAMBA-ENREDO<br />

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SECRETARIA DE CULTURA<br />

O samba–enre<strong>do</strong> é a ilustração poético–melódica <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. Sua letra se<br />

refere ao enre<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> pela escola, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, portanto, haver compatibilida<strong>de</strong><br />

entre o tema e a letra <strong>do</strong> samba. O samba-enre<strong>do</strong> possui estilo característico e<br />

versejar próprio e, na mesma medida em que não <strong>de</strong>verá ser julga<strong>do</strong> como peça<br />

erudita, mas como expressão <strong>de</strong> linguagem popular, não <strong>de</strong>ve ser exigi<strong>do</strong> esquemas<br />

fixos <strong>de</strong> métrica e rima. Assim, na letra <strong>do</strong> samba-enre<strong>do</strong> <strong>de</strong>verão ser observadas a<br />

criativida<strong>de</strong> e a perfeita adaptação à melodia, não <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o julga<strong>do</strong>r levar em conta<br />

possíveis transgressões à gramática normativa e sim estar atento às soluções<br />

encontradas pelos compositores para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> tema <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

O samba-enre<strong>do</strong> po<strong>de</strong>rá ainda ser <strong>de</strong>scritivo, relatan<strong>do</strong> minuciosamente o<br />

enre<strong>do</strong>, e/ou interpretativo, contan<strong>do</strong> o enre<strong>do</strong> sem fixar-se em <strong>de</strong>talhes, mas<br />

conten<strong>do</strong> implicitamente as i<strong>de</strong>ias <strong>do</strong>s principais itens <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. Quer seja <strong>de</strong>scritivo<br />

ou interpretativo, não po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ater-se ao tema a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>.<br />

O samba-enre<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá possuir a necessária harmonia musical para propiciar o<br />

canto e a evolução sem esforço <strong>do</strong>s componentes. Deve, também, facilitar a<br />

manutenção da cadência da bateria. A melodia <strong>de</strong>verá possuir tonalida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada<br />

para as vozes femininas e masculinas e, consequentemente, afinação, cujo efeito terá<br />

<strong>de</strong> sobressair-se na massa <strong>de</strong>sfilante.<br />

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SECRETARIA DE CULTURA<br />

A melodia ainda <strong>de</strong>verá ser avaliada em sua criativida<strong>de</strong> e originalida<strong>de</strong>,<br />

enquanto que na letra <strong>do</strong> samba observar-se-ão a objetivida<strong>de</strong>, e a clareza, a<br />

precisão, a criativida<strong>de</strong> e um enca<strong>de</strong>amento lógico das partes <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

1. A a<strong>de</strong>quação da letra ao enre<strong>do</strong>;<br />

O JULGADOR DEVERÁ CONSIDERAR<br />

2. Sua riqueza poética, beleza e bom gosto;<br />

3. A sua adaptação à melodia, ou seja, o perfeito entrosamento <strong>do</strong>s seus versos<br />

com os <strong>de</strong>senhos melódicos;<br />

4. Se há contradições entre o enre<strong>do</strong> proposto e o samba;<br />

5. Observar somente o canto emana<strong>do</strong> <strong>do</strong>s componentes, sem levar em<br />

consi<strong>de</strong>ração o som mecânico;<br />

6. Se há citações das principais passagens <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

7. A letra apresenta clareza e objetivida<strong>de</strong>;<br />

8. A igualda<strong>de</strong> <strong>do</strong> canto <strong>do</strong> Samba em consonância com o ritmo;<br />

9. A harmonia <strong>do</strong> canto, penalizan<strong>do</strong> a ocorrência <strong>do</strong> fenômeno chama<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

“atravessamento <strong>do</strong> Samba”.<br />

O JULGADOR NÃO LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO<br />

1. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>ve se preocupar com a rigi<strong>de</strong>z da gramática normativa;<br />

2. A comissão <strong>de</strong> frente e a bateria não estão obriga<strong>do</strong>s a sustentar o canto;<br />

3. A eventual pane no carro <strong>de</strong> som e/ou no sistema <strong>de</strong> sonorização da avenida;<br />

4. O julga<strong>do</strong>r não <strong>de</strong>verá levar em conta, em sua avaliação, o comportamento <strong>do</strong><br />

público assistente em relação ao samba enre<strong>do</strong>;<br />

5. Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.<br />

JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO<br />

1. A letra <strong>do</strong> samba não está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o enre<strong>do</strong>;<br />

2. A letra <strong>do</strong> samba omitiu da<strong>do</strong>s importantes <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>;<br />

43


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SECRETARIA DE CULTURA<br />

3. Não foi entregue a letra <strong>do</strong> samba, e, portanto, não houve condições <strong>de</strong> fazer o<br />

julgamento;<br />

4. O samba-enre<strong>do</strong> apresentou uma melodia <strong>de</strong> difícil assimilação;<br />

5. A melodia estava mal dividida, o que impossibilitou o bom entrosamento entre<br />

o intérprete e a bateria;<br />

6. O intérprete <strong>do</strong> samba não manteve a mesma tonalida<strong>de</strong> durante o <strong>de</strong>sfile;<br />

7. Os componentes não cantavam;<br />

8. O ritmo e o canto se <strong>de</strong>sencontravam.<br />

PONTOS DE BALIZAMENTO PARA JULGAMENTO<br />

DO QUESITO SAMBA-ENREDO<br />

Fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>: Deve-se observar se a letra <strong>do</strong> samba está fielmente <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

enre<strong>do</strong> proposto.<br />

Clareza: A letra <strong>do</strong> samba <strong>de</strong>ve transmitir objetivamente a mensagem literária e<br />

poética <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>.<br />

Correção: É a elaboração da letra <strong>do</strong> samba em seus versos e prosa, com o senti<strong>do</strong> e<br />

coerência, sen<strong>do</strong> tolera<strong>do</strong>s pequenos <strong>de</strong>slizes gramaticais, uma vez que os autores<br />

em sua maioria são artistas populares sem formação acadêmica.<br />

44


V. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

O MANUAL DO JULGADOR DO CARNAVAL DE PELOTAS foi elabora<strong>do</strong> pela<br />

Secretaria <strong>de</strong> Cultura (Secult) e foi basea<strong>do</strong> em regulamentos anteriores <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>,<br />

no regulamento atual da Liesa (Liga <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Samba <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro) e outros<br />

regulamentos e conceitos encontra<strong>do</strong>s em referências específicas, sempre manten<strong>do</strong>se<br />

fiel ao Regulamento Geral <strong>do</strong> Carnaval pelotense.<br />

Ressaltamos que os jura<strong>do</strong>s não <strong>de</strong>vem manter comunicação entre si<br />

nem com quaisquer pessoas na passarela <strong>do</strong> samba.<br />

OUTRAS OBSERVAÇÕES<br />

1. Também não <strong>de</strong>verão utilizar artifícios eletrônicos para captura <strong>de</strong> imagem ou<br />

ví<strong>de</strong>o nem será permiti<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> aparelhos celulares, que <strong>de</strong>verão ser<br />

<strong>de</strong>sliga<strong>do</strong>s ou coloca<strong>do</strong>s em mo<strong>do</strong> silencioso.<br />

2. Para segurança e acompanhamento <strong>do</strong>s jura<strong>do</strong>s serão coloca<strong>do</strong>s à sua<br />

disposição as figuras <strong>do</strong>s anjos, <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, e que também<br />

vigiarão os casos <strong>de</strong> intercomunicação entre os jura<strong>do</strong>s, os conduzirão ao<br />

banheiro e auxiliarão em suas <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>mandas.<br />

3. Quanto ao modus operandi, cada jura<strong>do</strong> irá receber uma prancheta, folhas<br />

rascunho e canetas, além <strong>do</strong> material <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>sfilar. Após o <strong>de</strong>sfile <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong>, os jura<strong>do</strong>s permanecerão nos<br />

camarotes a eles <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s, e preencherão suas folhas rascunho com possíveis<br />

notas e justificativas e após o preenchimento das fichas oficiais, elas serão<br />

colocadas em envelope lacra<strong>do</strong> e <strong>de</strong>stinadas à apuração.<br />

4. As folhas oficiais <strong>de</strong>vem ser preenchidas com nome e assinatura <strong>do</strong> jura<strong>do</strong> e as<br />

notas <strong>de</strong>verão ser transcritas em numeral ordinal e por extenso, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> variar<br />

entre 5 (cinco) e 10 (<strong>de</strong>z), admitin<strong>do</strong>-se notas fracionadas, até uma casa<br />

<strong>de</strong>pois da vírgula (ex. 9,7).<br />

45


PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS<br />

SECRETARIA DE CULTURA<br />

5. Dúvidas em relação a este manual e à interpretação individual <strong>de</strong> cada jura<strong>do</strong><br />

não po<strong>de</strong>rão ser tiradas ou sanadas durante o <strong>de</strong>sfile ou transcrição <strong>de</strong> notas,<br />

caben<strong>do</strong> ao julga<strong>do</strong>r usar sempre <strong>do</strong> bom-senso e justificar <strong>de</strong>vidamente suas<br />

<strong>de</strong>cisões.<br />

6. Ao resulta<strong>do</strong> da apuração não caberá recurso.<br />

46<br />

<strong>Prefeitura</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Cultura<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2013<br />

Pça Cel Pedro Osorio, n° 02<br />

Centro - <strong>Pelotas</strong>/RS<br />

53 3227.3408<br />

secultpel@gmail.com

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