JULGAMENTO 2012-02.pdf

JULGAMENTO 

Profª. Mylene Müller 

mylenemuller@yahoo.com.br

Importância prática 

• No melhoramento do rebanho; 

• No comércio de animais; 

• Ao profissional agropecuário.

Aspectos Necessários 

para o Julgamento 

• Conhecimento profundo do grupo racial; 

• Observação acurada; 

• Bom senso comparativo; 

• Coragem e honestidade.

Finalidade do Julgamento 

• Para fins de registro genealógico; 

• Nas exposições; 

• Julgamento para escolha de reprodutores e 

novilhas.

MÉTODOS E CRITÉRIOS DE 

• Julgar requer: 

– Disciplina; 

– técnica e; 

– sentimento. 


• processo longo de construção do caráter, que 

exige dedicação e desprendimento absolutos.



• métodos e critérios de julgamento: 

– o conjunto de regras e formatos de abordagens 

que utilizamos ao avaliar os animais. 

• função: 

– sistematizar a avaliação e definir um objetivo 

macro no processo de escolha dos indivíduos.



• Usualmente esses objetivos estão voltados p/ 

propósitos econômicos. 

• Quais são os métodos de julgamento?? 

– a avaliação individual e; 

– a avaliação comparativa dos indivíduos. 

• 2 métodos são sempre comparativos, mesmo naqueles 

casos em que o denominamos como individual.


• Método individual: 


– Aplicado na avaliação de um animal isoladamente; 

– Chamado de avaliação do tipo: 

• exame das diversas regiões do corpo do animal.


• Método individual: 


– exercício mental, recorrendo a imagens 

conceituais que vamos armazenando ao longo da 

experiência na vistoria de animais, que se tornam 

um referencial virtual no processo de avaliação.


• Método comparativo: 


– Usado para vários animais; 

– Tem pré-requisito o julgamento individual; 

– Exame dos animais em grupo; 

– Utilizado nos julgamentos nas exposições.


• Método comparativo: 


– processar mais informações, em quantidade 

diretamente proporcional ao nº de animais que 

estão sendo julgados. 

– grau de dificuldade aumenta gradualmente 

também, mas o processo é basicamente o mesmo: 

• cada animal comparado c/ um padrão mental de 

referência, e, todos eles entre si; 

• estabelecendo-se uma ordenação dentro do grupo.



• Critérios de julgamento: 

– variam em função da definição inicial e básica do 

propósito econômico da escolha dos animais. 

– 2 grandes grupos de interesse podem ser 

visualizados para: 

• leite e; 

• corte.



• Critérios de julgamento: 

– Estabelecida a concepção geral da seleção 

pretendida, os critérios de seleção vão se 

alinhando paulatinamente e em harmonia c/ o 

sistema de produção a que se destinarão os 

animais.

JULGANDO ANIMAIS 

• critérios e os métodos de julgamento podem 

ser aplicados em qualquer momento que se 

vá, selecionar animais; seja qual for o objetivo 

da escolha. 

– escolha de reprodutores em lotes já aptos à 

reprodução; 

– em lotes jovens candidatos a futuros 

reprodutores; 

– em animais de aptidão leiteira, etc.


– o que varia, são os critérios a serem adotados: 

• Corte e; 

• Leite. 

• Exposições


Fonte: Estadão – Expointer 2009.


Fonte: www.estadao.com.br/fotos/expointer -2009


Fonte: www.estadao.com.br/fotos/expointer -2009 - Campeão Jersey


Fonte: www.estadao.com.br/fotos/expointer 2009





• Exposições 


– método de julgamento termina sendo misto a 

partir do momento em que consideramos o 

animal como indivíduo (método individual) e este 

em relação ao conjunto (método comparativo).

• Exposições 


– esse procedimento que permite, se necessário, 

que um jurado numa pista de julgamento não 

premie animais que concorrem sozinhos em 

categorias, ou 

– mesmo que não concedam um 1º prêmio (ou 2º, 

etc) p/ categorias até mesmo numerosas 

• eles não preencheram requisitos mínimos 

determinados pelo biótipo médio da raça.

Ex. Metodologia para um Julgamento 

• Adote uma estratégia de raciocínio em que 

cada categoria, de cada campeonato, 

represente um lote de animais único, e desse 

lote vai se apartar os melhores animais; 

• Esqueça os lotes que já passaram e considere 

cada categoria como se fosse a única; 

• Concentre-se no 1º lugar. 

– Os demais irão se alinhar naturalmente numa 

escala decrescente dos critérios adotados.


• Estabeleça uma lógica de observação dos 

animais bem fundamentada tecnicamente. 

– Esse é o ponto principal. 

• No julgamento os animais desfilam em círculo, 

no sentido anti-horário. 

– Depois permanecem parados lado a lado.


• Embora já tenha havido algumas inovações 

(por peso) o mais usual é que os animais 

desfilem por ordem de idade. 

– Isso facilita muito a observação e ponderação de 

diferenças positivas ou negativas c/ relação à 

idade x tipo x desenvolvimento.


• Considerando que essa dinâmica do 

julgamento é a mais natural e confrontando-a 

com as observações que devem ser feitas, 

temos: 

Fonte: ABCZ, 2008.


• diferença temporal entre o que se vê e o que 

deve ser considerado em 1º plano associado a 

um nº relativamente grande de animais em 

julgamento 

– exige que o jurado seja capaz de registrar 

informações que serão usadas em momentos 

diferentes e de formas diferentes e interativas c/ 

outras observações.


• Como são informações diferentes e c/ valores 

bio-econômicos diferentes dentro do contexto 

do melhoramento genético, é preciso 

considerar: 

– O valor econômico da característica; 

– A herdabilidade da característica; 

– A importância relativa da característica dentro da 

raça; e, 

– As possíveis correlações genéticas e fenotípicas 

existente entre elas.


• Provavelmente em um julgamento, o mais 

apropriado é trabalharmos c/ o método de 

seleção por níveis independentes de descarte. 

– Utiliza-se níveis de descarte p/ cada uma das 

características consideradas e; 

– Estabelece-se uma ordem de prioridade p/ todas 

elas.


– Por ex.: considerando as mesmas características 

anteriores, podemos admitir um processo em que 

a ordem de importância e o nível de corte das 

características sejam considerados da seguinte 

forma: 

• Reprodutivas: nível de corte total em caso de 

problemas, e em escala crescente no caso de defeitos 

permissíveis.


– Conformação: método comparativo e que 

estabelece o nível de corte dentro do próprio 

processo. 

• o jurado deve ter uma concepção de um biótipo 

mínimo aceitável e do biótipo mais adequado p/ o 

propósito econômico da raça. 

– Raça : o próprio processo estabelece o nível de 

corte, mas o padrão racial, c/ seus atributos ideais 

e permissíveis, tem que nortear o processo.


– Aprumos: a regularidade dos aprumos e a força 

dos membros são fundamentais nos processos 

produtivo e reprodutivo. 

• Estabelecer os níveis de aceitabilidade nesse caso varia 

em função do que seriam defeitos adquiridos e do que 

seria genético, e também de particularidades de cada 

uma das raças leiteiras.


• Na prática, considerando que a situação seja 

favorável ao jurado (existem bons animais a 

serem julgados) o processo leva a: 

– Exclusões sucessivas de acordo c/ cada 

característica; 

– A ordenação das características por ordem de 

importância genética e econômica determina os 

diferenciais finais de seleção p/ cada uma delas;


– De forma geral, quanto maior o nº de 

características em jogo, menores serão os 

diferenciais de seleção em cada uma delas; 

– Em alguns casos (e não raros) o jurado precisa 

rever a ordenação das características quando 

nenhum animal consegue atender o nível mínimo 

aceitável na 1ª delas ou nas subseqüentes.


– O resultado desse método de julgamento fica 

diretamente dependente dos critérios adotados 

por quem está avaliando os animais: 

• Quais características foram consideradas? 

• Qual a importância relativa de cada uma delas no 

processo todo? 

• Qual delas sobreporia uma outra em caso de empate? 

• Qual a ordenação de importância das características?


– Dependendo dos critérios adotados, o resultado 

final pode variar.

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