Universo de Ciências Contábeis - Univen

Essa escrita foi de suma relevância para o desenvolvimento contábil não só da Mesopotâmia,
mas também de todo o globo e isso possibilitou o avanço considerável em relação à
organização dos bens e a escrituração deles. O ponto de partida para o início dos registros
contábeis foi a partir dessa invenção. Pode-se considerar que ela foi um marco tanto na
história mundial quanto na história contábil.
Sá (1997, p. 26), complementa que:
Muitas, todavia, são as coincidências no uso da contabilidade entre os sumérios –
babilônios e os egípcios, mas aqueles iniciaram antes; os recursos da racionalidade
da escrita contábil, todavia, dariam outros passos, substancialmente grandes, com o
uso do papiro, no Egito.
Pode se dizer que foi a partir dessa criação que deu-se início aos primeiros passos dos livros
contábeis. O conteúdo deles era semelhante aos diários atuais, contendo data da compra,
nome, quantidade e total. Os exemplos de contas existentes na época eram “Contas de
Pagamentos de Escravos”, “Contas de Vendas Diárias”, “Contas Sintética Mensal dos
Tributos Diversos”, etc.
2.2.3 GRÉCIA E ROMA ANTIGA
De acordo com Sá (1997, p. 29), “[...] sobre os gregos, louva-lhes a iniciativa da doutrina
patrimonialista, ou seja, as primeiras instituições científicas da Contabilidade, isto é de
relevante importância, embora não se tivesse constituído em uma fase ou período cientifico.”
As atividades bancárias foram exuberantes na Grécia devido a sua forma e organização. Nos
templos e no Estado a Contabilidade era gravada em placas de mármores e afixada em praça
pública, o que mostrava a preocupação que os gregos davam a perfeição e transparência desse
registro, para que fosse de conhecimento de todos, as entradas e saídas de capitais.
Sá (1997, p. 29) comenta que, “chefiava a Contabilidade Pública, ao tempo de Clístenes, em
Atenas, um colégio do apodectai, sendo a escrita centralizada e a questão financeira, para
efeitos de pagamentos, dividida entre os diversos Caixas especiais”. Isso demonstra a
preocupação que os gregos tinham em formar profissionais capazes de organizar esses dados e
demonstrá-los aos demais cidadãos.
O orçamento do Estado era feito tendo por base a escrita dos apodectai, que eram os
Contadores Públicos. Uma das maiores preocupações parece ter sido aquela de
pagamento de pessoal, pois este era o principal item dos gastos ordinários do Estado
Ateniense, segundo especialista da História Grega, como Giordani. (SÁ, 1997, p.
29)
Respeitava-se os contadores públicos da época e confiavam em seus trabalhos dando
credibilidade e devida relevância tendo em vista a necessidade do desenvolvimento da
civilização. A partir destas informações é que os líderes tomavam decisões cabíveis para a
movimentação da economia do Estado.
Os regimes de caixa aderiram a normatizações, pois a contabilidade era de suma relevância
para os gregos, sendo feita com todo rigor, seriedade e preocupação em passar a verdade dos
dados financeiros relatados ali com total transparência
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