pág. 1768 – Anais do XVI CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2012. DO ...
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Ainda permanece em aberto a questão da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural <strong>de</strong><br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, pois após a divisão <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não se chegou à conclusão<br />
sobre os signos que o <strong>de</strong>finem diante da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores<br />
que tipificam distinções das influências migratórias internas e externas,<br />
das diferenças regionais, sociais e étnicas, que resultou na formação <strong>de</strong><br />
um povo com características específicas; não obstante, para Silveira<br />
(2000) apesar das diversida<strong>de</strong>s “há uma unida<strong>de</strong> cultural que <strong>de</strong>fine uma<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, uma memória social que converge um conjunto <strong>de</strong> valores,<br />
escolhas e i<strong>de</strong>ias”.<br />
Tem-se como principal pressuposto que as formas pelas quais os<br />
membros <strong>de</strong> um grupo cultural falam entre si, relacionam-se com sua posição<br />
na socieda<strong>de</strong> e com o mo<strong>do</strong> como outros membros <strong>de</strong> outros grupos<br />
sociais da mesma região e <strong>de</strong> outras regiões falam entre si.<br />
Neste senti<strong>do</strong>, Van Dijk (1997) afirma que a explicitação <strong>do</strong>s vínculos<br />
entre os mo<strong>do</strong>s particulares e institucionais da fala e cultura constrói<br />
outro lugar para tratar da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural, o lugar instituí<strong>do</strong> pelo<br />
discurso ao qual se relaciona diretamente com a cultura; aí resi<strong>de</strong> a relação<br />
i<strong>de</strong>ntitária e que está circunscrita nesta investigação, na inter-relação:<br />
discurso, socieda<strong>de</strong> e cognição.<br />
O termo cultura, a partir da inter e multidisciplinarida<strong>de</strong> adquire<br />
complexida<strong>de</strong> em seu conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>finitório, assim sen<strong>do</strong> é necessário enten<strong>de</strong>r<br />
que ele abarca a língua, valores sociais, normas, tradições e costumes.<br />
Dessa formação culturalmente híbrida, produto <strong>de</strong> diversas mesclas<br />
interculturais, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m segun<strong>do</strong> Nogueira (2009) os senhores <strong>do</strong>s<br />
pantanais: fazen<strong>de</strong>iros, gerentes <strong>de</strong> fazenda, capatazes <strong>de</strong> campo, boia<strong>de</strong>iros,<br />
peões campeiros, peões praieiros, guieiros, piloteiros, representantes<br />
<strong>de</strong> uma população rarefeita, cada vez mais pressionada para a vida<br />
fora <strong>do</strong>s pantanais, acossa<strong>do</strong>s por problemas similares aos que <strong>de</strong>terminam<br />
a migração <strong>do</strong> campo em direção à cida<strong>de</strong>.<br />
2. A intertextualida<strong>de</strong> e a progressão semântica<br />
Quan<strong>do</strong> se trata sobre este tema uma questão emerge e se relaciona<br />
à inerência da intertextualida<strong>de</strong> na produção humana e algumas respostas<br />
surgem e se relacionam à ação sempre feita pelo homem <strong>de</strong> lançar<br />
mão <strong>do</strong> que já foi feito em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tempo contextual.<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>do</strong> <strong>CNLF</strong>, Vol. <strong>XVI</strong>, Nº 04, t. 2, <strong>pág</strong>. 1769.