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pág. 1768 – Anais do XVI CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2012. DO ...

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como uma questão <strong>do</strong>s outros textos a que um escritor se refere, mas<br />

também como esse escritor usa esses textos, para quê os usa e como se<br />

posiciona enquanto escritor diante <strong>de</strong>les para elaborar seus próprios argumentos”.<br />

Ao classificarem a intertextualida<strong>de</strong> em externa e interna, Chareau<strong>de</strong>au<br />

e Maingueneau (2004, p. 289) fazem a seguinte distinção, a saber:<br />

a interna “se estabelece entre discursos <strong>do</strong> mesmo campo discursivo,<br />

ao passo que a externa se estabelece entre discursos <strong>de</strong> campos discursivos<br />

diferentes”.<br />

Quan<strong>do</strong> aceitamos que um texto não é um sistema fecha<strong>do</strong>, somos<br />

leva<strong>do</strong>s a reconhecer que o autor <strong>–</strong> o produtor <strong>do</strong> texto <strong>–</strong> vem carrega<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> influências várias, <strong>de</strong> múltiplas citações. Autores e leitores são resulta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> diversas leituras. Se <strong>de</strong> alguma forma tu<strong>do</strong> já foi dito no mun<strong>do</strong> e<br />

cabe-nos apenas saber redizer, que saibamos então fazê-lo com engenho<br />

e arte.<br />

3. Olhares culturais e intertextuais obti<strong>do</strong>s<br />

Tem-se por ponto <strong>de</strong> partida neste artigo que um <strong>do</strong>s aspectos culturais<br />

e religiosos <strong>do</strong> homem pantaneiro po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> nas representações<br />

discursivas simbólicas que trazem <strong>de</strong> forma explícita e implícita<br />

as crenças, os valores e o espírito <strong>de</strong> religiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> em ações<br />

diversas.<br />

Objetiva-se, portanto, analisar os estu<strong>do</strong>s discursivos da cultura<br />

brasileira, examinan<strong>do</strong> nos intertextos relativos a letras <strong>de</strong> músicas, o<br />

diálogo manti<strong>do</strong> com outros intertextos, na busca <strong>de</strong> representações textuais<br />

e discursivas <strong>de</strong> aspectos culturais <strong>do</strong> homem sul pantaneiro, liga<strong>do</strong>s<br />

à sua religiosida<strong>de</strong>.<br />

Nas comunida<strong>de</strong>s pantaneiras tradicionais sempre houve a valorização<br />

<strong>do</strong>s símbolos, responsáveis não só pela continuida<strong>de</strong> das tradições<br />

ali existentes como também pela forma <strong>de</strong> transmissão que se perpetua<br />

<strong>de</strong> geração a geração.<br />

Percorren<strong>do</strong> o pantanal <strong>do</strong> sul <strong>de</strong> Mato Grosso, encontra-se a<br />

permanência <strong>de</strong> manifestações culturais em uma rica combinação <strong>do</strong> português<br />

com o indígena, pois, na visão <strong>de</strong> Proença (2003), “há uma multiplicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> culturas que influenciaram o homem pantaneiro e juntas<br />

passaram a habitar a paisagem <strong>do</strong> Pantanal e a imaginação <strong>do</strong> povo”.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>do</strong> <strong>CNLF</strong>, Vol. <strong>XVI</strong>, Nº 04, t. 2, <strong>pág</strong>. 1771.

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