uma discussão teórico-metodológica sobre o uso da - Unesp
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MOREIRA, S.A.G.<br />
Uma <strong>discussão</strong> <strong>teórico</strong>-<strong>metodológica</strong> <strong>sobre</strong> o <strong>uso</strong> <strong>da</strong> “Cartografia Multimídia” para a formação de<br />
professores de geografia<br />
com o mapa. Ou seja, são integrados recursos de multimídia à Cartografia, que<br />
permitem a animação e a interativi<strong>da</strong>de entre o leitor e o mapa (RAMOS, 2005).<br />
De acordo com Cartwright (1999) o desenvolvimento do termo “multimídia” se<br />
deu a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1970, e ain<strong>da</strong> não há consenso <strong>sobre</strong> o seu significado.<br />
Inclusive, os diversos seguimentos <strong>da</strong> indústria, como de filmes, jogos e brinquedos,<br />
computadores, entre outros, têm diferentes compreensões <strong>sobre</strong> o que constitui a<br />
multimídia. No entanto, em conformi<strong>da</strong>de com Peterson (1999, p. 127) “multimídia são<br />
as várias combinações de textos, gráficos, animação, som, e vídeo para os propósitos de<br />
melhorar a comunicação”, ou seja, é a integração de diversas formas de comunicação<br />
para veicular informações.<br />
Destarte, o <strong>uso</strong> do termo multimídia foi incorporado à Cartografia a partir de<br />
meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980, e apresenta<strong>da</strong> como suporte a combinação de mapas com<br />
outras mídias (textos, figuras, vídeos, sons), visando representar o mundo de maneira<br />
mais realística (Peterson, 1999, p. 34). Esse autor argumenta que as diversas mídias<br />
podem “criar diferentes formas de expressão”. Dessa maneira, “um ‘mapa multimídia’<br />
pode ser construído em várias cama<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> <strong>uma</strong> delas dirigi<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong>des de<br />
diferentes usuários.”<br />
Neste sentido, o <strong>uso</strong> do computador tornou possível ao usuário mu<strong>da</strong>r sua<br />
relação com o mapa, na medi<strong>da</strong> em que este recurso permite a seleção e apresentação<br />
<strong>da</strong>s informações, a partir do que se deseja conhecer. Assim, o computador adicionou um<br />
componente conhecido como interativi<strong>da</strong>de, por meio do qual o usuário pode participar<br />
ativamente <strong>da</strong> seleção e apresentação de informação, saindo simplesmente na condição<br />
de um observador passivo, para ser alguém que seleciona e interfere na apresentação <strong>da</strong><br />
informação. Este recurso é conhecido como multimídia interativa (PETERSON, 1999).<br />
Seguindo esta lógica, a multimídia pode ser classifica<strong>da</strong> em dois tipos:<br />
1° SIMPGEO/SP, Rio Claro, 2008<br />
ISBN: 978-85-88454-15-6<br />
a não-interativa, em que um tema encadeia outro, como as páginas de um<br />
livro (nessa estrutura, é permitido ao usuário apenas o movimento de seguir<br />
adiante ou retroceder – esse tipo de multimídia é também chamado de línea);<br />
e a multimídia interativa, que alguns autores chamam de não-linear, em que<br />
o encadeamento dos temas não obedece necessariamente a <strong>uma</strong> seqüência<br />
predefini<strong>da</strong>. Um tema é apresentado, bem como todos os outros a ele<br />
relacionados, e o usuário ‘navega’ na informação de acordo com a sua<br />
necessi<strong>da</strong>de (RAMOS, 2005, p. 51).<br />
Portanto, a multimídia interativa se apresenta na forma de hipermídia, que são<br />
procedimentos não lineares de movimentação <strong>da</strong> informação, contrária à lógica do papel<br />
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