18.04.2013 Views

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

18<br />

ba<strong>da</strong>lo<br />

ba<strong>da</strong>lo@jornal<strong>da</strong>metropole.com.br<br />

Pipoca Doce<br />

O trio independente sai no dia 18/2, no Campo Grande.<br />

Márcia Castro, Baianasystem e Gerônimo irão coman<strong>da</strong>r<br />

o Trio Pipoca Doce. O grupo mistura repertórios de ca<strong>da</strong><br />

um num ver<strong>da</strong>deiro intercâmbio musical.<br />

Noite do samba-reggae<br />

Acontece no Largo do Pelourinho, em 20/2, a partir<br />

<strong>da</strong>s 20h, com shows de Lazzo, Wil Carvalho, Gerônimo<br />

e Aloísio Menezes. O último show, <strong>da</strong> Diamba, será às<br />

22h30. Tudo de graça.<br />

.............................................................................................................................................................................................<br />

enchendo o saco Entrevista completa no Portal <strong>da</strong> <strong>Metrópole</strong> (radiometropole.com.br) Juliana Ribeiro<br />

por James Martins<br />

A cantora Juliana Ribeiro é, além de sambista, historiadora. Por tudo isso, ela garante, entre outras coisas, que seu<br />

samba não é história pra boi dormir, numa entrevista repleta de bobagens típicas <strong>da</strong> gente.<br />

JM - O seu novo trabalho se chama ‘Amarelo’.<br />

Não seria mais politicamente correto<br />

batizar de ‘nipo-descendente’?<br />

JB - Nipo-descendente é sacanagem, porque<br />

não tem na<strong>da</strong> de chinês, japonês no CD,<br />

pelo amor de Deus... (risos). O Amarelo é o do<br />

sol, do ouro, de Oxum... Nipo-descendente foi<br />

f***! (mais risos)<br />

JM - Você gravou o lundu ‘Isto é Bom’, de<br />

Xisto Bahia. Se fosse traduzir na linguagem do<br />

pagode, como ficaria esse título: ‘Isto é de lenhar’?<br />

JB - Rapaz, “é bom que dói”. Eu acho que não<br />

tem tradução, porque as pessoas ain<strong>da</strong> conseguem<br />

articular, em bom português e baianês...<br />

JM - Salvador tá uma ci<strong>da</strong>de tão perigosa<br />

que, quando aquele samba diz “bota a mão<br />

na cabeça, outra na cintura”, você também<br />

pensa que é assalto?<br />

JB - (muitos risos) Na ver<strong>da</strong>de a gente fica<br />

com medo, sim, mas eu prefiro levar isso para<br />

[cantarola] “sai, sai, sai, ô, piaba, saia <strong>da</strong> lagoa<br />

/ bote a mão na cabeça, outra na cintura”.<br />

Prefiro acreditar nas crianças. Acreditar que<br />

tudo é possível.<br />

JM - Em Salvador, o público tem uma<br />

ver<strong>da</strong>deira mania de entrar de graça, ganhar<br />

cortesia, essas coisas. Já te pediram uma beiradinha<br />

de sua Beira de Maré?<br />

JB - (risos) Não. Mas cortesia<br />

me pedem o tempo inteiro. As pessoas<br />

precisam entender que o artista<br />

trabalha, meu povo! Enquanto<br />

vocês se divertem, a gente tá trabalhando.<br />

Quem é funcionário público não sabe o que é<br />

isso (risos)!<br />

JM - Você, além de cantora, é também<br />

historiadora. Mas sua música não é história<br />

pra boi dormir, é?<br />

JB - Não. É história pra ficar muito vivo.<br />

E é história só pra quem tá muito ligado entender.<br />

Portanto, escutem ‘Amarelo’ afrodescendente.<br />

MANUELA CAVADAS<br />

Salvador, 17 de fevereiro de 2012

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!