18.04.2013 Views

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4<br />

O Carnaval chegou à Bahia no final do século<br />

XIX. Mais de 100 anos depois, marchinhas<br />

e espontanei<strong>da</strong>de quase nem existem.<br />

Deram lugar aos camarotes e à cor<strong>da</strong> dos<br />

blocos. Veja como chegamos aqui.<br />

1800<br />

Antes do Carnaval, a Bahia celebrava, na<br />

terça-feira antes <strong>da</strong> Quarta de Cinzas, o<br />

Entrudo, festa católica de estilo jocoso.<br />

No final do século XIX, o Carnaval baiano<br />

imita a Europa: desfiles urbanos de<br />

mascarados sem a presença do ‘povão’.<br />

1894<br />

Em 1894, surgem os afoxés ou<br />

‘candomblés de rua’, que desfilam<br />

pela Baixa dos Sapateiros, Taboão,<br />

Barroquinha e Pelourinho, recitando<br />

sequências musicais. São as<br />

chama<strong>da</strong>s batuca<strong>da</strong>s.<br />

1900<br />

Em contraparti<strong>da</strong> aos afoxés,<br />

liderados pelo povo, surgem nos<br />

clubes dos bairros nobres os bailes<br />

de máscaras, com marchinhas e<br />

ban<strong>da</strong>s de sopro.<br />

1947/49<br />

Em 1947, músicos criam o bloco Arranca<br />

Toco, que depois passou a se chamar Mu<strong>da</strong>nça<br />

do Garcia, desfilando na segun<strong>da</strong>-<br />

-feira. Em 1949, estivadores criam o afoxé<br />

Filhos de Gandhy, em homenagem ao<br />

pacifista indiano Mahatma Gandhi,<br />

assassinado em 1948.<br />

1950<br />

Dodô e Osmar criam a Fobica — originária<br />

do primeiro trio elétrico —, que<br />

se apresenta no domingo de Carnaval,<br />

com guitarras elétricas e amplificadores.<br />

Clubes patrocinam desfiles de carros<br />

alegóricos. Na déca<strong>da</strong> de 1950, surgem<br />

blocos de bairros e corporações, como<br />

Os Mercadores de Bagdá.<br />

1960<br />

As mortalhas chegam às ruas,<br />

contrastando com a alegria<br />

dos Pierrôs e Colombinas. As<br />

vestes não variam em cores<br />

e muitas trazem a frase: ‘É<br />

proibido proibir’.<br />

Salvador, 17 de fevereiro de 2012

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!