Impressões - Ano 2 - N°5 - Ucg

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Foto: Assessoria de Comunicação do Governo de Goianésia 12 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS / GOIÂNIA . SETEMBRO. 2007 NOME DA SEÇÃO música tŒm que se conscientizar disso. Como soluıes para a poluiªo, o grupo apresenta o reaproveitamento do lixo orgni - co em adubo e a separaªo do lixo em casa. "Trabalhamos essas idØias nas oficinas". AlØm da preocupaªo ambiental, o Vida Seca enfatiza a cultura popular no desenvolvimento motor e na percepªo de ritmos. " uma iniciaªo percussªo e mœsica e ao mesmo tempo uma forma de educar por meio dela", considera Igor. COMENTÁRIO Ricardo explica que a principal inten ªo dos integrantes do grupo Ø fazer com que a populaªo perceba seu lixo, a existŒncia dele. "Tentamos, por meio do exemplo, levar as pessoas reutilizaªo para fins sociais e econmicos". Eles consideram tambØm como intenªo, princi - palmente das apresentaıes, o despertar da sociedade para as possibilidades do lixo e a divulgaªo de uma crtica sociedade consumista e indœstria "que visa apenas o lucro em detrimento do meio ambiente". Ricardo ainda acrescenta que hÆ sim muitas vantagens de se fazer percussªo do lixo. "Nªo hÆ dificuldade em adquirir instrumentos, sempre Ø possvel novas reutiliza - ıes com facilidade". A descoberta dos instrumentos Ø feita por meio de pesquisa. "Ns descobrimos os nos - sos instrumentos testando. Testamos o timbre e se Ø bom adicionamos aquele material ao nosso". A tØcnica parece ser simples, mas depende do contato e da percepªo dos sons. "Batucamos no lixo, a vemos: legal! legal! Entªo deixa!". Reciclagem é atitude Reportagem: Raphaela Ferro - 7º período matutino Diagramação: Jordanna Lacerda - 6º período matutino AssemblØia Legislativa, tera-feira, 21 de agosto de 2007. s 15 horas e 30 minutos, o Grupo Vida Seca comea a sua apresen - taªo na 1“ Semana do Folclore e da Cultura Popular. Inicialmente um nœmero pequeno de pessoas os observa. Aos poucos as pessoas se aproximam, meio sem entender o que estÆ acontecendo. Alguns se perguntam, e Ø possvel perceber isso em suas feiıes... lixo? mœsica? Poucos sabem que aquela Ø uma nova proposta de resgate cultural e de defesa do meio ambiente. A primeira impressªo Ø de estranhamento. Mas os que ficam percebem que Ø mœsica mesmo, e que cada um dentre aqueles antigos lixos traz ao conjunto musical sons inimaginÆveis. O aglomerado de pessoas passa a acompanhar o ritmo com os pØs, cabeas e mªos. A integraªo Ø praticamente total. Uma senhora pergunta: "Cada um bate num treco, nØ?". E o senhor ao seu lado responde: "! Cada um tem seu instrumento!". Para os que entenderam o objetivo dos quatro jovens, fica a mensagem. A necessidade urgente de reaproveitar, de ter atitude e assumir a responsabilidade frente aos problemas ambientais do ecossistema em que estamos inseridos. Ao final do show, uma garrafa quebrada. Este comentarista os pergunta: o que serÆ feito com ela? "JÆ enrolamos em um jornal para levar e ser jogado fora de forma separada".
NOME DA SEÇÃO ENTREVISTA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS / GOIÂNIA .SETEMBRO. 2007 Reclamação e ação 13 A reciclagem é apresentada como solução para muitos problemas ambientais, mas ainda há muita dificuldade em levar o lixo separado até ela. O problema é apresentado pela advogada, e entusiasta do assunto, Lilian Gonçalves Reportagem: Raphaela Ferro Diagramação:Kamilla Freire Durante aproximadamente dez anos, a advogada Lilian Gonalves fez a separaªo do lixo de sua casa em reciclÆvel e nªoreciclÆvel. O lixo reciclÆvel era entregue a um grupo religioso, situado no setor Santa Genoveva. Moradora do setor Leste Vila Nova, e de uma das avenidas movimentadas de Goinia: a Avenida IndependŒncia, ela nunca ouviu nada a respeito de reciclagem e coleta seletiva em seu setor. Neste semestre a separaªo do lixo na casa da advogada foi suspensa, devido dificuldade em realiza-la. Em entrevista ao Jornal Impressıes, Lilian enfatiza as dificuldades encontradas para que o lixo separado ganhe o caminho da reciclagem. Ela tambØm critica o fato de Goinia nªo ter um programa mais eficiente e melhor divulgado na Ærea. Nunca ouvi falar de um programa de coleta seletiva em Goinia. IMPRESSÕES Por quanto tempo você separou o lixo da sua casa? Lilian Gonçalves Aqui em casa, ns separamos o lixo durante dez anos ou mais. Ns doÆvamos para um centro esprita. A gente separava todo o material reciclÆvel, levava atØ o Grupo Fraterno Esprita (GFE). O Centro Esprita vendia o material reciclÆvel para a COPEL, o dinheiro era investido em uma Instituiªo Filantrpica, o Asilo Irmªo TomØ. Ns separÆvamos papel, plÆsticos, latas e o lixo orgnico. IMP Todos eram levados para o GFE? Lilian Exato. Toda semana. IMP O lixo orgânico também era reutilizado pelo GFE, ou vocês colocavam para coleta comum? Lilian Ns colocÆvamos na coleta comum, mas Goinia nem liga para a coleta seletiva. Infelizmente. IMP Vocês desistiram da separação do lixo por isso? Lilian Aqui em Goinia misturam tudo. Ns paramos porque nªo existe seleªo de lixo em Goinia. Passamos a ter transtornos com a separaªo. s vezes a faxineira nªo sabia (ou nªo entendia) nossos hÆbitos. O lixo estava selecionado e ela jogava lixo orgnico no reciclÆvel. Era cansativo. IMP Vocês pensam em voltar a separar? Lilian Nªo. A nªo ser que tenha uma estrutura adequada. Adianta a gente separar, se preocupar e no fim das contas saber que tudo voltou a ser misturado? IMP O GFE não recebe mais o lixo reciclável para a venda? Lilian Recebe sim. Mas meu pai ficou cansado e sem tempo para levar o lixo. Foi acumulando lixo. A Ærea de servio ficou literalmente reciclÆvel. Mas temos que incentivar as pessoas. Ns s paramos porque estava realmente complicado. Paramos de fazer em julho desse ano. IMP Você acredita que seria importante uma conscientização em relação à reciclagem? Lilian Lgico que sim. Somos todos pessimamente acostumados. uma ver gonha uma cidade do porte de Goinia nªo ter noªo do que significa coleta seletiva do lixo. EstÆ mais do que na hora de comearmos a desenvolver a coleta seletiva. IMP Falta mobilização nas pessoas? Lilian Exato. A maioria simplesmente nªo tem consci- Œncia, como algumas faxineiras. A gente explica, mas quem disse que resolve? IMP Como você acha que deveria ser feita essa conscientização? Lilian Pense localmente. Aja globalmente. Esse deveria ser o lema. Pensamos exclusivamente no agora mesmo. preciso haver discussªo acerca da temÆtica. Culpamos o governo, o sistema, ou seja, atribumos tudo ao abstrato, sendo que poderamos, por menor que fosse, dar nossa contribuiªo. Fazer a nossa parte. Parece clichŒ, mas se dØssemos a devida atenªo a ele, certamente melhoraramos nosso meio, agindo localmente. Parece pouco, nªo Ø? Mas Ø um comeo. Faa sua parte Ø pouco, mas pode servir de incentivo. Fora a imporncia disso para as gera-ıes futuras. O exemplo nªo Ø a melhor forma de ensinar, Ø a œnica. Tabela do lixo orgânico na classe média
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