Impressões - Ano 2 - N°5 - Ucg

Meio 2Ambiente UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS / GOIÂNIA . SETEMBRO. 2007 NOME DA SEÇÃO 3
Reportagem:
Desirée Rosa
Edição:
Desirée Rosa
Diagramação:
Ana Caruliny Oliveira
Diariamente seja em casa
ou no trabalho ou mesmo
no trnsito, a quantidade
de lixo que se recolhe no final do
dia Ø grande. papel-tolha, papel
higiŒnico, restos de comida,
sacolas de plÆstico, folders,
enfim materiais que poderiam ser
reutilizados, mas infelizmente
nªo hÆ uma poltica que incentive
essa prÆtica. Segundo o diretor
de Limpeza Urbana da
Companhia de Urbanizaªo de
Goinia (Comur g), Rodolfo
Leon, Ø depositado hoje em
Goinia, por dia, cerca de 1.100
toneladas de lixo domiciliar e
comercial no aterro.
Essa estrutura para conter o
lixo, o Aterro SanitÆrio de
Lixo que vira lixo
Grande quantidade de lixo produzido por dia em Goiânia, que poderia ser uma
fonte de renda para milhares trabalhadores, tem como destino a montanha de
resíduos que se criou no aterro sanitário do município
Coleta Seletiva
A Comurg tem um projeto
de coleta seletiva situado no
setor Vera Cruz, regiªo
Noroeste de Goinia que se
encontra em fase inicial com a
implantaªo dos pontos de
entrega voluntÆria (PEVs). Por
enquanto, a coleta Ø s de papel
e alumnio.
Ja se tem experiencia em
curso nos Jardins Dom
Fernando, Aroeiras e Conquista
cooperativas que implantaram a
coleta seletiva em cinco bairros,
Goinia, estÆ situado na rodovia
GO-060 (sada para Trindade),
ChÆcara Sªo Joaquim, Km 3. A
Ærea era utilizada para a disposiªo
de resduos desde 1983,
mas somente em 1993 foi iniciada
sua adequaªo para funcionar
como um aterro, e tem seu fim
previsto em dois anos e meio.
Sua estrutura fsica possui
uma Ærea de 451.000m†, que faz
tratamento do chorume, lquido
escuro gerado pela degradaªo
dos resduos no lixo, captaªo do
biogÆs e de materiais de saœde.
Os materiais coletados que
chegam ao aterro sªo compactados
e recobertos, o que reduz a
exalaªo de odores, impede a
cataªo, permite o trÆfego de
veculos sobre o aterro, elimina a
queima de resduos e a sada
descontrolada do biogÆs. O lixªo
apesar de ser uma fonte de
poluiªo de solos e lenol freÆti -
co, possui um controle rgido de
mediªo do controle da Ægua,
reciclou papel e papelªo (transformados
em telhas revestidas de
betume), todo o lixo orgnico
(transformado em composto utilizÆvel
como fertilizante), todo o
plÆstico PVC (transformado em
matØria-prima para indœstrias).
AlØm disso, comercializou o
alumnio, os metais, o vidro. S
uma quantia mnima do lixo que
entrava na usina, era destinada ao
aterro, o que significa enorme
economia de espao e dinheiro
para a Prefeitura de Goinia.
uma vez que hÆ loteamentos ao
redor do aterro.
Falta de
investimento
Agora, com 14 anos de
existŒncia, jÆ se providencia
uma nova Ærea de ampliaªo ao
lado da atual para comportar os
resduos atØ meados de 2022.
Isso significa que Ø preciso
repensar melhores formas de
reaproveitar o lixo por meio da
reciclagem, pois a cidade nªo
tem como guardÆ-lo. O ambientalista
Everaldo Pastore, da
Associaªo para a Recuperaªo
e Conservaªo do Ambiente
(ARCA), acredita que o
primeiro passo para conquistar
essa atitude Ø mudar a consciŒncia
do governo e posteriormente
da populaªo. "De forma prÆti -
ca, Ø preciso apoiar polticas de
geraªo de trabalho e renda
nesse setor, desde que aceite
destinar parte da coleta e proces-
Para o ambientalista
Everaldo Pastore, essas iniciativas
poderiam ter apoio da
prefeitura, junto a recursos de
programas federais e estaduais.
Com isso, traria mais postos de
trabalho e renda. E certamente,
prolongaria a vida do aterro.
AlØm disso, o ambientalista
ressalta que lixo deve ser tratado
com responsabilidade.
"Deve-se combater o desperd -
cio de materiais e de consumo
insustentÆveis", alerta.
“Deve-se combater o desperdício de materias e de consumo
insustentáveis”. Everaldo do Pastore
samento do lixo a cooperativas,
que podem ser de catadores jÆ
em atividade ou de pessoas
recrutadas e selecionadas para
isso", afirma.
De acordo com o diretor da
Comurg, Rodolfo Leon falta
investimento para transformar
o lixo em algo aproveitÆvel
para o meio ambiente. "No
aterro, a œnica coisa que fazemos
Ø tornar o metano, gÆs
nocivo, por meio da queima,
em gÆs carbono, que Ø 21 vezes
menos poluente que o
primeiro", explica.
Um outro problema
enfrentado por Rodolfo Leon Ø
a sujeira das ruas e entupimento
das redes de esgotos, isso facilitado
pelos comerciantes. "Logo
cedo, eles colocam aquele tanto
de lixo na calada, os catadores
de lixo passam e deixam todo
material espalhado, por isso
tivemos que triplicar a varriªo
nas ruas".