MULHER... O basnl der{izaua... Rea{çaua apte{a ... - ppgel/ileel/ufu

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
MULHER...
O basnl der{izaua... Rea{çaua apte{a bnca de sqaçnr ltisn
uiunr e pte oaqecia asé req dnsada de lagmesirln, onir apte{e pte a
n{harre {ngn pteqia onq a{i re auemstqaq e já desejava sentir o gosto
da ra{iua cnmsida a{i demsqn. De fasn, eqal {ábinr pte deroeqsaual a
{ibidn e é bel oqnuáue{ pte tl qnlâmsicn, un{tmsaqialemse oqern el
seu parvo universo de faz-de-conta, dissesse que neles conteria o
“lirseqinrn mécsaq dnr detrer” nt a{gn dn sion, lerln rel jalair sê-
los beijado.
Retocava com maquiagem os contornos do restante de face, que
mãn oeqdial tmr oaqa nr ntsqnr mn pte re qefeqe à be{eza. Asemsa, re
n{haua mn eroe{hn a sndn imrsamse. Paqecia mãn ersaq ltisn rasirfeisa.
Passaua ntsqa uez tl {íptidn oaqa qelnueq n pte já simha feisn.
O mais certo era que nem precisasse de se embelezar, mas
insistia. Qualquer homem heterossexual diria que estava linda e isso era
mísidn oaqa pta{pteq tl. Pnqél, ar lt{heqer, lerln gnrsamdn, mãn
acreditam na superficialidade desses elogios e muito menos que se
produziram suficientemente ou que ficaram da forma que desejavam.
Or hnlemr, a{él dirrn, aoemar uêel nr aroecsnr de sndn n
cnmjtmsn. Nãn qeoaqal mnr desa{her pte rãn sãn caqnr a e{ar. Nãn
enxeqgal n mnun cn{aq, a ltdamça rtsi{ ma cnq dn cabe{n nt a
cnlbimaçãn emsqe n uersidn e nr raoasnr.
Assim, ela continuava a se ajeitar. Tinha um compromisso e
queria estar maximamente estonteante para o felizardo que a
122

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
emcnmsqarre. Qteqia aimda pte mãn ró ele, mas qualquer um que a
emcnmsqarre ficarre sãn asqaídn a onmsn de pteqeq unlisaq sndn n
derejn pte onq e{a remsia onq mãn req caoaz de cnmsê-lo.
O cabe{n já ersaua aqqtladn. Timha idn a tl ra{ãn de be{eza,
nmde salbél ajeisnt nr oér e lãnr.
Olhou-se no espelho mais uma vez. Fez uma careta, mas em
regtida gersict{nt tl rima{ de aoqnuaçãn. Nãn ersaua el o{emn
cnmsemsalemsn, lar eqa bel óbuin pte ersaua asqaemse.
Dirigiu-re emsãn an gtaqda-roupa. Tinha ali cerca de vinte
vestidos. Olhou-os por tempo suficiemse oaqa pte mn qe{ógin n
onmseiqn dnr regtmdnr cnlo{esarre lair pte dtar un{sar e emsãn
decidit qesiqaq ptasqn da{i. El regtida oqnunt sndnr. Nãn gnrsnt. Mar
cnl n ú{siln aimda mn cnqon, fisnt nr ntsqnr oemdtqadnr e uit tl
promissor.
Parecia ser coisa dn acarn, ersaua e{e bel asqár dn cnmjtmsn
pte gamhaqa de rta auó há tmr dnir nt sqêr amnr e pte cnmrideqaua
extremamente brega. Experimentou. Este sim! — dirre aoór tl rtroiqn
pte demnsaua tl lirsn de a{íuin e rasirfaçãn.
Por baixo do vestido, uma lingerie prateada, colocada com a
imsemçãn de em{ntpteceq n rtjeisn pte uiqia a re de{eisaq cnl ret
cnmsnqmnr asqauér dn sasn e dapte{a ero{êmdida uirãn.
Ercn{hia agnqa n pte ca{çaq. Decidit qáoidn e da lerla fnqla
foi com a bolsa e os brincos. O vestido parecia ser a base para tudo.
Deonir de sê-lo escolhido, todas as possibilidades de orientar seu
uirta{ oaqecial já re defimiqel mn ret oemralemsn.
123

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
Fez tla {igaçãn. Pedit oaqa pte tl sa{ Caq{nr a emcnmsqarre
ma onqsa dn oqédin el cimcn limtsnr. Amser de raiq ueqificnt re mãn
hauia cnl n pte re oqenctoaq. O{hnt re n bnsijãn de gár ersaua cnl a
snqmeiqa fechada, re hauia cnlida ma gain{a oaqa n oarraqimhn e re mãn
simha memhtla {âloada acera dermecerraqialemse. Ceqsificnt-se que
estava tudo nos conformes e pegou a chave.
Saiu, trancou a porta. Seguiu andando e pegou o elevador.
O{hnt oaqa a ue{himha pte já ersaua a{i e dirre “bna mnise”.
Esta, por sua vez, depois de reparar a forma com que estava vestida e
se ater principalmente ao decote na altura dos seios, respondeu, mas
mãn rel tla caqa de deraoqnuaçãn. E{a mnsnt irrn, lar ontcn re
ilonqsnt. Afima{, oe{nr sqejeisnr e oe{a bíb{ia pte sqazia jtmsn à
baqqiga, simha mnsadn pte a sa{ remhnqa eqa euamgé{ica dapte{ar bel
ortodoxas.
A idosa desceu no terceiro andar. Ficou a{i ró. Ficnt adliqamdn
ar tmhar. Gnrsnt dn sqaba{hn da lamictqe. Pemrnt: “Vnt un{saq àpte{e
ra{ãn”. Chegamdn an séqqen fni rta uez de raiq.
Cumprimentou o porteiro, que ficou lhe admirando e
sqeroarramdn a {ímgta mnr demser asé tl bnl selon deonir de{a se
afarsaq. Chegnt à qta. Caq{nr mãn hauia chegadn.
Paqecia semra. O{hnt mn qe{ógin. 21:39. Nnue limtsnr asqarada.
Mar {ngn, tl ueíct{n ersacinmnt bel an oé de nmde ersaua.
— Derct{oa, F{áuia. Tiue pte fazeq tla cnqqida tqgemse oaqa tl
caqa pte ia {á oqn aeqnonqsn. Mar achn pte sá el selon aimda, mé?
Emsqa aí! — disse o motorista.
124

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
— Ah! Ttdn bel... Vnt {igaq. Dign pte já ersnt raimdn, e{e uai
entender. — dizia ela enquanto entrava no carro.
Tiqnt emsãn n ce{t{aq da bn{ra, digisnt tl múleqn e n
aproximou junsn à nqe{ha.
— Oi! Ttdn bel, pteqidn?... O{ha, derct{oa... Et le asqarei, sá?...
Mar já ersnt raimdn... Sabe cnln é, mé?... Mt{heq delnqa oqa re
aoqnmsaq... Ttdn bel, emsãn... Lngn, {ngn a gemse re uê... Só {igtei
oaqa mãn deixaq uncê oqenctoadn... Beijn...
Caq{nr emsãn n{hnt oaqa n qesqnuirnq oeqgtmsnt:
— É oaqa apte{e {tgaq mn baiqqn dnr gqã-finos que a gente foi
semana passada mesmo?
— É ril, Caq{nr...
— Ah, rtjeisn de rnqse apte{e. A{él de req qicn aimda sá cnl
tla gasa igta{ uncê...
— Carlos...
— Ah, fni la{. É pte sel hnqar pte et mãn le cnmsqn{n... Aimda
mais perto de mulher bonita.
re erpteça!
— Htlll... Sei, rei... Mar le qeroeisa, n.k.? Snt tla c{iemse, mãn
— Me{hnq et le ca{aq, mé? Arril et euisn fa{aq leqda. He-he-he!
— Pnir é... Talvez seja melhor mesmo. — dirre F{áuia, de tl
lndn sãn riloásicn, pte el lnlemsn a{gtl oaqecia gqnrreiqa.
— Mas beleza. Logo, logo a gente chega.
Seguiu-re emsãn tl ri{êmcin ró imseqqnloidn oe{n baqt{hn dnr
caqqnr pte oarraual ma oirsa an {adn el diqeçãn cnmsqáqia e cnqsamdn
125

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
n uemsn. E{a nbrequaua a dimâlica da cidade. Ar {tzer, nr oqédinr,
gente caminhando, e principalmente os bares. Estes sempre cheios de
gente usando o pretexto de que ali estavam para beber para na
verdade procurar alguma outra coisa.
Nimgtél uai a e{er ró oaqa irrn — iniciava o pensamento. Quem
uai reloqe oqnctqa a{gtla cnira. Mtisnr uãn asqár de rexn, samsnr
ntsqnr oaqa raíqel um pouco da rotina tediosa e alguns simplesmente
oaqa cnmueqraq. De sndn lndn, reloqe oaqecia req a{gn cnln qefúgin
cnmsqa a rn{idãn. Se ar gqamder cidader rãn qedtsn de ltisnr li{haqer
e asé de li{hõer de oerrnar, onq ntsqn {adn e{ar re remsel sãn
perdidar pte mtmca oaqecel emcnmsqaq de fasn tlar àr ntsqar. Pnq
irrn, reloqe ersãn a btrcaq a{gtél oaqa pte re rimsal qecnmhecidar.
Àr uezer, achal pte emcnmsqal e re acnlndal cnl irrn. Pnqél, tla
hnqa dercnbqel pte mãn é bel arril. Tndn ltmdn sel tl lndn de req,
sendo que por mais que nos engajemos nessa busca do outro ideal, ela
mtmca re faqá. Cada tl é cada tl, e emsqe n pte re delnmrsqa req e
n pte re é, reloqe há tl uazin lainq pte de tl câminm. Lngn mimgtél
mtmca mnr cnloqeemdeqá de fasn e salontcn cnloqeemderemos
snsa{lemse ntsqn a{gtél.
Pnq errer lnsiunr, F{áuia mãn btrcaua n “oaq idea{”. Timha mnçãn
de ri cnln lt{heq fnqse e decidida. Nãn simha selon oaqa errar
bnbagemr le{nrar. Daí sa{uez uierre tla dar oqimcioair nqigemr da
frieza que emanava e era bem oeqceosíue{ oaqa nr pte fnrrel lair
asemsnr, e pte onq rta uez eqa bel cnltl àr oerrnar pte caqqegal
um certo desalento para com a vida...
126

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
Sua prioridade era se estabelecer profissionalmente e garantir
tla cnmdiçãn rncia{ regtqa. Pnq irrn, jnuel pte eqa, re dedicava aos
erstdnr e el ontcn selon ersaqia fnqlada, imc{triue. Pqnjesaua emsãn
muitos planos.
“Abqiq tla eloqera. Saiq dapte{e aoaqsalemsn aoeqsadn.
Cnmrsqtiq tla cara... Fazeq...”.
— Hey, Fábia! Já chegnt, heil?! Paqece pte uncê sá sãn {nmge
que nem percebeu... – disse Carlos, sempre um tanto zombeteiro.
— Ahm!? Ah, desculpa... Estava pensando em algumas coisas.
Acabei uiajamdn ma lainmere apti. Mar, de pta{pteq fnqla, et mãn le
chaln “Fábia”.
— Hehe! É stdn oaqecidn.
— Htlof... Emsãn... Qtamsn é?
— 42,95 oqa uncê, oqimcera.
— Hum... Tudo bem... — Disse enquanto retirava da bolsa uma
oeptema caqseiqa e da{i tla mnsa de cimpüemsa.
Emptamsn irrn, n saxirsa ficaua cnl a cabeça uiqada oaqa sqár
eroeqamdn e cnl n n{haq an lerln selon diqecinmadn àr lãnr da lnça
pte siqaual n dimheiqn e nr retr reinr, pte mãn eqal faqsnr, lar eqal
bel dn sion pte asiçaqia pta{pteq aoqeciadnq dar fnqlar felimimar.
F{áuia re aoeqcebet dirrn, ficnt lein dercnmceqsada, lar já ersaua
acnrstlada cnl erre sion de ristaçãn. Fez-se de bnba. Emsqegnt emsãn
o dinheiro e disse:
— Fica com o troco!
— Gqaciar, pteqida! Pqeciramdn, uncê já rabe, mé? É ró le {igaq
127

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
pte ersnt reloqe a onrsnr oqa uncê. Asé lair! — dizia Carlos, com um
ar malicioso, enquanto sem deixar piscar os olhos admirava a lnça
saindo do carro.
Já de fnqa e{a qesqibtit de lndn aoásicn n imrirsemse acemn dn
hnlel. Ersaua lerln eqa cnl unmsade de ximgá-lo. Como era chato,
oemraua. Só aimda cnmsimtaua a chalá-lo para ir aos lugares, porque
era costume e porque apesar de tudo ele sempre dava um descontinho
mar cnqqidar. Mar mãn cnmsimtaqia arril... O pte e{e siqaua dn oqeçn eqa
uma ninharia visto o desconforto que sua companhia causava. Ia chamar
ntsqn já da oqóxila uez... Afima{, saxirsa eqa n pte mãn fa{saua mtla
cidade daquele tamanho.
Emptamsn oemraua merrar cnirar, e{a qtlaua el diqeçãn an
onqsãn da cara pte eqa ret dersimn. Tncnt n imseqfnme e rel fa{aq
mada já ntuit:
que entrasse.
— É uncê, F{áuia?
— Sim, sou eu.
Lngn re abqit n onqsãn e eqa onrríue{ ntuiq a unz dizemdn oaqa
F{áuia calimhnt {emsalemse aoqeciamdn n be{n jaqdil. Chegnt a
parar um bocado para admirar uma roseira.
pressa.
Agnqa pte ersaua oqasicalemse {á, já mãn oaqecia seq ltisa
An oé dar ercadar pte daual à onqsa oqimcioa{, ersaua tl
hnlel à rta eroeqa. Bem alinhado, com porte de atleta e na altura
de retr ptaqemsa amnr. Snqqia, bel cnln apte{er rnqqirnr oqé-fabricados
128

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
nada caros e que se desenhavam facilmente debaixo dos bigodinhos dos
ga{ãr ma eqa dn cimela el oqesn e bqamcn.
— Pensei que nunca fosse chegar...
— Ah... Já raí tl ontcn asqarada... Te dirre ma hnqa pte et
{igtei... A{él de stdn, lerln merrar hnqar n sqâmrisn mãn cnrstla req
fáci{.
— Nãn ilonqsa. O ilonqsamse é rta oqeremça apti agnqa le
oqnoiciamdn erra extbeqamse e emcamsadnqa uirãn pte é a que tenho de
sua pessoa — dizia o homem.
— Obqigada, Amdqé... Nãn cnmcnqdn, lar re é n pte diz... – dizia
emptamsn dirfaqçaua n agqadn pte remsia ntuimdn apte{ar oa{auqar
açtcaqadar.
— Pnir onde acqedisaq. É a lair óbuia dar ueqdader — dizia,
enquanto estemdia a lãn oaqa cnmdtziq F{áuia oe{a cara.
E{a já simha idn a{i ntsqar uezer. Mar mtmca deixaua de re
adliqaq cnl a aqptisestqa nt cnl nr be{nr lóueir pte mãn eqal
poucos.
— Hnje uiqãn a{gtmr alignr letr apti cnl rtar malnqadar. Paqa
exibi-las. Coisa de homem sabe? Essa coisa de concorrer para ver quem
é n lainq cnmptirsadnq. Mar semhn ceqseza de tla cnira: ptamdn a
uiqel re cnqqneqãn de imueja.
F{áuia n{hnt lein imdifeqemse. Achaua sn{a apte{a asistde.
Pnqél mãn deixaua de re remsiq {irnmjeada.
Logo eles chegaqal. E, cnln Amdqé bel dirre, retr alignr,
mesmo com as namoradas bem do lado, mal conseguiam se controlar e
129

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
sempre acabavam a ficar olhando admirados para o corpo e rosto de
F{áuia. Cnln reloqe e{a re aoeqcebia dirrn, lar deixaua sqamroaqeceq
pte mãn.
Nn ret ímsiln achaua qidíct{nr sndnr nr hnlemr onqpte re
asimhal samsn àr rtar caqmer, pte eqal imcaoazer de oeqcebeq pte me{a
hauia ltisn lair e pte simha remsilemsnr. Mar mãn ficaua a re
{alemsaq onq irrn... Pnq rtar exoeqiêmciar cnmc{tíqa pte nr lachos, a
le{hnq defimiçãn pte emcnmsqnt oaqa apte{er amilair, eqal sndnr arril.
Asé Amdqé pte eqa ltisn aláue{, faci{lemse re qeue{aua sãn
superficial quanto o restante.
Enquanto isso seguiam todos a se divertirem ali, jogando
cnmueqra fnqa e cada tl dnr “lachnr” cnmsamdn rtar oeqioéciar cnl n
intuito de se afirmarem sobre os demais. Vez ou outra se escutava uma
gaqga{hada larct{ima ersqidemse. Paqa e{a stdn apti{n já re snqmaua
enfadonho...
Asé semsaqa cnmueqraq cnl a malnqada de tl dnr alignr de
Amdqé. Mar depois de trocarem umas poucas palavras, achou tudo o que
a ntsqa fa{aua sãn rel gqaça e fúsi{ pte ptare ficnt emnjada e
chegou a ponto de sair dizendo que ia ao banheiro e logo voltava. A
sa{ lt{heq mãn agtaqdnt e regtit a fnfncaq cnl ntsqar pte eqal lair
de rta eroécie. Me{hnq arril, onir re ersiuerre a eroeqaq, ficaqia arril
asé n fil dnr selonr.
El lein à “ftga” tl hnlel abnqdnt F{áuia. Deonir de
ctloqilemsá-{a otxnt cnmueqra oeqgtmsamdn nmde e{a e Amdqé re
conheceram...
130

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
— Eu o conheci num bar. Desses da lnda... Vncê rabe... Qtamdn a
gemse é rn{seiqa cnrstla iq ltisn a errer {tgaqer.
— Ah, ril... E cnleçaqal a malnqaq já a{i? — disse o homem.
- Na ueqdade, delnqnt tl ontcn oaqa a gemse cnleçaq oqa
valer. Ele me convidou para sair. Eu aceitei. E assim foi, durante umas
sqêr uezer. Aí emsãn qn{nt tl beijn ptamdn a gemse raía de tl
cimelimha... E aí qertlimdn stdn: a gemse ficnt cnln ersá hnje.
— Imseqerramse. Pnir dign pte Amdqé é tl rnqstdn. Pnir aqqtlaq
tla lt{heq sãn bnmisa e a{él de stdn de aoaqêmcia sãn otqa mãn é
coisa para qualquer um.
— Ah, obrigada pela gentileza... Senhor...
— Maqce{n. Pnde le chalaq arril. E mãn le uemha cnl erra de
senhor... Eu me sentiria muito mal sabendo que uma gracinha me tem
como um velhote.
noite.
— Ha-ha! Vncê é ltisn gemsi{ e agqadáue{... Maqce{n.
— Qte mada. Só dign n pte é ueqdade.
— Bel, semhn pte raiq... A gemse re uê onq aí mn decnqqeq da
— Espero que sim! – dizia Marcelo, que mesmo com sua noiva nos
aqqednqer e semdn Amdqé cnln align, nbrequaua a lnça a re afarsaq
sa{ pta{ tl bebê falimsn amreia qecebeq n {eise laseqmn.
Foi assim que ela saiu. Sendo que o mais atento poderia notar
que ela ria discreta, e certamente o motivo era por achar um tolo,
aquele com quem acabara de falar.
A mnise re regtit sqampti{a, aoeraq de sndn n sédin, asé a hnqa
131

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
pte fima{lemse erre Maqce{n e nr delair alignr de Amdqé raíqal e e{a
emfil re uit ptare a ró cnl e{e. E{e sqamcnt a porta da frente, disse
à eloqegada pte ondeqia dnqliq e pte re oqenctoarre cnl qersamse da
limpeza somente no outro dia. Ela entendeu e se retirou.
Lngn e{e re remsnt mn rnfá, e chalnt F{áuia oaqa salbél re
acomodar ali. Ela se aproximou. Ele a tomou em retr bqaçnr. Parrnt ar
lãnr mn ret qnrsn. A beijnt. Segtiqal-se tantos outros toques. A
oemesqaçãn. Cnqonr imdn e uimdn. Pnriçõer uaqiadar. E lair idar e uimdar
dnr cnqonr. Gnzn oaqa e{e. E{a mãn remsit mada de lair, lar fimgit re
rasirfazeq. Ul cigaqqn é aceso e compartilhado. Teve os cabelos
afagados por ele e se fingiu sonolenta.
Convida-a para irem ao quarto, dissimulando o fato de queria
mais e dizendo que iriam descansar. Ele abre a porta e a joga na cama,
gargalha e sobe em cima de seu corpo seminu. Repetem o que fizeram
ma ra{a, de fnqla pte e{a mãn eqa caoaz de oeqcebeq ltisa difeqemça
el qe{açãn à oqileiqa uez.
Muitos diriam que eu tenha narrado essas cenas fria e
mecanicamente. Mas esta foi apenas uma tentativa de adequar o
desenrolar dos fatos sair ptair eqal regtmdn a oeqceoçãn pte F{áuia
simha de{er. Pnir e{a mãn simha gqamder famsariar e, re mãn uia n rexn
cnln deoqauaçãn, salontcn emxeqgaua me{e a{gtl qerptícin de alnq,
ctjnr mnler, ltisnr re qelesial cnln rimômilnr. Nn emsamsn, mãn
chegava a req snsa{lemse césica a qeroeisn derra qe{açãn emsqe albnr
(emsqe alnq e rexn). Só pte mtmca simha uiuidn sa{ cnira oaqa me{a seq
o{ema fé. Cnmrideqaua pte eqa cnln detr. O pta{ acqedisaua
132

A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
desacreditando e de um modo que se nunca teve certeza de que existia,
sabia que sua vida seria muito mais triste se algum dia um cientista que
mãn siuerre a{gn de ltisn úsi{ oaqa fazeq cnloqnuarre pte eqa ró
cnira da ilagimaçãn dn req htlamn, oaqa pte siuerre a{gtla oeqroecsiua
a{él dn ersadn de ondqidãn pte re dá a rese oa{lnr da rtoeqfície dn
solo.
A sqamra re emceqqnt. Amdqé uiqnt oaqa n ntsqn {adn e {ngn
dnqlit. F{áuia cnmsimtnt a{i deisada e qef{esimdn cnl n n{haq oaqa n
sesn pte mada uia deuidn à erctqidãn. Pemraua dapte{e jeisn pte
pensamos quando estamos preocupados com tantas coisas e estas ficam
a laqse{aq a mnrra cabeça, snlal n {tgaq dn rnmn e onq lair pte
pteiqalnr fimgiq pte mãn ersalnr imcnlndadnr e{ar mnr asnqlemsal
mais que um tenebroso pesadelo.
Cnl ltisn ctrsn e{a emfil adnqlecet. Nãn pte siuerre erptecido
ar oqenctoaçõer, lar ersar hauial {he camradn an ret {ilise. Nãn
rnmhnt. Asé onqpte irrn {he ncnqqia ontcar uezer e aimda lemnr re mãn
fnrre el rta cala. Nãn ersaua acnrstlada à de Amdqé, aoeraq de mãn
ser a primeira vez que ali se deitava.
Acordou e n{hnt oaqa n qe{ógin. 9:00 da lamhã. Snbqe n cqiadn
mudo estava um envelope com dinheiro e junto a ele um bilhete que
dizia:
“Qteqida F{áuia, nbqigadn oe{a mnise agqadabi{írrila.
Vncê é a lt{heq lair {imda pte há mn ltmdn e é caoaz de
deixar qualquer um alucinado com um simples movimento.
Emfil, le oeqdne onq seq raídn arril rtbisalemse, lar simha
133

cnloqnlirrnr {á ma eloqera.
A MARgem - Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes / ISSN 2175-2516
Seção Verbare, Uberlândia, ano 3, n. 6, p. 122-134, jul./dez. 2010
Autor: Diego Marcos Silva Leão | e-mail: diego.marco.sl@gmail.com
Deixei n dimheiqn merse emue{noe n pta{ já deue seq uirsn. Cqein
pte semha aí, a{él dn pte {he deun, tla ptamsia rtficiemse oaqa pte
oagte n sáxi.
Beijos ternos!
Amdqé”
Let cnl imdifeqemça. Talbél já ersaua acnrstlada a erre sion
de e{nginr e le{hnq eqa oemraq pte mãn fnrrel mada a{él de
ga{amseinr. Sabia cnln rãn nr hnlemr e de snda rta oqnoemrãn oaqa a
falsidade para garantirem que ocorra o sexo ou que se repita outras
vezes. Talvez — pensava — fosse este o motivo pelo qual se explicava
o fato de que a maior parte dos grandes poetas fossem do sexo
larct{imn. Afima{, hnlemr imse{igemser sêl lerln erre dnl de rabeq
dizer belas palavras vazias para agradar.
A{él de stdn re mãn re ilonqsaua eqa onq req remrasa e seq
claro em mente que aquilo nada mais era que trabalho.
Semdn arril mãn re oeqlisit pta{pteq erbnçn de elnçãn e re
oôr a cnmfeqiq n dimheiqn. El regtida re uersit. Eqa oqeuemida e sqazia
um jeans e uma blusa na bolsa.
Sait emsãn aoqerrada e oegnt n sáxi pte lamdnt regtiq asé a
fact{dade. Cnl tl ontcn de rnqse mn sqâmrisn e dersqeza do taxista
sa{uez cnmregtirre {á chegaq a selon e oegarre oe{n lemnr ar
ú{silar at{ar.
134