Novo Layout - 2008.p65 - Arquidiocese de Florianópolis
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14 Vida Religiosa<br />
Ir. Cléa: 61 anos <strong>de</strong>dicados à Congregação das Irmãs da Divina Providência<br />
Irmã Clea<br />
Amor à Liturgia <strong>de</strong>spertou a vocação<br />
Nesta edição, a Coluna Vida<br />
Religiosa entrevista Irmã Irmã Irmã Clea<br />
Clea<br />
Fuck uck uck, uck que há 61 anos <strong>de</strong>dica sua<br />
vida e seu trabalho à Congregação<br />
das Irmãs da Divina Providência.<br />
Nascida em São Pedro <strong>de</strong><br />
Alcântara no dia 21 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />
1926, foi batizada com o nome <strong>de</strong><br />
Irene Judith. Sua vocação para a<br />
vida religiosa foi <strong>de</strong>spertada bem<br />
cedo, e ingressou na Congregação<br />
em 1947, recebendo o nome religioso<br />
<strong>de</strong> Irmã Clea. Anos mais tar<strong>de</strong>,<br />
para a sua alegria, uma <strong>de</strong><br />
suas irmãs seguiu o mesmo caminho,<br />
a Irmã Edilza, que hoje trabalha<br />
em Laguna.<br />
Apaixonada pelo magistério, lecionou<br />
em vários Colégios da Congregação.<br />
Por último, durante oito<br />
anos, como Diretora do Colégio<br />
Segredo<br />
Dois anos e dois meses <strong>de</strong><br />
fofura, a Mariana se aproxima:<br />
- Vovô, quero te dizer um segredo!<br />
Abaixei a cabeça e ela falou<br />
no meu ouvido:<br />
- Vovô, eu te amo!<br />
Lembrei-me do Pai: “O Senhor<br />
se inclinou para mim” (Sl 39,1) e<br />
me disse: “Eu te aprecio e te<br />
amo”! (Is 43,4)<br />
Bonda<strong>de</strong><br />
“Que a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus me<br />
conserve, porque Ele é a força <strong>de</strong><br />
minha fraqueza, a humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
minha soberba, a riqueza <strong>de</strong> minha<br />
pobreza. Ele é o amor que<br />
supre minhas friezas, a gratidão<br />
que elimina minhas ingratidões,<br />
a pureza <strong>de</strong> minhas imundícies,<br />
a oração <strong>de</strong> minha oração”.<br />
Teresa <strong>de</strong> Soubiran, que escreveste<br />
este teu entregar-te ao<br />
Senhor, ajuda-me a imitar-te, a<br />
fim <strong>de</strong> que, como disseste, seu<br />
amor infinito absorva esta pequena<br />
nulida<strong>de</strong> que está sempre diante<br />
dEle com humil<strong>de</strong> confiança<br />
e cego abandono.<br />
Santos Anjos, <strong>de</strong> Joinville. De 1975<br />
a 1993 trabalhou na Alemanha, na<br />
se<strong>de</strong> da Congregação, e em Roma,<br />
no Secretariado Internacional das<br />
Congregações femininas <strong>de</strong> vida<br />
ativa, na seção <strong>de</strong> língua alemã,<br />
como tradutora. Voltou ao Brasil<br />
em janeiro <strong>de</strong> 1993, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então<br />
mora em Tijucas.<br />
Atualmente, é coor<strong>de</strong>nadora<br />
arquidiocesana da Pastoral dos<br />
Coroinhas, trabalho que iniciou na<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, e é membro da equipe<br />
<strong>de</strong> elaboração dos Livretos dos<br />
Grupos Bíblicos em Família. Em<br />
entrevista, ela fala <strong>de</strong> sua trajetória<br />
<strong>de</strong> vida e <strong>de</strong>ixa uma mensagem<br />
para aqueles que preten<strong>de</strong>m seguir<br />
a vida religiosa.<br />
Jornal Jornal da da da Ar Ar <strong>Arquidiocese</strong> Ar Ar uidiocese - - Cont Conte Cont<br />
Tapete<br />
- Mãe, compra um tapetinho<br />
pra mim? Meus joelhos têm muitos<br />
calos, doem quando eu rezo!<br />
Pedido <strong>de</strong> um médico, cirurgião,<br />
novo ainda, mas já famoso,<br />
com muito sucesso a ro<strong>de</strong>ar sua<br />
vida. Como não ser assim quem<br />
apren<strong>de</strong>u <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo, na casa<br />
dos pais, que à altura verda<strong>de</strong>ira<br />
só se po<strong>de</strong> chegar quando a mãe<br />
terra acolhe os joelhos <strong>de</strong> seus<br />
filhos?<br />
Desistência<br />
Deus nunca <strong>de</strong>siste <strong>de</strong> mim.<br />
Embora, infelizmente, eu possa<br />
afastar-me dEle, fugir dEle, Ele<br />
nunca <strong>de</strong>sistirá <strong>de</strong> mim, porque<br />
com amor eterno me ama!<br />
Amor<br />
Perguntaram ao Max, <strong>de</strong> cinco<br />
aninhos: "0 que é o amor?".<br />
Max respon<strong>de</strong>u:<br />
"Deus po<strong>de</strong>ria ter dito palavras<br />
mágicas para que os pregos<br />
caíssem do crucifixo, mas Ele não<br />
disse isso. Isso é amor"!<br />
Foto: Walter Telles<br />
como como f ffoi<br />
f oi <strong>de</strong>sper <strong>de</strong>spertada <strong>de</strong>sper tada a a v vvocação<br />
v ocação<br />
para para para a a vida vida religiosa.<br />
religiosa.<br />
Irmã Irmã Clea Clea - - Des<strong>de</strong> criança me<br />
apaixonei pela liturgia. Morávamos<br />
longe da igreja, mas a participação<br />
nas festivas celebrações<br />
na amada igreja <strong>de</strong> São Pedro<br />
compensava a penosa caminhada.<br />
Padre eu não po<strong>de</strong>ria ser. O<br />
que então, senão religiosa?<br />
JA A A - - Há Há 9 9 anos anos anos a a a senhora senhora par-<br />
par<br />
ticipa ticipa da da eq equipe eq equipe<br />
uipe <strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração<br />
elaboração<br />
dos dos livre livre livretos livre os dos dos Grupos Grupos Bíblicos Bíblicos<br />
Bíblicos<br />
em em FF<br />
Família. F amília. F FFale-nos<br />
F ale-nos da da im im impor im impor<br />
por-<br />
tância tância <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sse trabalho.<br />
trabalho.<br />
Ir Ir. Ir . Clea Clea - -<br />
- Comecei a participar<br />
em 1999, para redigir um dos temas<br />
do livreto daquele ano, <strong>de</strong>dicado<br />
a DEUS PAI, na caminhada<br />
da Igreja "rumo ao <strong>Novo</strong> Milênio".<br />
Aceitei com alegria. Até aí eu não<br />
sabia da existência <strong>de</strong>sse trabalho<br />
na arquidiocese, não estava<br />
entrosada. Ao apresentar o meu<br />
tema, fui convidada a permanecer<br />
na equipe <strong>de</strong> elaboração e revisão<br />
dos livretos, e continuo motivada<br />
por se tratar <strong>de</strong> um trabalho pastoral<br />
prioritário na arquidiocese.<br />
JA A - - A A senhora senhora coor coor<strong>de</strong>na coor <strong>de</strong>na a<br />
a<br />
Past ast astoral ast oral dos dos dos Cor Coroinhas. Cor Coroinhas.<br />
oinhas. Como<br />
Como<br />
surgiu surgiu esse esse trabalho?<br />
trabalho?<br />
Ir Ir. Ir . Clea Clea - -<br />
- Um dia, em Roma, eu<br />
havia visto a Praça <strong>de</strong> São Pedro<br />
cheia <strong>de</strong> coroinhas <strong>de</strong> toda a Europa,<br />
eles e elas, sem nenhuma distinção.<br />
A imagem me ficara na retina.<br />
Na primeira celebração "rumo<br />
ao <strong>Novo</strong> Milênio", no Orlando<br />
Scarpelli, senti falta <strong>de</strong>, também,<br />
um número representativo <strong>de</strong><br />
coroinhas na procissão <strong>de</strong> entrada<br />
do gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> diáconos,<br />
presbíteros e os bispos. Como<br />
membro da Equipe Arquidio-<br />
Retalhos Retalhos do do Cotidiano Cotidiano Carlos Martendal<br />
É um belo entar<strong>de</strong>cer. Cantando,<br />
faceiros, os dois bem-te-vis<br />
pousam no galho da árvore em<br />
que passarão a noite. E ali ficam<br />
quietinhos. Pouco a pouco, os<br />
olhos vão se fechando. O<br />
Eclesiastes, que adapto, veio-me<br />
à memória. Para tudo há um tem-<br />
Bem-Te-Vis<br />
cesana <strong>de</strong> Liturgia, apresentei a<br />
idéia à Comissão do Milênio e fui<br />
autorizada a organizar a participação<br />
<strong>de</strong> um grupo das paróquias vizinhas,<br />
na segunda Concentração,<br />
em 1998. Foram 15 meninos e 15<br />
meninas, lado a lado, abrindo a procissão,<br />
como em qualquer liturgia.<br />
Vários padres aplaudiram a iniciativa,<br />
entre os quais o Pe. Pedro<br />
Koehler, a quem expus, aí mesmo,<br />
o meu sonho <strong>de</strong> fazer um dia uma<br />
gran<strong>de</strong> concentração só <strong>de</strong><br />
coroinhas. Um primeiro encontro<br />
arquidiocesano aconteceu no dia<br />
21 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1999, em Vígolo,<br />
com a participação <strong>de</strong> 1.200<br />
coroinhas, <strong>de</strong> 42 paróquias. Vári-<br />
“A vida religiosa<br />
exige discernimento,<br />
interiorização,<br />
não garantindo,<br />
<strong>de</strong> imediato,<br />
uma satisfação<br />
pessoal”<br />
os padres acompanharam o seu<br />
grupo e concelebraram com Dom<br />
Eusébio. Seria só um evento. Mas a<br />
idéia vingara. Des<strong>de</strong> então, a "Pastoral<br />
<strong>de</strong> Coroinhas" vem promovendo<br />
encontros anuais por comarca,<br />
com gran<strong>de</strong> participação e, certamente,<br />
belos frutos nas paróquias.<br />
Para este ano está programada<br />
uma só gran<strong>de</strong> Concentração, no<br />
dia 17 <strong>de</strong> maio, no Centro Multiuso,<br />
São José, celebrando o Centenário<br />
<strong>de</strong> nossa Igreja Particular.<br />
po na vida: tempo para voar e tempo<br />
para pousar; tempo para cantar<br />
e tempo para silenciar; tempo<br />
para acordar e tempo para dormir;<br />
tempo para olhar e tempo<br />
para fechar os olhos; tempo para<br />
agir e tempo para parar. Também<br />
nós. Para encontrar o Senhor!<br />
Agora<br />
De quantos “agoras” é feita no” (Dom Luciano).<br />
cada hora ... “Amar só é possível Que em 2008 vivamos melhor<br />
no ‘agora’. Esse ‘agora’ <strong>de</strong>fine cada “agora”. Então, o ano novo<br />
permanentemente nosso <strong>de</strong>sti- será abençoado e feliz!<br />
Janeiro/Fevereiro 2008 Jornal da <strong>Arquidiocese</strong><br />
Divulgação/JA<br />
JA A - - A A senhora senhora é é <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> um um t ttem<br />
t em empo em po<br />
em em em qq<br />
que q ue eram eram eram abundant abundantes abundant abundantes<br />
es as as as v vvo<br />
v o<br />
cações cações f ffemininas.<br />
f emininas. P PPor<br />
P or q qque<br />
qq<br />
ue hoje hoje há há<br />
há<br />
menor menor int interesse int eresse das das jo jovens jo ens pela pela<br />
pela<br />
vida vida vida religiosa religiosa em em congregações?<br />
congregações?<br />
Ir Ir. Ir . Clea Clea - -<br />
- Chego a dizer, em encontros<br />
com noviças e jovens<br />
vocacionadas: "Vocês são um milagre<br />
<strong>de</strong> Deus!" No meu tempo,<br />
havia todo um estímulo para uma<br />
jovem ir para o convento: além da<br />
própria vivência religiosa, da motivação<br />
<strong>de</strong> fé, ela se sentia apoiada,<br />
até mesmo admirada no seu<br />
meio. Hoje é preciso remar contra<br />
a corrente. A vida religiosa exige<br />
todo um período <strong>de</strong> discernimento,<br />
<strong>de</strong> formação, <strong>de</strong> interiorização,<br />
<strong>de</strong> maturação humana e cristã,<br />
que não garante, <strong>de</strong> imediato,<br />
uma satisfação pessoal, humana.<br />
Para que uma opção por esse caminho<br />
tenha êxito, um "ismo", não<br />
muito em voga em nossos dias, é<br />
imprescindível: o "i<strong>de</strong>alismo", a valorização<br />
da gratuida<strong>de</strong>, um sempre<br />
realimentado entusiasmo<br />
vocacional, uma gran<strong>de</strong> paixão.<br />
JA A - - A A senhora senhora é é consagrada<br />
consagrada<br />
há há 6 661<br />
66<br />
1 anos. anos. Que Que mensagem mensagem <strong>de</strong>i- <strong>de</strong>i<strong>de</strong>i- xa xa para para para os os jo jovens jo ens qq<br />
que q ue pensam<br />
pensam<br />
em em seguir seguir a a vida vida religiosa?<br />
religiosa?<br />
Ir Ir Ir. Ir . Clea Clea - -<br />
- É um longo tempo. Mas<br />
não se vivem anos, vivem-se dias.<br />
No meu caso, foram já mais <strong>de</strong><br />
22.265 dias. Se, ao longo do caminho,<br />
por mais pedregoso que ele<br />
seja por vezes, se consegue manter<br />
acesa, ou reanimar sempre <strong>de</strong><br />
novo, a chama primeira do i<strong>de</strong>al, o<br />
entusiasmo vocacional do tempo<br />
da opção, a paixão pela causa<br />
abraçada, então a vida religiosa<br />
será fonte, também, <strong>de</strong> rica e profunda<br />
realização humana. “Venham,<br />
e vocês verão” (Jo 1,39).<br />
Amigo<br />
Lázaro, tu que tiveste a graça<br />
da amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, tu, em cuja<br />
casa o Mestre se achava em casa,<br />
tu, por quem Ele <strong>de</strong>rramou lágrimas<br />
sentidas, a quem Ele ressuscitou<br />
da morte, ensina-me e ajuda-me<br />
a ser amigo <strong>de</strong> Jesus, a dar-<br />
Lhe o primeiro lugar em minha<br />
vida. Assim Ele me ressuscitará da<br />
morte em que vivo e não precisará<br />
chorar por mim. Repito, Lázaro,<br />
pois teu Amigo orientou-nos a sermos<br />
insistentes: ensina-me e ajuda-me<br />
a ser amigo do Senhor!<br />
Pintura<br />
Estou na Basílica velha <strong>de</strong><br />
Aparecida. Em meio às obras <strong>de</strong><br />
restauração por que passa a igreja,<br />
vejo, lá em cima, no andaime, três<br />
operários. Um <strong>de</strong>les pinta. O filete<br />
recebe a tinta marrom conforme<br />
quer aquele que maneja o pincel.<br />
Fez-me refletir que o Senhor colore<br />
a nossa vida como Lhe apraz. E<br />
pedi-Lhe que me fizesse dócil como<br />
aquela pare<strong>de</strong>. O Divino Pintor sabe<br />
quais 'tintas' darão mais beleza à<br />
vida <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós!