18.04.2013 Views

Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis

Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis

Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

IMPRESSO<br />

Antônio Carlos: berço <strong>de</strong> vocações<br />

Município <strong>de</strong> sete mil habitantes, localizado a 30 km <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, tem o maior número <strong>de</strong> vocações da <strong>Arquidiocese</strong><br />

e um dos maiores índices <strong>de</strong> católicos. 8<br />

Junho 2004 -<br />

Pascom abre inscrições<br />

para Oficina <strong>de</strong> Rádio. 16<br />

www.arquifloripa.org.br<br />

FLORIANÓPOLIS - SC<br />

Nº <strong>91</strong> - ANO VIII Comunicação a Serviço da Vida e da Esperança<br />

Junho <strong>de</strong> 2004<br />

CATEDRAL PEDE SOCORRO<br />

Coleta da Fraternida<strong>de</strong><br />

supera<br />

expectativas. 3<br />

Congresso<br />

Eucarístico ganha<br />

secretaria. 9<br />

PJ participa <strong>de</strong><br />

Seminário<br />

Regional. 12<br />

Encontros preparam<br />

catequistas para o<br />

CEN-2006. 13<br />

Padres comemoram<br />

jubileu sacerdotal. 16<br />

Pe. Salm: d<strong>ed</strong>icação<br />

ao trabalho vocacional<br />

Reitor do Seminário <strong>de</strong><br />

Teologia da <strong>Arquidiocese</strong><br />

e coor<strong>de</strong>nador da Pastoral<br />

Vocacional, Pe. Salm<br />

completará, no dia 30 <strong>de</strong><br />

junho, 25 anos <strong>de</strong> vida sacerdotal.<br />

Ele nos fala <strong>de</strong><br />

sua vida e seu trabalho. 14<br />

Pintura feita há quatro anos está <strong>de</strong>struída pelas infiltrações, que também provocaram a criação <strong>de</strong><br />

musgos, rachaduras nas par<strong>ed</strong>es e qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>aços da par<strong>ed</strong>e e do forro<br />

Umida<strong>de</strong>, infiltração e cupim abalam<br />

estrutura <strong>de</strong> um dos principais<br />

cartões postais <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>.<br />

Falta <strong>de</strong> dinheiro imp<strong>ed</strong>e a necessária<br />

manutenção constante e p<strong>ed</strong>aços<br />

do forro começam a cair, colocando<br />

fiéis em risco.<br />

A solução é simples, mas as condições<br />

impossíveis: a paróquia não<br />

possui dinheiro para a reforma necessária.<br />

Empresa <strong>de</strong> arquitetura<br />

está avaliando a estrutura e os custos,<br />

mas adianta que as obras não<br />

sairão por menos <strong>de</strong> R$ 200 mil.<br />

Apesar da gravida<strong>de</strong> do problema,<br />

arquiteta não cogita a interdição<br />

do <strong>ed</strong>ifício, “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam<br />

tomadas m<strong>ed</strong>idas urgentes”. 5<br />

Inovações na Liturgia III<br />

A diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />

Elementos universais, <strong>de</strong> origem<br />

e <strong>de</strong>staque no M<strong>ed</strong>iterrâneo, pão e<br />

vinho são dádivas <strong>de</strong> Deus. Já a antiga<br />

páscoa comemorava as<br />

primícias da terra: as sementes haviam<br />

morrido, mas a vida havia permanecido<br />

e se multiplicara! O milagre<br />

da vida é fruto <strong>de</strong> entrega, confiança,<br />

sofrimento... Assim, tanto o<br />

pão quanto o vinho realçam esta dinâmica<br />

natural, mas o vinho oferece<br />

um <strong>de</strong>staque maior: resulta <strong>de</strong><br />

uva pisada, esmagada... Em ambos<br />

os sinais, contudo, além da dádiva<br />

divina, a colaboração humana:<br />

Deus se <strong>de</strong>ixa conduzir, aniquilar,<br />

tornando-se pão que alimenta; em<br />

movimento inverso, todavia, conduz<br />

o humano, e o envolve e o diviniza,<br />

inebriando-o com o vinho. 4


2<br />

- Junho 2004<br />

EDITORIAL<br />

Apocalipse Século XXI<br />

Pensávamos que o novo milênio nos introduziria numa<br />

época <strong>de</strong> paz, após o milênio anterior ter-nos tanto ensinado<br />

a respeito das catástrofes produzidas pela violência. Mas o<br />

saco <strong>de</strong> perversida<strong>de</strong>s alimentado nos laboratórios do ódio<br />

nos reserva novas surpresas e nos introduz, mais uma vez,<br />

numa época <strong>de</strong> sombras.<br />

Falamos da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, gesto<br />

praticado à revelia do direito e das instituições internacionais,<br />

com a falsa motivação das armas químicas, tão bem<br />

ocultadas que nem sequer existem. E agora, um fato nos coloca<br />

diante <strong>de</strong> um novo apocalipse, <strong>de</strong> uma horrenda revelação<br />

da <strong>de</strong>gradação a que po<strong>de</strong> chegar o ser humano: as torturas<br />

praticadas por soldados anglo-americanos e pela CIA na<br />

prisão <strong>de</strong> Abu Ghraib. Abu Ghraib mostrou para a humanida<strong>de</strong><br />

os monstros gerados no ventre da guerra e do preconceito. Ali<br />

se torturou como se tortura em quase todas as <strong>de</strong>legacias<br />

brasileiras ou em todas as guerras. Ali, porém, a tortura adquiriu<br />

uma face nova, terrível: foi transformada em divertimento.<br />

Foi filmada, fotografada, as poses foram ensaiadas, os torturadores<br />

estavam felizes diante das máquinas fotográficas.<br />

A <strong>de</strong>sinibida e sorri<strong>de</strong>nte soldada Lynndie England tornouse<br />

síntese do modo como era o divertimento: em posição displicente,<br />

erótica, digamos, puxa com uma corda amarrada ao<br />

pescoço um homem iraquiano se arrastando, nu. A soldada<br />

tinha inteligência suficiente para conhecer a profundida<strong>de</strong> com<br />

que aquele homem estava sendo <strong>de</strong>struído para sempre: um<br />

muçulmano acorrentado e puxado por um cristão, um homem<br />

invadido ridicularizado pelo invasor-libertador, um homem escravizado<br />

sexualmente por uma mulher e, por último, um homem<br />

nu, humilhação máxima entre os povos árabes.<br />

Em outra cena, empilham-se árabes nus e, montado neles,<br />

divertindo-se para as câmeras, um oficial americano. O<br />

ato <strong>de</strong> torturar se torna lúdico, prazeroso e isso é novida<strong>de</strong><br />

na história da tortura. Um soldado afirmou que “nós acháva-<br />

mos graça daquilo tudo”.<br />

A esta altura, o leitor po<strong>de</strong>rá<br />

estar imaginando uma cena <strong>de</strong><br />

sexo sadomasoquista, cenas<br />

<strong>de</strong> forte apelo sexual. E com<br />

razão, pois algumas <strong>de</strong>stas fotos,<br />

segundo a imprensa, já foram<br />

parar em sites pornográficos<br />

como estimulantes sexuais,<br />

com muitos tarados querendo<br />

estar no lugar daquele pobre<br />

homem. Po<strong>de</strong>mos fazer aqui<br />

duas observações, as duas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m antropológica. A primeira:<br />

quando o homem transforma o outro homem num animal,<br />

numa coisa, num objeto <strong>de</strong> diversão, ele se torna uma fera<br />

perigosa. Se para mim o outro é uma coisa, eu também me<br />

torno coisa. A guerra animaliza porque faz do outro um inimigo,<br />

um animal a ser <strong>de</strong>rrotado, humilhado, <strong>de</strong>struído.<br />

A segunda: com a transformação do corpo humano num<br />

objeto <strong>de</strong> prazer, objeto comprável e vendável, o sexo se<br />

animaliza e leva ao prazer através da dor do outro<br />

(sadomasoquismo). A soldada e seus colegas faziam questão<br />

<strong>de</strong> torturas sexuais e <strong>de</strong> filmá-las: fariam parte <strong>de</strong> seu sex<br />

shop montado com o botim <strong>de</strong> guerra. O mesmo fenômeno<br />

ocorre em outras batalhas, quando o sonho final do soldado<br />

embrutecido é estuprar a mulher e a jovem <strong>de</strong>rrotadas. A marca<br />

sexual é a última, a mais profunda e a jamais esquecida,<br />

pois viola a intimida<strong>de</strong> do outro.<br />

Se o mundo tivesse escutado o Papa, estaríamos livres <strong>de</strong>ssa<br />

vergonha. Se Bush tivesse escutado o Evangelho <strong>de</strong> que se diz<br />

seguidor, teria poupado a espécie humana <strong>de</strong> <strong>de</strong>scer tão fundo<br />

no poço da malda<strong>de</strong>. A guerra gera a guerra, a violência p<strong>ed</strong>e<br />

violência, o torturado buscará <strong>de</strong>struir o torturador, num círculo<br />

dantesco <strong>de</strong> miséria e dor. Os iraquianos filmando divertidos a<br />

<strong>de</strong>capitação <strong>de</strong> um jovem americano são a prova <strong>de</strong>ste ciclo.<br />

Nossa espécie humana não é mais a mesma. Sua r<strong>ed</strong>enção<br />

supõe que não <strong>de</strong>ixe cair no esquecimento as barbarida<strong>de</strong>s<br />

com as quais vai-se acostumando, se <strong>de</strong>generando. O Iraque<br />

transformou-se no apocalipse do século XXI, revelou nossas<br />

entranhas <strong>de</strong> malda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sumanida<strong>de</strong>.<br />

Pe. José Artulino Besen<br />

www.arquifloripa.org.br/jornal<br />

e-mail: jornal@arquifloripa.org.br<br />

“Nossa espécie humana<br />

não é mais a mesma.<br />

Sua r<strong>ed</strong>enção supõe<br />

que não <strong>de</strong>ixe cair no<br />

esquecimento as<br />

barbarida<strong>de</strong>s com as<br />

quais vai-se acostumando,<br />

se <strong>de</strong>generando”<br />

OPINIÃO<br />

Amar como Jesus amou<br />

A pi<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> popular consagra<br />

o mês <strong>de</strong> junho ao Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus. Sei<br />

que muitos perguntam: “Tem<br />

ainda sentido essa <strong>de</strong>voção?<br />

Não será uma forma ultrapassada<br />

<strong>de</strong> expressão religiosa,<br />

própria <strong>de</strong> uma outra<br />

época ou cultura?”<br />

Ao longo dos séculos,<br />

homens e mulheres relacionaram-se com<br />

Deus utilizando-se <strong>de</strong> palavras, expressões<br />

e gestos tirados <strong>de</strong> seu tem-<br />

po e <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>. Daí<br />

que se compreen<strong>de</strong> que muitas<br />

<strong>de</strong>voções e manifestações<br />

do passado tenham caído<br />

em <strong>de</strong>suso. Hoje, ninguém<br />

mais lhes dá importância.<br />

Não teria acontecido o<br />

mesmo com a <strong>de</strong>voção ao<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus, tão difundida<br />

nos séculos <strong>de</strong>zoito e<br />

<strong>de</strong>zenove?<br />

A história da Igreja nos ensina que as expressões<br />

<strong>de</strong> fé que têm base bíblica conseguem<br />

ultrapassar culturas, épocas e costumes.<br />

Ora, a base da espiritualida<strong>de</strong> do Coração <strong>de</strong><br />

Jesus está nas Escrituras. A palavra “coração”,<br />

na Bíblia, tem um rico sentido. Mais do que se<br />

referir ao órgão físico, sintetiza a interiorida<strong>de</strong><br />

da pessoa, sua intimida<strong>de</strong>, o mais profundo do<br />

seu ser. É o que lemos, por exemplo, no profeta<br />

Oséias. O Senhor promete: “Vou conduzi-la<br />

ao <strong>de</strong>serto e lhe falar ao coração” (Os 2,16).<br />

Ou, no profeta Ezequiel: “Dar-lhe-ei um coração<br />

novo, porei no seu íntimo um espírito novo,<br />

tirarei <strong>de</strong> seu peito o coração <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>ra e lhe<br />

darei um coração <strong>de</strong> carne” (Ez 36,26).<br />

Enquete<br />

Periodicida<strong>de</strong> mensal - 20.000 exemplares<br />

Rua Esteves Júnior, 447<br />

88015-530 - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />

Fone/Fax: (048) 224-4799<br />

CRUZ ARTE SACRA<br />

Livros e Objetos Religiosos Católicos<br />

Sagrado Coração<br />

<strong>de</strong> Jesus, nós temos<br />

conviança em vós!.<br />

PALAVRA DO PASTOR<br />

“Cada um <strong>de</strong> nós é<br />

convidado a fazer a<br />

experiência da intimida<strong>de</strong><br />

do Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />

Como não envolver<br />

nossa própria vida com<br />

a <strong>de</strong>sse Coração que<br />

tanto nos amou?”<br />

Qual o valor do namoro para você?<br />

“O namoro para mim é mais valioso<br />

que o ouro. É o início do contato entre<br />

um casal. A partir do namoro é que brota<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar um sentimento<br />

maior com o outro e nasce o<br />

amor. O namoro é a aproximação entre<br />

o casal que po<strong>de</strong> chegar ao sacramento<br />

do matrimônio”, Mariana <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Pastoral da Juventu<strong>de</strong> da Paróquia<br />

<strong>de</strong> Campinas, São José.<br />

Diretor e Revisor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe.<br />

Alceoni Berkenbrock, Pe. José Artulino Besen, Pe. Toninho, Ir. Marlene Bertoldi, Kreize Fernanda<br />

<strong>de</strong> Souza, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino<br />

- SC 01224 JP - Departamento <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>: Pe. Valdir Bernardo Prim - Editoração e Fotos:<br />

Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul<br />

“Namorar é importante para que as<br />

pessoas iniciem uma aproximação, se conheçam<br />

e fiquem juntas. Esse conhecer<br />

um ao outro serve para saber das suas<br />

afinida<strong>de</strong>s. Se o casal tiver respeito, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>,<br />

compreensão, e muito amor, uma<br />

simples relação po<strong>de</strong> tornar-se uma coisa<br />

maior e chegar ao casamento”,<br />

Vanessa Ferreira, Pastoral Vocacional<br />

da Matriz <strong>de</strong> Palhoça.<br />

Os contemporâneos <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong>vem ter<br />

ficado alegremente surpresos ao ouvi-lo dizer:<br />

“Vin<strong>de</strong> a mim vós todos que estais cansados<br />

sob o peso <strong>de</strong> vosso fardo e eu vos darei <strong>de</strong>scanso.<br />

Tomai sobre vós o meu jugo e apren<strong>de</strong>i<br />

<strong>de</strong> mim, porque sou manso e humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração”<br />

(Mt 11,28-29). O apóstolo São Paulo<br />

penetrou nesse Coração e fez uma experiência<br />

que o marcou profundamente. D<strong>ed</strong>icou sua<br />

vida para anunciar as maravilhas que nele <strong>de</strong>scobriu.<br />

Daí, pois, a insistência <strong>de</strong> seu apelo:<br />

“Cristo habite pela fé em vossos corações,<br />

arraigados e consolidados na<br />

carida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> que possais,<br />

com todos os cristãos, compreen<strong>de</strong>r<br />

qual seja a largura, o<br />

comprimento, a altura e a profundida<strong>de</strong>,<br />

isto é, conhecer a<br />

carida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo, que <strong>de</strong>safia<br />

todo o conhecimento, e<br />

sejais cheios <strong>de</strong> toda a plenitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus” (Ef 3,17-19).<br />

Cada um <strong>de</strong> nós é convidado<br />

a fazer a experiência da intimida<strong>de</strong> do Coração<br />

<strong>de</strong> Jesus. Foi essa a leitura que os Padres<br />

da Igreja – isto é, os teólogos dos primeiros<br />

séculos - fizeram do lado aberto <strong>de</strong> Cristo<br />

na Cruz: <strong>de</strong> seu Coração jorrou sangue e<br />

água, isto é, a Igreja e os sacramentos. Mas<br />

se tornou, também, uma porta aberta para<br />

entrarmos nesse Coração e, então, compreen<strong>de</strong>rmos<br />

a razão <strong>de</strong> sua pr<strong>ed</strong>ileção pelos<br />

pecadores, pobres e aflitos, e <strong>de</strong> seu imenso<br />

amor pelo Pai. Tendo feito essa experiência,<br />

como não envolver nossa própria vida com a<br />

<strong>de</strong>sse Coração que tanto amou os homens?...<br />

Dom Murilo S.R. Krieger, scj<br />

Arcebispo <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />

“O namoro é uma preparação, serve<br />

para as pessoas se conhecerem mais,<br />

para ver se conseguirão compartilhar<br />

uma vida juntos, com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

constituírem uma família. O namoro serve<br />

para que duas pessoas verifiquem se<br />

conseguirão se dar bem quando estiverem<br />

casados”, Fajardo <strong>de</strong> Souza, comunida<strong>de</strong><br />

Monte Serrat, na Cat<strong>ed</strong>ral, em<br />

<strong>Florianópolis</strong>.<br />

Carlos Cruz<br />

ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />

Fone<br />

Fax:(48) 257-8263<br />

9983-4592<br />

São José - SC - cruzartesacra@yahoo.com.br


Coleta da Fraternida<strong>de</strong> supera expectativas S<br />

A Coleta da Fraternida<strong>de</strong>, que todos<br />

os anos acontece no Sábado e<br />

Domingo <strong>de</strong> Ramos, superou as expectativas<br />

na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>. A meta inicial era conseguir<br />

que em média cada uma das 64<br />

paróquias da <strong>Arquidiocese</strong> contribuísse<br />

com o valor correspon<strong>de</strong>nte a uma<br />

cisterna, mas a meta foi ultrapassada.<br />

R$ 120.792,08 foi o valor computado<br />

até o fechamento <strong>de</strong>sta <strong>ed</strong>ição. Ainda<br />

falta o repasse <strong>de</strong> oito paróquias.<br />

Desse valor, 60% (R$ 72.475,25) ficaria<br />

com a <strong>Arquidiocese</strong>, que compõe<br />

o Fundo Arquidiocesano <strong>de</strong> Solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

(FAS). Os outros 40% (R$ 48.316,83),<br />

são repassados para a CNBB, e ficam<br />

no Fundo Nacional <strong>de</strong> Solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>,<br />

gerenciado pela Cáritas Brasileira, que<br />

se <strong>de</strong>stina a financiar projetos da campanha<br />

da fraternida<strong>de</strong> do ano. A CNBB<br />

colocou como objetivo <strong>de</strong>ste ano construir<br />

um milhão <strong>de</strong> cisternas.<br />

A <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong>finiu, na Reunião<br />

Geral do Clero <strong>de</strong> março, que os recursos<br />

do FAS seriam repassados para as<br />

paróquias Nossa Senhora da Oliveira,<br />

na Diocese <strong>de</strong> Barra, e Nossa Senhora<br />

da Imaculada Conceição, na diocese <strong>de</strong><br />

Rui Barbosa. Elas fazem parte do projeto<br />

“Dioceses Irmãs”, no qual há 20<br />

anos a <strong>Arquidiocese</strong> se compromete<br />

com os serviços religiosos.<br />

A meta era que cada uma das paróquias<br />

da <strong>Arquidiocese</strong> contribuísse com<br />

uma cisterna por paróquia, que custa<br />

aproximadamente R$ 900,00, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

da região e do tamanho da cisterna.<br />

O dinheiro será dividido entre as duas<br />

paróquias e liberado após encaminhado<br />

projeto dizendo on<strong>de</strong> serão<br />

construídas as cisternas e o valor <strong>de</strong><br />

cada uma <strong>de</strong>las.<br />

“Cooperação surpreen<strong>de</strong>nte”<br />

A contribuição dos fiéis da <strong>Arquidiocese</strong><br />

com a campanha foi, até agora,<br />

47% maior que a do ano passado,<br />

que ficou com R$ 81.990,49. “A comunida<strong>de</strong><br />

arquidiocesana correspon<strong>de</strong>u<br />

não só <strong>de</strong> forma positiva, mas surpreen<strong>de</strong>u<br />

e <strong>de</strong>monstrou estar acompanhando<br />

tanto o sofrimento dos nossos irmãos<br />

na Bahia, como o trabalho dos nossos<br />

padres naquela região missionária”, disse<br />

o arcebispo Dom Murilo.<br />

A Coleta da Fraternida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>stinada<br />

a financiar ações sociais da Igreja.<br />

Os 60% que ficam na <strong>Arquidiocese</strong><br />

compõem o Fundo na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

que se <strong>de</strong>stina a subsidiar projetos <strong>de</strong><br />

geração <strong>de</strong> trabalho e renda. Nos três<br />

primeiros anos, foram aprovados 45 projetos,<br />

no valor total <strong>de</strong> R$ 144.749,53,<br />

beneficiando diretamente 2.345 pessoas.<br />

São projetos que buscam vivenciar<br />

a solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> propostas<br />

alternativas no campo da <strong>ed</strong>ucação, da<br />

carida<strong>de</strong>, da economia, do meio ambiente,<br />

da fé e política, <strong>de</strong> luta por direitos<br />

e cidadania.<br />

P<strong>ed</strong>reiro constrói cisterna em Pintadas, enquanto família comemora<br />

a sua cisterna construída com dinheiro da <strong>Arquidiocese</strong><br />

Realida<strong>de</strong> das duas “paróquias irmãs”<br />

A Paróquia Nossa Senhora da<br />

Imaculada Conceição, em Pintadas, na<br />

diocese <strong>de</strong> Rui Barbosa, é uma das<br />

pioneiras na construção <strong>de</strong> cisternas.<br />

Dizem que foi lá que o p<strong>ed</strong>reiro, conhecido<br />

como “Nel”, inventou o projeto<br />

que hoje é a salvação contra a seca<br />

do sofrido povo baiano. Atualmente<br />

mais <strong>de</strong> 85% das casas da região rural<br />

têm cisternas, que começaram a<br />

ser construídas há 20 anos. Na cida<strong>de</strong><br />

são aproximadamente 50%. A gran<strong>de</strong><br />

maioria <strong>de</strong>las foi construída através <strong>de</strong><br />

campanhas <strong>de</strong> dioceses e <strong>de</strong> recursos<br />

do Governo F<strong>ed</strong>eral.<br />

“Com o dinheiro, preten<strong>de</strong>mos construir<br />

40 cisternas”, disse Pe. José Jacob<br />

Archer, pároco local há um ano. Segundo<br />

ele, serão construídas cisternas <strong>de</strong><br />

20 mil litros, suficientes para abastecer<br />

com água para beber e cozinhar uma<br />

família <strong>de</strong> seis pessoas por oito meses.<br />

Com o dinheiro da <strong>Arquidiocese</strong>, serão<br />

construídas cisternas na cida<strong>de</strong>.<br />

“Estão previstos recursos f<strong>ed</strong>erais para<br />

a construção <strong>de</strong> 200 cisternas, mas<br />

<strong>de</strong>vem ser feitas na zona rural. Assim,<br />

com os outros recursos que vierem beneficiaremos<br />

o pessoal do centro, que<br />

também sofre muito”, disse Pe. Jacob.<br />

Oliveira dos Brejinhos – Na Paróquia<br />

<strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Oliveira, na<br />

Diocese <strong>de</strong> Barra, a construção <strong>de</strong> cisternas<br />

é um trabalho bastante recente.<br />

“Só a partir <strong>de</strong> 2000 é que elas começaram<br />

a ser construídas”, disse Pe. Josemar<br />

Silva, que há três anos é o pároco<br />

local, transferido para lá após sua or<strong>de</strong>nação.<br />

Segundo ele, há em toda a cida<strong>de</strong><br />

apenas 282 cisternas, isso para uma<br />

população <strong>de</strong> 22 mil habitantes.<br />

Com os recursos que chegarão da<br />

<strong>Arquidiocese</strong>, preten<strong>de</strong> construir 30 cisternas<br />

<strong>de</strong> 23 mil litros. “Aqui o custo do<br />

material é bem mais alto e as cisternas<br />

se tornam também mais caras”, disse,<br />

justificando o valor <strong>de</strong> R$ 1.222,00 por<br />

cisterna. A comunida<strong>de</strong> fica bem mais<br />

distante <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (segunda<br />

maior cida<strong>de</strong> baiana) que Pintadas, o<br />

que encarece o transporte e, por conseqüência,<br />

a matéria prima.<br />

<strong>Todas</strong> as cisternas serão construídas<br />

na zona rural, pois a Matriz é rica em<br />

água, tendo água encanada e <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />

“Po<strong>de</strong>ríamos ter bem mais cisternas<br />

construídas, mas os interesses<br />

políticos que exploram os pobres falaram<br />

mais alto até agora”, disse Pe. Josemar,<br />

que espera receber mais recursos<br />

f<strong>ed</strong>erais e do Santuário <strong>de</strong> Azambuja, que<br />

todos os meses realiza campanhas para<br />

ajudar as duas paróquias baianas e que<br />

este ano vai prover a construção <strong>de</strong> cinco<br />

cisternas em Pintadas.<br />

Programação das CRISMAS em Junho/2004<br />

Data Hora Local Celebrante<br />

0518h Biguaçu Dom<br />

Murilo<br />

0519h30 Procasa Dom<br />

Vito<br />

068h Biguaçu Dom<br />

Murilo<br />

138h Par. Sta.<br />

Catarina<br />

- Brusque<br />

Dom<br />

Vito<br />

1819h PauloLopes Dom<br />

Vito<br />

209h Par. Sta.<br />

Cruz<br />

Dom<br />

Murilo<br />

279h Tijucas Dom<br />

Vito<br />

271 9h<br />

CapelaniaS. Sebastião<br />

- Bal.<br />

Camb.<br />

Dom<br />

Murilo<br />

Junho 2004 -3<br />

COLETA DA CF-2004<br />

P ARÓQUIA<br />

VALOR<br />

R$<br />

Angelina1. 786,<br />

00<br />

Anitápolis860, 00<br />

AntônioCarlos3. 866,<br />

90<br />

BalneárioCamboriú5. 600,<br />

00<br />

BalneárioCamboriú-VilaReal1. 215,<br />

90<br />

Biguaçu2. 963,<br />

00<br />

Botuverá1. 800,<br />

00<br />

Brusque-DomJoaquim Brusque<br />

- Santa<br />

Teresi<br />

nha<br />

1.<br />

504,<br />

50<br />

Brusque-S. Luiz<br />

Gonzaga<br />

5.<br />

363,<br />

00<br />

Camboriú Canelinha<br />

1.<br />

152,<br />

87<br />

Fpolis-Agronômica3. 399,<br />

54<br />

Fpolis-Balneário4. 800,<br />

00<br />

Fpolis-Capoeiras400, 00<br />

Fpolis-Cat<strong>ed</strong>ral3. 487,<br />

70<br />

Fpolis-Coloninha500, 00<br />

Fpolis-Coqueiros1. 055,<br />

00<br />

Fpolis-Estreito2. 610,<br />

83<br />

Fpolis-Ingleses840, 00<br />

Fpolis-J. Atlântico<br />

946,<br />

85<br />

Fpolis-Lagoa903, 22<br />

Fpolis-MonteVer<strong>de</strong>890, 00<br />

Fpolis-Prainha100, 00<br />

Fpolis-RibeirãodaIlha1. 928,<br />

28<br />

Fpolis-SacodosLimões1. 730,<br />

80<br />

Fpolis-SantoAntônio3. 115,<br />

00<br />

Fpolis-Trinda<strong>de</strong>4. 150,<br />

00<br />

Garopaba Governador<br />

Celso<br />

Ramos<br />

1.<br />

662,<br />

95<br />

Guabiruba Itajaí<br />

- Cor<strong>de</strong>iros<br />

2.<br />

462,<br />

00<br />

Itajaí-Fazenda3. 411,<br />

00<br />

Itajaí-P. Dom<br />

Bosco<br />

1.<br />

360,<br />

00<br />

Itajaí-SSmo. Sacramento<br />

2.<br />

222,<br />

20<br />

Itajaí-SãoJoão1. 474,<br />

00<br />

Itajaí-SãoVicente1. 600,<br />

00<br />

Itapema3. 865,<br />

00<br />

LeobertoLeal786, 27<br />

MajorGercino1. 610,<br />

00<br />

NovaTrento Palhoça<br />

4.<br />

813,<br />

00<br />

Palhoça-Aririú Palhoça<br />

- Enseada<br />

<strong>de</strong><br />

Brito<br />

1.<br />

302,<br />

85<br />

Palhoça-Pont<strong>ed</strong>oImaruim1. 148,<br />

80<br />

PauloLopes220, 00<br />

PortoBelo2. 023,<br />

00<br />

SantoAmarodaImperatriz1. 350,<br />

00<br />

SãoBonifácio559, 25<br />

SãoJoãoBatista2. 095,<br />

07<br />

SãoJosé-Barreiros3. 542,<br />

49<br />

SãoJosé-Campinas4. 889,<br />

<strong>91</strong><br />

SãoJosé-Forquilhinha São<br />

José<br />

- Procasa<br />

5.<br />

000,<br />

00<br />

SãoJosé-SantaCruz210, 00<br />

SãoJosé-SãoJosé4. 897,<br />

00<br />

SãoJosé-S. Judas<br />

Ta<strong>de</strong>u<br />

550,<br />

00<br />

SãoJosé-S. P<strong>ed</strong>ro<br />

<strong>de</strong><br />

Alcântara<br />

1.<br />

000,<br />

00<br />

Tijucas950, 00<br />

CuratoSant'Ana530, 90<br />

IgrejaSta. Cat.<br />

<strong>de</strong><br />

Alexandri<br />

a<br />

4.<br />

252,<br />

00<br />

Cap. Esp.<br />

N.<br />

Sra.<br />

do<br />

Rosário<br />

- Barreiros<br />

486,<br />

45<br />

Cap. Esp.<br />

São<br />

Sebastião<br />

- Bal.<br />

Camb.<br />

300,<br />

00<br />

Santuário<strong>de</strong>Azambuja2. 348,<br />

55<br />

CarmeloCristoR<strong>ed</strong>entor Colégio<br />

Coração<br />

<strong>de</strong><br />

Jesus<br />

900,<br />

00<br />

TOTAL120. 792,<br />

08<br />

Divulgação/JA


4<br />

- Junho 2004<br />

Dentro do enfoque das “Inovações”<br />

trazidas pela nova <strong>ed</strong>ição<br />

típica do Missal Romano,<br />

<strong>de</strong>stacamos, da última vez, a<br />

Comunhão Eucarística sob as duas<br />

espécies: pão e vinho. Na verda<strong>de</strong>,<br />

como vimos, embora o Missal contemple<br />

inúmeras ocasiões em que<br />

po<strong>de</strong> se ministrar <strong>de</strong>ste modo, contudo,<br />

coube à Conferência Nacional<br />

dos Bispos, com a confirmação da<br />

Sé Apostólica, ampliar ainda mais<br />

estas oportunida<strong>de</strong>s. De fato, eliminam-se<br />

praticamente todas as barreiras<br />

ao se admitir o motivo “celebrações<br />

particularmente expressivas<br />

no sentido da comunida<strong>de</strong> cristã<br />

reunida em torno do Altar”.<br />

Para alguns, contudo, permanece<br />

uma questão <strong>de</strong> fundo: qual a razão<br />

para insistir nesta questão? Afinal,<br />

não cremos que Jesus está real<br />

e verda<strong>de</strong>iramente presente tanto no<br />

Pão quanto no Vinho consagrados,<br />

ou, melhor, não cremos que o Pão e<br />

o Vinho consagrados são, ambos,<br />

verda<strong>de</strong>iramente o Corpo e o Sangue<br />

do Senhor?! Então, por que complicar?<br />

Não seria puro modismo?<br />

Ou, pior, não estaríamos negando<br />

esta verda<strong>de</strong> fundamental <strong>de</strong> nossa<br />

fé católica, e dando razão a alguns<br />

<strong>de</strong> nossos irmãos não-católicos, que<br />

<strong>de</strong>bocham <strong>de</strong> nossa prática litúrgica<br />

afirmando que “enquanto o padre se<br />

<strong>de</strong>licia com o pão e o vinho, cabe aos<br />

fiéis contentarem-se com pão<br />

seco...”?!<br />

O duplo sinal<br />

O próprio Missal Romano, em sua<br />

Introdução Geral, esclarece esta<br />

questão: “A Comunhão realiza mais<br />

plenamente o seu aspecto <strong>de</strong> sinal<br />

quando sob as duas espécies. Sob<br />

essa forma se manifesta mais perfeitamente<br />

o sinal do banquete<br />

eucarís-tico e se exprime <strong>de</strong> modo<br />

mais claro a vonta<strong>de</strong> divina <strong>de</strong> realizar<br />

a nova e eterna Aliança no Sangue<br />

do Senhor, assim como a relação<br />

entre o banquete eucarístico e o<br />

banquete escatológico no reino do<br />

Pai” (n. 240). E atribui aos pastores o<br />

<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> “lembrar, da melhor forma<br />

possível, aos fiéis que participam do<br />

rito ou a ele assistem, a doutrina católica<br />

a respeito da forma da Sagrada<br />

Comunhão, segundo o Concílio<br />

Tri<strong>de</strong>ntino. Antes <strong>de</strong> tudo, advirtam os<br />

fiéis <strong>de</strong> que a fé católica ensina que,<br />

também sob uma só espécie, se recebe<br />

Cristo todo e inteiro. Por isso,<br />

no que concerne aos frutos da comunhão,<br />

aqueles que recebem uma só<br />

espécie não ficam privados <strong>de</strong> nenhuma<br />

graça necessária à salvação”<br />

(n. 241).<br />

Trata-se, portanto, unicamente do<br />

valor do “sinal”. O Sacramento da<br />

Eucaristia é o mesmo, porém em<br />

sinais distintos, como procurarei<br />

abordar a seguir.<br />

TEMA DO MÊS<br />

Fruto da terra e da vi<strong>de</strong>ira, e do trabalho humano, o<br />

pão e o vinho consagrados tornam-se<br />

Pão da Vida e Cálice da Salvação.<br />

Pão e Vinho<br />

Elementos universais, porém <strong>de</strong><br />

origem e <strong>de</strong>staque no mundo m<strong>ed</strong>iterrâneo,<br />

tanto o pão como o vinho são<br />

dádivas <strong>de</strong> Deus. Lembremo-nos <strong>de</strong><br />

que já a antiga páscoa (antes da saída<br />

do Egito) comemorava as primícias<br />

da terra: as sementes haviam morrido,<br />

mas a vida havia permanecido e se<br />

multiplicado! O milagre da vida é fruto<br />

<strong>de</strong> entrega, confiança, sofrimento...<br />

Assim, tanto o pão quanto o vinho realçam<br />

esta dinâmica natural, mas o<br />

vinho oferece um <strong>de</strong>staque maior: resulta<br />

<strong>de</strong> uva pisada, esmagada... Em<br />

ambos os sinais, contudo, além da dádiva<br />

divina, a colaboração humana, reconhecida<br />

na louvação que o padre<br />

profere ao apresentar as oferendas:<br />

“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,<br />

pelo pão que recebemos <strong>de</strong><br />

vossa bonda<strong>de</strong>, fruto da terra e do trabalho<br />

humano, que agora vos apresentamos,<br />

e para nós se vai tornar pão<br />

da vida” e “Bendito sejais, Senhor,<br />

Deus do universo, pelo vinho que recebemos<br />

<strong>de</strong> vossa bonda<strong>de</strong>, fruto da<br />

vi<strong>de</strong>ira e do trabalho humano, que agora<br />

vos apresentamos e que para nós<br />

se vai tornar vinho da salvação”.<br />

Deus e o ser humano<br />

Não bastasse esta expressão <strong>de</strong><br />

Inovações na Liturgia III<br />

A diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />

comum envolvimento na “produção”<br />

do pão e do vinho, Deus e homem convivem<br />

e se sentam à mesma Mesa<br />

como aliados, on<strong>de</strong> Deus mesmo se<br />

faz o alimento – comida e bebida – da<br />

Igreja. A distinção dos sinais, contudo,<br />

realça ainda mais a comunhão sagrada:<br />

<strong>de</strong> um lado, Deus se <strong>de</strong>ixa conduzir,<br />

aniquilar, tornando-se pão que alimenta<br />

o ser humano; <strong>de</strong> outro lado,<br />

Deus conduz o humano, envolve-o e<br />

o diviniza, inebriando-o com o vinho.<br />

Aqui permanece plenamente válido o<br />

expressivo provérbio latino: “In vino<br />

veritas” – “No vinho está a verda<strong>de</strong>” -,<br />

pois Deus é quem oferece ao homem<br />

a luz da compreensão verda<strong>de</strong>ira a respeito<br />

<strong>de</strong> si mesmo e <strong>de</strong> tudo o que o<br />

compõe. Penso que João Paulo II tem<br />

este Mistério sempre muito presente<br />

como <strong>de</strong>monstra sua primeira incíclica,<br />

intitulada “R<strong>ed</strong>emptor Hominis”:<br />

Cristo, R<strong>ed</strong>entor do Homem.<br />

A única razão para ministrar a Comunhão<br />

apenas na espécie <strong>de</strong> pão é<br />

a praticida<strong>de</strong>, pois a espécie <strong>de</strong> vinho<br />

requer maiores cuidados. Há, em algumas<br />

instruções da Sé Apostólica,<br />

além da própria Introdução Geral ao<br />

Missal, pontuações importantes a<br />

serem seguidas. Penso, pessoalmente,<br />

que muitos benefícios pastorais<br />

po<strong>de</strong>rão ser obtidos se investir-<br />

Divulgação/JA<br />

mos um pouco mais na valorização<br />

<strong>de</strong>stes sinais litúrgicos.<br />

O pão repartido<br />

Aliás, é oportuno recordar que,<br />

juntamente com o vinho, o sinal do<br />

pão também exige seus cuidados: “A<br />

verda<strong>de</strong> do sinal exige que a matéria<br />

da Celebração eucarística pareça<br />

realmente um alimento. Convém,<br />

portanto, que, embora ázimo e com<br />

a forma tradicional, seja o pão<br />

eucarístico <strong>de</strong> tal modo preparado<br />

que o sacerdote, na Missa com o<br />

povo, possa <strong>de</strong> fato partir a hóstia<br />

em diversas partes e distribuí-las ao<br />

menos a alguns dos fiéis. Não se<br />

excluem, porém, as hóstias pequenas,<br />

quando assim o exigirem o número<br />

dos comungantes e outras razões<br />

pastorais. O gesto, porém, da<br />

fração do pão, que por si só <strong>de</strong>signava<br />

a Eucaristia nos tempos apostólicos,<br />

manifestará mais claramente<br />

o valor e a importância do sinal da<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos num só pão, e da<br />

carida<strong>de</strong> fraterna pelo fato <strong>de</strong> um único<br />

pão ser repartido entre os irmãos.<br />

Cui<strong>de</strong>-se atentamente que o pão e o<br />

vinho <strong>de</strong>stinados à Eucaristia estejam<br />

conservados em perfeito estado,<br />

isto é: que o vinho não az<strong>ed</strong>e,<br />

nem o pão se corrompa ou se torne<br />

<strong>de</strong>masiado duro, difícil <strong>de</strong> partir.”<br />

(IGMR nn. 283.285)<br />

Rever a prática<br />

Diante <strong>de</strong>sta norma, que fala por<br />

si só, importa revermos algumas práticas<br />

nossas, <strong>de</strong> abarrotar nossos<br />

tabernáculos com a reserva eucarística<br />

sem necessida<strong>de</strong>, e não promover<br />

a uma indispensável renovação.<br />

Na verda<strong>de</strong>, a reserva eucarística se<br />

justifica para a comunhão dos doentes,<br />

dos fiéis que participarem <strong>de</strong><br />

Celebração da Palavra e para a adoração<br />

eucarística. Convém, <strong>de</strong>cididamente,<br />

como regra geral, que os fiéis<br />

comunguem <strong>de</strong> hóstias consagradas<br />

na própria Missa. O que passa disso<br />

é exceção e/ou <strong>de</strong>svio.<br />

Nesse sentido, registro, aqui, com<br />

muito carinho e gratidão, a correspondência<br />

recebida do colega e amigo, Pe.<br />

P<strong>ed</strong>ro José Koehler - Capelão do Hospital<br />

<strong>de</strong> Carida<strong>de</strong>, Coor<strong>de</strong>nador da Pastoral<br />

do Turismo e do Lazer, dos Santuários<br />

e dos Peregrinos – que, parabenizando-me<br />

pelos artigos aqui publicados,<br />

consi<strong>de</strong>rando-os muito oportunos<br />

e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> enriquecimento<br />

para presbíteros e leigos.<br />

Havia prometido abordar, além da<br />

diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />

– pão e vinho -, também as “insistências”<br />

da nova <strong>ed</strong>ição típica do Missal<br />

Romano. Este último assunto fica<br />

para a próxima <strong>ed</strong>ição.<br />

Pe. Alvino Broering<br />

Capelania Spiritus Veritatis,<br />

Universida<strong>de</strong> do Vale do Itajaí


Infiltrações e cupins comprometem a Cat<strong>ed</strong>ral<br />

Problemas na estrutura do <strong>ed</strong>ifício,<br />

<strong>de</strong>teriorado por infiltrações e<br />

cupins, provocam qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> forro<br />

e p<strong>ed</strong>em m<strong>ed</strong>idas urgentes. “Já<br />

que a voz dos responsáveis não é<br />

ouvida, as p<strong>ed</strong>ras estão começando<br />

a falar”, disse Pe. Francisco<br />

<strong>de</strong> Assis Wloch, pároco da Cat<strong>ed</strong>ral<br />

Nossa Senhora do Desterro,<br />

fazendo referência às várias iniciativas<br />

tomadas para viabilizar a<br />

recuperação do templo.<br />

Recuperada em sua estrutura<br />

interna em 1995 e na externa em<br />

2000, a Cat<strong>ed</strong>ral precisa receber<br />

manutenção constante. Mas a falta<br />

<strong>de</strong> verba tem imp<strong>ed</strong>ido que se<br />

viabilizassem os cuidados necessários.<br />

A precari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> da estrutura<br />

provocou, em setembro <strong>de</strong><br />

2003, a qu<strong>ed</strong>a do forro <strong>de</strong> uma das<br />

entradas laterais da igreja. Era o<br />

primeiro grito <strong>de</strong> alerta. Depois<br />

disso, começaram a aparecer várias<br />

rachaduras, que culminaram<br />

na qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>aços do forro próximos<br />

ao coro. Há quatro meses<br />

o sino não toca. Há o receio <strong>de</strong><br />

que as vibrações provoquem novas<br />

qu<strong>ed</strong>as.<br />

Sem condições financeiras,<br />

a Cat<strong>ed</strong>ral se tornou refém da situação.<br />

“Não temos tradição <strong>de</strong><br />

festejos populares como forma<br />

<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> recursos. O que<br />

habtualmente se arrecada mal<br />

cobre as <strong>de</strong>spesas mensais”,<br />

disse Pe. Chico. Mesmo sem<br />

condições financeiras, foi contratada<br />

a empresa “Atelier <strong>de</strong> Arquitetura”<br />

para a elaboração do<br />

projeto <strong>de</strong> restauração.<br />

A arquiteta Andréa Hermes Silva,<br />

que já trabalhou na restauração<br />

<strong>de</strong> 2000, está à frente das<br />

obras. “Quando trabalhamos na<br />

igreja há quatro anos, alertamos<br />

que havia outros problemas”, lembrou.<br />

Ela se refere às cambotas,<br />

estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira que segura o<br />

forro. Na época foi trocado todo o<br />

ma<strong>de</strong>iramento que estava com<br />

cupim e colocado veneno, mas não<br />

foram mexidas as cambotas e nem<br />

foi colocado mais veneno como<br />

recomendado. Faltou dinheiro.<br />

“Isso está minando a estrutura e<br />

causando os estragos”, disse.<br />

Mobilização da comunida<strong>de</strong><br />

Andréa fez o projeto <strong>de</strong> recu-<br />

Umida<strong>de</strong> e infiltrações estão <strong>de</strong>struindo as par<strong>ed</strong>es e a ação <strong>de</strong> cupins estão<br />

provocando rachadruas e qu<strong>ed</strong>a do forro (<strong>de</strong>talhe)<br />

peração das fachadas e das par<strong>ed</strong>es<br />

internas. Mas, antes <strong>de</strong> começar<br />

qualquer trabalho, precisará<br />

verificar a cobertura, o ma<strong>de</strong>iramento,<br />

o forro e o piso, para ter<br />

uma posição <strong>de</strong> quanto custará a<br />

obra. “Isso vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma<br />

avaliação <strong>de</strong> toda a estrutura”, disse<br />

a arquiteta responsável. Mas<br />

adianta que não será menos que<br />

R$ 200 mil. “A Cat<strong>ed</strong>ral não tem<br />

como arcar com essa <strong>de</strong>spesa”,<br />

disse o pároco.<br />

O primeiro passo já foi dado.<br />

Um recital promovido pela Comissão<br />

<strong>de</strong> Eventos, reuniu cerca <strong>de</strong><br />

800 pessoas no Clube 12 <strong>de</strong> Agosto,<br />

em <strong>Florianópolis</strong>. Durante a<br />

noite, assistiram às apresentações<br />

do Coral Santa Cecília da<br />

Cat<strong>ed</strong>ral, do Grupo <strong>de</strong> Poetas Livres<br />

e do grupo <strong>de</strong> dança Naia<strong>de</strong>s.<br />

A comissão foi criada há quatro<br />

meses e serve para dar dimensão<br />

comunitária à Cat<strong>ed</strong>ral, realizar<br />

promoções e angariar fundos.<br />

Esta primeira ativida<strong>de</strong> levantou oito<br />

mil reais. “É uma gota no oceano,<br />

em vista do custo da restauração.<br />

Mas serviu para mobilizar a comu-<br />

U C<br />

A<br />

F<br />

M OLÉGIO<br />

100 NOS<br />

NA RENTE<br />

nida<strong>de</strong> e alertar a população para<br />

o problema”, disse Pe. Chico.<br />

Segundo ele, a Cat<strong>ed</strong>ral foi<br />

construída para ser um templo religioso.<br />

Assim, <strong>de</strong>ve receber os<br />

cuidados da Igreja. Mas também<br />

se tornou um monumento arquitetônico,<br />

um dos mais visitados da<br />

capital. Como tal, <strong>de</strong>ve receber os<br />

cuidados dos órgãos públicos.<br />

Interdição: Apesar das condições<br />

precárias da construção,<br />

a arquiteta Andréa acr<strong>ed</strong>ita que<br />

não seja preciso interditar a Cat<strong>ed</strong>ral,<br />

se forem tomadas as m<strong>ed</strong>idas<br />

necessárias com urgência.<br />

“Não se sabe como está a estrutura,<br />

mas se forem resolvidas as<br />

infiltrações e feita a troca do ma<strong>de</strong>iramento<br />

afetado, isso <strong>de</strong>ve resolver<br />

o problema emergencialmente”,<br />

disse. Não <strong>de</strong>scarta, porém,<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interdição<br />

preventiva das áreas afetadas,<br />

para não haver risco aos fiéis.<br />

Seria a primeira vez em seus 251<br />

anos <strong>de</strong> história que a Cat<strong>ed</strong>ral<br />

não abriria as portas por falta <strong>de</strong><br />

segurança.<br />

Curso <strong>de</strong> Formação em fé e compromisso Social<br />

A paróquia <strong>de</strong> Aririú estará recebendo,<br />

no dia 12 <strong>de</strong> junho, das 8h às<br />

16h, li<strong>de</strong>ranças comunitárias da<br />

<strong>Arquidiocese</strong>, para participar da terceira<br />

etapa do Curso <strong>de</strong> Formação em Fé<br />

Cristã e Compromisso Social. O curso<br />

preten<strong>de</strong> aprofundar o conhecimento das<br />

li<strong>de</strong>ranças leigas e proporcionar forma-<br />

ção para <strong>de</strong>senvolver novas li<strong>de</strong>ranças<br />

nas comunida<strong>de</strong>s. Os interessados<br />

po<strong>de</strong>m inscrever-se na secretaria <strong>de</strong> sua<br />

paróquia, ou diretamente na paróquia<br />

<strong>de</strong> Aririú, no dia do curso. Mais informações<br />

pelo fone (48) 346-4667. Os participantes<br />

pagam apenas uma taxa <strong>de</strong><br />

R$ 5,00 para a alimentação.<br />

JÓIAS - RELÓGIOS - ÓCULOS<br />

Junho 2004 -5<br />

= Óculos <strong>de</strong> Grau =<br />

Temos o melhor preço<br />

= Óculos esportivos =<br />

Lindas jóias e relógios<br />

TUDO EM 5 X SEM JUROS<br />

<strong>Florianópolis</strong> -<br />

Santa Catarina<br />

NOSSA MISSÃO: “Educação: Serviço à vida”,<br />

fundamentado no carisma <strong>de</strong> Santa Madre Paulina<br />

Fone<br />

(48) 222-8680<br />

EDUCANDÁRIO “IMACULADA CONCEIÇÃO”<br />

Ensino Infantil e Ensino Fundamental<br />

Ensino médio aprovado para 2005<br />

Fotos JA<br />

Regional Sul IV cria escola para<br />

Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Pastoral<br />

O Regional Sul IV da CNBB<br />

está abrindo inscrições para os<br />

interessados em participar da<br />

“Escola <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong><br />

Pastoral”. Destinado a qualificar<br />

agentes <strong>de</strong> pastoral, o curso<br />

acontecerá no Instituto Teológico<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina (ITESC),<br />

em <strong>Florianópolis</strong>.<br />

Dividido em três etapas, a<br />

primeira etapa inicia <strong>de</strong> sete a<br />

11 <strong>de</strong> julho; as outras serão em<br />

A Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rancho<br />

Queimado está programando<br />

uma gran<strong>de</strong> celebração para<br />

a or<strong>de</strong>nação do primeiro padre<br />

natural da cida<strong>de</strong>. A or<strong>de</strong>nação<br />

do diácono Leandro<br />

Schwin<strong>de</strong>n acontecerá no<br />

Movimento Focolares prepara<br />

nova <strong>ed</strong>ição da Mariápolis<br />

Com o tema “Comunhão,<br />

fonte <strong>de</strong> uma<br />

nova cultura”, o Movimento<br />

Focolares está<br />

preparando mais uma<br />

<strong>ed</strong>ição da Mariápolis.<br />

O evento, que todos os<br />

anos acontece em<br />

uma diocese diferente,<br />

este ano será nos dias<br />

11 a 13 <strong>de</strong> junho e terá<br />

como s<strong>ed</strong>e o Colégio Bom Jesus,<br />

em Blumenau.<br />

A Mariápolis é um encontro<br />

anual do Movimento Focolares,<br />

do qual participam jovens, adultos,<br />

e famílias. São pessoas <strong>de</strong><br />

diferentes vocações, profissões,<br />

condições sociais, <strong>de</strong> diversas<br />

culturas, religiões, e cristãos <strong>de</strong><br />

todas as <strong>de</strong>nominações.<br />

A proposta do Movimento,<br />

com o Encontro, é “revitalizar o<br />

amor como base do relacionamento<br />

humano, como estilo <strong>de</strong><br />

vida e como fundamento <strong>de</strong> uma<br />

cultura da ética, da paz, da vida<br />

e da unida<strong>de</strong>”, diz o fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong> divulgação.<br />

O tema <strong>de</strong>ste ano, “Comunhão,<br />

fonte <strong>de</strong> uma nova cultu-<br />

Educação Infantil 222-6163<br />

e-mail: imaculada@imaculadanet.com.br<br />

home page: www.imaculadanet.com.br<br />

fevereiro e julho <strong>de</strong> 2005; o curso<br />

conta com 60 vagas. “Se a<br />

procura for boa, po<strong>de</strong>remos fazer<br />

o curso novamente após a<br />

sua conclusão”, disse Pe. Domingos<br />

Dorigon, Subsecretário<br />

da regional da CNBB e coor<strong>de</strong>nador<br />

da Escola. Há poucas<br />

vagas ainda disponíveis.<br />

Mais informações através do<br />

fone (48) 234-7033 ou cnbbs4@<br />

brturbo.com.br.<br />

Rancho Queimado or<strong>de</strong>na seu primeiro padre<br />

dia 12 <strong>de</strong> junho, às 17 horas,<br />

no Centro Esportivo Otília<br />

Bunn, com celebração presidida<br />

por nosso arcebispo Dom<br />

Murilo. Toda a <strong>Arquidiocese</strong> é<br />

convidada a participar <strong>de</strong>ssa<br />

celebração.<br />

ra”, está em consonância<br />

com o que o Papa<br />

tem p<strong>ed</strong>ido a toda a<br />

Igreja. “Durante os três<br />

dias do congresso, procuramos<br />

aprofundar o<br />

seu significado, abordando<br />

alguns pontos<br />

da espiritualida<strong>de</strong> do<br />

Movimento dos Focolares,<br />

e apresentando,<br />

também, testemunhos <strong>de</strong> vida<br />

pessoal e comunitária”, disse Ana<br />

Paula Pinheiro da Silva, uma das<br />

organizadoras da Mariápolis. Entre<br />

os temas abordados estará,<br />

“Deus, eu e o irmão”; “Ecologia”;<br />

e “A Socialida<strong>de</strong> do trabalho”.<br />

Em 2003, a Mariápolis aconteceu<br />

na Universida<strong>de</strong> do Planalto<br />

Catarinense (Uniplac) em<br />

Lages. Mais <strong>de</strong> 200 pessoas estiveram<br />

reunidas para refletir sobre<br />

o tema “Muitos diferentes...<br />

uma só família”.<br />

Os interessados em participar,<br />

po<strong>de</strong>m fazer as suas inscrições<br />

através dos fones (48) 244-<br />

4190 ou 244-0970, ou pelos email:<br />

focmfln@brturbo.com ou<br />

focfemfpolis@brturbo.com.<br />

Fone: 222-3025 / fax 322-1037<br />

Rua: São Francisco, 148 Centro - 88015-140<br />

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA


6-<br />

Junho 2004<br />

Conhecendo as cartas <strong>de</strong> São Paulo (6)<br />

Aos Coríntios (1Cor 6-10): Os Cristãos no Mundo<br />

Depois <strong>de</strong> ter abordado o problema das<br />

divisões e partidos na comunida<strong>de</strong> (capítulos<br />

1-4), bem como o caso mais gritante<br />

do incestuoso (capítulo 5 o ), Paulo se<br />

volta agora para a presença dos cristãos<br />

no mundo, e para uma série <strong>de</strong> questões<br />

que daí <strong>de</strong>correm. Começa com o fato <strong>de</strong><br />

que alguns estavam recorrendo, nos seus<br />

<strong>de</strong>sentendimentos, a tribunais civis pagãos,<br />

em vez <strong>de</strong> recorrerem aos “santos”,<br />

isto é, aos membros da própria Igreja (6,1).<br />

E argumenta: Então vocês não sabem que<br />

os cristãos é que julgarão o mundo? (6,2)<br />

Isto, evi<strong>de</strong>ntemente, na m<strong>ed</strong>ida em que<br />

forem realmente justos, santos, porque<br />

então a sua própria justiça vai ser o julgamento<br />

<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação dos injustos. Agora,<br />

porém, recorrendo à soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> injusta<br />

para resolver os seus problemas, alguns<br />

cristãos <strong>de</strong> Corinto estavam reforçando o<br />

ciclo da injustiça, em vez <strong>de</strong> quebrá-lo <strong>de</strong><br />

vez. No entanto, como Paulo relembra – e<br />

são elencados <strong>de</strong>z tipos <strong>de</strong>sses “injustos”<br />

– os injustos não terão parte no reino <strong>de</strong><br />

Deus (6,9-10).<br />

Liberda<strong>de</strong> e libertinagem<br />

Comentando o princípio do qual alguns<br />

abusavam, <strong>de</strong> que “tudo é permitido”, Paulo<br />

faz duas restrições: mas nem tudo me<br />

convém, e não me <strong>de</strong>ixarei dominar por<br />

coisa alguma (6,12). Assim, aos que <strong>de</strong>fendiam<br />

a idéia <strong>de</strong> ampla permissivida<strong>de</strong><br />

sexual, normal entre os pagãos <strong>de</strong> Corinto,<br />

Paulo afirma que o corpo não é para a prostituição<br />

mas para o Senhor. E que os nossos<br />

corpos, membros do Cristo, não <strong>de</strong>veriam<br />

tornar-se membros <strong>de</strong> uma prostituta<br />

(6,15). Isso também porque, se um membro<br />

da comunida<strong>de</strong> se prostitui, ele está<br />

comprometendo a aliança com Deus, cujo<br />

sinal é a união matrimonial estável. Por<br />

esse motivo é preciso fugir da imoralida<strong>de</strong><br />

(6,18), e respeitar o corpo, um do outro,<br />

porque nosso corpo é templo do Espírito<br />

Santo que mora em nós, e não nos pertencemos<br />

a nós mesmos (6,19). A seguir, aludindo<br />

aos escravos comprados nos mercados<br />

da cida<strong>de</strong> portuária, Paulo conclui:<br />

Fostes comprados, por preço muito alto.<br />

Glorificai a Deus no vosso corpo (6,20).<br />

Casamento e celibato<br />

No capítulo 7 o , Paulo aborda várias<br />

questões do dia-a-dia, para as quais ele<br />

próprio confessa não ter a melhor solução.<br />

Às vezes afirma que é o Senhor<br />

quem or<strong>de</strong>na, e então não há discussão.<br />

Noutros casos, reconhece não ter “um<br />

preceito do Senhor”, e limita-se a aconselhar.<br />

Em Corinto, naquele tempo, como<br />

hoje, em nossas comunida<strong>de</strong>s, não há<br />

respostas prontas para tudo. É preciso<br />

adaptar-se às circunstâncias que vão<br />

surgindo, embora mantendo-se a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

no essencial. Assim, quanto ao<br />

casamento, Paulo dá sugestões práticas<br />

e realistas (7,1-7). E aconselha solteiros<br />

e viúvos a permanecer como ele, isto é,<br />

celibatários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que consigam dominar-se<br />

(7,8-9). Reconhece, porém, que<br />

cada um recebe <strong>de</strong> Deus um dom particular,<br />

uns, para o celibato, e outros, para<br />

o casamento. Este, porém, segundo o<br />

preceito do Senhor, <strong>de</strong>ve ser preservado<br />

indissolúvel: nem a mulher se separe do<br />

marido, nem o marido repudie a mulher<br />

(7,10-11). No caso, porém, <strong>de</strong> casados,<br />

dos quais um converteu-se à fé e o outro<br />

BÍBLIA<br />

não, Paulo admite a separação, quando<br />

não seja mais possível a convivência em<br />

paz (7,15).<br />

O tempo encurtou-se<br />

Continuando suas consi<strong>de</strong>rações, o<br />

Apóstolo refere-se à brevida<strong>de</strong> do tempo<br />

(7,29). Seria uma alusão à proximida<strong>de</strong><br />

da segunda vinda do Senhor? ou ao fato<br />

<strong>de</strong> que a vida passa rápido, e o tempo, a<br />

oportunida<strong>de</strong> que Deus nos dá, logo se<br />

esvai? Em todo caso, essa constatação<br />

<strong>de</strong> fundo nos leva a relativizar as coisas e<br />

a não dar importância <strong>de</strong>masiada às circunstâncias,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se viva na ob<strong>ed</strong>iência<br />

aos mandamentos <strong>de</strong> Deus (7,19).<br />

Assim, Paulo relativiza o fato <strong>de</strong> alguém<br />

ser circuncidado ou não (7,19), ser escravo<br />

ou livre (7,21), casar-se ou não casarse<br />

(7,25-28). E expressa, mais uma vez,<br />

a sua preferência pelo estado celibatário,<br />

não porque o casamento seja menos perfeito,<br />

mas porque a virginda<strong>de</strong> consagrada<br />

está mais disponível para as coisas do<br />

Senhor. Da mesma forma, a viúva: ela está<br />

livre para casar-se com quem quiser, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que seja no Senhor. Mas será mais<br />

feliz, diz Paulo, continuando viúva (7,40).<br />

O que ele <strong>de</strong>seja é levar-nos ao que é<br />

melhor e à d<strong>ed</strong>icação integral ao Senhor,<br />

sem outras preocupações (7,35).<br />

Conhecimento e consciência<br />

No capítulo 8 o , Paulo aborda um problema<br />

que reaparece nos Atos dos Apóstolos<br />

(At 15,29 e 21,25) e nas cartas às<br />

igrejas do Apocalipse (Ap 2,14 e 20): evitar<br />

<strong>de</strong> comer, ou não, da carne sacrificada aos<br />

ídolos. Por quê? Na mentalida<strong>de</strong> judaica,<br />

esse alimento era “impuro” e implicava certa<br />

“comunhão” com os ídolos aos quais<br />

havia sido oferecido. Alguns na comunida<strong>de</strong>,<br />

porém, argumentando que os ídolos não<br />

eram nada, comiam livremente <strong>de</strong>ssa carne,<br />

e escandalizavam os outros. Paulo,<br />

então, embora concordando que o argumento<br />

<strong>de</strong>les era válido e que o “conhecimento”<br />

que tinham era verda<strong>de</strong>iro, alerta<br />

contra o escândalo que estavam provocando,<br />

e contra o <strong>de</strong>srespeito à “consciência<br />

fraca” dos menos instruídos. Por isso afirma,<br />

enfaticamente: O conhecimento incha;<br />

o amor constrói (8,1). E conclui: Enquanto<br />

um alimento, por exemplo, a carne<br />

sacrificada aos ídolos, for ocasião <strong>de</strong> escândalo<br />

para alguém, não comerei <strong>de</strong>la,<br />

para não escandalizar um irmão (8,13). Isto<br />

não significa, evi<strong>de</strong>ntemente, que se <strong>de</strong>va<br />

<strong>de</strong>ixar o irmão na ignorância. Esclarecer,<br />

instruir, evangelizar é preciso, para que ele<br />

possa alcançar a verda<strong>de</strong>ira “liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

consciência”, à qual Cristo chamou todos,<br />

não só alguns.<br />

A renúncia <strong>de</strong> Paulo<br />

A seguir, comentando essa liberda<strong>de</strong><br />

e os direitos que ela nos dá, aos quais,<br />

porém, às vezes <strong>de</strong>vemos renunciar, Paulo<br />

fala <strong>de</strong> si mesmo, e da sua própria renúncia<br />

aos direitos que a pregação do<br />

Evangelho lhe conferia. Por exemplo, apesar<br />

<strong>de</strong> o Senhor ter estabelecido que vivam<br />

do Evangelho os que pregam o Evangelho<br />

(9,14), Paulo, como também<br />

Barnabé (9,6), sustentava-se com o trabalho<br />

<strong>de</strong> suas próprias mãos, renunciando<br />

a uma série <strong>de</strong> direitos. Ele, porém,<br />

não reclama, pois a sua recompensa está<br />

no próprio fato <strong>de</strong> anunciar gratuitamente<br />

o Evangelho (9,18), ob<strong>ed</strong>ecendo a um<br />

impulso irresistível: Ai <strong>de</strong> mim, se eu não<br />

anunciar o Evangelho! (9,16) Assim, livre<br />

em relação a todos, Paulo tornou-se o<br />

servo <strong>de</strong> todos, a fim <strong>de</strong> ganhar o maior<br />

número possível para o Cristo (9,19). E<br />

conclui com o exemplo dos atletas no<br />

estádio: como eles se impõem uma dura<br />

disciplina, para conseguirem um prêmio<br />

perecível, tanto mais razão temos nós<br />

para renunciar e disciplinar o nosso corpo,<br />

a fim alcançarmos, nós, sim, uma<br />

coroa incorruptível (9,24-27).<br />

Israel no <strong>de</strong>serto<br />

No capítulo 10 o , Paulo argumenta com<br />

o exemplo dos hebreus no Êxodo. Eram<br />

o povo escolhido, a nação santa que Deus<br />

havia libertado do Egito. Haviam atravessado<br />

o mar Vermelho, haviam comido do<br />

maná celeste e bebido da água do roch<strong>ed</strong>o...<br />

E no entanto <strong>de</strong>sagradaram a Deus,<br />

pois murmuraram, foram infiéis, quiseram<br />

até voltar atrás para a situação <strong>de</strong> escravidão,<br />

e por isso pereceram (10,1-10). Ora,<br />

todas essas coisas aconteceram e foram<br />

escritas, diz Paulo, para servir <strong>de</strong> advertência<br />

para nós (10,11). Também fomos<br />

libertados, batizados, alimentados pelo<br />

Senhor, para construirmos o seu Reino<br />

entre nós... E no entanto, po<strong>de</strong>mos sentir<br />

a tentação <strong>de</strong> voltar “ao Egito” <strong>de</strong> uma soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

injusta e idolátrica. Portanto,<br />

quem julga estar <strong>de</strong> pé, tome cuidado para<br />

não cair (10,12). Isto, porém, sem per<strong>de</strong>r<br />

a certeza <strong>de</strong> que Deus é fiel, e não permitirá<br />

que sejamos tentados acima <strong>de</strong> nossas<br />

forças (10,13).<br />

Um só pão, um só corpo<br />

Depois <strong>de</strong> ter evocado a tentação na<br />

qual sucumbiram os hebreus no <strong>de</strong>serto,<br />

Paulo adverte contra o forte atrativo que a<br />

idolatria continua tendo para os seus con-<br />

1) De que maneira os cristãos é que julgarão<br />

o mundo? 2) Até on<strong>de</strong> vai a nossa liberda<strong>de</strong>?<br />

Em que sentido “tudo é permitido”?<br />

3) Que aconselha o Apóstolo sobre o<br />

Para refletir:<br />

Foto JA<br />

vertidos em Corinto. Por isso, a sua exortação<br />

insistente: Meus amados, fujam da<br />

idolatria (10,14), isto é, não apenas do culto<br />

aos <strong>de</strong>uses <strong>de</strong> mármore e ma<strong>de</strong>ira, mas<br />

dos ídolos mais sutis e mais po<strong>de</strong>rosos do<br />

prazer, do ter e do po<strong>de</strong>r, naquela cida<strong>de</strong><br />

cosmopolita. A seguir, reprovando a audácia<br />

dos que, pelo fato <strong>de</strong> os ídolos “não<br />

serem nada”, achavam que podiam não só<br />

comer da carne a eles sacrificada (cf 8,1-<br />

13) mas também participar das cerimônias<br />

sacrificais pagãs, Paulo adverte: Vocês<br />

não po<strong>de</strong>m beber do cálice do Senhor e<br />

do cálice dos <strong>de</strong>mônios; não po<strong>de</strong>m participar<br />

da mesa do Senhor e da mesa dos<br />

<strong>de</strong>mônios (10,21). E então argumenta a<br />

partir da Eucaristia: O cálice sobre o qual<br />

pronunciamos a bênção não é comunhão<br />

com o sangue <strong>de</strong> Cristo? E o pão que partilhamos,<br />

não é comunhão com o corpo do<br />

Senhor? (10,16) Pelo fato <strong>de</strong> que há um só<br />

pão, nós, embora sendo muitos, somos um<br />

só corpo, pois todos participamos <strong>de</strong>sse<br />

único pão (10,17). “Um só corpo”, <strong>de</strong> duas<br />

maneiras: não só pela comunhão que nos<br />

une entre nós, mas pela comunhão com<br />

Cristo, que é a cabeça <strong>de</strong>sse corpo.<br />

Tudo para a glória <strong>de</strong> Deus<br />

Retomando uma última vez o problema<br />

<strong>de</strong> comer ou não da carne sacrificada aos<br />

ídolos, Paulo reafirma o princípio já exposto<br />

no capítulo 8 o : não há mal nenhum em servir-se<br />

<strong>de</strong>sse alimento, disponível no mercado,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se respeite a consciência do<br />

irmão. Por isso, na presença <strong>de</strong> alguém se<br />

escandalizaria com isso, não se <strong>de</strong>veria servir<br />

<strong>de</strong>ssa carne (10,28-29). De resto, cuidando<br />

para não escandalizar ninguém, mas<br />

<strong>ed</strong>ificando a todos, o que importa é fazer<br />

tudo – quer comendo, quer bebendo – fazer<br />

tudo para a glória <strong>de</strong> Deus (10,31).<br />

Pe. Ney Brasil Pereira<br />

Professor <strong>de</strong> Exegese Bíblica no ITESC<br />

casamento? e sobre o celibato? 4) Explique<br />

como “o conhecimento incha”, enquanto “o<br />

amor constrói”. 5) Também nós estamos sujeitos<br />

a “cair”? <strong>de</strong> que maneira?<br />

Faça como Jáiro Gazola, <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>: escreva para o Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

responda as questões <strong>de</strong>sta página e participe do sorteio <strong>de</strong> uma Bíblia doada por<br />

CRUZ ARTE SACRA - Livros e Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592).<br />

Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>: rua Esteves Júnior, 447 - Centro - <strong>Florianópolis</strong>-SC,<br />

88015-530, ou pelo e-mail: jornal@arquifloripa.org.br


Movimento <strong>de</strong> Irmãos prepara<br />

Concentração Arquidiocesana<br />

No próximo dia 20 <strong>de</strong> junho, será realizada<br />

a gran<strong>de</strong> Concentração Arquidiocesana<br />

do Movimento <strong>de</strong> Irmãos (MI),<br />

nos Pavilhões da Marejada, em Itajaí. Com<br />

o lema “Estar em comunhão...”, o encontro<br />

preten<strong>de</strong> reunir os casais participantes<br />

do Movimento para buscar maior<br />

integração e unida<strong>de</strong> na vivência e ativida<strong>de</strong>s<br />

dos seus participantes.<br />

As portas do centro <strong>de</strong> eventos se<br />

abrem às 7h30min para receber os mais<br />

<strong>de</strong> mil participantes <strong>de</strong> toda a <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

esperados para o encontro que se inicia<br />

às 8h30min. A coor<strong>de</strong>nação aguarda os<br />

casais participantes do movimento, provenientes<br />

das 39 paróquias em que ele<br />

está presente na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

Para o coor<strong>de</strong>nador arquidiocesano do<br />

MI, Ozildo José Prazeres, “será um en-<br />

DESPACHANTE<br />

SONAGLIO<br />

• Emplacamento • Tranferências<br />

• Seguros • Carteiras <strong>de</strong> Motorista<br />

• Registro <strong>de</strong> Barcos na Marinha<br />

Em frente ao DETRAN<br />

FONE: (048) 244-7500<br />

Rua Líbia Cruz, 262 - Estreito<br />

Cx. Postal 12130 - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />

contro <strong>de</strong> muita alegria e enriquecimento<br />

no plano espiritual, na troca <strong>de</strong> experiências,<br />

no revivificar e fortalecer o carisma,<br />

e no maior empenho pelas ações<br />

evangelizadoras do Movimento, a começar<br />

pela própria família”.<br />

Durante o encontro haverá momentos<br />

<strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, e palestras sobre temas<br />

diversos. O arcebispo Dom Murilo<br />

será um dos palestrantes. O encerramento<br />

será com a Caminhada da Fé, em que<br />

os participantes seguem até a Igreja Matriz<br />

do Santíssimo Sacramento, on<strong>de</strong> será<br />

celebrada missa solene por Dom Murilo.<br />

Os interessados po<strong>de</strong>rão receber<br />

mais informações junto às Coor<strong>de</strong>nações<br />

Paroquiais, que estão organizando<br />

caravanas em ônibus <strong>de</strong> turismo.<br />

I Gincana Interpastoral<br />

A Paróquia São Vicente <strong>de</strong> Paulo, em<br />

Itajaí, estará promovendo no dia 11 <strong>de</strong> julho,<br />

a partir das 9h, a “Gincana<br />

Interpastoral”. O evento, em sua primeira<br />

<strong>ed</strong>ição, tem como objetivo fortalecer a<br />

união entre os leigos das diversas pasto-<br />

rais e movimentos existentes na paróquia,<br />

bem como proporcionar um momento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scontração, confraternização, lazer,<br />

cultura. Os interessados <strong>de</strong>vem procurar<br />

a secretaria da paróquia para obter informações<br />

<strong>de</strong> como participar.<br />

<strong>Arquidiocese</strong> tem mais um padre em terras <strong>de</strong> missão<br />

Des<strong>de</strong> o dia 11 <strong>de</strong> abril, Pe. José<br />

Rufino Filho está trabalhando na Paróquia<br />

São João Batista, em Barrocas, na Bahia.<br />

Ele seguiu para a sua nova missão aten<strong>de</strong>ndo<br />

a um p<strong>ed</strong>ido feito por Dom Itamar<br />

Vian, Arcebispo <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, solicitando<br />

um padre para ajudar nos trabalhos<br />

pastorais na diocese. “Soube do<br />

p<strong>ed</strong>ido e manifestei a Dom Murilo, nosso<br />

Arcebispo, a minha disposição em atuar<br />

em uma terra <strong>de</strong> missão”, disse Pe.<br />

Rufino, que está contente com a sua primeira<br />

experiência missionária.<br />

Pe. Rufino estava na <strong>Arquidiocese</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, quando veio através dos freis<br />

franciscanos capuchinhos. Em 97 foi<br />

incardinado e passou a fazer parte do<br />

Clero arquidiocesano. Trabalhou <strong>de</strong> 90 a<br />

93 na Trinda<strong>de</strong>. Em seguida, <strong>de</strong> 93 a 97,<br />

foi pároco da Coloninha, <strong>de</strong>pois, entre 97<br />

e 2002, foi pároco do Ribeirão da Ilha (as<br />

duas em <strong>Florianópolis</strong>). Des<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

2003, assumira a paróquia do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus, em Paulo Lopes.<br />

Segundo Pe. Rufino, que já visitou to-<br />

das as 22 comunida<strong>de</strong>s, 19 rurais e três<br />

urbanas, e foi muito bem recebido, a paróquia<br />

difere pouco da realida<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s<br />

em que trabalhou aqui na<br />

<strong>Arquidiocese</strong>. “É uma comunida<strong>de</strong> essencialmente<br />

rural, com doze mil habitantes<br />

e gran<strong>de</strong>s distâncias para percorrer. A realida<strong>de</strong><br />

social é muito parecida”, disse.<br />

Quatro padres em missão<br />

Além <strong>de</strong> Pe. Rufino, outros três padres<br />

estão em terras <strong>de</strong> missão. Pe. José Jacob<br />

Archer, é pároco <strong>de</strong> Pintadas, na diocese<br />

<strong>de</strong> Rui Barbosa e Pe. Josemar Silva atua<br />

na Paróquia <strong>de</strong> Oliveira dos Brejinhos, na<br />

diocese <strong>de</strong> Barra. As duas dioceses, também<br />

da Bahia, fazem parte do projeto<br />

Dioceses Irmãs, que já dura 20 anos, no<br />

qual a <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> se<br />

comprometeu em auxiliá-las nos serviços<br />

religiosos, disponibilizando um padre a<br />

cada uma. Há também o Pe. Gercino Atílio<br />

Piazza, que este ano iniciou ativida<strong>de</strong> pastoral<br />

na Paróquia <strong>de</strong> Bodoquena, diocese<br />

<strong>de</strong> Jardim, no Mato Grosso.<br />

Sonagli<br />

Corretora <strong>de</strong> Seguros<br />

José Luiz Sonagli<br />

SUSEP 10016326-1<br />

Fone: (48) 244-16<strong>91</strong><br />

Rua Santos Saraiva, 629 - sala 06<br />

Estreito - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />

Confie neste Profissional<br />

Uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> que todos<br />

temos para “ver Jesus” neste mês <strong>de</strong><br />

junho é a nossa resposta à celebração<br />

<strong>de</strong> Corpus Christi. Participando, <strong>de</strong><br />

uma maneira toda especial, estaremos<br />

em sintonia com o Projeto Nacional <strong>de</strong><br />

Evangelização “Queremos Ver Jesus”,<br />

que é o Caminho a Verda<strong>de</strong> e a Vida.<br />

Como discípulos, nós hoje, somos<br />

convidados a “ver o Corpo <strong>de</strong> JESUS”.<br />

E este é o convite da celebração <strong>de</strong><br />

Corpus Cristi. De modo especial, nós<br />

vemos o Corpo <strong>de</strong> Jesus na Eucaristia.<br />

É ali no Corpo Eucarístico que <strong>de</strong>vemos<br />

vê-lo, adorá-lo, comungá-lo e segui-lo no<br />

dia a dia. Pois, ao vê-lo na presença<br />

eucarística, somos convidados a vê-lo<br />

naquilo que a própria Eucaristia nos convida<br />

a ver, isto é, o seu Corpo Místico<br />

que é a Igreja, que somos todos nós –<br />

Povo <strong>de</strong> Deus a Caminho.<br />

Vê-lo também na Palavra que se<br />

encarnou e assumiu a nossa humanida<strong>de</strong>,<br />

e que hoje nos fala profundamen-<br />

Reapren<strong>de</strong>r a cuidar-se<br />

é o convite que lhes<br />

fazemos, com carinho,<br />

através <strong>de</strong>ste<br />

Cronograma 2004:<br />

QUEREMOS VER JESUS<br />

SERVIÇO<br />

DIÁLOGO<br />

ANÚNCIO<br />

TESTEMUNHO DE COMUNHÃO<br />

Jogue Fora Seu Stress e Mergulhe na<br />

Fonte <strong>de</strong> Vida<br />

Junho 2004 -7<br />

te quando a acolhemos nos nossos<br />

corações. Vê-lo ainda, <strong>de</strong> uma maneira<br />

tão bonita, no rosto dos irmãos e irmãs<br />

que estão aí buscando mais vida.<br />

No rosto do homem e da mulher, que<br />

são sempre imagem do próprio Deus.<br />

Aceite o <strong>de</strong>safio e veja Jesus, acolha-o<br />

e siga os seus passos no dia-adia<br />

da sua vida. Seja uma testemunha<br />

viva <strong>de</strong> Jesus vivo e ressuscitado no hoje<br />

da sua vida, sendo uma pessoa que está<br />

a serviço da vida plena e da esperança.<br />

Ao celebrarmos o Corpus Cristi com<br />

esta motivação, vamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já preparar-nos<br />

para o 15 o Congresso<br />

Eucarístico Nacional, que tem como<br />

Tema “Ele está no meio <strong>de</strong> nós!”, e o<br />

Lema: “Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e!”. Este Congresso<br />

acontecerá aqui na nossa <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

Continuemos pois, “vendo Jesus”, que<br />

é o mesmo “ontem, hoje e sempre”.<br />

Seguem algumas orientações práticas<br />

para a concretização do Projeto queremos<br />

Ver Jesus.<br />

Fonte<br />

<strong>de</strong><br />

Vida<br />

Centro <strong>de</strong> Terapias Naturais<br />

Nova Trento - SC<br />

Você que precisa relaxar e<br />

revitalizar-se, venha <strong>de</strong>sfrutar<br />

<strong>de</strong> um ambiente natural<br />

com terapias que<br />

proporcionam mais vida<br />

Reserve sua vaga por: Fone/fax: (48) 267-0816 ou 267-0132


8-<br />

Junho 2004<br />

PARÓQUIAS<br />

Antônio Carlos: berço <strong>de</strong> vocações<br />

Com uma população <strong>de</strong> aproximadamente<br />

sete mil pessoas,<br />

e uma economia voltada para a<br />

agricultura, distante 30 km <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, o município <strong>de</strong> Antônio<br />

Carlos é tido como um dos<br />

mais religiosos da Gran<strong>de</strong>-<br />

<strong>Florianópolis</strong> (98,4% <strong>de</strong> católicos<br />

pelo Censo <strong>de</strong> 2000) e, até agora,<br />

o maior celeiro <strong>de</strong> vocações<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>. No centro do<br />

município está a Igreja Matriz do<br />

Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />

No passado, a região era conhecida<br />

por suas tradições<br />

como a cachaça e os moinhos<br />

que produziam a farinha <strong>de</strong> mandioca,<br />

consi<strong>de</strong>rada uma das<br />

melhores <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

Hoje a principal fonte <strong>de</strong> renda<br />

dos antonio-carlenses é voltada<br />

para os hortifrutigrangeiros, sendo<br />

o principal município fornec<strong>ed</strong>or<br />

<strong>de</strong> verduras, legumes e frutas<br />

para as feiras, supermercados<br />

e restaurantes <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />

e municípios próximos.<br />

Berço <strong>de</strong> vocações<br />

A paróquia é, na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

a que forneceu o maior<br />

número <strong>de</strong> padres diocesanos e<br />

religiosos (pelo menos 17 padres).<br />

Hoje o número <strong>de</strong> vocações<br />

está em baixa, como nas<br />

outras paróquias, mas há quatro<br />

seminaristas (três diocesanos<br />

e um religioso). Em tempos<br />

passados já chegou a ter<br />

mais <strong>de</strong> 35 candidatos ao sacerdócio<br />

no mesmo ano.<br />

“A r<strong>ed</strong>ução do número <strong>de</strong> vocações,<br />

se <strong>de</strong>ve, em parte, ao<br />

menor número <strong>de</strong> filhos e à cultura<br />

do consumo. Hoje os casais<br />

têm um ou dois filhos e isso<br />

<strong>de</strong>sestimula as vocações. O<br />

consumismo e o h<strong>ed</strong>onismo, gerado<br />

por uma certa riqueza, é outro<br />

fator, e isso vale para o mundo<br />

todo”, lembra Pe. José<br />

Artulino Besen, uma das vocações<br />

<strong>de</strong> Antônio Carlos.<br />

Dificulda<strong>de</strong> com as pastorais<br />

Embora seja um dos municípios<br />

mais católicos da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

com as missas sempre<br />

cheias <strong>de</strong> fiéis, Antônio Carlos<br />

tem poucas pastorais. Como a<br />

maioria da população vive da agricultura,<br />

ativida<strong>de</strong> que toma todo<br />

o seu tempo durante o dia, e precisa<br />

dormir c<strong>ed</strong>o e acordar mais<br />

c<strong>ed</strong>o ainda para ven<strong>de</strong>r seus produtos,<br />

a participação em pastorais<br />

fica comprometida. “O trabalho<br />

tem que ser feito <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa<br />

realida<strong>de</strong> rural”, disse Pe.<br />

Norberto Debortoli, pároco local<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>ste ano, lembrando<br />

que não há ação social<br />

porque não há pobres.<br />

Ainda assim, a pastorais que<br />

estão presentes são participativas<br />

e contam com boa estrutura.<br />

Os <strong>de</strong>staques ficam para as<br />

pastorais da catequese, juventu<strong>de</strong>,<br />

Movimento <strong>de</strong> Irmãos e os<br />

grupos <strong>de</strong> cantos.<br />

Pessoas <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

O pequeno município <strong>de</strong> Antônio<br />

Carlos colocou o seu nome<br />

no cenário mundial. Isso graças<br />

às pessoas que receberam <strong>de</strong>staque<br />

em suas áreas <strong>de</strong> ação.<br />

Entre elas, o mais famoso foi o<br />

Pe. Dr. Raulino Reitz (1<strong>91</strong>9-<br />

19<strong>91</strong>). Ele foi um dos gran<strong>de</strong>s<br />

botânicos do mundo, tendo sido<br />

diretor do Jardim Botânico do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>ed</strong>itor da “Flora<br />

Ilustrada Catarinense”, a maior<br />

e mais completa publicação <strong>de</strong><br />

espécies vegetais <strong>de</strong> uma região,<br />

no mundo. O reconhecimento<br />

ao seu trabalho lhe ren<strong>de</strong>u<br />

o Prêmio Global 500, da<br />

ONU, o mesmo que <strong>de</strong>pois foi<br />

conferido ao seringueiro Chico<br />

Men<strong>de</strong>s. No meio acadêmico<br />

Pe. Norberto Debortoli (esq.), pároco local, reunido com moradores, lembram<br />

o passado e o presente <strong>de</strong> uma das comunida<strong>de</strong>s mais católicas do Estado<br />

Foto JA<br />

internacional foi conhecido como<br />

o “Padre dos Gravatás”, por ser<br />

especialista em Bromélias.<br />

Além <strong>de</strong>le, outras figuras se<br />

<strong>de</strong>stacaram, por exemplo na literatura.<br />

A partir do seminário e<br />

da formação nele adquirida, quatro<br />

antoniocarlenses foram escolhidos<br />

para ocupar uma ca<strong>de</strong>ira<br />

na Aca<strong>de</strong>mia Catarinense <strong>de</strong> Letras:<br />

Evaldo Pauli, Pe. Raulino<br />

Reitz, Pe. José Artulino Besen<br />

e Lauro Junckes (ex-seminarista).<br />

O Prof. Evaldo Pauli é o<br />

maior especialista brasileiro em<br />

Esperanto (tentativa <strong>de</strong> língua<br />

universal). E Pe. José Artulino<br />

Besen é um dos escritores<br />

catarinenses com maior número<br />

<strong>de</strong> livros <strong>de</strong> sua autoria vendidos<br />

em território nacional.<br />

Pré-Seminário<br />

Até 1971, os estudantes interessados<br />

em ingressar no Seminário<br />

Menor, <strong>de</strong>veriam passar<br />

um ano no Pré-Seminário. É<br />

como hoje existe o Seminário<br />

Prope-dêutico, que serve como<br />

um período <strong>de</strong> reforço <strong>ed</strong>ucacional<br />

e <strong>de</strong> convivência para os estudantes<br />

que concluíram o segundo<br />

grau antes <strong>de</strong> seguir para<br />

a filosofia.<br />

O Pré-Seminário da <strong>Arquidiocese</strong><br />

funcionava em São Ludgero,<br />

no sul do Estado. Com a criação<br />

da diocese <strong>de</strong> Tubarão, em 1954,<br />

<strong>Florianópolis</strong> teve que provi<strong>de</strong>nciar<br />

um novo Pré-Seminário. Então,<br />

através <strong>de</strong> acordo com o<br />

Governador do Estado, na época<br />

Heriberto Hulse, em 1958 foi c<strong>ed</strong>ido<br />

à Igreja o prédio construído<br />

para Abrigo para Menores, localizado<br />

no município.<br />

Em nove <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

1959, com 73 alunos, Pe. Vito<br />

Schlickmann (atual bispo<br />

emérito e vigário geral) iniciou as<br />

ativida<strong>de</strong>s do Pré-Seminário Nossa<br />

Senhora <strong>de</strong> Fátima. Lá permaneceu<br />

como reitor até 1970,<br />

sendo substituído pelo Pe. Raul<br />

<strong>de</strong> Souza, que ficou até oito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1971, quando o<br />

Pré-Seminário <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> funcionar<br />

e os alunos foram transferidos<br />

para Azambuja.<br />

História<br />

Em 1830 chegaram ao Alto<br />

Biguaçu os primeiros colonos,<br />

oriundos <strong>de</strong> São P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong><br />

Alcântara. Segundo Côn. Raulino<br />

Reitz, entre os anos <strong>de</strong> 1845 e<br />

1850, o atual perímetro urbano <strong>de</strong><br />

Antônio Carlos e seus arr<strong>ed</strong>ores<br />

foram ocupados por proprietários<br />

<strong>de</strong> São Miguel (açorianos) que<br />

a<strong>de</strong>ntravam o Vale do Rio Biguaçu.<br />

Nessa situação ficou até mais<br />

ou menos 1<strong>91</strong>5, quando José<br />

Matriz foi construída em<br />

1960, com projeto arquitetônico<br />

<strong>de</strong> Simão Gramlich,<br />

autor <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> outras<br />

igreja no Estado. Para a<br />

construção da Igreja, os<br />

moradores doavam uma<br />

semana <strong>de</strong> trabalho às obras.<br />

Luís Hoffmann (Zé Luisinho), proveniente<br />

da “Inglaterra” (hoje Santa<br />

Maria), se estabeleceu nos arr<strong>ed</strong>ores<br />

da colina da futura igreja,<br />

e construiu casas, para alugálas<br />

a negociantes e artesãos.<br />

Em função dos limites geográficos<br />

do então Município <strong>de</strong><br />

São Miguel, os habitantes do<br />

“Alto Biguaçu”, (como era conhecido),<br />

estavam sob a jurisdição<br />

da Paróquia <strong>de</strong> São Miguel (hoje<br />

Biguaçu). Fisicamente era<br />

inviável a frequência à Igreja tão<br />

distante (cerca <strong>de</strong> 25 quilômetros).<br />

Por esta razão, os habitantes<br />

<strong>de</strong> Antônio Carlos frequentavam<br />

a Paróquia <strong>de</strong> São<br />

P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong> Alcântara.<br />

Aos 19 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1958, por<br />

Decreto <strong>de</strong> Dom Joaquim Domingues<br />

<strong>de</strong> Oliveira, a Capela do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus, do Distrito<br />

<strong>de</strong> Antônio Carlos, Município<br />

<strong>de</strong> Biguaçu, foi elevada à categoria<br />

<strong>de</strong> Paróquia, com território<br />

totalmente <strong>de</strong>smembra-do da<br />

Paróquia São João Evangelista,<br />

<strong>de</strong> Biguaçu. O primeiro Pároco<br />

foi Pe. Alfr<strong>ed</strong>o Junkes, nomeado<br />

por Provisão <strong>de</strong> cinco <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1959, tomando posse no<br />

Foto JA<br />

dia oito do mesmo mês. Em 27<br />

<strong>de</strong> julho daquele ano é <strong>de</strong>molida<br />

a antiga igreja e em primeiro <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 1960 inicia-se a<br />

construção da nova Matriz com<br />

planta do alemão Simão<br />

Gramlich, sendo construtores<br />

Antônio Leonardo Baum-garten<br />

(conhecido como Antônio<br />

Freiberger) e Antônio Pauli, dois<br />

nativos simples e <strong>de</strong> nenhuma<br />

instrução, mas sábios e que <strong>de</strong>ram<br />

conta da obra.<br />

Pela Lei Estadual nº 928, <strong>de</strong><br />

seis <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1963, o Distrito<br />

<strong>de</strong> Antônio Carlos foi elevado<br />

à categoria <strong>de</strong> Município,<br />

<strong>de</strong>smem-brado do Município <strong>de</strong><br />

Biguaçu. Como parte dos festejos<br />

comemorativos dos 75 anos<br />

<strong>de</strong> criação do primeiro Bispado<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina, a 19 <strong>de</strong> março<br />

<strong>de</strong> 1983, na presença <strong>de</strong> 34<br />

Sacerdotes concelebrantes e<br />

gran<strong>de</strong> massa <strong>de</strong> paroquianos,<br />

Dom Afonso Niehues consagrou<br />

a Igreja Matriz.


Comissão <strong>de</strong>fine novos passos do CEN-2006<br />

No dia 18 <strong>de</strong> maio, a comissão <strong>de</strong><br />

preparação do 15º Congresso Eucarístico<br />

Nacional (CEN), que acontecerá <strong>de</strong> 18 a<br />

21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />

tendo como tema “Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e” e lema<br />

“Ele está no meio <strong>de</strong> nós”, reuniu-se para<br />

<strong>de</strong>finir os novos passos em preparação<br />

ao “maior evento nacional da eucaristia”.<br />

Durante o encontro, que contou com a<br />

presença <strong>de</strong> seus nove membros, foi <strong>de</strong>finida<br />

a pauta para a segunda <strong>ed</strong>ição do informativo<br />

“Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e”, que <strong>de</strong>verá circular<br />

em setembro, com 20 mil exemplares.<br />

“A procura pela primeira <strong>ed</strong>ição com <strong>de</strong>z<br />

mil exemplares foi tão gran<strong>de</strong> que tivemos<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> maio, a sala 27, do<br />

Centro Arquidiocesano <strong>de</strong> Pastoral (CAP),<br />

no Largo São Sebastião, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />

está abrigando a secretaria do<br />

Congresso Eucarístico Nacional. No local<br />

está concentrado o e-mail, o Informativo<br />

e todo o material <strong>de</strong> divulgação, o arquivo<br />

com os documentos, as correspondências,<br />

atendimento às dioceses e on<strong>de</strong><br />

acontecerão as reuniões das diversas comissões.<br />

“Aqui é o ponto <strong>de</strong> referência<br />

<strong>de</strong> todos os trabalhos do Congresso”, disse<br />

Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino Vicente, secretário<br />

geral do CEN-2006.<br />

Os interessados em obter informações,<br />

<strong>de</strong>vem contatar com Maria Berna<strong>de</strong>te<br />

Rocha, secretaria executiva do<br />

Congresso, através do fone (48) 322-2407,<br />

ou pelo e-mail: cen2006@cen2006.<br />

org.br. Correspondências <strong>de</strong>vem ser enviadas<br />

para Secretaria do Congresso<br />

Eucarístico Nacional, Largo São Sebas-<br />

que re<strong>ed</strong>itá-la com mais <strong>de</strong>z mil. A próxima<br />

<strong>ed</strong>ição já sairá com 20 mil, prevendose<br />

a procura”, disse Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino<br />

Vicente, secretário geral do CEN-2006.<br />

Durante a reunião, apresentou-se<br />

como estão os preparativos. Está em preparação<br />

a gravação do Hino do Congresso<br />

em CD, o qual em breve estará disponível<br />

para aquisição. Está sendo produzido<br />

um livreto com as explicações básicas<br />

do CEN em linguagem popular, que<br />

logo também estará disponível. “Esperamos<br />

que até julho estejam <strong>de</strong>finidas as<br />

ativida<strong>de</strong>s e propostas <strong>de</strong> ações das comissões”,<br />

disse Pe. Vilmar.<br />

Congresso Eucarístico ganha secretaria<br />

Pe. Vilmar e Berna<strong>de</strong>te acertam mais alguns<br />

<strong>de</strong>talhes para o CEN-2006 na nova sala<br />

tião, nº 88, sala 27, Beira-Mar,<br />

<strong>Florianópolis</strong>, SC, CEP 88.015-530.<br />

<strong>Arquidiocese</strong> tem novo Colégio <strong>de</strong> Consultores<br />

Foi nomeada no dia seis <strong>de</strong> maio, a<br />

nova equipe do Colégio <strong>de</strong> Consultores<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>. Embora ainda não haja<br />

previsão do primeiro encontro dos membros<br />

indicados, os seis padres do clero<br />

arquidiocesano, escolhidos pelo arcebispo<br />

Dom Murilo Krieger, já assumem<br />

a função a partir da data da provisão,<br />

para um mandato <strong>de</strong> cinco anos.<br />

O Colégio <strong>de</strong> Consultores é formado<br />

por um mínimo <strong>de</strong> seis presbíteros, que<br />

têm entre suas principais atribuições: eleger<br />

o administrador arquidiocesano, responsável<br />

por governar interinamente a<br />

<strong>Arquidiocese</strong>, em caso <strong>de</strong> vacância; dar<br />

parecer ao Arcebispo Metropolitano so-<br />

bre a nomeação do ecônomo e sobre os<br />

atos econômicos <strong>de</strong> maior importância<br />

para a <strong>Arquidiocese</strong>; dar consentimento<br />

ao Arcebispo Metropolitano para atos <strong>de</strong><br />

administração extraordinária, entre outros.<br />

O novo Colégio <strong>de</strong> Consultores da<br />

<strong>Arquidiocese</strong> passa a ser composto por<br />

Dom Vito Schlickmann, vigário-geral<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>, Pe. Alceoni<br />

Berkenbrock, coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Pastoral,<br />

Pe. Alci<strong>de</strong>s Alboni Amaral, pároco<br />

<strong>de</strong> Camboriú, Pe. Lauro Roque<br />

Mittelmann, pároco <strong>de</strong> Itapema, Pe.<br />

Norberto Debortoli, pároco <strong>de</strong> Antônio<br />

Carlos, e Pe. Frei Nolvi Dalla Costa,<br />

pároco <strong>de</strong> Santo Amaro.<br />

VINDE E VEDE!<br />

Centro Educacional Menino Jesus<br />

“Aju<strong>de</strong>-me a crescer, mas <strong>de</strong>ixe-me ser eu mesma”<br />

Rua Esteves Júnior, 696 - Centro - <strong>Florianópolis</strong>/SC<br />

Maria Montessori<br />

Tel/fax: 222-1899 site: www.meninojesus.com.br e-mail: meninojesus@meninojesus.com.br<br />

Junho 2004 -<br />

Fé e Trabalho.<br />

Assim construiremos um mundo melhor. .<br />

9<br />

(Jo 1,39)<br />

Preparando o CEN 2006<br />

A Liturgia – Palavra e Sacramento<br />

Por mais bela que seja a celebração<br />

eucarística, por mais simbólicos que sejam os sinais<br />

realizados na sucessão dos ritos, permanecemos<br />

numa celebração religiosa sim, mas não<br />

ainda cristã. É o gran<strong>de</strong> perigo do ritualismo, da<br />

crença mágica <strong>de</strong> que uma cerimônia comunica a<br />

graça por ser bem feita.<br />

Para iluminarmos os sinais e atingirmos o mistério<br />

há um só caminho: o da fé. A fé é o encontro<br />

<strong>de</strong> duas liberda<strong>de</strong>s: a <strong>de</strong> Deus que se revela,<br />

com a do homem que, por obra do Espírito Santo,<br />

crê na revelação <strong>de</strong> Cristo. O Pai se entrega a<br />

nós através do Filho, no Espírito: é esse o sentido<br />

da Palavra <strong>de</strong> Deus proclamada em cada Liturgia.<br />

O Sacramento se alimenta da Palavra<br />

O ícone (cartaz) do 15 o CEN representa plasticamente<br />

esse encontro: se o artista permanecesse<br />

no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> cruz, peixes, águas, ponte,<br />

pão repartido, estaríamos diante <strong>de</strong> sinais sagrados,<br />

<strong>de</strong> uma cena sacra, ainda não indicativa<br />

do mistério que quer simbolizar: o encontro entre<br />

Deus e o ser humano na Eucaristia.<br />

Por isso, fecundam a cena duas Palavras<br />

reveladoras do conteúdo e da eficácia do mistério:<br />

“Vin<strong>de</strong> e v<strong>ed</strong>e!” e “Ele está no meio <strong>de</strong> nós!”.<br />

Por obra do Espírito, o revelador-realizador dos<br />

mistérios, a Liturgia da Palavra dá eficácia à<br />

Liturgia eucarística.<br />

A Liturgia cristã, <strong>de</strong>ste modo, ultrapassa o culto<br />

do Antigo Testamento e todos os outros cultos<br />

religiosos. Seria arrogante esta afirmação? A resposta<br />

está na Encarnação do Filho, que se <strong>de</strong>spojou<br />

em dois momentos <strong>de</strong>cisivos da história: no<br />

Natal, <strong>de</strong>ixando a condição divina para assumir a<br />

condição humana <strong>de</strong> servo; na Cruz-Ressurreição,<br />

<strong>de</strong>spojando-se da própria vida para darnos<br />

a Vida. O culto cristão é a memória atual <strong>de</strong>sta<br />

verda<strong>de</strong>, novo absoluto na história humana.<br />

A salvação operada por Cristo tem um objetivo:<br />

a divinização do homem e a humanização<br />

<strong>de</strong> Deus. O corpo sofrido-glorioso <strong>de</strong> Cristo torna-se<br />

o sacramento da glória <strong>de</strong> Deus e da salvação<br />

da humanida<strong>de</strong>, segundo a afirmação <strong>de</strong><br />

Santo Irineu <strong>de</strong> Lião: “A glória <strong>de</strong> Deus é o homem<br />

vivente, e a vida do homem é a manifestação<br />

<strong>de</strong> Deus” (Adv. Haer. 4,20,7).<br />

No primeiro momento, aceitamos isso movidos<br />

por nossa liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> crer, pela liberda<strong>de</strong><br />

da fé que nos leva a receber a revelação <strong>de</strong><br />

Cristo, pelo Espírito Santo, na Palavra. No momento<br />

seguinte, o Espírito transforma em Cristo o<br />

que ofertamos e, momento último, comungamos<br />

o que foi consagrado, o Corpo glorioso do Senhor:<br />

a vida divina penetra todo o nosso ser e o<br />

nosso ser penetra a vida divina. É a comunhão<br />

sacramental.<br />

Uma só Liturgia – a celeste e a terrestre<br />

O Livro do Apocalipse nos ilumina a respeito<br />

do mistério sacramental: rasgam-se as cortinas<br />

dos céus e a assembléia terrena contempla a<br />

liturgia celeste: “Eram milhares <strong>de</strong> milhares, milhões<br />

<strong>de</strong> milhões e proclamavam em alta voz: ‘O<br />

Cor<strong>de</strong>iro imolado é digno <strong>de</strong> receber o po<strong>de</strong>r, a<br />

riqueza, a sab<strong>ed</strong>oria e a força, a honra, a glória<br />

e o louvor’. Ouvi também todas as criaturas que<br />

estão no céu, na terra, <strong>de</strong>baixo da terra e no<br />

mar, e tudo o que neles existe, e diziam: ‘Ao que<br />

está sentado no trono e ao Cor<strong>de</strong>iro, o louvor e<br />

a honra, a glória e o po<strong>de</strong>r para sempre’” (Apc<br />

5,11-30).<br />

O Espírito nos ensina que, nos Sacramentos,<br />

participamos da Liturgia celeste e ela participa da<br />

Liturgia terrestre, no diálogo fecundo entre o céu<br />

e a terra, entre o divino e o humano, entre o Pai e<br />

nós, seus filhos, divinizados por seu Filho. Caem<br />

as muralhas que nos separam <strong>de</strong> Deus e a cida<strong>de</strong><br />

terrestre pregusta a cida<strong>de</strong> celeste. Não há<br />

nenhum exagero em afirmarmos que participar<br />

da Liturgia é já viver a vida celeste.<br />

Desse modo, adquire toda a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido<br />

o mergulho da Palavra <strong>de</strong>ntro do ícone (cartaz)<br />

do Congresso: a Trinda<strong>de</strong> nos fala: “Vin<strong>de</strong> e<br />

v<strong>ed</strong>e, o homem está no meio <strong>de</strong> nós!”, e nós<br />

falamos: “Vin<strong>de</strong> e v<strong>ed</strong>e: Deus está no meio <strong>de</strong><br />

nós!”. Pela Encarnação, Deus vem morar no meio<br />

<strong>de</strong> nós; na Liturgia, nós vamos morar no seio da<br />

Trinda<strong>de</strong>. O mistério da <strong>de</strong>scida divina inclui o<br />

mistério da subida humana: “Vi a cida<strong>de</strong> santa, a<br />

nova Jerusalém, que <strong>de</strong>scia do céu... . Deus veio<br />

morar no meio <strong>de</strong>les. Eis que faço novas todas<br />

as coisas” (cf. Apc 21,1-5a).<br />

Pe. José Artulino Besen<br />

Pároco do Santíssimo Sacramento, Itajaí, e<br />

Professor no ITESC<br />

Arte JA


10-<br />

Junho 2004<br />

CNBB e Igrejas do CONIC Lançam “Mutirão por um novo Brasil”<br />

Representantes <strong>de</strong> diversas<br />

entida<strong>de</strong>s e movimentos<br />

sociais da Igreja Católica e<br />

Cristãs e da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> civil<br />

lançaram, no dia 10 <strong>de</strong> maio,<br />

no final do Seminário <strong>de</strong><br />

abertura da 4ª Semana Social<br />

Brasileira, uma Carta ao<br />

Povo Brasileiro, convocando<br />

toda a soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> para o<br />

Mutirão por um novo Brasil.<br />

“Um novo Brasil só se torna<br />

possível com a participação<br />

da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. Sem o<br />

exercício da cidadania, nenhum<br />

governo consegue enfrentar<br />

os difíceis <strong>de</strong>safios<br />

que a globalização apresenta<br />

hoje a todos os países”,<br />

diz a Carta.<br />

O Seminário Nacional <strong>de</strong><br />

Abertura da 4ª SSB, que começou<br />

no dia 6 maio e terminou<br />

no dia 9, em Brasília, com<br />

o tema “Articulação das forças<br />

sociais, participando na<br />

construção do Brasil que queremos”,<br />

e o lema “Mutirão por<br />

um novo Brasil”, colocou em<br />

<strong>de</strong>bate temas complexos,<br />

porém urgentes, como a<br />

Área <strong>de</strong> Livre Comércio das<br />

Américas (ALCA), a dívida externa,<br />

o Fundo Monetário Internacional<br />

(FMI), a precarização<br />

do trabalho, a exclusão<br />

social, o papel do Estado, so-<br />

A Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> Civil organizada<br />

através dos Fóruns<br />

Municipais <strong>de</strong> Assistência<br />

Social, Criança e Adolescente<br />

e Educação está em processo<br />

<strong>de</strong> integração das lutas<br />

por implantação e<br />

implementação das Políticas<br />

Públicas em <strong>Florianópolis</strong>.<br />

Para isso, estará sendo realizado<br />

um encontro da Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

Civil “Integrando Lutas”,<br />

que se realizará no dia<br />

18 <strong>de</strong> junho às 8:30 hs, no<br />

auditório da Cat<strong>ed</strong>ral, em<br />

<strong>Florianópolis</strong>, com o objetivo<br />

principal <strong>de</strong> realizar planejamento<br />

integrado, somando<br />

forças na luta por políticas<br />

públicas.<br />

Esta iniciativa foi tomada<br />

pelo Fórum Municipal dos<br />

Direitos da Criança e do Adolescente,<br />

aten<strong>de</strong>ndo a<br />

indicativos das duas últimas<br />

berania versus Império, sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

entre outros.<br />

Num <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> reflexão e<br />

discussão <strong>de</strong> alternativas para<br />

o País, as forças sociais presentes<br />

no Seminário reconheceram<br />

como urgência r<strong>ed</strong>efinir<br />

a função do Estado, colocando-o<br />

<strong>de</strong> fato a serviço dos<br />

interesses da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. “O<br />

Estado não po<strong>de</strong> ser controlado<br />

por elites nacionais para<br />

<strong>de</strong>fesa dos seus privilégios<br />

históricos. Nem po<strong>de</strong> ser<br />

instrumentalizado pela ambição<br />

do capital financeiro, nacional<br />

e internacional, que r<strong>ed</strong>uz<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do país, <strong>de</strong>ixando<br />

o campo livre para a especulação,<br />

frustrando as políticas<br />

<strong>de</strong> inclusão social”, afirma o<br />

documento.<br />

A 4ª Semana Social Brasileira<br />

é promovida pela Comissão<br />

para o Serviço da Carida<strong>de</strong>,<br />

Justiça e Paz da CNBB,<br />

em parceria com o Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Igrejas Cristãs<br />

(CONIC), e com movimentos<br />

sociais, Centrais sindicais e<br />

entida<strong>de</strong>s e organizações em<br />

geral. E terá, no <strong>de</strong>correr dos<br />

próximos dois anos, ativida<strong>de</strong>s<br />

em âmbito diocesano, regional<br />

e nacional.<br />

Fóruns Municipais integram Lutas<br />

Conferências Municipais.<br />

Esta integração objetiva a discussão<br />

intersetorial e universal<br />

das Políticas Sociais Públicas,<br />

além <strong>de</strong> fortalecer a<br />

participação das ONG´s que<br />

na sua gran<strong>de</strong> maioria têm<br />

representação nos vários<br />

Conselhos e Fóruns, com<br />

pouca disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas<br />

para sua representação.<br />

Iniciamos o processo <strong>de</strong><br />

articulação <strong>de</strong>stes Fóruns,<br />

por enten<strong>de</strong>rmos que estas<br />

Políticas Públicas têm muitas<br />

interfaces. Este é um passo<br />

importante para o fortalecimento<br />

das lutas por implantação<br />

e implementação <strong>de</strong><br />

Políticas Sociais Públicas.<br />

O encontro está aberto à<br />

participação da Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

Civil. Maiores informações<br />

com Marlete (ASA) através<br />

do telefone 2248776.<br />

Nova equipe recebe formação para atuar nas comunida<strong>de</strong>s<br />

ASA renova convênio com<br />

o Ministério da Justiça<br />

No último mês <strong>de</strong> Março,<br />

a Ação Social da <strong>Arquidiocese</strong><br />

(ASA), renovou através<br />

da Pastoral do Menor Nacional<br />

o convênio <strong>de</strong> execução<br />

do Programa Liberda<strong>de</strong> Assistida<br />

Comunitária (LAC)<br />

Ministério da Justiça. O programa<br />

que está fundamentado<br />

no Estatuto da Criança<br />

e do Adolescente (ECA), objetiva<br />

o atendimento e orientação<br />

do(a) adolescente que<br />

por seu envolvimento com a<br />

Móveis <strong>de</strong><br />

Escritório são<br />

doados à ASA<br />

A Ação Social Arquidiocesana<br />

(ASA), recebeu a doação<br />

<strong>de</strong> um lote <strong>de</strong> móveis <strong>de</strong><br />

escritório do Tribunal do Trabalho<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina, os<br />

quais estão <strong>de</strong>stinados às<br />

obras sociais das paróquias<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>. Entre os<br />

objetos ainda disponíveis, há<br />

escrivaninhas, armários, mesas<br />

etc, Todos são usados,<br />

mas no entanto, após uma<br />

reforma, po<strong>de</strong>m voltar ao uso.<br />

As paróquias que necessitarem<br />

<strong>de</strong> móveis <strong>de</strong>ssa natureza,<br />

entrem em contato com<br />

a ASA no fone: 48 – 224-8776,<br />

a fim <strong>de</strong> marcarem hora para<br />

ir aos <strong>de</strong>pósitos on<strong>de</strong> estão<br />

os móveis.<br />

prática <strong>de</strong> ato infracional, tenha<br />

recebido, através <strong>de</strong> processo<br />

judicial, a M<strong>ed</strong>ida <strong>de</strong><br />

Liberda<strong>de</strong> Assistida.<br />

Neste ano, o programa<br />

contará com uma nova configuração<br />

em sua equipe<br />

executiva, além da ampliação<br />

<strong>de</strong> sua abrangência <strong>de</strong><br />

execução. Além da comunida<strong>de</strong><br />

do Monte Cristo, atuará<br />

também nas comunida<strong>de</strong>s<br />

do Estreito, Capoeiras<br />

e Jardim Atlântico.<br />

Foto JA<br />

A execução da M<strong>ed</strong>ida <strong>de</strong><br />

Liberda<strong>de</strong> Assistida na respectiva<br />

comunida<strong>de</strong>, dispõe<br />

sobre a política do ECA<br />

que <strong>de</strong>fine que esta dar-seá<br />

através <strong>de</strong> um conjunto<br />

articulado <strong>de</strong> ações governamentais<br />

e não governamentais.<br />

Então a soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

civil tem um compromisso<br />

na implantação e implementação<br />

<strong>de</strong> políticas públicas.<br />

No entanto, não po<strong>de</strong>mos<br />

fazer estas ações <strong>de</strong><br />

forma isolada. Temos que<br />

estar articulando, cobrando,<br />

responsabilizando o po<strong>de</strong>r<br />

executivo como instância<br />

primeira <strong>de</strong> execução <strong>de</strong><br />

tais políticas.<br />

Então, com o crescente<br />

índice <strong>de</strong> violência e a falta<br />

<strong>de</strong> políticas públicas voltadas<br />

às crianças e adolescentes,<br />

a execução do programa<br />

LAC na cida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rá trazer<br />

indicadores que po<strong>de</strong>rão servir<br />

<strong>de</strong> instrumentos para que<br />

o executivo reveja sua forma<br />

<strong>de</strong> execução <strong>de</strong> M<strong>ed</strong>idas<br />

Sócio-Educativas, oportunizando<br />

a todos os adolescentes,<br />

possibilida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong><br />

construção <strong>de</strong> um novo projeto<br />

<strong>de</strong> vida. Este é o <strong>de</strong>safio<br />

da ASA e uma possibilida<strong>de</strong><br />

concreta <strong>de</strong> “fazer” responsabilizando.<br />

Foto JA<br />

Aproximadamente 200 pessoas compareceram à Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>,<br />

no dia 27 <strong>de</strong> maio, para participar do Culto Ecumênico, um dos eventos que faziam<br />

parte da Semana <strong>de</strong> Oração pela Unida<strong>de</strong> dos Cristãos. O culto foi concelebrado<br />

por representantes <strong>de</strong> sete <strong>de</strong>nominações religiosas cristãs. A <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong> foi representada pelo Vigário Geral da <strong>Arquidiocese</strong> e bispo emérito,<br />

Dom Vito Schlickmann, e pelos padres Francisco Wloch, P<strong>ed</strong>ro Köehler, Iseldo<br />

Scherer e Elias Wolf, Frei Gamaliel Devigili e diácono José Antônio Schweitzer.<br />

Na paróquia <strong>de</strong> Itapema, as comunida<strong>de</strong>s luteranas e católicas se reuniram pelo<br />

terceiro ano seguido para também celebrar o evento. Além da Semana, as duas<br />

igrejas participam conjuntamente da Procissão e Encenação da Paixão, Morte e<br />

Ressurreição <strong>de</strong> Jesus Cristo realizada na Sexta-feira Santa, da qual participam<br />

mais <strong>de</strong> cinco mil pessoas. “Po<strong>de</strong>-se afirmar tranqüilamente que as diferenças<br />

existentes entre ambas as igrejas não são obstáculo para a comunhão na fé ou para<br />

a paz doada por Jesus”, disse Pe. Lauro Roque Mittelmann, pároco <strong>de</strong> Itapema.


MISSÃO<br />

O Casamento na Cultura Africana (2)<br />

Na última <strong>ed</strong>ição do Jornal da<br />

<strong>Arquidiocese</strong>, abordamos a iniciação<br />

da moça, o noivado e o<br />

casamento na cultura africana.<br />

Dando continuida<strong>de</strong> a essa reflexão,<br />

Pe. Toninho, com a experiência<br />

<strong>de</strong> quem viveu 19 anos<br />

<strong>de</strong> sua vida na Costa do Marfim,<br />

fala, nesta <strong>ed</strong>ição, sobre poligamia,<br />

divórcio e casamento religioso<br />

e civil (quase inexistentes).<br />

Poligamia<br />

A poligamia existe na tribo<br />

baulé. Mas o polígamo contentase,<br />

na maioria das vezes, em ter<br />

somente duas mulheres. Os<br />

chefes possuem várias mulheres,<br />

porque isso lhes assegura um<br />

status social mais elevado. As<br />

razões que dão para justificar a<br />

poligamia são várias:<br />

- prestígio: Ter muitas mulheres<br />

significa ter uma família<br />

numerosa, logo, uma mão-<strong>de</strong>obra<br />

eficaz para o trabalho na<br />

roça. Era também uma maneira<br />

<strong>de</strong> compensar a alta mortalida<strong>de</strong><br />

infantil nos tempos antigos. Enfim,<br />

dava ao homem uma imagem<br />

importante e influente, já que tinha<br />

sua casa sempre cheia <strong>de</strong><br />

gente e o vai-vém era constante.<br />

- esterilida<strong>de</strong> da primeira<br />

mulher: O caso mais freqüente<br />

é quando a mulher não tem filhos.<br />

A esterilida<strong>de</strong> é a maior <strong>de</strong>sgraça<br />

para a mulher baulé. Aliás, a<br />

esterilida<strong>de</strong> é também uma das<br />

causas do divórcio. Mas se o<br />

marido ama a sua esposa e ela<br />

tem outras finalida<strong>de</strong>s (mulher<br />

prendada), então ele fica com ela<br />

e arruma uma outra que lhe dará<br />

muitos filhos.<br />

- segurança: Ter somente<br />

uma mulher é estar sempre no embaraço<br />

e na insegurança. Dizem<br />

os homens: “Se a mulher fica doente,<br />

quem fará a comida e o serviço<br />

<strong>de</strong> casa? Se a mulher vai visitar<br />

a sua família, quem cuidará<br />

do serviço na roça?” Entre os<br />

baulés, existe a abstinência sexual<br />

após o parto, isto é, enquanto<br />

a criança não anda, o homem<br />

não dorme com a esposa. Logo,<br />

a presença <strong>de</strong> uma outra mulher<br />

resolve esse problema.<br />

Divórcio<br />

Tradicionalmente, o divórcio<br />

existe na tribo baulé, mas, na<br />

maioria das vezes, as famílias<br />

tentam arranjar as coisas. O divórcio,<br />

antes <strong>de</strong> ser concluído,<br />

<strong>de</strong>ve ser ratificado pelas duas famílias<br />

que firmaram a união conjugal.<br />

Antes <strong>de</strong> chegar a esse<br />

extremo, as famílias vão fazer <strong>de</strong><br />

tudo para que o divórcio não se<br />

consoli<strong>de</strong>. Quando não há mais<br />

Mulheres africanas preparam a comida que será ingerida pelos noivos<br />

jeito, então vão discutir entre si<br />

para <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> houve o<br />

erro, e avaliar o reembolso do<br />

dote. Às vezes, a separação<br />

ocorre <strong>de</strong> uma maneira amigável.<br />

A iniciativa <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>ir o divórcio<br />

po<strong>de</strong> vir tanto do homem como<br />

da mulher, tendo sempre presente<br />

que a influência das famílias é<br />

<strong>de</strong>terminante para apaziguar ou<br />

envenenar mais a situação.<br />

As causas do divórcio po<strong>de</strong>m<br />

ser as seguintes: esterilida<strong>de</strong> da<br />

mulher, infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dos<br />

dois, mas especialmente a feminina,<br />

marido ou mulher preguiçosos<br />

e negligentes em relação à<br />

família e à casa, impotência do<br />

homem e cansaço da mulher,<br />

após uma longa vida conjugal.<br />

Casamento Cívil<br />

A constituição marfiniana, em<br />

vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1963, obriga todo<br />

cidadão a casar-se no civil, mas,<br />

o casamento civil não tem sentido<br />

nenhum e é contrário aos<br />

costumes do país. Por exemplo,<br />

pela lei civil, a herança é <strong>de</strong> direito<br />

dos filhos legítimos, enquanto<br />

que, tradicionalmente, na<br />

soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> baulé, que é <strong>de</strong> regime<br />

matriarcal, são os sobrinhos<br />

(somente os filhos das irmãs)<br />

que pegam a herança. Um outro<br />

inconveniente é ter <strong>de</strong> enfrentar<br />

a administração civil com idas e<br />

vindas intermináveis, sem contar<br />

as <strong>de</strong>spesas do cartório.<br />

Casamento religioso<br />

Pesquisando nos registros paroquiais,<br />

constatei num piscar <strong>de</strong><br />

olhos que o número <strong>de</strong> casamentos<br />

na Igreja é insignificante em relação<br />

à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casais<br />

que vão à Igreja. Na maioria<br />

dos casos, o casamento religioso<br />

é contraído entre casais já com<br />

ida<strong>de</strong> avançada e já tendo muitos<br />

filhos (como não batizamos recémnascidos,<br />

logo, não se exige o<br />

casamento religioso dos pais). O<br />

casamento entre casais <strong>de</strong> jovens<br />

é tão raro que, em 19 anos <strong>de</strong> presença<br />

entre os baulés, não celebrei<br />

nenhum na Igreja.<br />

O casamento no religioso é celebrado<br />

somente quando as etapas<br />

do casamento tradicional fo-<br />

Divulgação/JA<br />

ram concluídas, aliás, a Igreja<br />

marfiniana consi<strong>de</strong>ra mais válido o<br />

casamento tradicional que o casamento<br />

no civil. No caso <strong>de</strong> acolher<br />

para o batismo um casal <strong>de</strong><br />

catecúmenos que já concluiu as<br />

etapas do casamento tradicional,<br />

o casamento religioso será automaticamente<br />

ratificado. De uma<br />

maneira geral, a atitu<strong>de</strong> dos cristãos<br />

baulés diante do casamento<br />

religioso é <strong>de</strong> receio, e mesmo <strong>de</strong><br />

m<strong>ed</strong>o, <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r cumprir com<br />

o engajamento religioso até o fim.<br />

Em resumo, os baulés querem<br />

legitimar-se diante da Igreja<br />

não porque estão convencidos do<br />

valor do sacramento do matrimônio,<br />

mas para ter acesso ao sacramento<br />

da comunhão.<br />

Conclusão<br />

No campo pastoral, o casamento<br />

religioso é o maior obstáculo<br />

para a expansão e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das comunida<strong>de</strong>s cristãs<br />

entre os baulés (e, sem exagero,<br />

em toda a África). Quantos casos<br />

<strong>de</strong> jovens cristãos que, pelo fato<br />

<strong>de</strong> ainda serem noivos, são automaticamente<br />

excluídos do sacramento<br />

da comunhão. Segundo a<br />

lei da Igreja, eles vivem em concubinato.<br />

Sem contar os casos <strong>de</strong><br />

polígamos que não têm acesso<br />

nem ao sacramento do batismo.<br />

Muitos <strong>de</strong>sses “fora da lei” são<br />

pessoas sérias, dinâmicas e engajadas<br />

nas ativida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong>.<br />

Mas, pelo fato <strong>de</strong> serem<br />

excluídos dos sacramentos, <strong>de</strong>sanimam<br />

e abandonam a Igreja.<br />

Será que, se déssemos um<br />

pouco <strong>de</strong> tempo e valorizássemos<br />

mais a sua cultura, este mesmo<br />

Espírito não transformaria também<br />

o coração do povo baulé para<br />

que conhecesse a realização<br />

inculturada da mensagem evangélica?<br />

Quando lemos os Atos<br />

dos Apóstolos, percebemos que<br />

a Igreja primitiva, no encontro com<br />

culturas e civilizações diferentes,<br />

estabeleceu algumas exceções<br />

na lei <strong>de</strong> indissolubilida<strong>de</strong> do casamento.<br />

Por que então, a Igreja<br />

não po<strong>de</strong> ser mais flexível diante<br />

da cultura africana?<br />

Pe. Toninho<br />

Agenda da Animação missionária:<br />

- 05 <strong>de</strong> junho: or<strong>de</strong>nação sacerdotal do diácono P<strong>ed</strong>ro<br />

Tomazelli, missionário do Pime, em Pouso R<strong>ed</strong>ondo – SC.<br />

- 19 <strong>de</strong> junho: encontro <strong>de</strong> preparação para os (as) missionários<br />

(as) que irão à Bahia no mês <strong>de</strong> julho. Local: Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong><br />

Fpolis, sala 8.<br />

- 19 a 26 <strong>de</strong> junho: encontros comarcais para os (as) animadores<br />

(as) missionários (as).<br />

Junho 2004 -<br />

Dimensão Missionária<br />

no ministério do aconselhamento<br />

conjugal<br />

A família foi, e ainda hoje<br />

é (e sem dúvida, será sempre),<br />

a instituição mais importante<br />

na soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. Pois ela<br />

tem a nobre missão <strong>de</strong> <strong>ed</strong>ucar,<br />

formar e preparar, os futuros<br />

membros dirigentes <strong>de</strong><br />

uma nação, da Igreja ou para<br />

a própria família.<br />

Nos tempos mo<strong>de</strong>rnos,<br />

on<strong>de</strong> os valores da tradição familiar,<br />

em nível religioso, cultural<br />

e social, estão sofrendo<br />

um ataque constante dos meios<br />

<strong>de</strong> comunicação social, nivelando-os<br />

á moda atual;<br />

on<strong>de</strong> tudo é permitido e<br />

<strong>de</strong>scartável, é urgente que os<br />

casais cristãos tenham a firme<br />

convicção <strong>de</strong> que são um<br />

“instrumento nas mãos <strong>de</strong><br />

Deus”, para reverter este quadro<br />

negativo.<br />

Então, os ministros(as) do<br />

aconselhamento conjugal <strong>de</strong>vem<br />

ter esta sensibilida<strong>de</strong> e<br />

percepção, para discernir a<br />

problemática que envolve os<br />

casais, e principalmente as<br />

famílias, nas suas respectivas<br />

paróquias e comunida<strong>de</strong>s, e<br />

intervir a tempo <strong>de</strong> dar-lhes novamente<br />

o gosto <strong>de</strong> viverem<br />

juntos, tendo como motivação<br />

maior o amor pelos filhos(as).<br />

Outro gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio na<br />

ativida<strong>de</strong> pastoral na Igreja nos<br />

dias <strong>de</strong> hoje são os casais<br />

que estão vivendo as chamadas<br />

“segundas uniões”, que<br />

na maioria dos casos vivem<br />

em perfeita harmonia, assumindo<br />

como próprios os filhos<br />

do outro cônjuge. Estes casais<br />

merecem uma atenção<br />

especial por parte da Igreja,<br />

que a exemplo <strong>de</strong> Cristo o bom<br />

pastor, tudo fez para resgatar<br />

os que estavam excluídos.<br />

(Lc. 15,1-7)<br />

Os (as) ministros(as) do<br />

aconselhamento conjugal, em<br />

colaboração com todos os<br />

movimentos e grupo, que atuam<br />

na pastoral familiar paroquial,<br />

po<strong>de</strong>riam ainda organizar<br />

momentos <strong>de</strong> encontro e<br />

lazer para todos os casais. E,<br />

para atingi-los <strong>de</strong> uma maneira<br />

mais concreta, estes encontros<br />

<strong>de</strong>veriam ser realizados<br />

nas suas respectivas comunida<strong>de</strong>s,<br />

respeitando assim<br />

os níveis culturais e <strong>de</strong><br />

tradição religiosa <strong>de</strong> cada ambiente.<br />

Pe. Toninho<br />

11


12<br />

- Junho 2004<br />

Nasceste ecumênica, Igreja. No teu<br />

jeito <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> falar, <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong><br />

agir. És ânsia <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, comunhão e<br />

participação. Nasceste comunhão para<br />

gerar comunhão. Por isso és ecumênica,<br />

na consciência <strong>de</strong> ti mesma e na compreensão<br />

dos outros; nos teus projetos,<br />

sonhos e esperanças; nas tuas dores e<br />

nos teus temores. És ecumênica em tua<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> mais profunda. Em tudo, comunhão<br />

e participação.<br />

É que foste criada assim, Igreja-comunhão,<br />

Igreja ecumênica. E não po<strong>de</strong>ria<br />

ser diferente. Sem comunhão não existes,<br />

não és Igreja. És assim <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tua<br />

origem, quando muitos te criaram: o Deuscomunhão,<br />

uno e trino. E em ti muitos<br />

foram gerados para a comunhão. Olhando<br />

a Trinda<strong>de</strong> que te criou e a multidão<br />

que contigo foi gerada, compreendo-te<br />

comunhão. Eixo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> entre o céu e<br />

a terra, o tempo e a eternida<strong>de</strong>, o divino e<br />

o humano. Comunhão entre o <strong>de</strong>sejo e o<br />

abraço, a fé e a dúvida, a poesia e a luta.<br />

Comunhão do pão no sacramento, do feminino<br />

no masculino, do amor na vida. E<br />

sendo comunhão, és ecumênica.<br />

Essa é tua razão <strong>de</strong> ser, Igreja, tua<br />

vocação: comunhão que tudo inclui.<br />

Comunhão sem fronteiras, na partilha do<br />

sonho e do compromisso. Sem fronteiras<br />

nas relações. Para ti não <strong>de</strong>ve existir<br />

o estrangeiro. Em ti, tudo e todos<br />

numa mesma realida<strong>de</strong> - comunhão.<br />

Tua mensagem é para todo coração<br />

abatido. Teu pão eucarístico, para todo<br />

faminto <strong>de</strong> eternida<strong>de</strong>. E teu cálice sacia<br />

toda s<strong>ed</strong>e <strong>de</strong> vida em abundância.<br />

E assim, Igreja, tua profecia liberta<br />

o prisioneiro; tua fé cura o enfermo; teu<br />

po<strong>de</strong>r restitui a vida. Sob teu manto abriga-se<br />

a humanida<strong>de</strong> inteira. Nesta unida<strong>de</strong><br />

tudo se renova numa beleza sem<br />

fim. A beleza da comunhão, beleza<br />

ECUMENISMO<br />

Por uma Igreja ecumênica-comunhão<br />

ecumênica. A beleza é salvação.<br />

Mas algo aconteceu contigo, Igreja,<br />

e te transformaste. E nas mudanças, a<br />

comunhão se dissolveu, a unida<strong>de</strong> se dividiu.<br />

Surgiram fronteiras, não mais abrigas<br />

a todos. Criaste o estrangeiro em teu<br />

próprio seio, o <strong>de</strong>sconhecido, marginalizado.<br />

O infinito já não encontra abrigo em<br />

ti. Esqueceste a eternida<strong>de</strong>.<br />

E agora existes para poucos, Igreja.<br />

Do pão da Eucaristia, poucos se alimentam.<br />

Do teu cálice, poucos se saciam.<br />

Sob teu manto, poucos encontram abrigo.<br />

No teu interior, alegria e céu para poucos.<br />

«Lá fora», a danação <strong>de</strong> muitos. Eles<br />

não têm a veste da festa... Tua mensagem<br />

tornou-se pesada, códigos que poucos<br />

<strong>de</strong>cifram. Teus critérios são rigorosos,<br />

quase sem misericórdia. A seleção<br />

venceu a comunhão. Não mais pensas<br />

com o coração. E o <strong>de</strong>sejo ficou sem o<br />

abraço, o coração sem a carida<strong>de</strong>, a justiça<br />

sem a ternura. A multidão que eras,<br />

Igreja, se fez solidão. E tu pareces <strong>de</strong>masiado<br />

contente contigo mesma...<br />

Então, por que existes, Igreja? Se<br />

não acolhes o estrangeiro; se não alimentas<br />

o faminto; se não sacias o s<strong>ed</strong>ento;<br />

se não curas o enfermo; se não<br />

consolas o angustiado; se não libertas<br />

o prisioneiro; se não reanimas a vida; se<br />

não alcanças o infinito? Por que existes,<br />

Igreja, se não fazes do «outro» teu<br />

eu; do «eles» o nós; da exclusão a comunhão?<br />

Mas... realmente existes, Igreja,<br />

se não és comunhão/ecumênica?<br />

Retorna, Igreja, à tua origem, recupera<br />

tua unida<strong>de</strong>. E então dá-nos novamente<br />

razão para viver, conduze-nos ao infinito.<br />

Alarga tuas fronteiras corajosamente,<br />

profeticamente, e alimenta em nós a utopia<br />

da comunhão, a utopia ecumênica.<br />

Pe. Elias Wolff<br />

Leia mais sobre ecumenismo: www.encontro<strong>ed</strong>ialogo.kit.net<br />

FÉ E COMPROMISSO SOCIAL<br />

A Igreja e o Direito <strong>de</strong> Greve<br />

Ninguém acr<strong>ed</strong>ita que a greve seja o<br />

melhor encaminhamento para a solução<br />

dos conflitos sociais. Todavia, historicamente,<br />

a greve tem-se constituído instrumento<br />

capaz <strong>de</strong> resolver situações extremadas.<br />

No fundo, a greve é danosa á<br />

soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>: patrões, empregados, economia<br />

e bem comum são prejudicados, e<br />

a paz social comprometida, quando mesquinhas<br />

posições são radicalizadas<br />

(Rerum Novarum).<br />

Da categórica proibição das greves,<br />

evoluímos nos últimos tempos para o<br />

direito <strong>de</strong> greve quando razões<br />

justificadas assim o exigem, em <strong>de</strong>fesa<br />

do interesse público e da vida dos trabalhadores<br />

(Octogésima Adveniens).<br />

A Igreja não concorda com greves <strong>de</strong><br />

caráter político-partidário, mas reconhe-<br />

ce “o direito legitimo dos sindicatos<br />

apresentarem um ultimatum aos lí<strong>de</strong>res<br />

patronais”, quando está em jogo a<br />

vida da classe trabalhadora (Laborem<br />

Exercens).<br />

A Igreja quer estar ao lado dos pobres<br />

discernindo a justiça <strong>de</strong> suas reivindicações,<br />

favorecendo uma maior<br />

consciência <strong>de</strong> solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> e efetivo<br />

empenho na busca <strong>de</strong> soluções, evitando<br />

sempre o uso da violência (Sollicitudo<br />

Rei Socialis). Enfim, a greve é um direito<br />

social que não se restringe a reivindicações<br />

corporativistas, mas que visa<br />

o bem da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>.<br />

Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino Vicente<br />

Professor <strong>de</strong> Moral Social no ITESC e<br />

Diretor do Instituto João Paulo II<br />

JUVENTUDE<br />

Pastoral oferece formação a jovens<br />

Nos dias 22 e 23 <strong>de</strong> maio, a PJ<br />

da <strong>Arquidiocese</strong> realizou a II Etapa<br />

da Escola <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e Curso <strong>de</strong><br />

Assessores, no Seminário Edith<br />

Stein em Barreiros. Esta ativida<strong>de</strong><br />

contou com a presença <strong>de</strong> 20 jovens<br />

na escola e 18 no curso, que continuam,<br />

através do Processo <strong>de</strong> Formação<br />

Integral, perseverantes na<br />

caminhada da PJ na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

Os grupos da Paróquia Sagrados<br />

Corações também se fizeram presentes,<br />

acolhendo os participantes<br />

e ajudando na organização.<br />

A proposta do Curso <strong>de</strong> Assessores<br />

é capacitar jovens para prestar<br />

acompanhamento e assessoria<br />

aos grupos nas comunida<strong>de</strong>s. Para esse<br />

acompanhamento, o contato po<strong>de</strong> ser feito<br />

com a secretaria da PJ. Este ano, a<br />

proposta da PJ na <strong>Arquidiocese</strong> concentra-se<br />

em 3 projetos: articulação, forma-<br />

PJ participa <strong>de</strong><br />

Seminário Regional<br />

A PJ da <strong>Arquidiocese</strong> estará participando,<br />

nos dias 25 a 27 <strong>de</strong> junho, do Seminário<br />

Regional sobre Especificida<strong>de</strong><br />

Pastoral e Realida<strong>de</strong> Juvenil,<br />

que acontecerá em Rio do Sul, com<br />

a assessoria do Pe. Hilário Dick. Este<br />

seminário reunirá as Pastorais (PJ, PJR,<br />

PJMP) das dioceses do Regional Sul IV,<br />

e tem como objetivo geral apontar como<br />

se <strong>de</strong>ve trabalhar com as diferentes realida<strong>de</strong>s<br />

juvenis. A <strong>Arquidiocese</strong> estará representada<br />

por 12 participantes.<br />

Para milhares <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> 16 e 17 anos,<br />

as eleições não serão mais a mesma coisa,<br />

pois, a partir <strong>de</strong>ste ano eles serão sujeitos<br />

do processo <strong>de</strong> mudança que se dá<br />

através do voto. Estes jovens, que na sua<br />

maioria são estudantes, enfrentaram horas<br />

<strong>de</strong> filas para alistar-se eleitoralmente até o<br />

dia cinco do último mês, término do prazo<br />

para requerer o titulo <strong>de</strong> eleitor.<br />

O voto aos 16 anos foi uma conquista<br />

incomparável que se concretizou em 1988,<br />

quando foi aprovada a atual Constituição<br />

F<strong>ed</strong>eral. É importante saber que foram os<br />

jovens os principais atores da mobilização<br />

para aprovação da emenda que dava direito<br />

aos 16 e 17 anos a votarem opcionalmente.<br />

Esta <strong>de</strong>cisão modificou totalmente<br />

tanto a visão sobre a participação dos<br />

jovens na mudança das estruturas políticas/governamentais,<br />

quanto a visão dos<br />

próprios jovens sobre a participação e<br />

conscientização política.<br />

Neste ano ocorreram em todo o país<br />

campanhas para incentivar os jovens a participarem<br />

da festa da <strong>de</strong>mocracia no Brasil,<br />

através <strong>de</strong> seu voto. Novamente vemos<br />

os jovens como atores <strong>de</strong>sta mobilização,<br />

pois a principal campanha acontecida no<br />

Estado, foi a “Se Liga 16”, realizada pelo<br />

Tribunal Regional Eleitoral(TRE), juntamente<br />

com a União da Juventu<strong>de</strong> Socialista<br />

(UJS), União Nacional <strong>de</strong> Estudantes<br />

(UNE) e a União Brasileira dos Estudantes<br />

Secundaristas (UBES).<br />

É fácil observar que o voto aos 16 e 17<br />

anos é um voto que tem um sentido diferente<br />

dos outros. Primeiramente, porque não é<br />

um voto obrigatório; segundo, porque não é<br />

voto viciado; e por último, é voto que carrega<br />

Participantes da II Etapa do Curso <strong>de</strong> Assessores<br />

ção e espiritualida<strong>de</strong>. Para <strong>de</strong>senvolver<br />

estes projetos, algumas ativida<strong>de</strong>s já estão<br />

sendo realizadas como: levantamento<br />

dos grupos <strong>de</strong> jovens, escola e curso, oficinas,<br />

cursos paroquiais, entre outros.<br />

Fique ligado!!!<br />

- Se sua paróquia ainda não conhece a<br />

Pastoral da Juventu<strong>de</strong>, entre em contato com a<br />

secretaria da PJ: (48) 224-4799 ou pjuv@<br />

arquifloripa.org.br<br />

- As oficinas que estamos realizando nas<br />

diversas paróquias são: O que é PJ; Mística e<br />

espiritualida<strong>de</strong>; Metodologia e dinâmicas e<br />

Personalização e integração. Agen<strong>de</strong> logo a<br />

sua na secretaria da PJ!<br />

- Os cursos, nas paróquias, seguem a proposta<br />

do projeto <strong>de</strong> formação. Tendo em vista<br />

que estamos num ano <strong>de</strong> eleições, o tema <strong>de</strong>ste<br />

ano é: “Conscientização política” e o lema: “Para<br />

construir é necessário participar”<br />

Jovens iniciam sua participação política<br />

todos os significados, pois a juventu<strong>de</strong> necessita<br />

<strong>de</strong> muitas conquistas (<strong>ed</strong>ucação,<br />

cultura, lazer, passe livre para estudantes,<br />

trabalho etc) e é justamente através do voto<br />

e da cobrança dos legisladores, que po<strong>de</strong>rá<br />

alcançar tais conquistas.<br />

Então, no dia 03 <strong>de</strong> outubro veremos<br />

milhares <strong>de</strong> jovens votando por uma vida<br />

melhor, on<strong>de</strong> se priorizem todas as alternativas<br />

para melhoria das condições <strong>de</strong><br />

vida, não só dos jovens mas <strong>de</strong> toda a população.<br />

No quadro abaixo vemos que existe<br />

uma porcentagem muito significativa dos<br />

jovens que vão às urnas. No entanto, uma<br />

pergunta fica no ar: Quando os governos<br />

municipais abrirão os olhos para dar lugar<br />

aos jovens em sua administração, além dos<br />

cargos <strong>de</strong> estagiários(as)?<br />

Confira dados populacionais e número<br />

<strong>de</strong> eleitores<br />

População*<br />

16 anos...............................104.811<br />

17 anos...............................110.973<br />

Total....................................215.784<br />

(3,8% da população do Estado)<br />

Eleitores**<br />

16 anos.................................16.841<br />

17 anos.................................49.671<br />

Total......................................66.512<br />

(1,7% do total <strong>de</strong> eleitores do Estado)<br />

* Fonte IBGE<br />

** Fonte TRE-SC, dados <strong>de</strong> 01/10/2003<br />

Fernando Anísio Batista<br />

da Equipe <strong>de</strong> Assessoria da PJ


Livreto dos GR trata do Projeto “Queremos Ver Jesus”<br />

O livreto dos Grupos <strong>de</strong> Reflexão<br />

para o Tempo Comum já está<br />

pronto. Ele trata do Projeto <strong>de</strong><br />

Evangelização da CNBB, “Queremos<br />

Ver Jesus” e tem uma celebração<br />

inicial, com o objetivo <strong>de</strong><br />

incentivar e <strong>de</strong>spertar para o entusiasmo<br />

<strong>de</strong> querer conhecer Jesus,<br />

lembrando que o Projeto quer criar<br />

condições para que a pessoa e a<br />

mensagem <strong>de</strong> Jesus sejam conhecidas<br />

<strong>de</strong> modo mais profundo.<br />

Para isso, está dividido em treze<br />

encontros, trazendo presente<br />

a pessoa <strong>de</strong> Jesus e como Ele<br />

viveu e agiu no seu tempo, e como<br />

nós hoje somos chamados/as a<br />

Párocos, administradores paroquiais<br />

e reitores <strong>de</strong> seminários<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>, estiveram reunidos<br />

no dia 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004, no<br />

Paróquia Sagrados Corações, em<br />

Barreiros, São José, para discutir<br />

as necessida<strong>de</strong>s econômicas da<br />

<strong>Arquidiocese</strong>. O encontro contou<br />

com a presença <strong>de</strong> 54 padres.<br />

Durante o encontro, Pe. Valdir<br />

Bernardo Prim, ecônomo da<br />

Mitra, colocou os presentes a par<br />

da situação econômica, apresentou<br />

um balanço do que será investido<br />

nos seminários no <strong>de</strong>correr<br />

do ano, e foi entregue aos presentes<br />

uma lista das paróquias<br />

com o montante com que cada<br />

uma contribui.<br />

Depois, os padres foram divididos<br />

em grupos para que respon<strong>de</strong>ssem<br />

a três perguntas: 1)<br />

diante da realida<strong>de</strong> administrativo-financeira<br />

da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

quais as suas impressões-reações?;<br />

2) que soluções você<br />

apresenta?; 3) a forma <strong>de</strong> participação<br />

das paróquias, através<br />

<strong>de</strong> convênio, não supre as necessida<strong>de</strong>s.<br />

O que fazer?.<br />

A partir das respostas dos<br />

grupos, chegou-se ao resultado<br />

seguinte: cada paróquia oferecerá<br />

à <strong>Arquidiocese</strong>, para colaboração<br />

nas <strong>de</strong>spesas, especialmente<br />

dos Seminários, o Dízimo<br />

do seu Dízimo e o Dízimo das<br />

coletas, ou seja, 10% da contribuição<br />

dos fiéis às paróquias.<br />

“Uma vida pelo bom livro”<br />

Fone<br />

Fax:<br />

(48)222-4112<br />

222-1052<br />

seguí-Lo e dar nossa resposta,<br />

renovando assim nosso entusiasmo<br />

para enfrentarmos como<br />

Igreja os três gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />

Padres <strong>de</strong>finem nova forma <strong>de</strong> as paróquias<br />

contribuírem com as vocações da <strong>Arquidiocese</strong><br />

As paróquias em mãos <strong>de</strong> religiosos<br />

contribuirão com 5% para<br />

a Mitra e 5% para sua província.<br />

Ficou estabelecido que o repasse<br />

se dará dois meses após a<br />

arrecadação e que começará a<br />

vigorar a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005.<br />

Mas as paróquias já po<strong>de</strong>rão adotar<br />

o novo sistema.<br />

Atualmente a contribuição<br />

das paróquias para a <strong>Arquidiocese</strong><br />

se dá através <strong>de</strong> Convênios, em<br />

que elas contribuem com valores<br />

estabelecidos pelo salário míni-<br />

No mês <strong>de</strong> abril, o Jornal da<br />

<strong>Arquidiocese</strong> já havia informado<br />

que o Seminário <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

<strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s (Menor e<br />

Prop<strong>ed</strong>êutico), em Brusque, Seminário<br />

Filosófico Edith Stein, em<br />

Barreiros, São José, e o Seminário<br />

Teológico Convívio Emaús,<br />

em <strong>Florianópolis</strong>, custam para a<br />

<strong>Arquidiocese</strong> R$ 27 mil ao mês,<br />

a um custo médio <strong>de</strong> R$ 850,00<br />

por seminarista.<br />

“Isto, sem consi<strong>de</strong>rar as receitas<br />

próprias <strong>de</strong> cada seminário”,<br />

disse Pe. Valdir Bernardo Prim,<br />

ecônomo da <strong>Arquidiocese</strong> (responsável<br />

pelas finanças). Segundo<br />

ele, se todos os custos fossem<br />

colocados no papel, se chegaria<br />

a um valor próximo <strong>de</strong> R$<br />

60 mil ao mês.<br />

Antes havia um pequeno au-<br />

Em junho mais <strong>de</strong><br />

50 títulos com 20%<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />

Dentre os quais<br />

“Biotecnologia e Bioética<br />

Para on<strong>de</strong> vamos?”<br />

Autor: Antônio Moser<br />

neste início do terceiro milênio: a<br />

promoção da dignida<strong>de</strong> da pessoa,<br />

a renovação da comunida<strong>de</strong><br />

e a participação na construção <strong>de</strong><br />

uma soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> justa e solidária.<br />

A Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana<br />

dos Grupos <strong>de</strong> Reflexão já<br />

está fazendo o lançamento do<br />

livreto nas comarcas. Se sua comunida<strong>de</strong><br />

ainda não recebeu o<br />

livreto, você po<strong>de</strong> fazer a solicitação<br />

junto à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pastoral,<br />

através do fone (48) 224-<br />

4799. Lembramos que os Grupos<br />

<strong>de</strong> Reflexão continuam sendo priorida<strong>de</strong><br />

em nossa <strong>Arquidiocese</strong> e<br />

no Estado.<br />

mo, <strong>de</strong> acordo com o tamanho e<br />

o potencial arrecadador.<br />

Cobrança mais justa: Dom<br />

Murilo espera que, com o novo<br />

sistema, que já é adotado em<br />

várias dioceses, aumente a contribuição<br />

das paróquias para os<br />

seminários. Segundo ele, a arrecadação<br />

atual das paróquias<br />

supre apenas 1/3 dos gastos<br />

com os seminários. “A nova forma<br />

<strong>de</strong> arrecadação é mais justa<br />

e bíblica”, disse Dom Murilo.<br />

<strong>Arquidiocese</strong> repassa R$ 27 mil aos Seminários<br />

xílio <strong>de</strong> algumas paróquias, mas<br />

sem compromisso. “A proposta é<br />

que a paróquia contribua, mas que<br />

as famílias dos seminaristas também<br />

dêem a sua participação <strong>de</strong><br />

ajuda”, disse Pe. Valdir. Lembrou<br />

que, quando seminarista, era a<br />

família que arcava com todas as<br />

suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> estudante.<br />

Alguns seminários adotam alternativas<br />

<strong>de</strong> arrecadação, através<br />

<strong>de</strong> festas e <strong>de</strong> carnês <strong>de</strong> contribuição<br />

espontânea. Mas os valores<br />

são insuficientes para suprir<br />

as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> manutenção<br />

da casa e pagar os estudos dos<br />

alunos. A <strong>Arquidiocese</strong> recomenda<br />

que os seminaristas solicitem<br />

ajuda aos seus benfeitores através<br />

<strong>de</strong> contribuições via carnês,<br />

mas os valores arrecadados são<br />

pequenos.<br />

CATEQUESE<br />

Junho 2004 -13<br />

Encontro comarcal prepara<br />

catequistas para o CEN<br />

TRABALHE A PARTIR DE CASA<br />

UMA NOVA TENDÊNCIA DE MERCADO<br />

POSSIBILIDADE DE GANHOS<br />

Acesse<br />

Mais <strong>de</strong> 300 catequistas<br />

estiveram presentes, no dia 16<br />

<strong>de</strong> maio, na Paróquia <strong>de</strong> São<br />

João Batista, para participar da<br />

Concentração Comarcal <strong>de</strong><br />

Catequese da Comarca <strong>de</strong><br />

Tijucas. Tendo como tema “Eucaristia,<br />

fonte e ápice da vida”,<br />

a comarca foi a primeira a s<strong>ed</strong>iar<br />

o encontro comarcal, que seguirá<br />

para as outras oito<br />

comarcas nos próximos meses<br />

(veja a programação abaixo).<br />

O tema do encontro, que se<br />

repetirá em todas as comarcas,<br />

foi assumido no planejamento<br />

da Catequese. “Preten<strong>de</strong> preparar<br />

as comunida<strong>de</strong>s para celebrar<br />

o Congresso Eucarístico<br />

Nacional (CEN), que acontecerá<br />

<strong>de</strong> 18 a 21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006,<br />

em <strong>Florianópolis</strong>”, disse Irmã<br />

Marlene Bertoldi, coor<strong>de</strong>nadora<br />

Arquidiocesana da Catequese.<br />

Durante todo o dia, os participantes<br />

refletiram temas relacionados<br />

à Eucaristia e buscaram<br />

<strong>de</strong>senvolver a espiritualida<strong>de</strong><br />

do<br />

catequista.<br />

O encontro<br />

foi<br />

assessorado<br />

pela<br />

Ir. Maria<br />

Augusta<br />

Almeida<br />

Bastos.<br />

R$ 500,00 a R$2.000,00<br />

Período parcial<br />

Wwww.muitos.com/riqueza<br />

Acima <strong>de</strong> R$2.000,00<br />

Período integral<br />

Agen<strong>de</strong> uma<br />

entrevista<br />

<strong>Todas</strong> as comarcas adotarão o<br />

mesmo tema, mas organizando<br />

a celebração <strong>de</strong> acordo com<br />

as características e criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada comarca.<br />

Esta é a primeira vez que a<br />

<strong>Arquidiocese</strong> organiza concentrações<br />

comarcais <strong>de</strong> catequese.<br />

Segundo irmã Marlene,<br />

as finalida<strong>de</strong>s principais das<br />

concentrações são: assumir a<br />

Eucaristia como centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nossa fé cristã; preparar-se com<br />

entusiasmo, a longo prazo, para<br />

o Congresso Eucarístico Nacional;<br />

centralizar a espiritualida<strong>de</strong><br />

no seguimento <strong>de</strong> Jesus<br />

tendo como fonte a Eucaristia.<br />

“Foi um encontro muito bom<br />

porque teve a participação <strong>de</strong><br />

todas as paróquias, com entusiasmo<br />

catequético, séria reflexão<br />

e aprofundamento do tema<br />

do CEN”, disse Irmã Marlene.<br />

Segundo ela, percebeu-se que<br />

houve uma gran<strong>de</strong> receptivida<strong>de</strong><br />

dos catequistas sobre o tema,<br />

o que anima a coor<strong>de</strong>nação<br />

para os próximos encontros.<br />

PRÓXIMAS COMARCAS<br />

Dia 6 <strong>de</strong> junho – na comarca <strong>de</strong> São José e<br />

na comarca <strong>de</strong> Brusque<br />

Dia 11 <strong>de</strong> julho – na comarca do Estreito<br />

Dia 21 <strong>de</strong> agosto – na comarca <strong>de</strong> Santo Amaro<br />

Dia 29 <strong>de</strong> agosto – na comarca <strong>de</strong> Itajaí e na<br />

comarca da Ilha<br />

Dia 17 <strong>de</strong> outubro – na comarca <strong>de</strong> Biguaçu<br />

Divulgação/JA<br />

Mais <strong>de</strong> 300 catequistas da Comarca <strong>de</strong> Tijucas participaram do encontro<br />

(48) 3025-2407


14-<br />

Junho 2004<br />

RETALHOS DO COTIDIANO<br />

Fome<br />

O que sobrou da comida do<br />

cachorro é aproveitado pelos<br />

pardais, numa convivência pacífica.<br />

Na calçada, uns restos <strong>de</strong><br />

pão seco são aproveitados por<br />

formigas que não param <strong>de</strong> ir e<br />

vir. Lá na frente, a gaivota sobrevoa<br />

o mar, espreita e, com agilida<strong>de</strong><br />

espantosa, abiscoita o peixe<br />

do seu almoço. Sob as folhas<br />

da árvore, o passarinho se<br />

<strong>de</strong>licia com as pequeninas bagas<br />

que encontra. O beija-flor vai<br />

e volta velozmente, na sua insaciável<br />

busca <strong>de</strong> vida. A borboleta<br />

voa alegre e colore o espaço.<br />

As árvores crescem. E dão<br />

sombra, e oferecem frutos. Toda<br />

a natureza está viva e bonita.<br />

Quem já viu uma gaivota morrer<br />

<strong>de</strong> fome? Ou teve notícia <strong>de</strong> uma formiga<br />

que não encontrasse alimento?<br />

Ou <strong>de</strong> um beija-flor que não localizasse<br />

o que sugar?<br />

Só os homens morrem <strong>de</strong> fome.<br />

Só os homens. Por quê?<br />

Repetição<br />

Há ocasiões em que, escutando<br />

um CD, tenho vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetir muitas<br />

vezes uma música que me agrada.<br />

Mas, normalmente <strong>de</strong>ixo correr.<br />

E não poucas vezes me surpreendo<br />

ao <strong>de</strong>scobrir, numa faixa que segue,<br />

a beleza até então escondida. Não é<br />

assim também na vida? Às vezes,<br />

queremos ficar repetindo a rotina do<br />

dia-a-dia, que sufoca. O bom Deus<br />

nos p<strong>ed</strong>e para sairmos da praia e<br />

avançarmos para águas mais profundas.<br />

Aí, só aí encontraremos a alegria<br />

que nos renova, a paz que vem<br />

do Alto, as forças para ir adiante. É, a<br />

vida é um CD com muitas faixas!<br />

Balão<br />

É mais fácil estourar o balão com<br />

um espinho <strong>de</strong> laranjeira do que<br />

enchê-lo.<br />

Encher o balão é dizer uma palavra<br />

<strong>de</strong> consolo, dar um elogio que<br />

eleva, alegrar-se com os que se alegram<br />

e chorar com os que choram.<br />

Esvaziá-lo é calar a palavra que <strong>de</strong>veria<br />

ter sido dita, é com a palavra<br />

construir o inferno em vez <strong>de</strong> plantar<br />

o céu. Santo Agostinho afirmava:<br />

“Para o alto, ó Deus, ergueis quem<br />

encheis <strong>de</strong> vós. E como não sou<br />

cheio <strong>de</strong> vós, sou pesado a mim<br />

mesmo”. Põe-me tu no alto, Senhor,<br />

e ajuda-me a pôr no alto, junto <strong>de</strong> ti,<br />

os que passarem por minha vida!<br />

Carlos Martendal<br />

Foto/JA<br />

Coragem<br />

Nada dá mais coragem que o<br />

amor.<br />

Anestesia<br />

Ela nos faz adormecer profundamente<br />

e nos torna insensíveis. Será<br />

que estamos fazendo o papel <strong>de</strong><br />

anestesista, adormecendo nosso coração,<br />

que não mais se compa<strong>de</strong>ce<br />

do próximo? adormecendo nossos<br />

braços, que não mais se abrem para<br />

acolher até aqueles que vivem<br />

conosco? diminuindo nossa ternura,<br />

nossa simplicida<strong>de</strong>? Livrai-nos, Senhor,<br />

<strong>de</strong>ssas anestesias que nos afastam<br />

<strong>de</strong> vós e nos afastam dos irmãos.<br />

Escola<br />

Ah, Mãe, como precisamos freqüentar<br />

tua escola! Para sair dali formados<br />

<strong>de</strong> modo a ser agradáveis a<br />

teu querido Filho e então, sim, vivermos<br />

a vida como convém!<br />

Palavra<br />

“Naquele tempo a palavra do Senhor<br />

era rara”, lemos no 1º livro <strong>de</strong><br />

Samuel (3,1). Hoje ela é abundante:<br />

é só abrir a Bíblia, uma revista católica,<br />

um jornal como este. E eu, Senhor,<br />

a aproveito tão pouco, diferentemente<br />

<strong>de</strong> Samuel, que “não <strong>de</strong>ixava<br />

cair por terra nenhuma <strong>de</strong> tuas<br />

palavras” (1Sm 3,19). Senhor, ajudame<br />

a acolher tua palavra, a amá-la,<br />

a colocá-la em prática.<br />

Para ser o que queres que eu<br />

seja!<br />

Nascido no dia 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1952,<br />

em Barro Branco, São P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong> Alcântara,<br />

Pe. João Francisco Salm não sabe quando<br />

teve <strong>de</strong>spertado o interesse por seguir<br />

a vida religiosa. “Certamente o ambiente<br />

religioso da comunida<strong>de</strong> e da família, a<br />

acolhida que era dada ao padre, a presença<br />

<strong>de</strong> seminaristas nas férias”, d<strong>ed</strong>uz.<br />

Quarto filho <strong>de</strong> cinco irmãos, em uma família<br />

<strong>de</strong> agricultores, aos 12 anos foi para<br />

o seminário, fazendo o Pré-Seminário em<br />

Antônio Carlos. Em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1979<br />

foi or<strong>de</strong>nado padre com outros dois colegas<br />

no Santuário <strong>de</strong> Azambuja.<br />

Atualmente Pe. Salm é reitor do Seminário<br />

Teológico Convívio Emaús e coor<strong>de</strong>nador<br />

Arquidiocesano da Pastoral<br />

Vocacional. É sobre a vocação e os seus<br />

25 anos <strong>de</strong> presbítero que ele fala nesta<br />

entrevista ao Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

Jornal da <strong>Arquidiocese</strong> - Em 30 <strong>de</strong><br />

junho, o senhor estará completando 25<br />

anos <strong>de</strong> padre. Como é ter d<strong>ed</strong>icado meta<strong>de</strong><br />

da vida à Igreja?<br />

Pe. Salm - Aprendi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, a<br />

assumir o meu batismo. Tive boa catequese.<br />

Muito me foi ensinado ao longo dos<br />

15 anos <strong>de</strong> seminarista. Mesmo po<strong>de</strong>ndo<br />

escolher um outro caminho, optei por ser<br />

padre. Colocar-me à disposição do Bispo<br />

para ser padre, exigiu <strong>de</strong> mim muitas renúncias<br />

que eu tive <strong>de</strong> atualizar continuamente,<br />

ao longo <strong>de</strong>stes anos. Sinto vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> dizer com São Paulo: “Sei em<br />

quem acr<strong>ed</strong>itei, sei em quem pus minha<br />

confiança”. Portanto, ter-me tornado padre<br />

foi uma resposta a Deus somente. É<br />

muito bom ter chegado até aqui. Que eu<br />

tenha a graça da perseverança até o fim.<br />

Ter d<strong>ed</strong>icado meta<strong>de</strong> da minha vida ao ministério<br />

presbiteral e ter a esperança <strong>de</strong><br />

continuar assim até à morte, é conseqüência<br />

<strong>de</strong> uma iniciativa divina, <strong>de</strong> uma resposta<br />

<strong>de</strong> fé e <strong>de</strong> uma aprovação da Igreja.<br />

Digo muitas vezes a Jesus Cristo, principalmente<br />

nas horas mais difíceis: “Só<br />

mesmo por ti”. Sei que <strong>de</strong>vo tudo a Ele.<br />

Que bom que me tornei padre!<br />

JA - O senhor é <strong>de</strong> uma época em que<br />

eram abundantes as vocações para o ministério<br />

or<strong>de</strong>nado. O que é preciso ser feito<br />

para hoje <strong>de</strong>spertar um maior número<br />

<strong>de</strong> jovens a seguirem o mesmo caminho?<br />

Pe. Salm - Também no tempo em que<br />

fui para o seminário, como nos anos que<br />

se seguiram, havia preocupação com a<br />

“falta <strong>de</strong> vocações”, ou a falta <strong>de</strong> jovens<br />

que se sentissem chamados e tivessem<br />

realmente o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ser padres. Portanto,<br />

as “vocações” não eram tão abundantes<br />

assim. É verda<strong>de</strong> que os tempos<br />

mudaram, o mundo mudou e<br />

as pessoas também mudaram.<br />

Há novos e gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios,<br />

próprios do nosso tempo.<br />

Entretanto, tenho como<br />

certo que muitos jovens, rapazes<br />

e moças, se tornariam padres,<br />

irmãos, e irmãs se soubessem<br />

do que se trata. Falase<br />

muito pouco e <strong>de</strong> modo<br />

muito pobre <strong>de</strong>sses gran<strong>de</strong>s<br />

i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> vida: <strong>de</strong> seu significado,<br />

<strong>de</strong> sua beleza, <strong>de</strong> sua<br />

verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua importância, <strong>de</strong><br />

sua necessida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> preencher o cora-<br />

ção e <strong>de</strong> realizar plenamente<br />

um ser humano, como homem<br />

ou como mulher. “Não se ama<br />

VIDA DO CLERO<br />

Pe. João Francisco Salm: d<strong>ed</strong>icação às vocações<br />

o que não se conhece”. É uma injustiça<br />

que se comete contra os jovens, não lhes<br />

oferecendo esses esclarecimentos. Seremos<br />

responsabilizados por isso.<br />

JA - Pe. Salm, quando se fala em Pastoral<br />

Vocacional, faz-se associação im<strong>ed</strong>iata<br />

com o tornar-se padre ou freira. É<br />

este o trabalho da Pastoral Vocacional?<br />

Pe. Salm - Associar a Pastoral<br />

Vocacional (como Serviço <strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira<br />

Animação Vocacional) somente à vocação<br />

dos padres e das irmãs, é um r<strong>ed</strong>ucionismo<br />

inaceitável, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tudo o que o Concílio<br />

Vaticano II trouxe. Seria uma r<strong>ed</strong>ução<br />

da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong>ssas vocações e <strong>de</strong> toda a<br />

temática vocacional na Igreja. Entendamos<br />

bem: isso não quer dizer que <strong>de</strong>vamos diminuir<br />

a importância <strong>de</strong>ssas vocações ou<br />

relaxar o esforço em promovê-las. Antes o<br />

contrário: para que aumente o número e<br />

melhore a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem se candidata<br />

a ser padre ou irmã, é necessário que tenhamos<br />

comunida<strong>de</strong>s vivas e abertas a todas<br />

as vocações e ministérios, ótimas famílias,<br />

catequese <strong>de</strong> primeira qualida<strong>de</strong> em<br />

todos os níveis, a pastoral <strong>de</strong> conjunto funcionando<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />

JA - Como reitor <strong>de</strong> Seminário e coor<strong>de</strong>nador<br />

da Pastoral Vocacional, como o<br />

senhor vê o trabalho da Pastoral Vocacional<br />

na <strong>Arquidiocese</strong>?<br />

Pe. Salm - Já se fez bastante em<br />

tempos passados e recentes. Também<br />

há muitas pessoas verda<strong>de</strong>iramente entusiasmadas<br />

e empenhadas. Impressiona<br />

como os leigos e leigas se empolgam<br />

quando passam a enten<strong>de</strong>r o tema das<br />

vocações e em que consiste a animação<br />

vocacional. Tenho a impressão <strong>de</strong> que<br />

especialmente nós padres, diáconos, irmãs,<br />

temos que rever com muita humilda<strong>de</strong><br />

e coragem nosso modo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />

e assumir a causa vocacional: nosso<br />

modo <strong>de</strong> viver a própria vocação, nosso<br />

ativismo, nossa eclesiologia, nosso planejamento<br />

pastoral que não contempla o<br />

serviço da animação vocacional, nossa<br />

espiritualida<strong>de</strong>, nossa visão <strong>de</strong> futuro, o<br />

modo como enten<strong>de</strong>mos a missão da<br />

Igreja no mundo, nosso individualismo na<br />

“promoção das vocações à vida<br />

presbiteral e consagrada”. Ou trabalhamos<br />

juntos, <strong>de</strong> forma organizada, inteligente<br />

e evangélica pelas vocações para<br />

a Igreja, fazendo das nossas comunida<strong>de</strong>s<br />

canteiros vocacionais, ou afundamos<br />

na areia mov<strong>ed</strong>iça <strong>de</strong> um cristianismo<br />

adoecido e esclerosado, mesmo que às<br />

vezes com aparência <strong>de</strong> “coisa nova”, a<br />

serviço <strong>de</strong> nossa auto-ilusão.<br />

Divulgação/JA<br />

Pe. Salm, nascido em uma família simples <strong>de</strong> agricultores,<br />

sentiu c<strong>ed</strong>o o <strong>de</strong>spertar para a vocação presbiteral


Documentário da Ajuda à Igreja<br />

que Sofre premiado em festival<br />

O documentário “Sudão: Um Grito no<br />

Silêncio”, produzido pela Catholic Radio<br />

and Television Network (CRTN) e pela<br />

associação “Ajuda à Igreja que Sofre”,<br />

ganhou o primeiro prêmio no 15º Festival<br />

Europeu <strong>de</strong> Programas Religiosos para<br />

Televisão. Este festival ocorreu em Varsóvia<br />

entre os dias 11 e 16 <strong>de</strong> maio.<br />

O evento, que acontece <strong>de</strong> três em três<br />

anos, é uma organização conjunta das<br />

seções européias <strong>de</strong> duas organizações<br />

cristãs para a comunicação: a SIGNIS<br />

(Associação Católica Internacional para a<br />

Comunicação) e a WACC (Associação<br />

Internacional da Comunicação Cristã).<br />

Agnieszka Arnold, um dos membros<br />

do júri, louvou este documentário dizendo<br />

que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o verem, as pessoas<br />

não conseguem ficar indiferentes à odisséia<br />

dos refugiados sudaneses.<br />

Para esta <strong>ed</strong>ição do festival foram selecionados<br />

42 programas, oriundos <strong>de</strong> 17<br />

países, que mostram o que <strong>de</strong> melhor se<br />

tem feito, nas várias ca<strong>de</strong>ias televisivas<br />

européias, em termos <strong>de</strong> programas que<br />

expressam ou analisam os valores, partindo<br />

<strong>de</strong> uma perspectiva da fé.<br />

Fonte: Zenit<br />

Ex-guarda do Presi<strong>de</strong>nte é<br />

eleito Bispo no Brasil<br />

O Papa João Paulo II nomeou o Pe.<br />

Sergio Krzywy como novo Bispo <strong>de</strong><br />

Araçatuba, SP. O Pe. Krzywy nasceu em<br />

Palmeira, <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> Curitiba, em<br />

30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1952 em uma família <strong>de</strong><br />

origem eslava. Completou os estudos iniciais<br />

no Seminário dos Padres Estigmatinos;<br />

mas logo entrou para o Exército<br />

brasileiro, on<strong>de</strong> tornou-se guarda pessoal<br />

do Presi<strong>de</strong>nte da República.<br />

Em 1977 abandonou a vida militar para<br />

reingressar no Seminário, e completou<br />

seus estudos na Pontifícia Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Campinas. Em seguida, como<br />

aluno do Pontifício Colégio Pio Brasileiro<br />

<strong>de</strong> Roma, completou os estudos <strong>de</strong> Antropologia<br />

Teológica no Pontifício Instituto<br />

<strong>de</strong> Espiritualida<strong>de</strong> “Teresianum”, on<strong>de</strong> obteve<br />

a licenciatura.<br />

Foi or<strong>de</strong>nado presbítero em 28 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1983 e foi incardinado na<br />

diocese <strong>de</strong> Assis, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>sempenhou<br />

como pároco, diretor do Seminário Menor<br />

e diretor espiritual do Seminário Maior.<br />

Até o momento era Diretor espiritual<br />

do Instituto Teológico “Rainha dos Apóstolos”<br />

e Vigário da Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong> Assis.<br />

Fonte: Aci digital<br />

IGREJA NO BRASIL E NO MUNDO<br />

Começam os preparativos para o FSM 2005<br />

A Secretaria Internacional do Fórum<br />

Social Mundial – que acontecerá em Porto<br />

Alegre, Brasil, entre 26 e 31 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2005 – começou esta semana o processo<br />

<strong>de</strong> mobilização com as várias entida<strong>de</strong>s<br />

e organizações que participarão<br />

ativamente do evento através <strong>de</strong> um<br />

quetionário-consulta, que po<strong>de</strong>rá ser respondido<br />

pelos próximos oito meses.<br />

A organização do FSM informa que os<br />

preparativos começaram c<strong>ed</strong>o, para que<br />

fossem elaboradas algumas mudanças<br />

propostas, principalmente a partir <strong>de</strong> sugestões<br />

enviadas pelos participantes das<br />

<strong>ed</strong>ições anteriores, no que diz respeito às<br />

gran<strong>de</strong>s ativida<strong>de</strong>s (conferências, painéis,<br />

etc.) e até a oficinas e seminários.<br />

Para isso, a Secretaria Internacional vai<br />

disponibilizar um questionário-consulta para<br />

todas as organizações envolvidas com o<br />

FSM. Com essa ferramenta será possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar que temas se consi<strong>de</strong>ram importantes<br />

para discutir no Fórum 2005 e que<br />

ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>senvolvidas em<br />

Porto Alegre.<br />

A consulta po<strong>de</strong>rá ser respondida via<br />

Internet (http://www.planetaportoalegre.<br />

net/FSM/2) a partir do início <strong>de</strong> junho.<br />

Apesar da ida<strong>de</strong> avançada e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>bilitada, Papa apresenta motivação e programa novas viagens<br />

Papa celebra aniversário com uma jornada <strong>de</strong> trabalho<br />

João Paulo II celebrou no dia 18 <strong>de</strong><br />

maio seus 84 anos com uma jornada habitual<br />

<strong>de</strong> trabalho carregada <strong>de</strong> audiências<br />

e encontros públicos, na qual tão só<br />

se <strong>de</strong>stacou uma refeição festiva com<br />

seus colaboradores próximos.<br />

A notícia mais importante <strong>de</strong>ste ani-<br />

O chanceler da Pontifícia Aca<strong>de</strong>mia das<br />

Ciências do Vaticano, Dom Marcelo<br />

Sánches Sorondo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u em Valencia a<br />

importância da religião no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

intelectual dos menores. Em um<br />

encontro com jornalistas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> oferecer<br />

uma conferência na escola E<strong>de</strong>tania<br />

sobre “O pensamento cristão na investigação”,<br />

Dom Sánchez Sorondo <strong>de</strong>clarou que<br />

eliminar a religião na vida da criança “é como<br />

lhe tirar o pão, o alimento”.<br />

versário foi a publicação em castelhano,<br />

italiano, polonês, alemão e francês <strong>de</strong> seu<br />

novo livro “Levantai-vos! Vamos!”, no qual<br />

recolhe suas experiências <strong>de</strong> vinte anos<br />

como bispo em Cracóvia. Em inglês e português,<br />

será publicado em breve.<br />

Fonte: Zenit<br />

Religião é fundamental para <strong>de</strong>senvolvimento intelectual da criança<br />

“Na história da humanida<strong>de</strong> – disse –<br />

o que mais estimulou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da ciência, da filosofia e do conhecimento”<br />

foram as gran<strong>de</strong>s perguntas através<br />

da religião. Por isso, consi<strong>de</strong>rou este<br />

tema uma “necessida<strong>de</strong> fundamental”.<br />

Desta maneira, o Chanceler da Pontifícia<br />

Aca<strong>de</strong>mia mostrou-se favorável a que<br />

a religião tenha o mesmo tratamento que<br />

as outras disciplinas nas escolas.<br />

Fonte: Aci digital<br />

Arquivo JA<br />

Junho 2004 -15<br />

Presi<strong>de</strong>nte da CNBB lamenta<br />

arquivamento <strong>de</strong> MP<br />

O presi<strong>de</strong>nte da CNBB (Conferência<br />

Nacional dos Bispos do Brasil), dom<br />

Geraldo Majella Agnelo, 70, criticou a falta<br />

<strong>de</strong> empenho da base governista na<br />

votação que resultou no arquivamento da<br />

MP dos Bingos no Senado.<br />

“Não houve cuidado (da base do governo)<br />

para um assunto que era <strong>de</strong> interesse<br />

comum (a proibição do jogo), permitindo<br />

a atuação dos lobistas do Congresso.<br />

Sem falar que nós temos muitos<br />

<strong>de</strong>putados que representam interesses<br />

pessoais e <strong>de</strong> grupos.”<br />

O arcebispo aproveitou a entrevista<br />

para criticar o reajuste <strong>de</strong> R$ 20 conc<strong>ed</strong>ido<br />

ao salário mínimo. “Não houve reajuste.<br />

O percentual conc<strong>ed</strong>ido pelo governo<br />

não foi suficiente nem mesmo para corrigir<br />

a inflação. Mesmo que houvesse a<br />

correção, o trabalhador estaria per<strong>de</strong>ndo.”<br />

Fonte: Folha SP<br />

Em operação, Discador da<br />

R<strong>ed</strong>e Solidária<br />

O discador do programa R<strong>ed</strong>e Solidária<br />

já opera em todo Brasil. Todos os que<br />

acessam a internet, via telefone, po<strong>de</strong>m<br />

usar o discador solidário. Desta forma, colaboram<br />

com projetos <strong>de</strong> inclusão social<br />

em todo Brasil. Devido aos incentivos fiscais,<br />

as empresas telefônicas estarão repassando<br />

parte do valor por elas recebido<br />

para a “R<strong>ed</strong>e Solidária”. Esses valores vão<br />

potencializar projetos comunitários. É só<br />

acessar www.r<strong>ed</strong>esolidaria.org.br e<br />

baixar o discador. Todos po<strong>de</strong>m colaborar.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um novo conceito <strong>de</strong> internet.<br />

Qualquer dúvida po<strong>de</strong> ser esclarecida com<br />

o padre Carlos Alberto Chiquim, pelo e-mail:<br />

carlos@cnbbs2.org.br<br />

Fonte: CNBB<br />

CNBB lança novo documento<br />

A Carta aos Presbíteros é o mais novo<br />

documento da CNBB, nº 75. A carta resulta<br />

dos trabalhos da 42ª Assembléia<br />

Geral dos Bispos do Brasil, realizada em<br />

Indaiatuba (SP), <strong>de</strong> 21 a 30 <strong>de</strong> abril, com<br />

o tema “Vida e Ministério dos Presbíteros”.<br />

Dirige-se a todos os padres do<br />

País. De acordo com o secretário-geral<br />

da CNBB, Dom Odilo P<strong>ed</strong>ro Scherer, “trata-se<br />

<strong>de</strong> um documento pastoral, saído<br />

do coração dos bispos e dirigido ao coração<br />

dos presbíteros”. O documento 75<br />

da CNBB encontra-se nas principais livrarias<br />

católicas.<br />

Fonte: CNBB


16-<br />

Junho 2004<br />

Pascom abre inscrições para Oficina <strong>de</strong> Rádio<br />

Já estão abertas as inscrições<br />

para a Oficina <strong>de</strong> Rádio promovida<br />

pela Pastoral da Comunicação da<br />

<strong>Arquidiocese</strong> (Pascom). O evento<br />

acontecerá <strong>de</strong> 23 a 25 <strong>de</strong> julho na<br />

Paróquia São Luiz e N. Sra. <strong>de</strong><br />

Lour<strong>de</strong>s, na Agronômica, em Floria-nópolis.<br />

O número <strong>de</strong> vagas é<br />

limitado a 30 pessoas, dando priorida<strong>de</strong><br />

àquelas que já exercem algum<br />

trabalho nos meios radiofônicos<br />

existentes na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

O curso terá a assessoria <strong>de</strong><br />

Flávio Falciano, professor do Serviço<br />

à Pastoral da Comunicação<br />

(SEPAC). Formado em jornalismo<br />

pela Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong><br />

São Paulo, mestre em Teoria e<br />

Ensino da Comunicação (na área<br />

<strong>de</strong> radiojornalismo), ele é professor<br />

<strong>de</strong> radiojornalismo na Universida<strong>de</strong><br />

Metodista <strong>de</strong> São Paulo e<br />

no Centro Universitário Municipal<br />

<strong>de</strong> São Caetano do Sul. Ensina<br />

também na área <strong>de</strong> rádio do curso<br />

<strong>de</strong> pós-graduação lato-sensu<br />

organizado pelo Sepac em convênio<br />

com a PUC-SP. Ministra cursos<br />

<strong>de</strong> linguagem e produção<br />

radiofônica para emissoras <strong>de</strong> rádio<br />

<strong>de</strong> todo o país.<br />

Nos três dias do curso, os participantes<br />

terão aulas teóricas e<br />

práticas <strong>de</strong> produção programas<br />

radiofônicos. Eles também receberão<br />

uma apostila dando orientações<br />

<strong>de</strong> utilização do rádio como<br />

. . . . . .<br />

Itália França Espanha Portugal<br />

Roma, Assis, Paris, Toulouse, Lour<strong>de</strong>s, Zaragoza, Madrid, Lisboa,<br />

Fátima, Coimbra, Santiago <strong>de</strong> Compostela, Braga, Porto.<br />

Saída: 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2004<br />

17 dias - roteiro 4040902<br />

Orientadores Espirituais<br />

Pe. HÉLIO DA CUNHA e Pe. ANDRÉ GONZAGA<br />

Equipe <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Pastoral da Comunicação, reunida na Cúria<br />

Metropolitana, <strong>de</strong>finiu as próximas ativida<strong>de</strong>s da Pascom<br />

meio <strong>de</strong> informação. “Como são<br />

poucas as vagas, selecionaremos<br />

as pessoas que tenham características<br />

<strong>de</strong> multiplicadores”, disse<br />

Zulmar Faustino, responsável pela<br />

Pascom.<br />

Constituída em julho do ano<br />

passado, essa será a primeira oficina<br />

promovida pela Pastoral da<br />

Comunicação. Através <strong>de</strong> pesquisa<br />

com os meios <strong>de</strong> comunicação<br />

existentes na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

verificou-se que a maior necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>les é a <strong>de</strong> formação para<br />

trabalhar com os meios.<br />

Ainda este ano está previsto<br />

um dia <strong>de</strong> estudos sobre rádio comunitária,<br />

em 21 <strong>de</strong> agosto, e uma<br />

Oficina para Jornais e Boletins Informativos.<br />

Ambos, voltados para<br />

os comunicadores da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />

O local on<strong>de</strong> serão realizados<br />

ainda não está <strong>de</strong>finido.<br />

Os interessados em se inscrever<br />

para a Oficina <strong>de</strong> Rádio,<br />

<strong>de</strong>vem entrar em contato com<br />

Zulmar, pelos fone (48) 224-4799<br />

ou 9<strong>91</strong>6-3152. Será cobrada uma<br />

taxa <strong>de</strong> R$ 30,00 para as <strong>de</strong>spesas<br />

com a alimentação.<br />

Diáconos e esposas participam <strong>de</strong> formação conjunta<br />

No dia 14 <strong>de</strong> maio, as esposas<br />

dos diáconos e dos candidatos<br />

a diácono estudantes da 7ª<br />

fase da Escola Diaconal São<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

participaram do seu encontro<br />

anual. O evento aconteceu no<br />

Provincialado das Irmãs da Divina<br />

Providência, em <strong>Florianópolis</strong>, e<br />

contou com 62 esposas.<br />

O encontro teve a assessoria<br />

<strong>de</strong> Pe. Sérgio Maykot, pela manhã,<br />

que falou sobre a psicologia<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento humano, e à<br />

tar<strong>de</strong>, pelo Pe. Siro Manoel <strong>de</strong><br />

Oliveira, que conduziu uma reflexão<br />

sobre Maria. Às 18h houve<br />

uma celebração presidida pelo<br />

Pe. André Gonzaga, vigário paroquial<br />

da Cat<strong>ed</strong>ral.<br />

No domingo, a partir das 9h,<br />

aconteceu a Jornada <strong>de</strong> Formação<br />

Conjunta, em que os diáconos se<br />

uniram às suas esposas para participar.<br />

O evento contou com a presença<br />

<strong>de</strong> 70 diáconos. Durante o<br />

encontro, nosso Arcebispo, Dom<br />

Murilo, proferiu a palestra “Cristo,<br />

coração do mundo”. Mais tar<strong>de</strong>, às<br />

11h, o arcebispo presidiu a celebração<br />

<strong>de</strong> encerramento do encontro,<br />

concelebrada com Pe. Valter<br />

Go<strong>ed</strong>ert, coor<strong>de</strong>nador da Escola<br />

Diaconal, e todos participaram do<br />

almoço <strong>de</strong> confraternização.<br />

O encontro foi organizado pela<br />

Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana do<br />

Diaconato Permanente (CADIP).<br />

Segundo o diácono José Neri <strong>de</strong><br />

Souza, coor<strong>de</strong>nador da CADIP, o<br />

encontro é uma das etapas da formação<br />

do diácono. “A participação<br />

das esposas é importante, para<br />

que elas estejam por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa<br />

formação dos diáconos”, disse.<br />

Próximos eventos: A CADIP<br />

já está recebendo as inscrições<br />

para o retiro anual dos diáconos e<br />

suas esposas. O encontro será<br />

realizado em duas regiões: nos<br />

dias 10 a 12 <strong>de</strong> setembro, para<br />

os diáconos da região sul, acontecerá<br />

na Casa <strong>de</strong> Retiros Recanto<br />

Champagnat; e nos dias 15 a<br />

17 <strong>de</strong> outubro, para a região norte,<br />

em Nova Trento. Os interessados<br />

<strong>de</strong>vem se inscrever através<br />

dos fones (48) 224-4799 ou 343-<br />

1967, com o diácono José Neri.<br />

PEREGRINAÇÃO AOS SANTUÁRIOS<br />

Para mais informações e outras saídas, consulte-nos!<br />

(48) 223-5597<br />

TOLL FREE: 0800 6455597<br />

Foto JA<br />

Comunicadores participam <strong>de</strong> encontro<br />

Profissionais das comunicações,<br />

comunicadores, pessoas<br />

que atuam nos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social comerciais ou<br />

nos veículos da Igreja, que atuam<br />

em rádios, jornais, tvs,<br />

internet, ou apenas queiram conhecer<br />

ou contribuir para a Pastoral<br />

da Comunicação, são convidados<br />

a participar <strong>de</strong> uma manhã<br />

<strong>de</strong> encontro no dia 19 <strong>de</strong><br />

junho, a partir da 8h, no auditório<br />

da Cat<strong>ed</strong>ral.<br />

Durante o encontro, que terá<br />

a abertura do Arcebispo <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, Dom Murilo<br />

Krieger, o professor <strong>de</strong> jornalismo<br />

da Unisul, Jaci da Rocha<br />

Gonçalves (ex-padre orionita),<br />

falará sobre Igreja e Comunica-<br />

ção. Depois, os participantes<br />

serão convidados a saborear<br />

um farto café e conhecer alguns<br />

dos trabalhos em comunicação<br />

<strong>de</strong>senvolvidos na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />

que estarão expostos.<br />

Em seguida, será apresentado<br />

o projeto da Pastoral da<br />

Comunicação da <strong>Arquidiocese</strong><br />

e pessoas responsáveis pelas<br />

mídias existentes (jornal, rádio,<br />

TV e internet) darão um breve<br />

<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> suas experiências.<br />

Durante todo o encontro,<br />

os participantes po<strong>de</strong>rão<br />

interagir com os palestrantes.<br />

Mais informações, pelos fones<br />

(48) 224-4799 ou 9<strong>91</strong>6-<br />

3152, com Zulmar.<br />

Emar prepara questionário para avaliar caminhada<br />

A Escola <strong>de</strong> Ministérios da<br />

<strong>Arquidiocese</strong> (EMAR), após quatro<br />

anos <strong>de</strong> sua criação e em cumprimento<br />

ao que está previsto no<br />

projeto original, está realizando a<br />

avaliação <strong>de</strong> sua caminhada. O<br />

instrumento <strong>de</strong> avaliação será um<br />

questionário enviado às paróquias<br />

a partir do dia oito <strong>de</strong> junho,<br />

com prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução para a<br />

coor<strong>de</strong>nação da EMAR até o dia<br />

30 <strong>de</strong> junho, para que seja analisado<br />

e avaliado.<br />

“Queremos visualizar as riquezas<br />

alcançadas e as falhas<br />

acontecidas, com vistas ao fortalecimento<br />

ou correção, para que<br />

ela se torne cada vez mais uma<br />

instância <strong>de</strong> apoio às ações <strong>de</strong><br />

uma Igreja ministerial e evangelizadora”,<br />

disse Solange Hermes<br />

Passig, coor<strong>de</strong>nadora da Escola.<br />

Ela preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar os avanços<br />

e retrocessos para buscar soluções<br />

e, assim, r<strong>ed</strong>efinir o projeto<br />

e fortalecer a EMAR.<br />

O Santuário Nossa Senhora <strong>de</strong> Azambuja convida toda a comunida<strong>de</strong><br />

arquidiocesana para participar da Missa <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong> Graças,<br />

pela passagem do Jubileu <strong>de</strong> 25 anos da or<strong>de</strong>nação presbiteral do<br />

Pe. José Jacob Archer, Pe. João Francisco Salm e Dom Luiz Carlos<br />

Eccel. A celebração será no dia 30 <strong>de</strong> junho, às 19h.<br />

França Espanha Portugal<br />

Lisboa, Paris, Lisieux, Nevers, Paray Le Monial, Lour<strong>de</strong>s, Zaragoza,<br />

Madrid, Fátima, Coimbra, Santiago <strong>de</strong> Compostela, Braga, Porto.<br />

Divulgação/JA<br />

Padres comemoram jubileu sacerdotal<br />

Saída: 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2004<br />

16 dias - roteiro 4041004<br />

Orientadores Espirituais<br />

Pe. PEDRO JOSÉ KOEHLER e Pe. CELSO ANTUNES DUARTE

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!