Apostila de Arte - Colégio MilleniumClasse
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APOSTILA DE ARTE ROSÂNGELA LISBOA E JOSEFA RODRIGUES DA SILVA<br />
A Bailarina <strong>de</strong> 14 Anos <strong>de</strong> Edgar Degas<br />
Valentina, 1996 <strong>de</strong> Vick Muniz<br />
Sara Bernhardt <strong>de</strong> Nadar<br />
Na série Crianças <strong>de</strong> Açúcar, Vick Muniz<br />
fotografa as crianças que <strong>de</strong>senhou com açúcar, cujos pais<br />
e avós trabalham em plantações <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar na ilha<br />
<strong>de</strong> São Cristóvão. Valentina era a mais rápida na colheita.<br />
Bailarina <strong>de</strong> 14 anos = A bailarina representada<br />
era um dançarina da Ópera que Degas conheceu. A sua<br />
família era miserável, tendo mesmo uma irmã prostituta.<br />
Estudou balé até os <strong>de</strong>zesseis anos, já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Degas a<br />
ter esculpido, até que teve que se prostituir para conseguir<br />
viver.<br />
Ao exibí-la, chocados, todos perguntavam o<br />
porquê <strong>de</strong> estar ali exposta aquela escultura. Aquilo<br />
comovia a socieda<strong>de</strong>, remexia-lhes o peito, fazia-os<br />
tristes, não queriam olhar. Por outro lado, esta escultura<br />
foi o primeiro trabalho nesta área da arte que incluiu uma<br />
roupa real, <strong>de</strong>sta feita uma saia.<br />
A partir daí, o Mundo começou a refletir sobre<br />
aquele aristocrata que se atreveu a provocar a socieda<strong>de</strong> e<br />
Degas foi, <strong>de</strong> algum modo, rejeitado e até mesmo<br />
humilhado. Mas ninguém se pô<strong>de</strong> esquecer que ele<br />
mudara a visão conservadora e eclética do mundo, e não<br />
se esqueceu <strong>de</strong> publicitar e <strong>de</strong> tornar públicos os<br />
problemas <strong>de</strong>ste. Anos mais tar<strong>de</strong>, a famosa escultura<br />
tornou-se um ícone <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> <strong>Arte</strong>.<br />
A Pequena Bailarina <strong>de</strong> 14 anos<br />
Um dos gran<strong>de</strong>s tesouros do mo<strong>de</strong>rnismo francês,<br />
pertencente ao Masp, nem sempre foi reconhecido como<br />
obra <strong>de</strong> arte: em 1881, quando a Pequena Bailarina, <strong>de</strong><br />
Degas, foi exibida pela primeira vez, queriam colocá-la<br />
em um museu <strong>de</strong> zoologia ou <strong>de</strong> anomalias humanas em<br />
Paris.<br />
Um Bar no Folies Bergère <strong>de</strong> Manet, 1882<br />
Suzon, a bela e triste figura <strong>de</strong>sta que foi a última<br />
obra-prima <strong>de</strong> Manet, talvez refletisse a tristeza do<br />
próprio Manet que ao pintar este quadro, um ano antes <strong>de</strong><br />
morrer, já se encontrava bastante enfermo. Manet foi<br />
acusado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecer as leis da perspectiva por retratar<br />
o reflexo no espelho <strong>de</strong> um freguês que parece conversar<br />
com a aten<strong>de</strong>nte mas que não tem presença concreta na<br />
obra. O que seus críticos não perceberam foi que nós, os<br />
espectadores, estamos no lugar que caberia ao freguês.<br />
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