Apostila de Arte - Colégio MilleniumClasse
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APOSTILA DE ARTE ROSÂNGELA LISBOA E JOSEFA RODRIGUES DA SILVA<br />
Na colônia, aprendiam o português e eram batizados com<br />
nomes portugueses e obrigados a se converter ao<br />
catolicismo. Alguns grupos, como os escravos das etnias<br />
hauçá e malê, <strong>de</strong> religião islâmica, já traziam uma herança<br />
cultural e sabiam escrever em árabe e outras. Os bantos,<br />
nagôs e jejes eram monoteístas constituindo os<br />
candomblés que são uma reprodução das al<strong>de</strong>ias<br />
africanas. Através do sincretismo religioso, os escravos<br />
adoravam seus orixás através <strong>de</strong> santos Católicos, dando<br />
origem às religiões afro-brasileiras como o Umbanda e<br />
Batuque.<br />
Os negros levaram para a cultura brasileira uma<br />
enormida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elementos: na dança, música, religião,<br />
culinária e no idioma. Essa influência se faz notar em<br />
praticamente todo o País, embora em certas porções<br />
(nomeadamente em estados do Nor<strong>de</strong>ste como Bahia e<br />
Maranhão) a cultura afro-brasileira é mais presente.<br />
Os imigrantes<br />
A imigração européia foi incentivada não apenas<br />
para suprir o fim da mão-<strong>de</strong>-obra escrava, mas também foi<br />
promovida pelo governo, que tinha a intenção <strong>de</strong><br />
branquear o Brasil e europeizar sua cultura, afinal, a<br />
maior parte da população no século XIX era composta por<br />
negros e mestiços. Dentre os diversos grupos <strong>de</strong><br />
imigrantes que aportaram no Brasil, foram os italianos<br />
que chegaram em maior número, quando consi<strong>de</strong>rada a<br />
faixa <strong>de</strong> tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o sul <strong>de</strong> Minas Gerais até o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />
sendo a maior parte na região <strong>de</strong> São Paulo. Além dos<br />
italianos, <strong>de</strong>stacaram-se os alemães, que chegaram em um<br />
fluxo contínuo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1824. Esses se fixaram<br />
primariamente na Região Sul do Brasil, on<strong>de</strong> diversas<br />
regiões herdaram influências germânicas <strong>de</strong>sses colonos.<br />
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do<br />
Brasil meridional, vivendo em pequenas proprieda<strong>de</strong>s<br />
familiares (sobretudo alemães e italianos), conseguiram<br />
manter seus costumes do país <strong>de</strong> origem, criando no<br />
Brasil uma cópia das terras que <strong>de</strong>ixaram na Europa. Em<br />
contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas gran<strong>de</strong>s<br />
fazendas e nos centros urbanos do Su<strong>de</strong>ste (portugueses,<br />
italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se integraram<br />
na socieda<strong>de</strong> brasileira, per<strong>de</strong>ndo muitos aspectos da<br />
herança cultural do país <strong>de</strong> origem. A contribuição<br />
Asiática viria com a imigração japonesa, porém <strong>de</strong> forma<br />
mais limitada.<br />
<strong>Arte</strong>s visuais<br />
Até meados do século XIX a produção plástica<br />
das artes brasileiras possui pouco <strong>de</strong>staque, excetuando-se<br />
o trabalho <strong>de</strong> Aleijadinho e Manuel da Costa Ataí<strong>de</strong> no<br />
Barroco mineiro. Fora estes, <strong>de</strong>staca-se também a<br />
produção <strong>de</strong> artistas estrangeiros que durante o período<br />
colonial estiveram no país registrando as paisagens e<br />
hábitos locais, como Albert Eckhout.<br />
A pintura brasileira do Século XIX é bastante<br />
acadêmica, altamente influenciada pelo trabalho da<br />
Missão Artística Francesa (da qual faziam parte nomes<br />
como Jean Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay). A<br />
referida Missão foi responsável pela criação da Escola<br />
Imperial <strong>de</strong> Belas <strong>Arte</strong>s. Desse período, <strong>de</strong>stacam-se as<br />
pinturas históricas <strong>de</strong> Victor Meirelles e Pedro Américo.<br />
Arquitetura<br />
A arquitetura ban<strong>de</strong>irista e o Barroco mineiro são<br />
consi<strong>de</strong>rados por muitos estudiosos como expressões <strong>de</strong><br />
estilos europeus que encontraram no Brasil uma<br />
manifestação e linguagem próprios, <strong>de</strong>stacando-se <strong>de</strong> suas<br />
contrapartes metropolitanas. A primeira se refere a<br />
produção realizada basicamente no que seria hoje o<br />
Estado <strong>de</strong> São Paulo pelas famílias dos ban<strong>de</strong>irantes,<br />
inspirando-se em uma estética próxima, ainda que<br />
bastante alterada, do Maneirismo. A segunda correspon<strong>de</strong><br />
a um tipo <strong>de</strong> barroco (ainda que muitos o consi<strong>de</strong>rem mais<br />
próximo do Rococó) representado especialmente pelas<br />
igrejas construídas por Aleijadinho.<br />
A arquitetura Brasileira teve seu ponto culminante<br />
no movimento mo<strong>de</strong>rnista, com a construção <strong>de</strong> Brasília,<br />
por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasil<br />
Detalhe <strong>de</strong> Alagados <strong>de</strong> Carmela Gross<br />
OBJETO DE CONHECIMENTO 10<br />
Materiais<br />
Pintura<br />
A pintura refere-se genericamente à técnica <strong>de</strong><br />
aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície, a fim<br />
<strong>de</strong> colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.<br />
Em um sentido mais específico, é a arte <strong>de</strong> pintar<br />
uma superfície, tais como papel, tela, ou uma pare<strong>de</strong><br />
(pintura mural ou <strong>de</strong> afrescos). A pintura a óleo é<br />
consi<strong>de</strong>rada por muitos como um dos suportes artísticos<br />
tradicionais mais importantes; muitas das obras <strong>de</strong> arte<br />
mais importantes do mundo, tais como a Mona Lisa, são<br />
pinturas a óleo.<br />
Diferencia-se do <strong>de</strong>senho pelo uso dos pigmentos<br />
líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele<br />
apropria-se principalmente <strong>de</strong> materiais secos.<br />
No entanto, há controvérsias sobre essa <strong>de</strong>finição<br />
<strong>de</strong> pintura. Com a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> experiências entre<br />
diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia <strong>de</strong><br />
que pintura não precisa se limitar à aplicação do<br />
"pigmento em forma líquida". Atualmente o conceito <strong>de</strong><br />
pintura po<strong>de</strong> ser ampliado para a representação visual<br />
através das cores. Mesmo assim, a <strong>de</strong>finição tradicional <strong>de</strong><br />
pintura não <strong>de</strong>ve ser ignorada.<br />
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