Zilah Mattos Totta: síntese da educação e do educador
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meu testemunho. Eu estava ali porque senti que a hora era grave e que nós temos<br />
que chegar a uma decisão. E, esta decisão vem pela vontade <strong>da</strong> categoria.<br />
Relacionamento Magistério/Governo.<br />
Os conflitos com o governo eram muito sérios. É hora para que cessem os<br />
confrontos. Nós já sofremos muito e nós temos que transformar essa situação e<br />
chegar a decisões conjuntas.<br />
Greve.<br />
O professor tem que ser visto como um profissional. Desde que tomamos<br />
consciência de que isto não estava acontecen<strong>do</strong>, lançamos mão <strong>do</strong> último recurso.<br />
Não quero dizer que a greve seja o único, mas é o último recurso. Fui coman<strong>do</strong> de<br />
greve em quatro ocasiões, inclusive na primeira greve, em 1979, e em duas delas na<br />
presidência <strong>do</strong> CEPERS. Causei até escân<strong>da</strong>lo para muita gente, como se eu fosse<br />
uma pessoa que não tivesse o dever de lutar pelo direito <strong>da</strong> categoria. Se eu me fiz<br />
professora é porque acredito no professor.<br />
Imaginário social sobre a escola.<br />
Criou-se, em torno <strong>da</strong> escola pública, uma visão muito negativa por causa <strong>do</strong>s<br />
perío<strong>do</strong>s de greve; dificilmente a comuni<strong>da</strong>de aceita a greve porque ela interfere na<br />
vi<strong>da</strong> familiar. A gente entende. Mas, por outro la<strong>do</strong>, não se pode deixar de entender<br />
que o professor está tão mal atendi<strong>do</strong>, tão pouco ouvi<strong>do</strong>, que ele tem que recorrer.<br />
Relacionamento escola/pais.<br />
A comuni<strong>da</strong>de está, hoje, aceitan<strong>do</strong> melhor (a greve) graças ao excelente<br />
trabalho <strong>da</strong> Associação de Pais e Mestres. Acho que eles estão fazen<strong>do</strong> um trabalho<br />
muito bom, muito bonito. Tem havi<strong>do</strong> um empenho para que o trabalho na escola<br />
seja participativo. Antes, tínhamos que suplicar aos pais para virem à escola. Havia<br />
um divórcio entre a escola e a família. O pai, ou a mãe, eram chama<strong>do</strong>s à escola<br />
somente para receber queixa <strong>do</strong> filho. Isso se conseguiu superar e se está fazen<strong>do</strong><br />
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