por pessoas-fonte, <strong>do</strong>cumentos, fotos, artigos em jornal, entrevista para o Programa Zoom, Biografia escrita por Carlos Urbim – está aberta a novas contribuições e complementações. A História de Vi<strong>da</strong> de <strong>Zilah</strong> <strong>Mattos</strong> <strong>Totta</strong> segue a lógica <strong>da</strong>s categorias extraí<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s elementos de pesquisa e foi por nós agrupa<strong>da</strong> em três eixos: formação, trajetória pessoal/profissional, construção de identi<strong>da</strong>de. 2
FORMAÇÃO A formação <strong>da</strong> Profª <strong>Zilah</strong> contém momentos de <strong>educação</strong> não-formal, formal e continua<strong>da</strong>. Foi a quarta de seis filhos, dentre quatro mulheres e <strong>do</strong>is homens. Os primeiros estu<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s os filhos, inclusive a profª <strong>Zilah</strong>, sempre os fizeram em casa, com a mãe que era professora e era quem os alfabetizava. Somente a partir <strong>da</strong> 3ª série de ensino é que foi estu<strong>da</strong>r no Colégio Sévigné, de Porto Alegre, onde se formou no Curso Complementar, em 1935, equivalente, hoje, ao ensino Normal, de nível médio. Concomitantemente, Profª <strong>Zilah</strong> começou a estu<strong>da</strong>r piano com a mãe, em virtude de ela também ser professora de música. Depois, foi aluna de piano <strong>da</strong> Profª. Célia Lassance. Formou-se, em 1939, em Música, no Instituto de Belas Artes <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul – UFRGS. “... ela tinha uma facili<strong>da</strong>de, algo, assim, espetacular; ela <strong>da</strong>va vi<strong>da</strong> àquelas músicas; tocou em várias audições de piano, além de tocar a quatro mãos com nossa mãe. Eu me lembro também (eu era pequena) <strong>da</strong>quelas“Marcha Turca” e “Rapsódia Húngara” que as duas, ao piano, tocavam... Quan<strong>do</strong> ouço Chopin, aquelas valsas e estu<strong>do</strong>s que ela executava tão bem, me dá uma sau<strong>da</strong>de tremen<strong>da</strong>!... A mamãe costumava organizar, lá em casa, aqueles saraus, então havia um amigo que tocava violino, uma prima nossa, Nêmora, que se diplomou em canto, cantava, e a <strong>Zilah</strong> ao piano. Eram aquelas noita<strong>da</strong>s em casa que lhe oportunizavam <strong>da</strong>r vazão à sua criativi<strong>da</strong>de. (Helena <strong>Totta</strong> Silveira, irmã)”. Em 1940 concluiu o Curso Superior de Educação Física na Escola Superior de Educação Física <strong>da</strong> UFRGS - ESEF, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> aluna <strong>da</strong> 1ª turma de forman<strong>do</strong>s <strong>da</strong> ESEF e em 1946 concluiu o Curso de Filosofia na Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul – PUCRS, ostentan<strong>do</strong>, em seu currículo, três diplomas de curso universitário. Como referências em sua formação, nessa época, cita a influência que recebeu <strong>do</strong> Dr. Arman<strong>do</strong> Câmara, <strong>do</strong> Dr. Ernani Maria Fiori e <strong>do</strong> Ir. José Otão, educa<strong>do</strong>res de quem foi aluna. Começar a lecionar no interior, em uma colônia alemã, foi uma experiência para ela riquíssima, pois era ain<strong>da</strong> muito jovem. As famílias e os alunos só falavam em Língua Alemã. Havia um intercâmbio. Ela lhes ensinava a Língua Portuguesa e eles lhe ensinavam a falar a Língua Alemã. 3